Example: bachelor of science

A Neurociência e a Educação: Como nosso cérebro aprende?

A Neuroci ncia e a Educa o: Como nosso c rebro aprende? Ouro Preto - MG 2016 III Curso de Atualiza o de Professores da Educa o Infantil, Ensino Fundamental e M dio A Neuroci ncia e a Educa o: Como nosso c rebro aprende? Alexsandro Luiz dos Reis; Aline Luciano Horta Ana Cl udia Alvarenga; Derli Barbosa dos Santos Fernanda de Ara jo Satler Vilela; Fernando Vieira Costa Flaviane da Silveira Paiva e Matta; Gabriela da Silva Ara jo Gabriela Guerra Leal de Souza; Graciene Carvalho Vieira Isabel Cristina Alves Estev o; Klinger Carlos Silva Lopes Lisandra Brandino de Oliveira; Luciana Hoffert Castro Cruz Marcelo Silva Celestino; Marcia Priscilla Castro Lana Paloma Cristina de Carvalho Lacerda; Paulo Augusto Valadares Rafael Martins; Renata de Souza Capobiango Ferreira Victor Peres Silva.

6 III Curso de Atualização de Professores da Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio precisarão de estímulos bem direcionados e de estratégias alternativas de aprendizagem para

Information

Domain:

Source:

Link to this page:

Please notify us if you found a problem with this document:

Other abuse

Transcription of A Neurociência e a Educação: Como nosso cérebro aprende?

1 A Neuroci ncia e a Educa o: Como nosso c rebro aprende? Ouro Preto - MG 2016 III Curso de Atualiza o de Professores da Educa o Infantil, Ensino Fundamental e M dio A Neuroci ncia e a Educa o: Como nosso c rebro aprende? Alexsandro Luiz dos Reis; Aline Luciano Horta Ana Cl udia Alvarenga; Derli Barbosa dos Santos Fernanda de Ara jo Satler Vilela; Fernando Vieira Costa Flaviane da Silveira Paiva e Matta; Gabriela da Silva Ara jo Gabriela Guerra Leal de Souza; Graciene Carvalho Vieira Isabel Cristina Alves Estev o; Klinger Carlos Silva Lopes Lisandra Brandino de Oliveira; Luciana Hoffert Castro Cruz Marcelo Silva Celestino; Marcia Priscilla Castro Lana Paloma Cristina de Carvalho Lacerda; Paulo Augusto Valadares Rafael Martins; Renata de Souza Capobiango Ferreira Victor Peres Silva.

2 Wellington Geraldo Lima Amaral Wflander Martins de Souza Ouro Preto - MG 2016 Coordena o do Programa de P s Gradua o em Ci ncias Biol gicas Prof. Dr. Rodrigo Cunha Alvim de Menezes Coordena o do Mestrado Profissional em Ensino de Ci ncias Prof. Dr. F bio Augusto Rodrigues e Silva Coordena o do curso: Profa. Dra. Gabriela Guerra Leal de Souza Profa. Dra. Lisandra Brandino de Oliveira Profa. Dra. Luciana Hoffert Castro Cruz Edi o da apostila: Wflander Martins de Souza NDICE PREF CIO .. 4 BASES NEUROANAT MICAS E NEUROFISIOL GICAS DO PROCESSO ENSINO E APRENDIZAGEM .. 5 EDUCA O INCLUSIVA .. 10 ATRASOS NO DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR COM NFASE EM MICROCEFALIA.

3 12 DROGAS .. 14 DEPRESS O E ANSIEDADE INFANTIL .. 19 TRANSTORNO DO D FICIT DE ATEN O COM HIPERATIVIDADE (TDAH) .. 25 TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA .. 28 CONSIDERA ES FINAIS .. 36 4 III Curso de Atualiza o de Professores da Educa o Infantil, Ensino Fundamental e M dio PREF CIO Qual o objetivo do ensino? O que aprendizagem? Como se aprende algo novo? Onde se localizam nossas mem rias? Segundo o neurocientista Ivan Izquierdo, a mem ria a aquisi o, forma o, conserva o e evoca o de informa es. Esta aquisi o de novos conhecimentos tamb m chamada de aprendizagem, pois s se ret m na mem ria o conte do que foi aprendido. Aprendizagem, portanto, um processo complexo que envolve a forma o de novas mem rias.

4 A educa o, por meio do processo ensino e aprendizagem, tem como objetivo o grande desenvolvimento pessoal, adequando o aprendiz ao meio no qual ele est inserido. Educar proporcionar oportunidades e orienta o para aprendizagem, para aquisi o de novos comportamentos. Segundo Hip crates, grande fil sofo grego, pai da Medicina, no s culo IX , o homem deveria saber que de nenhum outro lugar, mas do enc falo vem a alegria, o pesar, adquirimos sabedoria e conhecimento, enxergamos, ouvimos e sabemos. Neste relato, Hip crates evidencia que a aprendizagem depende do enc falo. Muito tempo depois das afirma es de Hip crates, o conceito de que o comportamento humano estaria diretamente ligado ao enc falo foi intensamente investigado e publicado na d cada de 90, a chamada D cada do C rebro , quando diversas pesquisas cient ficas se destinaram intensamente ao estudo deste rg o.

5 Estudar o enc falo, portanto, se dedicar ao estudo da parte do corpo humano respons vel pela aprendizagem. neste substrato biol gico, o enc falo, que se faz a aprendizagem. De acordo com a grande professora Leonor Guerra, desde o nascimento, o ser humano aprende algo novo todos os dias. por meio da intera o entre as pessoas, e com o meio ambiente, que se d a aquisi o de novos conhecimentos e a partir disso, podemos modificar os comportamentos que adquirimos ao longo de nossas vidas. Quando se aprende, novas habilidades e conhecimentos s o demonstradas, ganha-se compet ncias para realizar novos feitos que ser o relevantes para a sobreviv ncia, seja essa sobreviv ncia a busca da sa de e bem estar ou a realiza o profissional e pessoal.

6 Aprender uma caracter stica intr nseca do ser humano. Luciana Hoffert Castro Cruz 5 III Curso de Atualiza o de Professores da Educa o Infantil, Ensino Fundamental e M dio BASES NEUROANAT MICAS E NEUROFISIOL GICAS DO PROCESSO ENSINO E APRENDIZAGEM Luciana Hoffert Castro Cruz As Neuroci ncias e a Educa o As fun es intelectuais como a mem ria, linguagem, aten o, emo es, assim como ensinar e aprender, s o produzidas pela atividade dos neur nios no nosso enc falo (Kolb e Whishaw, 2002). O enc falo o rg o da aprendizagem. O enc falo humano composto por aproximadamente 86 bilh es de neur nios, as c lulas nervosas, que interagem entre si e com outras c lulas formando redes neurais para que possamos aprender o que significativo e relevante para a vida.

7 Os neur nios s o c lulas altamente excit veis que se comunicam entre si ou com outras c lulas por meio de uma linguagem eletroqu mica. O nosso comportamento depende do n mero de neur nios envolvidos nesta rede de comunica o neural e dos seus neurotransmissores, que s o subst ncias qu micas que modulam a atividade celular, acentuando ou inibindo a comunica o entre os neur nios. A maioria dos neur nios possui tr s regi es respons veis por fun es especializadas: corpo celular, dendritos e ax nio (Machado, 2013) (Figura 1). Figura 1: Desenho esquem tico de um neur nio. Observe o corpo celular que cont m o n cleo celular, os prolongamentos chamados dendritos e o ax nio.

8 Fonte: , acessado em 31 de janeiro de 2015. As sinapses, ou seja, as conex es entre as c lulas nervosas que comp e as diversas redes neurais v o se tornando mais bem estabelecidas e mais complexas, medida que o aprendiz interage com o meio ambiente interno e externo. Desta forma, verdadeiro que crian as pouco ou n o estimuladas durante a inf ncia podem apresentar dificuldade de aprendizagem. Nestes casos ao enc falo delas n o foi dada a oportunidade de se desenvolver plenamente, alcan ando toda a sua potencialidade. Estas crian as, para alcan ar os objetivos de desenvolvimento e compet ncia, 6 III Curso de Atualiza o de Professores da Educa o Infantil, Ensino Fundamental e M dio precisar o de est mulos bem direcionados e de estrat gias alternativas de aprendizagem para poderem ter chances de desenvolver as habilidades n o desenvolvidas (Guerra, 2011).

9 Al m dos neur nios, o sistema nervoso composto por c lulas da glia, que possuem fun es importantes e distintas, como suporte, defesa, aux lio na transmiss o do impulso nervoso, produ o de l quor, entre outras. No sistema nervoso central, al m dos 86 bilh es de neur nios, existem 85 bilh es de c lulas da glia, que s o os astr citos, oligodendr citos, micr glia e c lulas ependim rias (Figura 2). Estas c lulas possuem fun es variadas e primordiais. Resumidamente, os astr citos captam o excesso de neurotrasmissores e d o suporte para o estabelecimento dos neur nios em seus devidos lugares durante o desenvolvimento. Os oligodendr citos produzem bainha de mielina, uma subst ncia isolante lipoproteica que reveste os ax nios, facilitando e acelerando a transmiss o do impulso nervoso nos neur nios.

10 A micr glia atua como c lula de defesa, enquanto as c lulas ependim rias produzem o l quor ou l quido enc falo-espinhal, que reveste todo nosso sistema nervoso, funcionando como uma barreira mec nica contra impactos (Lent, 2012). Figura 2: Neur nios e c lulas da glia. Fonte: , acesso em 31 de janeiro de 2015. Todas estas c lulas, sejam elas neur nios ou c lulas da glia comp em o tecido nervoso, que a base de constru o do enc falo. O enc falo humano um rg o nico, nobre, que juntamente ao cerebelo e tronco encef lico formam o enc falo. O enc falo todo o conjunto de estruturas localizadas no interior do cr nio. O c rebro respons vel pelas emo es, racioc nio, aprendizagem, a sede das sensa es e movimentos volunt rios.


Related search queries