Example: dental hygienist

A RELAÇÃO PROFESSOR ALUNO E O PROCESSO …

1A RELA O PROFESSOR ALUNO E O PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM Rita de C ssia Soares Lopes 1 RESUMO: O objetivo deste trabalho foi descrever a proposta de implementa o pedag gica, fruto do Programa de Desenvolvimento Educacional criado e proposto pelo governo do Estado do Paran , realizado no ano de 2009. A presente pesquisa aconteceu numa escola da rede p blica estadual no munic pio de Ponta Grossa. Para a realiza o do estudo, participaram 58 alunos na faixa et ria entre onze e dezesseis anos. O trabalho foi planejado e executado em v rios momentos, utilizou-se como material de apoio em cada encontro, a produ o did tica, neste caso, um caderno pedag gico, elaborado especificamente para propiciar quest es relacionadas ao tema, A Rela o PROFESSOR / ALUNO e o PROCESSO Ensino/Aprendizagem. Concluiu-se com essa proposta, que a escola pode sim, por meio de interven es, motivar e sensibilizar tanto alunos, quanto professores a repensarem suas a es no ambiente escolar, otimizando o PROCESSO ensino-aprendizagem.

2 1 Introdução A relação professor-aluno tem sido uma das principais preocupações do contexto escolar. Nas práticas educativas, o que se observa é que, por não se dar a

Information

Domain:

Source:

Link to this page:

Please notify us if you found a problem with this document:

Other abuse

Transcription of A RELAÇÃO PROFESSOR ALUNO E O PROCESSO …

1 1A RELA O PROFESSOR ALUNO E O PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM Rita de C ssia Soares Lopes 1 RESUMO: O objetivo deste trabalho foi descrever a proposta de implementa o pedag gica, fruto do Programa de Desenvolvimento Educacional criado e proposto pelo governo do Estado do Paran , realizado no ano de 2009. A presente pesquisa aconteceu numa escola da rede p blica estadual no munic pio de Ponta Grossa. Para a realiza o do estudo, participaram 58 alunos na faixa et ria entre onze e dezesseis anos. O trabalho foi planejado e executado em v rios momentos, utilizou-se como material de apoio em cada encontro, a produ o did tica, neste caso, um caderno pedag gico, elaborado especificamente para propiciar quest es relacionadas ao tema, A Rela o PROFESSOR / ALUNO e o PROCESSO Ensino/Aprendizagem. Concluiu-se com essa proposta, que a escola pode sim, por meio de interven es, motivar e sensibilizar tanto alunos, quanto professores a repensarem suas a es no ambiente escolar, otimizando o PROCESSO ensino-aprendizagem.

2 Palavras-chave: rela o PROFESSOR ALUNO ; intera o; ensino aprendizagem ABSTRACT: ABSTRACT: The purpose of this study was to describe the educational implication proposal, that was a EDP (Educational Development Program) result; this kind of program created and proposed by the state government of Parana, that was held in 2009. This research took place in a public school in this state in the municipality of Ponta Grossa. For the study, were involved 58 students aged between eleven and sixteen years old and twelve teachers. The work was planned and executed in several and different moments and it was used as background material for each meeting, the didactic production, in this case, an educational notebook, designed specifically to provide questions on the theme. "The Relationship Teacher / Student and Teaching Process / Learning. It was concluded that the school is able to awareness and motivate both our students and teachers, through intervention, to rethink their actions in the school environment, optimizing the teaching-learning process.

3 Keywords: relationship - teacher - student; interaction, teaching learning 1 Especialista em Alfabetiza o. Pedagoga da Rede P blica Estadual. 21 Introdu o A rela o PROFESSOR - ALUNO tem sido uma das principais preocupa es do contexto escolar. Nas pr ticas educativas, o que se observa que, por n o se dar a devida aten o tem tica em quest o, muitas a es desenvolvidas no ambiente escolar acabam por fracassar. Da a import ncia de estabelecer uma reflex o aprofundada sobre esse assunto, considerando a relev ncia de todos os aspectos que caracterizam a escola. Ao levar em considera o a escola como a nica institui o demarcada, com a possibilidade da constru o sistematizada do conhecimento pelo ALUNO , foi de fundamental import ncia a cria o de algumas possibilidades e condi es favor veis, nas quais alunos e professores puderam refletir sobre sua pr tica e passaram a atuar num clima mais condizente com a realidade de uma escola.

4 Isso se deu porque, quanto mais instrumentalizados se sentiam melhor acontecia o desenvolvimento das a es realizadas por esses sujeitos. Assim, p de-se perceber que sempre imprescind vel rever alguns aspectos da realidade atual da escola, no sentido de propiciar condi es favor veis, que possibilitem o interesse de professores e alunos, para que constantemente pensem sobre essa realidade. S dessa forma poder o conquistar o reconhecimento e a valoriza o de suas a es, por parte de toda a comunidade escolar. Sabe-se que existe uma preocupa o por parte de muitos estudiosos e pesquisadores em contribuir para um trabalho mais rico e significativo nas escolas. Mas, ao se fazer uma an lise do atual contexto escolar, nota-se que ainda s o muito percept veis no cotidiano da escola, as reclama es e insatisfa es por parte dos professores em rela o aos alunos e vice-versa. Ou seja, a rela o PROFESSOR - ALUNO parece ser permeada por animosidades ou conflitos.

5 Diante de tantos desconfortos pedag gicos, houve alguns impasses: Entender ou repreender? Orientar ou ignorar? A partir da , tomou-se a decis o de olhar de frente o problema e o aproveitar para um tema de pesquisa a ser investigado: Como a rela o PROFESSOR - ALUNO pode contribuir no PROCESSO ensino-aprendizagem? 32 Referencial T orico O PROFESSOR e sua pr tica Muitos professores que atuam nas escolas n o se d o conta da importante dimens o que tem o seu papel na vida dos alunos. Nesse sentido, um dos aspectos que se quer ressaltar neste artigo a import ncia da forma o do PROFESSOR e da compreens o que ele deve ter em rela o a esse assunto. Pois, n o h como acontecer na escola uma educa o adequada s necessidades dos alunos sem contar com o comprometimento ativo do PROFESSOR no PROCESSO educativo. Entretanto, ao aproximar-se da figura de alguns professores, percebe-se que muitos, baseados no senso comum, acreditam que ser PROFESSOR apropriar-se de um conte do e apresent -lo aos alunos em sala de aula.

6 Mudar essa realidade necess rio para que uma nova rela o entre professores e alunos comece a existir dentro das escolas. Para tanto, preciso compreender que a tarefa docente tem um papel social e pol tico insubstitu vel, e que no momento atual, embora muitos fatores n o contribuam para essa compreens o, o PROFESSOR necessita assumir uma postura cr tica em rela o a sua atua o recuperando a ess ncia do ser educador . E para o PROFESSOR entender o real significado de seu trabalho, necess rio que saiba um pouco mais sobre sua identidade e a hist ria de sua profiss o. Ter amos que conseguir que os outros acreditem no que somos. Um PROCESSO social complicado, lento, de desencontros entre o que somos para n s e o que somos para fora [..] Somos a imagem social que foi constru da sobre o of cio de mestre, sobre as formas diversas de exercer este of cio.

7 Sabemos pouco sobre a nossa hist ria (ARROIO, 2000, ). Fazendo uma correla o com esse ponto de vista, n o se pode deixar de destacar e valorizar os fen menos hist rico-sociais presentes na atividade profissional do PROFESSOR . Nessa perspectiva, jamais poder ser compreendido o trabalho individual do PROFESSOR desvinculado do seu papel social, dessa forma estar-se-ia descaracterizando o sentido e o significado do trabalho docente. Considerando a emerg ncia de se trabalhar a identidade do PROFESSOR , percebe-se uma vasta bibliografia sobre a profiss o docente, a qual tem apresentado muitas ideias e questionamentos, principalmente sobre a forma o dos professores, e, mais especificamente, sobre a forma o reflexiva dos professores. No entanto, percebe-se que ainda n o existe um consenso quanto ao significado 4exato do que seja o PROFESSOR reflexivo, embora haja muitos estudos e pesquisas nessa linha te rica.

8 Segundo Pimenta (2002), faz-se necess rio compreender com mais profundidade o conceito de PROFESSOR reflexivo, pois o que parece estar ocorrendo que o termo tornou-se mais uma express o da moda, do que uma meta de transforma o propriamente dita. Para Lib neo, fundamental perguntar: que tipo de reflex o o PROFESSOR precisa para alterar sua pr tica, pois para ele A reflex o sobre a pr tica n o resolve tudo, a experi ncia refletida n o resolve tudo. S o necess rias estrat gias, procedimentos, modos de fazer, al m de uma s lida cultura geral, que ajudam a melhor realizar o trabalho e melhorar a capacidade reflexiva sobre o que e como mudar (LIB NEO, 2005, p. 76) Assim, se percebe que pensar sobre a forma o de professores conceber que o PROFESSOR nunca est acabado e que os estudos te ricos e as pesquisas s o fundamentais, no sentido de que por interm dio desses instrumentos que os professores ter o condi es de analisar criticamente os contextos hist ricos, sociais, culturais e organizacionais, nos quais ocorrem as atividades docentes, podendo assim intervir nessa realidade e transform -la O PROCESSO de intera o e de media o na rela o PROFESSOR - ALUNO Em todo PROCESSO de aprendizagem humana, a intera o social e a media o do outro tem fundamental import ncia.

9 Na escola, pode-se dizer que a intera o PROFESSOR - ALUNO imprescind vel para que ocorra o sucesso no PROCESSO ensino aprendizagem. Por essa raz o, justifica-se a exist ncia de tantos trabalhos e pesquisas na rea da educa o dentro dessa tem tica, os quais procuram destacar a intera o social e o papel do PROFESSOR mediador, como requisitos b sicos para qualquer pr tica educativa eficiente. De acordo com as abordagens de Paulo Freire, percebe-se uma vasta demonstra o sobre esse tema e uma forte valoriza o do di logo como importante instrumento na constitui o dos sujeitos. No entanto, esse mesmo autor defende a ideia de que s poss vel uma pr tica educativa dial gica por parte dos educadores, se estes acreditarem no di logo como um fen meno humano capaz de 5mobilizar o refletir e o agir dos homens e mulheres. E para compreender melhor essa pr tica dial gica, Freire acrescenta que [.]

10 ], o di logo uma exig ncia existencial. E, se ele o encontro em que se solidarizam o refletir e o agir de seus sujeitos endere ados ao mundo a ser transformado e humanizado, n o pode reduzir-se a um ato de depositar id ias de um sujeito no outro, nem tampouco tornar-se simples troca de id ias a serem consumidas pelos permutantes. (FREIRE, 2005, p. 91). Assim, quanto mais o PROFESSOR compreender a dimens o do di logo como postura necess ria em suas aulas, maiores avan os estar conquistando em rela o aos alunos, pois desse modo, sentir-se- o mais curiosos e mobilizados para transformarem a realidade. Quando o PROFESSOR atua nessa perspectiva, ele n o visto como um mero transmissor de conhecimentos, mas como um mediador, algu m capaz de articular as experi ncias dos alunos com o mundo, levando-os a refletir sobre seu entorno, assumindo um papel mais humanizador em sua pr tica docente.


Related search queries