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A URINÁLISE NO DIAGNÓSTICO DE DOENÇAS

1 A URIN LISE NO DIAGN STICO DE DOEN AS RENAIS1 Introdu o A urin lise um teste laboratorial simples, n o invasivo e de baixo custo que pode rapidamente fornecer valiosas informa es a respeito do trato urin rio e de outros sistemas corporais. Uma avalia o urin ria completa (incluindo an lise de tiras reagentes, densidade espec fica e exame do sedimento urin rio) deve ser realizada, mesmo que um dos componentes n o mostre anormalidades. A avalia o do sedimento pode alertar aos cl nicos importantes problemas quando o paciente ainda se encontra assintom tico. Al m disso, a precoce detec o de algumas doen as pode conduzir a uma melhor sobrevida. Combinando a urin lise com a avalia o bioqu mica, hist rico e exame f sico do paciente, v rias patologias podem ser inclu das ou exclu das do diagn stico diferencial.

amostra de urina, e uma população mista de bactérias pode ser observada na cultura. Urinálise A urina deve ser analisada rapidamente após a coleta, de preferência em até 30 minutos após a obtenção. Se isto não for possível deve ser imediatamente refrigerada (a 4°C) e armazenada por no máximo 12 horas.

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1 1 A URIN LISE NO DIAGN STICO DE DOEN AS RENAIS1 Introdu o A urin lise um teste laboratorial simples, n o invasivo e de baixo custo que pode rapidamente fornecer valiosas informa es a respeito do trato urin rio e de outros sistemas corporais. Uma avalia o urin ria completa (incluindo an lise de tiras reagentes, densidade espec fica e exame do sedimento urin rio) deve ser realizada, mesmo que um dos componentes n o mostre anormalidades. A avalia o do sedimento pode alertar aos cl nicos importantes problemas quando o paciente ainda se encontra assintom tico. Al m disso, a precoce detec o de algumas doen as pode conduzir a uma melhor sobrevida. Combinando a urin lise com a avalia o bioqu mica, hist rico e exame f sico do paciente, v rias patologias podem ser inclu das ou exclu das do diagn stico diferencial.

2 Fisiologia renal A fun o prim ria do rim a forma o da urina. Durante este processo os rins exercem uma s rie de fun es qua auxiliam na manuten o da integridade fisiol gica do fluido extracelular. Estes processos incluem a conserva o de gua, c tions, glicose e amino cidos para manter os requerimentos corporais, sendo o excesso excretado na urina; elimina o de nitrog nio e produtos do metabolismo de prote nas; elimina o do excesso de ons hidrog nio (H ) e manuten o do pH fisiol gico dos fluidos corporais; e elimina o dos complexos org nicos ex genos e end genos. Al m disso, os rins secretam eritropoietina, envolvida na hematopoiese, renina, que interage na regula o da secre o de aldosterona pelo c rtex adrenal e metab litos ativos da vitamina D.

3 O rim composto pelo c rtex e medula, divididos pela jun o corticomedular. Em algumas esp cies existe apenas um lobo (carn voros, equinos e pequenos ruminantes), enquanto em outras a loba o pode persistir, como nos su nos e grandes ruminantes. O rim dos mam feros consiste de centenas de dezenas de milhares de n frons que funcionam como unidades paralelas. Quanto maior a esp cie, maior o n mero de n frons/rim. O n mero de n frons aumenta progressivamente durante o desenvolvimento fetal e est completo no 1 Semin rio apresentado pelo aluno MAGNUS L. DALMOLIN na disciplina BIOQUIMICA DO TECIDO ANIMAL, no Programa de P s-Gradua o em Ci ncias Veterin rias da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, no primeiro semestre de 2011.

4 Professor respons vel pela disciplina: F lix H. D. Gonz lez. 2 momento do nascimento ou poucos dias ap s. A arquitetura geral dos n fron id ntica em todas as esp cies, mas a posi o no rim pode ser diferente. O suprimento sangu neo renal feito pelas art rias renais, que ap s entrarem no hilo renal se dividem em art ria interlobares, e na altura da jun o corticomedular se dividem em art rias arqueadas. As art rias interlobares fazem o suprimento sangu neo dos glom rulos atrav s das arter olas aferentes, que ent o coletado pelas arter olas eferentes. Figura 1. N fron. O suprimento sangu neo para os n frons representa 20-25% do rendimento card aco. Embora o volume l quido imposto aos rins seja grande, a maior parte deste l quido reabsorvida.

5 O plasma filtrado aproximadamente 100 vezes por dia. O sangue que entra no glom rulo est sujeito filtra o glomerular. A filtra o glomerular um ultrafiltrado do plasma sangu neo. O filtrado est isento de hem cias e cont m apenas tra os de albumina. Como resultado da filtra o glomerular, todas as mol culas plasm ticas hidrossol veis, incluindo gua e ons, s o livremente filtradas, mas prote nas de alto peso molecular n o o s o. A albumina possui um peso molecular muito pr ximo ao limiar de filtra o, ent o somente uma pequena quantidade filtrada por rins saud veis. A concentra o de albumina na urina primitiva de aproximadamente 20-30 mg/L. Prote nas menores tamb m est o presentes, sendo a maioria reabsorvida nos t bulos. V rios fatores afetam a taxa de filtra o glomerular (TFG).

6 A permeabilidade da l mina basal pode ser alterada nos processos patol gicos nos quais os compostos de alto peso molecular (imunocomplexos, mucossubst ncias ou imunoglobulinas) se depositam sobre ou no interior da barreira, reduzindo a TFG. A falha no desenvolvimento e/ou manuten o do corp sculo renal pode resultar na diminui o da TFG. A eleva da press o hidrost tica tubular (obstru o urin ria) ou a eleva o da press o coloidosm tica do sangue tamb m diminuem a 3 TFG. A eleva o da press o hidrost tica sangu nea ou a queda da press o onc tica eleva a for a l quida de filtra o e aumenta a TFG. Nem todo o volume e nem todos os componentes da urina capsular formam o produto de excre o final. As principais fun es dos t bulos s o a reabsor o de gua, eletr litos, pequenas mol culas, e em menor extens o, secre o de ons e pequenas mol culas.

7 A reabsor o dominante em animais saud veis e ocorre principalmente no t bulo proximal por transporte passivo e ativo. Outros ajustes da excre o urin ria ocorrem nos t bulos distais e s o controlados por horm nios, o que torna a urina final normalmente mais concentrada do que o ultrafiltrado. A reabsor o e a secre o apresentam uma cont nua adapta o para manter a composi o plasm tica constante, pois o consumo e utiliza o de ons e pequenas mol culas varia conforme a dieta e suprimento h drico. A maior parte da gua reabsorvida passivamente junto com ons e pequenas mol culas hidrof licas ao longo do t bulo proximal, o que faz com que o fluido que chegue ao ramo descendente da al a de Henle seja isot nico.

8 A gua reabsorvida no ramo descendente da al a de Henle como resultado de um gradiente osm tico corticopapilar, onde o ramo ascendente da al a de Henle imperme vel gua. A reabsor o final ocorre no t bulo coletor, principalmente sob controle do horm nio antidiur tico (ADH), em casos de aumento de osmolalidade, hipovolemia ou reduzida press o sangu nea. A concentra o urin ria final muito maior que a do filtrado glomerular. A glicose, passando livremente atrav s da barreira de filtra o, parte da urina capsular. Todavia, 100% da glicose filtrada reabsorvida por um mecanismo de transporte ativo no t bulo contorcido proximal. A glicos ria ocorre quando a capacidade da mol cula tranportadora de glicose excedida.

9 Os amino cidos s o reabsorvidos ativamente por tr s diferentes mecanismos. Outras subst ncias reabsorvidas pelo sistema tubular incluem Na , K , HPO , Ca , e corpos cet nicos. Os eletr litos s o reabsorvidos principalmente no t bulo proximal. A taxa de reabsor o se altera consideravelmente de acordo com o balan o interno de cada on. Em condi es normais quase 100% do s dio, cloreto, c lcio e fosfatos s o reabsorvidos, e h muito menos reabsor o para o pot ssio, especialmente em ruminantes devido ao alto consumo na dieta. A ur ia, formada no metabolismo do nitrog nio, passa livremente pela barreira de difus o. A sua concentra o no filtrado glomerular isosm tica em rela o ao plasma. A ur ia reabsorvida passivamente pela por o proximal dos t bulos urin rios.

10 A concentra o de ur ia aumenta nos t bulos medida que a gua reabsorvida; portanto, a ur ia passa para fora dos t bulos a favor do seu gradiente de concentra o para o interst cio e os vasos retos. A taxa de fluxo urin rio e a intensidade de absor o de gua influenciam a quantidade de ur ia na urina. Apesar da filtra o glomerular ser o principal mecanismo de elimina o da ur ia, a quantidade 4 de ur ia eliminada pelos rins nunca igual quantidade de urina filtrada, devido reabsor o tubular. Apesar de a urina ser um ultrafiltrado do plasma, pequenas mol culas de baixo peso molecular (albumina) participam do filtrado. A maior parte das prote nas filtradas reabsorvida pelas c lulas epiteliais tubulares. A protein ria pode resultar da diminui o da capacidade de reabsor o tubular ou de les o tubular, mas a maioria das protein rias uma consequ ncia da altera o da filtra o glomerular.


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