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21019f-Diretrizes Consenso sobre anemia ferropriva - SBP

N 2 / Junho / 2018atualizado em de Nutrologia eHematologia-HemoterapiaCONSENSO sobre anemia ferropriva : MAIS QUE UMA DOEN A, UMA URG NCIA M DICA!Coordenadores:Mauro Fisberg1,2,3, Isa Lyra4, Virginia Weff ort1 Participantes:H lcio de Sousa Maranh o1, Junaura Rocha Barretto1, Valmin Ramos da Silva1,Jocemara Gurmini1, Monica de Araujo Moretzsohn1, Carlos Alberto Nogueira de Almeida1, Rafaela Cristina Ricco1, Paulo Jose Medeiros de Souza Costa4, C lia Martins Campanaro4, Josefi na Aparecida Pellegrini Braga4, Maria Lucia de Martino Lee4, Paulo Ivo Cortez de Araujo4, Rosana Cipolotti4, Cl udio Galv o de Castro Junior4, Benigna Maria de Oliveira4, Maria Arlete Meil Schmidt Escriv o2, Sandra Loggetto5,Rachel HV Machado6 Colaboradores:Dirceu Sol 7, Luciana Rodrigues Silva8, Rubens Feferbaum2, Claudio Barsanti91.

de anemia ferropriva. Há necessidade de da-dos atualizados, representativos e de con fi a-bilidade, para a continuidade de programas de prevenção e tratamento mais adequados. Repercussões da anemia para a saúde A anemia ferropriva tem efeito no cresci-mento e desenvolvimento de populações em risco, por afetar grupos em idade de crescimen-

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1 N 2 / Junho / 2018atualizado em de Nutrologia eHematologia-HemoterapiaCONSENSO sobre anemia ferropriva : MAIS QUE UMA DOEN A, UMA URG NCIA M DICA!Coordenadores:Mauro Fisberg1,2,3, Isa Lyra4, Virginia Weff ort1 Participantes:H lcio de Sousa Maranh o1, Junaura Rocha Barretto1, Valmin Ramos da Silva1,Jocemara Gurmini1, Monica de Araujo Moretzsohn1, Carlos Alberto Nogueira de Almeida1, Rafaela Cristina Ricco1, Paulo Jose Medeiros de Souza Costa4, C lia Martins Campanaro4, Josefi na Aparecida Pellegrini Braga4, Maria Lucia de Martino Lee4, Paulo Ivo Cortez de Araujo4, Rosana Cipolotti4, Cl udio Galv o de Castro Junior4, Benigna Maria de Oliveira4, Maria Arlete Meil Schmidt Escriv o2, Sandra Loggetto5,Rachel HV Machado6 Colaboradores:Dirceu Sol 7, Luciana Rodrigues Silva8, Rubens Feferbaum2, Claudio Barsanti91.

2 Departamento de Nutrologia Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP); 6. Instituto Pensi;2. Departamento de Nutrologia Sociedade de Pediatria de S o Paulo (SPSP); 7. Coordenador Departamentos Cient fi cos SBP;3. Centro de Difi culdades Alimentares Instituto Pensi; 8. Presidente SBP;4. Departamento de Hematologia e Hemoterapia SBP; 9. Presidente Departamento de Hematologia SPSP; ndiceIntrodu o .. 2A anemia ferropriva .. 2 Repercuss es da anemia para a sa de .. 3 Diagn stico cl nico e laboratorial .. 4 Preven o e tratamento da anemia ferropriva .. 6 Declara o de interesses .. 9 Refer ncias .. 10 Consenso sobre anemia ferropriva : mais que uma doen a, uma urg ncia m dica!

3 2 Introdu oNos ltimos anos, in meras a es governa-mentais e n o governamentais t m buscado in-terferir nos n veis de anemia ferropriva na popu-la o. Apesar de diferentes interven es com o uso de medidas profi l ticas, educativas, modifi -ca es ambientais e um maior interesse pol tico, os ndices de anemia seguem muito altos. Ainda n o h um estudo nacional de preval ncia e de incid ncia de anemia ferropriva considerado me-todologicamente adequado, sendo a maior parte dos estudos existentes de car ter regional e/ou com amostras de conveni ncia, al m da utiliza- o de diferentes crit rios diagn sticos. Projetos de interven o com o uso de medidas importa-das de pa ses em desenvolvimento, como o uso de suplementa o com sach s base de vitami-nas e minerais, mostram resultados interessantes para popula es de alto risco, mas inadequado para uso individual.

4 A fortifi ca o alimentar man-dat ria, especialmente a da farinha, tampouco mostra os resultados esperados, por n o atingir a faixa et ria de maior risco, o lactente. Do mesmo modo, a orienta o nutricional prescrita pelo pe-diatra parece ainda enfrentar difi culdades quan-to tradu o das orienta es t cnicas em pr ti-cas culin rias palp veis para as fam difi culdades na obten o de um diagn sti-co precoce, com exames simples e objetivos, as-sim como a indiferen a de grande parte dos pro-fi ssionais para a gravidade do problema, tanto no n vel sa de p blica quanto no individual (com-prometimento no crescimento e desenvolvimen-to das crian as), motivaram a busca por nova abordagem frente a este t pico de discuss o.

5 O Centro de Difi culdades Alimentares - CDA (Insti-tuto Pensi - Funda o Jos Luiz Egydio Set bal), os Departamento de Nutrologia e de Hematolo-gia e Hemoterapia da Sociedade Brasileira de Pe-diatria e os de Hematologia e de Nutri o Infantil da Sociedade de Pediatria de S o Paulo uniram--se para atualizar normas para a conscientiza o do pediatra quanto ao diagn stico precoce, s consequ ncias a longo prazo, profi laxia e trata-mento da anemia comit conjunto buscou o questionamen-to e refl ex o sobre as principais quest es rele-vantes para a pr tica cl nica do pediatra, com sugest es para os profi ssionais e entidades go-vernamentais, visando o diagn stico e manejo da anemia ferropriva na inf ncia.

6 Organizados segundo aspectos epidemiol gicos, etiol gicos, crit rios diagn sticos, aspectos do tratamento e preven o. Em reuni o na Cidade de Campinas, nos dias 5 e 6 de abril de 2018, foi realizado o encontro dos grupos e redigido o Consenso - anemia Carencial ferropriva : mais do que uma doen a, uma emerg ncia pedi anemia ferroprivaAnemia , segundo a Organiza o Mundial da Sa de (OMS), a condi o na qual a concentra o sangu nea de hemoglobina se encontra abaixo dos valores esperados (inferior a -2DP), tornan-do-se insufi ciente para atender as necessidades fi siol gicas exigidas de acordo com idade, sexo, gesta o e altitude1.

7 De origem multifatorial, pode ser ocasionada pela defi ci ncia de ferro e/ou diversos outros micronutrientes, por perdas sangu neas, processos infecciosos e patol gicos concomitantes, uso de medica es espec fi cas que impe am ou prejudiquem a absor o do fer-ro2,3. A principal causa de anemia a defi ci ncia de ferro, estando associada a mais de 60% dos casos em todo o ferro o metal mais presente no corpo humano e participa de todas as fases da s ntese proteica e dos sistemas respirat rios, oxidativos e anti-infecciosos do organismo5-7. A maior parte do ferro utilizado no organismo humano pro-veniente do pr prio sistema de reciclagem de hem cias, e uma pequena parte proveniente da dieta, advindo de fontes vegetais ou inorg nicas (ferro n o hem nico), e da carne e ovos (ferro he-m nico ou org nico).

8 Diferente do ferro n o heme, que sofre intensa infl u ncia de fatores antinutri-cionais no seu processo absortivo, o ferro heme tem regulagem pr pria e independente de a o de mecanismos inibidores ou facilitadores da die-Departamentos de Nutrologia e Hematologia-Hemoterapia Sociedade Brasileira de Pediatria3ta. A secre o g strica de cido clor drico (neces-s ria para a solubiliza o dos sais de ferro e para a manuten o do ferro na forma ferrosa Fe2+) tam-b m importante para a absor o do mineral7, que quase dois bilh es de pesso-as em todo o mundo apresentam anemia e que de 27% a 50% da popula o seja afetada pela defi ci ncia de ferro2,4.

9 Mesmo acometendo to-dos os grupos et rios e n veis sociais, com am-pla distribui o geogr fi ca, a anemia ferropriva ainda uma doen a que atinge prioritariamente as camadas socialmente menos favorecidas, de menor renda e desenvolvimento2,4,9,10. No Brasil, os dados variam muito, mas a maior parte pro-v m de estudos isolados, de grupos e n o repre-sentativos da realidade nacional. Variam de 40% a 50% das crian as estudadas, sendo maior em crian as menores de tr s anos e gestantes11,12. Em revis o sistem tica de 53 artigos brasileiros realizada em 2009 pelo grupo de Jord o (total aproximado de 21000 crian as avaliadas), a pre-val ncia descrita para anemia foi de 53%, sendo maior nas regi es Norte e Nordeste4, o do Consenso : houve discreta melhora na situa o da anemia no Brasil nos ltimos anos, especialmente por aumen-to da preval ncia do aleitamento materno, uso de f rmulas enriquecidas, melhoria do acesso a fontes alimentares, programas de fortifi ca o e enriquecimento de alimentos, campanhas educativas governamentais e privadas, al m de modifi ca es ambientais.

10 No entanto, os resultados de estudos de pre-val ncia de mbito nacional s o controver-sos, escassos, com popula es pequenas e regionalizadas. H necessidade de estudos que utilizem amostras representativas e calculadas, com base populacional. Sugere--se a cria o de suplementos em peri dicos, incentivando a publica o atualizada a res-peito do tema na popula o brasileira e que possam contemplar artigos nacionais que n o obtiveram espa o editorial em revistas internacionais por serem temas de interes-se regional. Contar com apoio de grandes corpora es, sociedades cientifi cas ou mis-tas, para analisar a preval ncia em amostras representativas ou de grande porte.


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