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A construção de um Projeto Terapêutico Singular com ...

A constru o de um Projeto Terap utico Singular com usu rio e fam lia: potencialidades e limita es The construction of a Singular Therapeutic Project with the user and the family: potentialities and limitations 521. Laura Gra as Padilha de Carvalho*. Relato de Experi ncia Report of Experience O Mundo da Sa de, S o Paulo - 2012;36(3):521-525. Mayrene Dias de Sousa Moreira**. Larissa de Almeida R zio**. Neuma Zamariano Fanaia Teixeira**. Resumo O Projeto Terap utico Singular (PTS), principal instrumento de trabalho interdisciplinar dos Centros de Aten o Psicosso- cial (CAPS), possibilita a participa o, reinser o e constru o de autonomia para o usu rio / fam lia em sofrimento ps - quico. O objetivo foi de descrever as etapas que constitu ram a constru o de um PTS em conjunto com usu ria / fam lia de um CAPS do munic pio de Cuiab -MT.

A elaboração desse tipo de projeto acontece por meio da atuação singular do pro-fissional-referência do usuário / família, e desse profissional com toda a equipe, por meio de dis-cussões e estudo do caso6. A partir desse novo modelo de assistên-cia aos usuários em sofrimento psíquico, temos como objetivo relatar a experiência da ...

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1 A constru o de um Projeto Terap utico Singular com usu rio e fam lia: potencialidades e limita es The construction of a Singular Therapeutic Project with the user and the family: potentialities and limitations 521. Laura Gra as Padilha de Carvalho*. Relato de Experi ncia Report of Experience O Mundo da Sa de, S o Paulo - 2012;36(3):521-525. Mayrene Dias de Sousa Moreira**. Larissa de Almeida R zio**. Neuma Zamariano Fanaia Teixeira**. Resumo O Projeto Terap utico Singular (PTS), principal instrumento de trabalho interdisciplinar dos Centros de Aten o Psicosso- cial (CAPS), possibilita a participa o, reinser o e constru o de autonomia para o usu rio / fam lia em sofrimento ps - quico. O objetivo foi de descrever as etapas que constitu ram a constru o de um PTS em conjunto com usu ria / fam lia de um CAPS do munic pio de Cuiab -MT.

2 Trata-se de um relato de experi ncia de acad micas do curso de Enfermagem da Universidade Federal de Mato Grosso. A partir da an lise das informa es coletadas, elencamos os problemas, buscamos refer ncias bibliogr ficas, tra amos objetivos e interven es. A constru o do PTS resultou na sensibiliza o da fam lia e esclarecimentos de d vidas acerca do sofrimento ps quico da usu ria, favoreceu a elabora o em conjunto do plano de cuidados e, consequentemente, do fortalecimento de v nculo, uma vez que usu ria e fam lia estiveram presentes em todo o processo, resultando na constru o de sua autonomia. Encontramos como limite o modelo m dico-psiqui trico ainda existente no trabalho do CAPS, evidenciado pela pouca participa o, integra o e valoriza o da maior parte da equipe na constru o do PTS. Tivemos com potencialidade a aprendizagem adquirida pelas acad micas e usu ria / fam lia, evi- denciando os avan os j conquistados no cuidado em sa de mental, por meio da aten o psicossocial.

3 Palavras-chave: Enfermagem. Sa de Mental. Assist ncia em Sa de Mental. Cuidados de Enfermagem. Abstract The Singular Therapeutic Project (PTS), the main tool for interdisciplinary work of the Psycho-social Care Centers (CAPS, acronym in Portuguese), makes possible some important things, such as: the participation, reinsertion and construction of autonomy by the user / family in psychological suffering. The main goal was to describe the stages that constituted the construction of a PTS. together with the user / family from a CAPS of Cuiab city, MT. This study is a report of academic experiences from the Nursing School of Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Beginning by analyzing all the information collected, we have listed the problems, did bibliographical surveys, established goals and interventions.

4 The PTS construction has resulted in the family sensitization and clarification of doubts related to the user's psychological suffering. It also helped the development of the care plan and, consequently, the reinforcement of the connection, once the user and the family were involved in all the processes which resulted in the construction of the person's autonomy. We have found the psychiatric medical model, which still exists in the CAPS works, to be a limitation, as evidenced by the scarce participation, integration and valuation of most of the staff in the construction of the PTS. We strongly learned through the academics and user / family experiences, by making clear and evident the mental health care advances that has already been achieved through psycho-social attention. Keywords: Nursing. Mental Health.

5 Mental Health Assistance. Nursing Care. * Enfermeira pela Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiab -MT, Brasil. E-mail: ** Enfermeira pela Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiab -MT, Brasil. E-mail: ** Professora Mestre. Assistente da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiab -MT, Brasil. E-mail: ** Professora Doutora. Adjunta da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiab -MT, Brasil. E-mail: As autoras declaram n o haver conflito de interesses. Introdu o Por se tratar de um relato de experi ncia de ensino-aprendizagem, n o houve necessidade de A Reforma Psiqui trica, movimento social seu encaminhamento para o Comit de tica em contra-hegem nico ao modelo m dico-psiqui - Pesquisa, previsto na Resolu o n.

6 196/1996 do trico, que se centrava na doen a, cura, medicali- Conselho Nacional de Sa de. za o e exclus o, pode atualmente ser conside- rada um importante movimento social complexo que possibilita a constru o e efetiva o de um M todo avan o em sa de mental: o modelo de aten o Trata-se de um relato de experi ncia, ela- 522 psicossocial, que tem seu foco na conflu ncia borado a partir da viv ncia de acad micas do dos aspectos biol gicos, psicol gicos, pol ticos, curso de gradua o em Enfermagem da UFMT, O Mundo da Sa de, S o Paulo - 2012;36(3):521-525. A constru o de um Projeto Terap utico Singular com usu rio e fam lia: potencialidades e limita es sociais e culturais, e considera o sofrimento men- durante o segundo semestre de 2010. Com o tal como um fen meno que abarca essas dimen- objetivo de integrar as atividades pr ticas das s es, possibilitando ao paciente a participa o duas disciplinas mencionadas anteriormente, em seu pr prio tratamento1,2.

7 Foi apresentada a proposta de elabora o de um Como principal representante desse modelo PTS de uma usu ria e familiar do CAPS onde as substitutivo, os Centros de Aten o Psicossocial atividades pr ticas aconteceram. O processo de (CAPS)3 se caracterizam como um servi o co- escolha da usu ria ocorreu no primeiro dia de munit rio e aberto do Sistema nico de Sa de visita institui o, ap s uma das oficinas. Poste- (SUS), sendo refer ncia para tratamento de pes- riormente, realizamos seis encontros e uma visita soas em sofrimento ps quico. Sua finalidade prin- domiciliar, que possibilitaram a coleta de dados cipal a constru o da autonomia e reinser o por meio de entrevistas com a usu ria e fam lia. social dos usu rios por meio do trabalho, lazer, A partir da an lise dessas informa es, elenca- exerc cio dos direitos e deveres civis e fortaleci- mos os problemas e buscamos na literatura da- mento dos la os familiares e comunit rios, sendo dos da psicopatologia, medica es, tratamentos assim, substitutivos das interna es psiqui tricas.

8 Atuais e outras d vidas demandadas pela usu ria. Para efetiva o do tratamento, primordial Diante dessas informa es, elaboramos junto a que usu rio e fam lia participem do processo. ela os objetivos que pretend amos alcan ar, bem Para tanto os CAPS utilizam como instrumento como o plano de cuidados. No ltimo encontro, de trabalho em equipe o Projeto Terap utico apresentamos-lhe o PTS, para que fosse validado Singular (PTS), que possibilita a participa o a partir de sua an lise e fizesse as considera es do usu rio e, consequentemente, a constru o que julgasse pertinentes. de sua autonomia. Esse instrumento conside- ra a historicidade e as necessidades individu- Resultados e discuss o ais do usu rio que se encontra inserido num contexto4,5. A elabora o desse tipo de Projeto Ap s a escolha da usu ria, iniciamos a pri- acontece por meio da atua o Singular do pro- meira etapa do PTS: o acolhimento, que permite fissional-refer ncia do usu rio / fam lia, e desse a aproxima o, o estar com , o envolver-se, ou profissional com toda a equipe, por meio de dis- seja, remete a uma atitude de inclus o, devendo cuss es e estudo do caso6.

9 Estar presente em todas as rela es e encontros. O. A partir desse novo modelo de assist n- acolhimento engloba o compromisso de reconhe- cia aos usu rios em sofrimento ps quico, temos cimento do outro em sua individualidade, como como objetivo relatar a experi ncia da constru- um ser que tem suas diferen as, suas dores, suas o de um PTS juntamente com a usu ria e fa- alegrias, seu modo de viver, sentir e estar na vida. miliar de um CAPS do munic pio de Cuiab -MT. Al m disso, no campo da sa de, promove a qualifi- Essa experi ncia aconteceu durante as atividades ca o da escuta, a constru o de v nculo e garantia pr ticas das disciplinas de Enfermagem em Sa de do acesso com responsabiliza o e resolutividade7. Mental e de Sexualidade e Reprodu o Humana O estabelecimento de v nculos alicer a a da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

10 Cria o de uma rela o de compromisso entre a equipe, usu rio e fam lia, que pode redundar como se h seu envolvimento. Quando isso n o . numa liga o mais humana e Singular . O v nculo, verificado, podem-se propor a es que auxiliem quando criado, possibilita uma parceria, pautada na reintegra o do usu rio no domic lio e do en- pela sinceridade e responsabilidade, e permite volvimento da fam lia no tratamento9. que seja ofertado um atendimento que abarque A usu ria e familiar apresentaram-se coope- as necessidades dos usu rios e de suas fam lias, rativas e participativas durante a entrevista, res- assumindo car ter de equipe. Essa estar mais sen- pondendo aos questionamentos com prontid o, s vel escuta atenta e identifica o de vulnera- fazendo v rios apontamentos em rela o psi- bilidades e riscos, possibilitando a constru o de copatologia e tratamento.


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