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1 INTRODUÇÃO - unifap.br

12 1 INTRODU O A Insufici ncia Renal Cr nica (IRC) a perda progressiva e irrevers vel da fun o renal, urin rias e end crinas na qual o organismo n o mant m o equil brio metab lico e hidroeletrol tico, finalizando em um quadro ur mico, s ndrome cl nica em que compromete o funcionamento de diversos sistemas ou rg os (DOUGLAS, 2001). As causas ou etiologias da IRC podem ser divididas em tr s grupos: 1) doen as prim rias dos rins; 2) doen as sist micas que tamb m acometem os rins; e 3) doen as do trato urin rio ou urol gico. A frequ ncia das etiologias varia de acordo com a faixa et ria e com a popula o de renal cr nicos estudada em di lise ou n o (ANDOROGLO, SARDENBERG e SUASSUNA, 1998). Segundo Smeltzer et al (2009), uma falha na fun o renal pode ocorrer pela qualidade e intensidade de est mulos agressivos aos rins, o que provoca perdas da unidade funcional desse rg o, o n from.

função do nervo periférico (JANDA et al, 2007). Seymen et al (2010) observaram que ao progredir a IRC, o teste eletrofisiológico de potencial visual provocado (PVP) diminuído indica danos no sistema visual neuronal. As disfunções do sistema nervoso central podem ser

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1 12 1 INTRODU O A Insufici ncia Renal Cr nica (IRC) a perda progressiva e irrevers vel da fun o renal, urin rias e end crinas na qual o organismo n o mant m o equil brio metab lico e hidroeletrol tico, finalizando em um quadro ur mico, s ndrome cl nica em que compromete o funcionamento de diversos sistemas ou rg os (DOUGLAS, 2001). As causas ou etiologias da IRC podem ser divididas em tr s grupos: 1) doen as prim rias dos rins; 2) doen as sist micas que tamb m acometem os rins; e 3) doen as do trato urin rio ou urol gico. A frequ ncia das etiologias varia de acordo com a faixa et ria e com a popula o de renal cr nicos estudada em di lise ou n o (ANDOROGLO, SARDENBERG e SUASSUNA, 1998). Segundo Smeltzer et al (2009), uma falha na fun o renal pode ocorrer pela qualidade e intensidade de est mulos agressivos aos rins, o que provoca perdas da unidade funcional desse rg o, o n from.

2 As causas mais comuns atualmente dessa falha renal s o o diabetes de longa dura o, a hipertens o arterial (HA) e a glomerulonefrite cr nica. A nefropatia diab tica acomete aproximadamente 40% dos pacientes diab ticos e a principal causa de insufici ncia renal em pacientes que ingressam em programas de di lise (GROSS; NEHME, 1999). Apesar do dano renal, o rim possui uma capacidade compensat ria, na qual os n frons ainda funcionantes desempenham toda a fun o renal por algum tempo at que ocorre a falha polissist mica definitiva (DOUGLAS, 2001). Dentre os principais sinais e sintomas, encontram-se: h lito ur mico, hipertens o arterial (HA), hiperglicemia, acidose metab lica, conjuntivites (PRADO; RAMOS; VALLE, 2007). O paciente com sintomas crescentes da insufici ncia renal cr nica indicado para um centro de di lise ou transplante precocemente no curso da doen a renal progressiva.

3 Geralmente, a di lise iniciada quando o paciente n o pode manter um estilo de vida razo vel apenas com o tratamento conservador (SMELTZER et al, 2009). Atualmente, a Insufici ncia renal cr nica (IRC) considerada um problema mundial de sa de p blica (LESSA, 2004). A IRC tem recebido cada vez mais aten o da comunidade cient fica internacional, uma vez que sua elevada preval ncia vem sendo demonstrada em estudos recentes (BASTOS; KIRSZTAJN, 2011). Dados epidemiol gicos sugerem a exist ncia atual de aproximadamente um milh o de pessoas com a IRC submetidas a tratamento dial tico em todo o mundo (HAFEZ; ABDELLATIF; ELKHATIB, 2006). De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia (2011), no ano de 2011, havia 643 unidades de di lise no Brasil e pacientes 13 com IRC.

4 No Estado do Amap , havia nesse mesmo ano, na Unidade de Nefrologia do Hospital Dr. Alberto Lima 162 pacientes com IRC (GEA, 2011). A insufici ncia renal cr nica uma patologia que afeta os diferentes aspectos da vida do paciente. de dif cil tratamento, com s rias implica es f sicas, psicol gicas e socioecon micas n o apenas para o indiv duo, como tamb m para a fam lia e a sociedade (LATA et al, 2008). Muitos estudos t m relacionado a nefrite presen a de retinopatia. Kofoed-Enevoldsen et al (1987) relatam que a incid ncia de retinopatia em pacientes com nefropatia de 74%, enquanto que, apenas 14% dos pacientes n o-nefropatas apresentam retinopatia. A incid ncia da retinopatia aumenta dramaticamente cinco anos depois do aparecimento da protein ria, a principal caracter stica da IRC.

5 A Nefrite heredit ria ou S ndrome de Alport a forma progressiva de doen a glomerular, comumente associada a altera es do cristalino e perda da audi o. O lentecone a altera o ocular patognom nicaque pode ser associada s ndrome, al m de catarata subcapsular, rotura da capsula, esferofacia, miopia, atrofia da ris, s ndrome da dispers o pigmentar, anisocoria, arco senil e altera es retinianasda s ndrome (SILVESTRINI; FERREIRA; COHEN, 2001). A IRC uma condi o cl nica caracterizada pele reten o de toxinas ur micas, associada perda irrevers vel da fun o renal. sabido que as toxinas ur micas afetam v rias partes do corpo, incluindo o c rebro e, consequentemente, ocasionando uma neuropatia perif rica e disfun o no Sistema Nervoso Central (SEYMEN et al, 2010).

6 Muitos trabalhos na literatura tem abordado a insufici ncia renal cr nica, mas poucos t m abordado os aspectos relacionados fun o visual, dentre os trabalhos descritos na literatura, encontram-se poucos estudos eletrofisiol gicos e nenhum estudo psicof sico. Dentre os artigos pesquisados n o h estudos que relacionassem a IRC e os testes psicof sicos como prop e a atual pesquisa. Apesar dessa lacuna, essa pesquisa pretende realizar os referidos testes e investigar os poss veis comprometimentos visuais dos doentes renais cr nicos. A presente pesquisa teve como motiva o responder as instigantes indaga es: pessoas com insufici ncia renal cr nica em tratamento hemodial tico apresentam comprometimento da fun o visual quanto ao processamento de cor e contraste?

7 As poss veis respostas podem estar na liga o entre o ac mulo de toxinas e metab litos no organismo e o comprometimento dos diversos sistemas do organismo, inclusive o do sistema nervoso e a consequ ncia deste no sistema visual. 14 A polineuropatia uma complica o comum em pacientes com insufici ncia renal cr nica, independentemente do tipo da terapia. Quando bem preservada a fun o renal residual em pacientes em di lise peritoneal tem um papel importante no melhoramento da efic cia do tratamento dial tico, em consequ ncia influenciando a preserva o adequada da fun o do nervo perif rico ( janda et al, 2007). Seymen et al (2010) observaram que ao progredir a IRC, o teste eletrofisiol gico de potencial visual provocado (PVP) diminu do indica danos no sistema visual neuronal.

8 As disfun es do sistema nervoso central podem ser diagnosticadas e a terap utica adicional pode ser seguida usando PVP durante o tratamento de IRC. Demirbilek et al (2005), utilizando, o PVP, em crian as com insufici ncia renal cr nica, afirma que o comprometimento nervoso frequente em pacientes com insufici ncia renal. O reconhecimento precoce da doen a por meio de testes eletrofisiol gicos pode fornecer meios para medidas preventivas antes do dano irrevers vel s estruturas do sistema nervoso ocorra. Atrav s de pesquisas realizadas na UNIFAP com os testes psicof sicos visuais em pacientes com patologias cr nicas como o diabetes e a hipertens o arterial sist mica (HAS) que comprovadamente alteram a fun o visual, viu-se a necessidade de analisar outra patologia cr nica de causa prim ria ou secund ria s patologias citadas, isto , a Insufici ncia Renal Cr nica (IRC).

9 Diante do crescente n mero de pessoas acometidas com IRC e da falta de informa o sobre o desenvolvimento dessa patologia, suas consequ ncias e poss veis inj rias visuais, h um grande n mero de pacientes com comprometimento visual que necessitam de acompanhamento da fun o visual, sobretudo, baixa acuidade visual, que dificulta, ainda mais, o processo de autocuidado. O monitoramento e acompanhamento da fun o visual mostram-se de grande import ncia para prevenir o agravamento e consequentes complica es da IRC sobre o sistema visual, podendo at mesmo evitar a cegueira. Devemos estar cientes da gravidade dessa doen a, conhecendo as suas caracter sticas. O objetivo geral desta pesquisa foi estudar o desempenho do sistema visual humano e suas prov veis altera es em pessoas com Insufici ncia Renal Cr nica com ou sem co-morbidades atrav s de testes psicof sicos experimentais.

10 E os objetivos espec ficos foram: avaliar a fun o de sensibilidade ao contraste espacial de lumin ncia; avaliar a capacidade de discrimina o de cores utilizando o m todo de ordenamento de cores de Farnsworth-Munsell; e realizar an lise comparativa com os resultados da avalia o entre pessoas que apresentam somente IRC; IRC associada co-morbidades DM e HA; IRC e DM; IRC e HA. 15 2 REFERENCIAL TE RICO INSUFICI NCIA RENAL CR NICA IRC A Insufici ncia Renal Cr nica (IRC) uma s ndrome metab lica decorrente de uma perda progressiva, geralmente lenta, da capacidade excret ria renal. Dado que a fun o de excre o de catab litos resultante principalmente da filtra o glomerular, a IRC consiste assim em uma perda progressiva da filtra o glomerular que pode ser avaliada clinicamente pela medida do clearance de creatinina em urina de 24 horas (DRAIBE; AJZEN, 2013).


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