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Atendimento pré-hospitalar à múltiplas vítimas com …

Sim es 230 Ensino Atendimento pr -hospitalar m ltiplas v timas com trauma simulado Atendimento pr -hospitalar m ltiplas v timas com trauma simulado Prehospital care to trauma victmis with multiple simulated ROMEO LAGES SIM ES1; CAIO DUARTE NETO, ACBC-ES2; GUSTAVO SASSO BENSO MACIEL3; TATIANA PIOTZ FURTADO4; DANILO NAGIB. SALOM O PAULO,TCBC-ES5. R E S U M O. Objetivo: Analisar a qualidade do Atendimento pr -hospitalar realizado pelas ag ncias em Vit ria-ES. M todos: Estudo retrospectivo realizado nos arquivos da Liga Acad mica de Cirurgia e Atendimento ao Trauma do Esp rito Santo (Lacates) dos dados de 40 v timas de um acidente simulado entre um nibus e dois autom veis. Os pacientes foram assistidos por quatro equipes: Corpo de Bombeiro Militar do Esp rito Santo, Samu 192, Guarda Municipal e Defesa Civil. A atua o dessas equipes foi avaliada pela Lacates, atrav s da an lise do check-list com orienta es pr -estabelecidas para cada v tima.

Simões Atendimento pré-hospitalar à múltiplas vítimas com trauma simulado 231 Rev. Col. Bras. Cir. 2012; 39(3): 230-237 e levam a um …

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1 Sim es 230 Ensino Atendimento pr -hospitalar m ltiplas v timas com trauma simulado Atendimento pr -hospitalar m ltiplas v timas com trauma simulado Prehospital care to trauma victmis with multiple simulated ROMEO LAGES SIM ES1; CAIO DUARTE NETO, ACBC-ES2; GUSTAVO SASSO BENSO MACIEL3; TATIANA PIOTZ FURTADO4; DANILO NAGIB. SALOM O PAULO,TCBC-ES5. R E S U M O. Objetivo: Analisar a qualidade do Atendimento pr -hospitalar realizado pelas ag ncias em Vit ria-ES. M todos: Estudo retrospectivo realizado nos arquivos da Liga Acad mica de Cirurgia e Atendimento ao Trauma do Esp rito Santo (Lacates) dos dados de 40 v timas de um acidente simulado entre um nibus e dois autom veis. Os pacientes foram assistidos por quatro equipes: Corpo de Bombeiro Militar do Esp rito Santo, Samu 192, Guarda Municipal e Defesa Civil. A atua o dessas equipes foi avaliada pela Lacates, atrav s da an lise do check-list com orienta es pr -estabelecidas para cada v tima.

2 Resultado: O Corpo de Bombeiros Militar do Esp rito Santo (CBMES), que desencarcerou as v timas, delimitou as zonas de perigo e realizou a triagem pelo m todo START atuou corretamente em 92,5% dos casos. O Samu 192 que atendeu as v timas pelo m todo mnem nico (ABCDE) no posto m dico avan ado agiu corretamente em 92,5% dos casos, no quesito Via A rea; 97,5%, no Respira o; 92,5%, no Circula o; 90%, no Avalia o Neurol gica; e 50%, no Exposi o e Controle do Ambiente. A an lise conjunta do ABCDE. mostrou que o Atendimento foi correto em 42,5% dos casos. O transporte dos pacientes foi realizado corretamente em 95% dos casos. A Guarda Municipal garantiu a perviedade das avenidas para transporte dos pacientes, e a Defesa Civil coordenou eficazmente o trabalho das equipes envolvidas no posto de comando. Conclus o: A triagem e o transporte foram executados satisfatoriamente, entretanto, maior aten o deve ser dada exposi o e prote o contra hipotermia das v timas, j que esse item comprometeu o tratamento.

3 Descritores: Simula o. Ferimentos e les es. Incidentes com feridos em massa. Servi os pr -hospitalares. Gest o de qualidade. INTRODU O segundo pico ocorre em algumas horas ap s o trauma e . decorrente de hemorragias e de les es do sistema nervoso Anualmente cerca de 60 milh es de pessoas sofrem al- central. O terceiro pico ocorre ap s 24 horas, em decorr n- gum tipo de traumatismo. Isso corresponde a uma em cada cia da fal ncia de m ltiplos rg os, e por infec o. O aten- seis interna es hospitalares. No Brasil, a mortalidade por dimento pr -hospitalar influencia diretamente na sobrevida trauma ocupa a terceira posi o entre as causas de morte, do segundo pico de bito e indiretamente do terceiro pico. superada apenas pelas doen as neopl sicas e No Brasil, n o h um sistema organizado para o atendi- cardiovasculares1. Cerca de pessoas morrem anu- mento ao paciente politraumatizado2. almente, em nosso pa s, em decorr ncia das causas exter- A melhoria nos servi os de Atendimento pr -hos- nas2.

4 Pitalar tem contribu do para a maior sobrevida de pacien- O trauma a principal causa de mortalidade em tes graves nessa fase e para a sua chegada com vida ao pessoas menores de 45 anos de idade3,4. Seu preju zo soci- hospital4-6. A implanta o dos Servi os de Atendimento al imensur vel, pois n o h como quantificar o seu im- M vel de Urg ncia (Samu 192) teve grande benef cio no pacto social e suas sequelas. Alega-se que o custo m dio Atendimento pr -hospitalar, uma vez que levou m dicos e empregado no tratamento de cada v tima de trauma auto- intervencionistas para o local do Atendimento e possibili- mobil stico internado de US$ tou o tratamento de suporte e, muitas vezes, o definitivo, Os bitos por trauma ocorrem em tr s picos: o em pacientes graves na imin ncia de morte7. primeiro acontece em segundos ou minutos ap s a les o e O problema torna-se mais complexo quando h . provocado por traumatismo da aorta, cora o, medula, m ltiplas v timas traumatizadas.

5 Esses eventos s bitos se tronco cerebral ou por insufici ncia respirat ria aguda. O caracterizam pelo envolvimento de mais de cinco v timas 1. M dico do Pronto-Socorro do Hospital da Pol cia Militar do Esp rito Santo- ES-BR; 2. Cirurgi o Plantonista do Pronto-Socorro da Santa Casa de Miseric rdia de Vit ria-ES; 3. M dico do Centro de Tratamento Intensivo do Hospital da Pol cia Militar do Esp rito Santo; 4. Residente de Cirurgia Geral do Hospital Santa Casa de Miseric rdia de Campinas; 5. Professor Titular da Disciplina de Fundamentos da Cirurgia da Santa Casa de Miseric rdia de Vit ria-ES, Coorientador da Liga Acad mica de Cirurgia e Atendimento ao Trauma do Esp rito Santo (LACATES). Rev. Col. Bras. Cir. 2012; 39(3): 230-237. Sim es Atendimento pr -hospitalar m ltiplas v timas com trauma simulado 231. e levam a um desequil brio entre os recursos m dicos dis- verdes) e prioridade 4 v timas pretas.

6 A zona morna ser- pon veis e a capacidade de Atendimento m dico. Pode-se, viu como corredor de acesso para a zona fria. Na zona entretanto, manter o padr o de Atendimento adequado fria, a Defesa Civil Estadual do Esp rito Santo instalou o com os pr prios recursos locais8. Nesses casos, h necessi- Posto de Comando que coordenou a atua o das equipes dade de uma sistematiza o de Atendimento por uma equi- envolvidas nesse simulado (Figura 2). pe multiprofissional que atenda prioritariamente os paci- O Samu 192, localizado no Posto M dico Avan- entes com maior risco de morte. No Esp rito Santo, a atua- ado (PMA), na zona fria, recebia a v tima simulada e pres- o em conjunto das ag ncias de Atendimento pr -hospi- tava o tratamento inicial segundo os princ pios do PHTLS . talar m ltiplas v timas est em implementa o. At o (Prehospital Trauma Life Support)10. Enquanto as v timas presente momento n o se tem ideia da qualidade do aten- simulavam o caso, os sombras , em posse do check-list, dimento prestado por essas ag ncias.

7 Por esse motivo foi transmitiam as informa es dos sinais e sintomas das v ti- realizado o presente trabalho com objetivo de analisar a mas aos agentes do SAMU 192 respons veis pelo atendi- qualidade do Atendimento pr -hospitalar das ag ncias de mento. Dessa forma, as condutas deveriam ser adotadas Vit ria-ES m ltiplas v timas de um trauma simulado, no pelas equipes de acordo com as informa es cl nicas que que diz respeito triagem, tratamento inicial pelo m todo eram transmitidas pelo sombra . medida que as condu- mnem nico (ABCDE) e transportes das v timas para os tas eram realizadas, os sombras marcavam no check-list hospitais simulados. se as condutas estavam corretas ou n o, uma vez que, no pr prio check-list, haviam os procedimentos adequados para a resolu o do caso. O SAMU 192 foi tamb m o respons - M TODOS vel pelo transporte das v timas do PMA, de acordo com seu estado de gravidade, para tr s hospitais simulados localiza- Este trabalho contou com a colabora o das dos na Escola Superior de Ci ncias da Santa Casa de Mise- ag ncias respons veis pelo Atendimento pr -hospitalar: ric rdia de Vit ria (Emescam).

8 Nesse local havia o material Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Esp rito Santo necess rio para o Atendimento intra-hospitalar, com equipe (CBMES), Servi o de Atendimento M vel s Urg ncias multidisciplinar capacitada (Figuras 3 e 4). (Samu 192), Defesa Civil do Estado do Esp rito Santo e A Guarda Civil Municipal de Tr nsito de Vit ria- Guarda Civil Municipal de Vit ria-ES. Foi aprovado pelo ES foi a respons vel pela simula o do percurso que seria Comit de tica em Pesquisa da Escola Superior de Ci nci- realizado pelas Unidades M veis de Suporte (ambul nci- as da Santa Casa de Miseric rdia de Vit ria-ES (parecer no as). Para isso, a Guarda de Tr nsito isolou as ruas de forma 145/2010). Cada ag ncia autorizou, por escrito, a divulga- que as ambul ncias pudessem conduzir as v timas para os o do seu nome neste estudo. hospitais simulados (Figura 2). Foi realizado um estudo retrospectivo nos arqui- Todas as informa es obtidas atrav s do check- vos da Liga Acad mica de Cirurgia e Atendimento ao Trau- list do Atendimento (Figura 1) anotadas pelos sombras.

9 Ma no Esp rito Santo (Lacates), onde foram coletados os foram tabuladas para posterior an lise estat stica. As vari- dados de um acidente simulado entre um nibus e dois veis analisadas foram: triagem pelo m todo Start, avalia- autom veis atingindo 40 v timas. Procurou-se analisar a o prim ria pelo m todo mnem nico (A - vias a reas e atua o de cada uma dessas ag ncias. Para isso, a Liga coloca o de colar cervical, B - respira o, C - circula o, Acad mica elaborou um check-list (Figura 1), baseado no D - avalia o neurol gica, E - exposi o e controle da Manual de Treinamento de Atendimento a Desastres pro- hipotermia) e transporte adequado gravidade das v ti- duzido pela Sociedade Brasileira de Atendimento Integra- mas. do ao Traumatizado, Col gio Brasileiro de Cirurgi es, So- ciedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia e pelo Corpo de Bombeiros do Brasil9. Al m disso, a Lacates pro- RESULTADOS. moveu um curso para treinamento de pessoas que pudes- sem colaborar no estudo: v timas do acidente e os som- A triagem foi correta em 37 das 40 v timas bras (avaliadores das medidas terap uticas).

10 As v timas (92,5% dos casos). Houve um caso em que uma gestante, eram cadetes do corpo de bombeiro, e os sombras , aca- originalmente classificada como cor verde, foi superesti- d micos de medicina e de enfermagem. mada como vermelha; um paciente superestimado como O CBMES isolou o local da cena, e delimitou vermelho (originalmente amarelo) e um subestimado como tr s zonas de atua o: quente, morna e fria. Na zona quen- verde (originalmente amarelo). te havia a colis o simulada do nibus com os dois ve culos Durante o Atendimento no PMA, as manobras e as v timas do acidente. O CBMES foi o respons vel pelo realizadas no quesito das vias a reas e coloca o do colar desencarceramento e triagem das v timas destas pelo m - cervical foram corretas em 37 das 40 v timas (92,5% dos todo Start, atendendo a quatro prioridades em ordem de- casos). Em duas v timas o colar cervical n o foi colocado e, crescente de gravidade: prioridade 1 (v timas vermelhas), em uma v tima, houve falta da coloca o do colar cervical prioridade 2 (v timas amarelas), prioridade 3 (vitimas e intuba o orotraqueal.)


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