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A Teoria das Organizações e a Evolução do Pensamento ...

1A Teoria das Organiza es e a Evolu o do Pensamento Cient fico Autoria: Carlos Henrique Prim, Kamile Theis Stadnick, Cristiano Jos Castro de Almeida Cunha, Christianne Coelho de Souza Reinisch Coelho Resumo Este artigo tem como objetivo principal realizar uma cr tica s teorias organizacionais fundamentadas nos pensamentos cl ssico e sist mico e apresentar as teorias organizacionais fundamentadas no Pensamento da complexidade como uma alternativa. As teorias organizacionais baseadas no Pensamento cl ssico s o limitadas por desconsideram a rela o da organiza o com seu ambiente externo e a inter-rela o entre as partes da organiza o. Por sua vez, as teorias fundamentadas no Pensamento sist mico s o restritas por desconsideram a autonomia dos indiv duos em rela o organiza o e da organiza o em rela o ao ambiente.

1 A Teoria das Organizações e a Evolução do Pensamento Científico Autoria: Carlos Henrique Prim, Kamile Theis Stadnick, Cristiano José Castro de Almeida Cunha, Christianne Coelho de Souza Reinisch Coelho Resumo Este artigo tem como objetivo principal realizar uma crítica às teorias organizacionais

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1 1A Teoria das Organiza es e a Evolu o do Pensamento Cient fico Autoria: Carlos Henrique Prim, Kamile Theis Stadnick, Cristiano Jos Castro de Almeida Cunha, Christianne Coelho de Souza Reinisch Coelho Resumo Este artigo tem como objetivo principal realizar uma cr tica s teorias organizacionais fundamentadas nos pensamentos cl ssico e sist mico e apresentar as teorias organizacionais fundamentadas no Pensamento da complexidade como uma alternativa. As teorias organizacionais baseadas no Pensamento cl ssico s o limitadas por desconsideram a rela o da organiza o com seu ambiente externo e a inter-rela o entre as partes da organiza o. Por sua vez, as teorias fundamentadas no Pensamento sist mico s o restritas por desconsideram a autonomia dos indiv duos em rela o organiza o e da organiza o em rela o ao ambiente.

2 As teorias organizacionais baseadas no Pensamento da complexidade superaram essas e outras falhas das teorias anteriores. Elas consideram que a organiza o tanto influencia quanto influenciada pelo ambiente e v em a organiza o como um processo que emerge da intera o dos indiv duos. Contudo, falta ainda a essas teorias um maior embasamento emp rico. 1 Introdu o Historicamente, as ci ncias naturais t m influenciado as ci ncias sociais (HALMI, 2003). Isso tem ocorrido de diferentes formas, por exemplo, atrav s da linguagem, quando conceitos das ci ncias naturais s o utilizados como lentes (met foras) para enxergar a realidade social, revelando fatos antes ocultos. Uma outra forma pela aplica o de m todos e modelos das ci ncias naturais para investigar e diagnosticar fen menos sociais.

3 Em ambas as formas, entretanto, os pressupostos da realidade social n o s o questionados e tanto a linguagem quanto os m todos e modelos s o tratados como ferramentas dentro do esquema conceitual atual. Uma terceira forma, mais fundamental, assumir as conseq ncias filos ficas das descobertas das ci ncias naturais sobre a realidade social. Isso implica em novas rela es conceituais a respeito da natureza da realidade social. Tais rela es formam um Pensamento filos fico que orienta o esquema te rico e metodol gico das ci ncias sociais. Essa forma de influ ncia pode vir acompanhada das outras duas, de forma que a linguagem, os m todos e os modelos das ci ncias sociais tornam-se ferramentas na constru o de um Pensamento .

4 As teorias organizacionais t m sido influenciadas, principalmente, por dois pensamentos oriundos das ci ncias naturais: o Pensamento cl ssico e o Pensamento sist mico (STACEY et al., 2000). O Pensamento cl ssico baseado na mec nica newtoniana e as teorias organizacionais criadas a partir dele est o relacionadas met fora da organiza o como uma m quina (MORGAN, 2002). O Pensamento sist mico, por sua vez, baseado na Teoria geral dos sistemas e na cibern tica e as teorias organizacionais criadas a partir dele est o relacionadas s met foras da organiza o como um organismo (MORGAN, 2002). Embora esses dois conjuntos de teorias tenham sido importantes na evolu o das teorias organizacionais, elas apresentam falhas.

5 Como alternativa, t m surgido teorias organizacionais fundamentadas em um novo Pensamento : o Pensamento da complexidade (STACEY et al., 2000; STACEY, 2001). Embora boa parte das teorias organizacionais seja influenciada pelos pensamentos cl ssico e sist mico, seus pressupostos, muitas vezes, permanecem ocultos. O artigo procura explicitar os fundamentos e as caracter sticas dos pensamentos cl ssico e sist mico e indicar de que modo eles t m influenciado as teorias organizacionais. Seu objetivo principal realizar uma cr tica a essas teorias e apresentar as teorias fundamentadas no Pensamento da complexidade como uma alternativa. O estudo explorat rio (GIL, 2002) e foi baseado em uma revis o de literatura, que incluiu obras cl ssicas da Teoria das organiza es e da hist ria 2das ci ncias, bem como artigos identificados em peri dicos internacionais, principalmente em bancos de dados do Portal Capes.

6 Os fundamentos e as caracter sticas dos pensamentos cl ssico e sist mico, bem como as caracter sticas das teorias organizacionais a que d o origem, s o apresentados, respectivamente, na segunda e terceira se es do trabalho. A caracteriza o de cada um dos pensamentos realizada nos n veis ontol gicos (natureza da realidade), causais (movimento para o futuro), epistemol gicos (natureza do conhecimento) e metodol gicos (modo de investiga o). A quarta se o realiza um exame critico das teorias fundamentadas nos pensamentos cl ssico e sist mico. O exame indica as falhas dessas teorias e aponta a necessidade de um novo Pensamento para a constru o de teorias organizacionais alternativas. A fun o da quinta se o do trabalho apresentar o Pensamento da complexidade como uma alternativa para os pensamentos cl ssico e sist mico.

7 Teorias organizacionais criadas com base no Pensamento da complexidade s o introduzidas na sexta se o. Por ltimo, s o apresentadas as considera es finais. 2 As Teorias Organizacionais e o Pensamento Cl ssico Os Fundamentos do Pensamento Cl ssico O Pensamento cl ssico fundamentado na mec nica newtoniana, uma Teoria universal que descreve e explica o movimento dos corpos. Ela foi formulada por Newton no s culo XVII, contudo sua origem data dos trabalhos de Kepler e Galileu. Johannes Kepler (1571-1630), astr nomo alem o, formulou as tr s leis do movimento planet rio, tendo como base a geometriza o do espa o (STEWART, 1991; ANDERY et al., 2001). A primeira lei diz que os planetas movem-se em rbitas el pticas em torno do Sol; a segunda, afirma que os planetas movem-se com velocidades diferentes dependendo de sua dist ncia do Sol; e a terceira, exprime que o tempo necess rio para o planeta completar uma volta em torno do Sol proporcional sua dist ncia do mesmo.

8 Embora as leis de Kepler tenham contribu do para a astronomia da poca, elas n o se aplicam ao movimento dos corpos na Terra (STEWART, 1991). Galileu Galilei (1564-1642) desenvolveu uma Teoria que descreve a queda dos corpos terrestres sob a a o da gravidade. Ele desconsiderou a cren a de seu tempo de que todos os eventos deveriam ser explicados em termos de finalidades religiosas (STEWART, 1991). Acreditava-se, por exemplo, que uma pedra lan ada para o alto ca a no ch o porque este era seu lugar de repouso. Em vez de perguntar por que a pedra ca a, Galileu decidiu examinar o modo como ela ca a. Somente assim, acreditava ele, esse e outros fen menos naturais poderiam ser controlados (STEWART, 1991). Apoiado na geometria e na matem tica, ele realizou v rios experimentos, nos quais focava nas vari veis observ veis e quantific veis do fen meno o tempo, a dist ncia, a velocidade, a acelera o, o momento, a massa, a in rcia e desconsiderava seus aspectos qualitativos.

9 Com isso, Galileu chegou a uma descri o elegante do fen meno da queda dos corpos (STEWART, 1991). Estabeleceu, ainda, dois postulados. O primeiro afirma que a velocidade de um corpo em queda aumenta proporcionalmente com o tempo, e o segundo diz que a acelera o da queda o mesmo para todos os corpos (ANDERY et al., 2001). Isaac Newton (1643-1727) prop s uma Teoria geral do movimento, a mec nica newtoniana, que d uma explica o tanto para o movimento planet rio quanto para o dos corpos na Terra (ANDERY et al., 2001). Isso se deve ao fato de suas leis serem universais. A lei da gravidade, por exemplo, afirma que dois corpos se atraem com uma for a que depende de suas massas e da dist ncia entre eles (STEWART, 1991). Essa lei universal pelo fato da atra o entre dois corpos ser um fen meno que ocorre em qualquer escala, desde os tomos at os corpos celestes (PRIGOGINE; STENGERS, 1997).

10 Al m da lei da gravidade, a mec nica newtoniana constitu da por outras tr s leis universais as leis do movimento de 3 Newton. A primeira lei diz que, se nenhuma for a atuar sobre um corpo, ele permanece em repouso ou em movimento uniforme (velocidade constante). Contudo, se uma for a for aplicada, de acordo com a segunda lei, ele sofre uma acelera o proporcional quela for a. Por fim, a Teoria completada com a terceira lei: para cada a o h sempre uma rea o de igual intensidade (MAINZER, 2004). semelhan a da lei da gravidade, essas tr s leis formam um esquema universal, o qual explica o movimento dos corpos em qualquer escala da realidade. As Caracter sticas do Pensamento Cl ssico Ontologia. O Pensamento cl ssico pressup e que a realidade constitu da de objetos discretos e isol veis (MORIN, 2005).


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