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A didática e a aprendizagem do pensar e do …

A did tica e a aprendizagem do pensar e do aprenderRevista Brasileira de Educa o 5Os desafios da escola e da did tica atuale a contribui o da Teoria Hist rico-socialda AtividadeAnte as necessidades educativas presentes, a es-cola continua sendo lugar de media o cultural, e apedagogia, ao viabilizar a educa o, constitui-se comopr tica cultural intencional de produ o e internaliza- o de significados para, de certa forma, promover odesenvolvimento cognitivo, afetivo e moral dos indi-v duos.

A didática e a aprendizagem do pensar e do aprender Revista Brasileira de Educação 5 Os desafios da escola e da didática atual e a contribuição da Teoria Histórico-social

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1 A did tica e a aprendizagem do pensar e do aprenderRevista Brasileira de Educa o 5Os desafios da escola e da did tica atuale a contribui o da Teoria Hist rico-socialda AtividadeAnte as necessidades educativas presentes, a es-cola continua sendo lugar de media o cultural, e apedagogia, ao viabilizar a educa o, constitui-se comopr tica cultural intencional de produ o e internaliza- o de significados para, de certa forma, promover odesenvolvimento cognitivo, afetivo e moral dos indi-v duos.

2 O modus faciendi dessa media o cultural,pelo trabalho dos professores, o provimento aos alu-nos dos meios de aquisi o de conceitos cient ficos ede desenvolvimento das capacidades cognitivas eoperativas, dois elementos da aprendizagem escolarinterligados e indissoci efeito, as crian as e jovens v o escola paraaprender cultura e internalizar os meios cognitivosde compreender e transformar o mundo. Para isso, necess rio pensar estimular a capacidade de racio-c nio e julgamento, melhorar a capacidade reflexivae desenvolver as compet ncias do pensar .

3 A did ticatem o compromisso com a busca da qualidade cogni-tiva das aprendizagens, esta, por sua vez, associada aprendizagem do pensar . Cabe-lhe investigar comoajudar os alunos a se constitu rem como sujeitos pen-santes e cr ticos, capazes de pensar e lidar com con-ceitos, argumentar, resolver problemas, diante de di-lemas e problemas da vida pr tica. A raz o pedag gicaest tamb m associada, inerentemente, a um valor in-tr nseco, que a forma o humana, visando a ajudaros outros a se educarem, a serem pessoas dignas, jus-tas, cultas, aptas a participar ativa e criticamente navida social, pol tica, profissional e texto ap ia-se em duas cren as: uma, que aescola continua sendo uma inst ncia necess ria dedemocratiza o intelectual e pol tica.

4 Outra, que umapol tica educacional inclusiva deve estar fundamen-tada na id ia de que o elemento nuclear da escola aA did tica e a aprendizagem do pensare do aprender: a Teoria Hist rico-culturalda Atividade e a contribui o de Vasili DavydovJos Carlos Lib neo*Universidade Cat lica de Goi s* O autor agradece a contribui o do professor Seth Chaiklinno esclarecimento de express es e termos de dif cil compreens oou interpreta o, encontrados na vers o em ingl s do texto de Davydov, utilizado como base deste Carlos Lib neo6 Set /Out /Nov /Dez 2004 No 27atividade de aprendizagem , lastreada no pensamentote rico, associada aos motivos dos alunos.

5 Sem o queas escolas n o seriam verdadeiramente recentes sobre os processos do pensar edo aprender, para al m da acentua o do papel ativodos sujeitos na aprendizagem , insistem na necessida-de dos sujeitos desenvolverem compet ncias e habi-lidades cognitivas. Para Castells (apud Hargreaves,2001, p. 16), a tarefa das escolas e dos processos edu-cativos desenvolver em quem est aprendendo a ca-pacidade de aprender, em raz o de exig ncias postaspelo volume crescente de dados acess veis na socie-dade e nas redes informacionais, da necessidade delidar com um mundo diferente e, tamb m, de educara juventude em valores e ajud -la a construir perso-nalidades flex veis e eticamente ancoradas.

6 Tamb mMorin (2000) expressa com muita convic o a exi-g ncia de se desenvolver uma intelig ncia geral quesaiba discernir o contexto, o global, o multidimensio-nal, a intera o complexa dos elementos. Ele escreve:[..] o desenvolvimento de aptid es gerais da mente permi-te melhor desenvolvimento das compet ncias particularesou especializadas. Quanto mais poderosa a intelig nciageral, maior sua faculdade de tratar problemas compreens o dos dados particulares tamb m necessitada ativa o da intelig ncia geral, que opera e organiza amobiliza o dos conhecimentos de conjunto em cada casoparticular.

7 [..] Dessa maneira, h correla o entre a mobi-liza o dos conhecimentos de conjunto e a ativa o da in-telig ncia geral. (Morin, 2000, p. 39)Outros estudos v m mostrando o impacto dosmeios de comunica o na configura o dos modosde pensar e das pr ticas sociais da juventude (porexemplo, Porto, 2003; Belloni, 2002; Engestr m,2002), das tecnologias e dos meios informacionais,dos crescentes processos de diversifica o cultural,afetando os processos de ensino e aprendizagem .

8 Em raz o dessas demandas que a did tica pre-cisa incorporar as investiga es mais recentes sobremodos de aprender e ensinar e sobre o papel media-dor do professor na prepara o dos alunos para o pen-sar. Mais precisamente, ser fundamental entender queo conhecimento sup e o desenvolvimento do pensa-mento e que desenvolver o pensamento sup e meto-dologia e procedimentos sistem ticos do pensar . Nessecaso, a caracter stica mais destacada do trabalho doprofessor a media o docente pela qual ele se p eentre o aluno e o conhecimento para possibilitar ascondi es e os meios de aprendizagem , ou seja, asmedia es suporte te rico de partida o princ pio vygo-tskiano de que a aprendizagem uma articula o deprocessos externos e internos, visando a internaliza- o de signos culturais pelo indiv duo.

9 O que gera umaqualidade auto-reguladora s a es e ao comporta-mento dos indiv duos. Esta formula o real a a ativi-dade s cio-hist rica e coletiva dos indiv duos na for-ma o das fun es mentais superiores, portanto ocar ter de media o cultural do processo do conheci-mento e, ao mesmo tempo, a atividade individual deaprendizagem pela qual o indiv duo se apropria daexperi ncia sociocultural como ser ativo. Todavia,considerando-se que os saberes e instrumentos cog-nitivos se constituem nas rela es intersubjetivas, suaapropria o implica a intera o com os outros j por-tadores desses saberes e instrumentos.

10 Em raz o dis-so que a educa o e o ensino se constituem formasuniversais e necess rias do desenvolvimento mental,em cujo processo se ligam os fatores socioculturais eas condi es internas dos indiv que est em quest o como o ensino podeimpulsionar o desenvolvimento das compet nciascognitivas mediante a forma o de conceitos e de-senvolvimento do pensamento te rico, e por quaismeios os alunos podem melhorar e potencializar suaaprendizagem. Em outras palavras, trata-se de sabero que e como fazer para estimular as capacidades in-vestigadoras dos alunos, ajudando-os a desenvolvercompet ncias e habilidades mentais.


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