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Aspectos técnicos e roteiro de análise da radiografia de tórax

RESUMOA ntes de se iniciar a avalia o dos achados radiogr ficos no exame de radiografia (RX) de t rax, preciso se atentar s incid ncias realizadas e aos par metros t cnicos do exame. A sistematiza o da avalia o, utilizando a rotina semiol gica e a terminologia correta, tamb m importante. Este artigo visa abordar os aspetos t cnicos b sicos para a realiza o de um bom exame de RX de t rax e apresentar um roteiro de avalia o sistematizada para sua correta interpreta o. O exame de RX de t rax deve ser realizado, sempre que poss vel, com as incid ncias em posteroanterior (PA) e perfil. H outras incid ncias que s o realizadas de maneira complementar ou em situa es espec ficas, como a anteroposterior (AP), dec bito lateral com raios horizontais (Laurel), apicolord tica, obl quas, expira o m xima e com marcadores no t rax.

Medicina (Ribeirão Preto. Online) 2019;52(supl1):5-16 7 Wada DT Rodrigues JA Santos M Figura 1: Posicionamento do paciente para realização da radiografia em PA do tórax e a respectiva imagem do exame. Figura 2: Posicionamento do paciente para realização da radiografia em perfil do tórax e a respectiva imagem do exame. A imagem em perfil pode ser obtida com o

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1 RESUMOA ntes de se iniciar a avalia o dos achados radiogr ficos no exame de radiografia (RX) de t rax, preciso se atentar s incid ncias realizadas e aos par metros t cnicos do exame. A sistematiza o da avalia o, utilizando a rotina semiol gica e a terminologia correta, tamb m importante. Este artigo visa abordar os aspetos t cnicos b sicos para a realiza o de um bom exame de RX de t rax e apresentar um roteiro de avalia o sistematizada para sua correta interpreta o. O exame de RX de t rax deve ser realizado, sempre que poss vel, com as incid ncias em posteroanterior (PA) e perfil. H outras incid ncias que s o realizadas de maneira complementar ou em situa es espec ficas, como a anteroposterior (AP), dec bito lateral com raios horizontais (Laurel), apicolord tica, obl quas, expira o m xima e com marcadores no t rax.

2 Os 3 principais par metros t cnicos do RX de t rax avaliados na rotina cl nica s o a dose de radia o (verificar se o RX n o ficou pouco ou muito penetrado), inspira o correta (verificar se o exame n o est expirado) e o alinhamento (verificar se o RX n o est rodado). A sistematiza o na avalia o do exame de RX de t rax, seguindo uma rotina semiol gica, ajuda a reduzir a chance de erros de inter-preta o e de se perder altera es menos importantes ou secund rias. O modelo de laudo normal pode servir de roteiro para a an lise do : radiografia Tor cica. T rax. Aspectos T attention to the projection and technical parameters is essential before starting to interpret conventional chest radiography findings. Systematic evaluation using a semiology routine and proper terminology is important in radiography interpretation.

3 In this article, we meant to cover the basic technical aspects for getting a good exam and propose a systematic script to correct interpretation of conventional chest radiographies. When possible, the chest radiography should be performed in both projections: posteroanterior (PA) and lateral. There are some other specific projections like anteroposterior (AP), lateral decubitus with horizontal rays (Laurel), apicolordotic, obliques, maximum expiration and radiography with external markers. The 3 main technical parameters evaluated in clini-cal routine are the radiation dose (related to the exposure, leading to a too brighten or too dark image), correct inspiration (verifying if the exam wasn t made in expiration) and alignment (verifying if the patient was corrected aligned to the ray direction).

4 Systematic evaluation of conventional chest radiography going through a semiology routine helps reducing the chance of missing subtle or secondary findings. A normal exam report model could work as a guide to the exam : Thoracic Radiography. Chest. Technical Tem tico: A radiografia Simples de T rax 1. M dico assistente da disciplina de Radiologia Tor cica e Cardiovascular. Centro de Ci ncias das Imagens e F sica M -dica, Hospital das Cl nicas da Faculdade de Medicina de Ribeir o Preto da Universidade de S o Paulo, Ribeir o Preto (SP), Docente respons vel pela disciplina de Radiologia Tor cica e Cardiovascular. Funda o de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Assist ncia do Hospital das Cl nicas da Faculdade de Medicina de Ribeir o Preto da Universidade de S o Paulo (FAEPA), Ribeir o Preto (SP), Brasil.

5 Danilo Tadao Wada. Avenida Bandeirantes, 3900 Campus Universit rio. CEP: 14049-900. Ribeir o Preto SP, Brasil. | Recebido em: 17/02/2019 | Aprovado em: 26/04/2019 Aspectos t cnicos e roteiro de an lise da radiografia de t raxTechnical aspects and analysis guide of the chest radiographyDanilo Tadao Wada1 , Jos Antonio Hiesinger Rodrigues1, Marcel Koenigkam Santos2 Este um artigo publicado em acesso aberto (Open Access) sob a licen a Creative Commons Attribution, que permite uso, distribui o e reprodu o em qualquer meio, sem restri es, desde que o trabalho original seja corretamente t cnicos e roteiro de an lise da radiografia de t raxINTRODU OO exame de radiografia (RX) na avalia o do t rax representa o m todo de imagem mais antigo, mais barato, mais dispon vel1o Departamento de In--form tica do SUS (Datasus e tecnologicamente mais simples, desta maneira representando, na maioria das situa es, o primeiro exame radiol gico a ser solicitado para avalia o das doen as tor cicas2.)

6 O aparelho de RX est comumente dispon vel mesmo nas unidades b sicas de atendimento de sa de e possui ainda a vantagem de ser m vel, permitindo a realiza o de exames de pacientes acamados, no centro cir rgico, centro de terapia intensiva ou nas salas de atendimento de urg ncia e RX ainda representa, apesar de todos os avan os tecnol gicos dos demais m todos, o m todo de imagem radiol gica com a maior resolu o espa-cial (o menor pixel de imagem)3. Por m, a imagem radiogr fica uma representa o bidimensional de estruturas tridimensionais, desta maneira tendo como importante desvantagem a sobreposi o de estruturas na imagem, algo que n o acontece com os m todos seccionais, como a tomografia compu-tadorizada (TC) e a resson ncia magn tica (RM) avalia o de um exame de RX de t rax, o primeiro passo consiste em identificar quais as incid ncias obtidas e se s o suficientes para res-ponder a quest o cl nica.

7 Depois preciso verifi-car se a t cnica utilizada foi adequada e se n o h artefatos ou defici ncias que possam prejudicar a interpreta o do exame5. Tamb m se faz impor-tante a sistematiza o da avalia o da imagem5, respeitando a semiologia e terminologia radiol -gica6 8, para que todas as informa es contidas no RX sejam adequadamente identificadas, inter-pretadas e relatadas. A sistematiza o tamb m auxilia a n o deixar de descrever todos os acha-dos na imagem, inclusive aqueles n o diretamen-te relacionados queixa cl nica. OBJETIVOS GERAISAp s a leitura deste texto, o leitor dever ser capaz de: conhecer as incid ncias b sicas e comple-mentares do RX de t rax; saber identificar problemas relacionados aos par metros t cnicos do exame; sistematizar a avalia o semiol gica do nciasO exame de RX de t rax deve ser reali-zado, sempre que poss vel, com as incid ncias em posteroanterior (PA) e em perfil.

8 H outras incid ncias que s o realizadas de maneira com-plementar ou em situa es espec ficas: anteroposterior (AP) dec bito lateral com raios horizontais (Laurel) apicolord tica obliquas expira o m xima com marcadores no t raxPosteroanterior e em perfilEste o protocolo padr o e deve ser realiza-do sempre que poss vel, com o paciente em ortos-tase (de p ) e em inspira o profunda4,5. Como a radiografia uma representa o bidimensional de uma estrutura tridimensional, a presen a de duas incid ncias auxilia a localizar e caracterizar as alte-ra es mais adequadamente. Devido a diverg ncia dos feixes de raio X emitidos pela ampola, a ima-gem em PA preferida em rela o AP, pois apro-xima o cora o do detector e reduz sua magnifica- o5.

9 A posi o em PA tamb m auxilia a retirar as esc pulas dos campos pulmonares (figuras 1 e 2).O protocolo padr o do RX de t rax realizado em PA e em perfil, com o paciente de p e realizando uma inspira o dist ncia m nima do paciente para a ampola (dist ncia foco-objeto) deve ser de 1,5 m, sendo ide-al a dist ncia tecnicamente padronizada de 1,8 m4,9. O paciente pode elevar os membros superiores, em geral com apoio (segurando em algo), ou apoiar as m os na cintura afastando os ombros, al m de en-costar a por o anterior do t rax no detector. Medicina (Ribeir o Preto. Online) 2019;52(supl1):5-167 Wada DT, Rodrigues JAH, Santos MKFigura 1: Posicionamento do paciente para realiza o da radiografia em PA do t rax e a respectiva imagem do 2: Posicionamento do paciente para realiza o da radiografia em perfil do t rax e a respectiva imagem do imagem em perfil pode ser obtida com o lado direito ou esquerdo junto ao detector, mais comumente o segundo, para reduzir a magnifi-ca o do cora o (feixe de raios X penetra pela direita).

10 Quanto mais pr xima a estrutura do de-tector radiol gico, menor a amplia o e deforma-8 t cnicos e roteiro de an lise da radiografia de t rax o e melhor a nitidez. comum que uma les o localizada atr s do cora o ou nas bases atr s das c pulas diafragm ticas seja pouco vis vel na imagem em PA, e nestas situa es a incid ncia em perfil til. O perfil tamb m auxilia a detectar opacidades intersticiais, j que os pulm es est o sobrepostos, salientando a presen a de opacida-des sutis e difusas10. Por vezes, a imagem em per-fil pode ser obtida ap s a ingest o oral de meio de contraste positivo pelo paciente, para auxiliar na avalia o do es fago, h rnia hiatal e na dilata o do trio esquerdo11 RX de t rax em AP realizado quando o pa-ciente est impossibilitado de realizar o exame em PA e em perfil, como por exemplo nas crian as pe-quenas, pacientes no leito, em cadeiras de roda ou com dificuldades de mobiliza o.


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