Example: quiz answers

Avaliação do consumo alimentar e da ingestão de …

Copyright ABE&M todos os direitos Bras Endocrinol Metab. 2009;53/5revis oAvalia o do consumo alimentar e da ingest o de nutrientes na pr tica cl nicaAssessment of food consumption and nutrient intake in clinical practiceRegina Mara Fisberg1, Dirce Maria Lobo Marchioni1, Ana Carolina Almada Colucci2 Resumo A avalia o do consumo alimentar na pr tica cl nica realizada com a finalidade de fornecer subs dios para o desenvolvimento e a implanta o de planos nutricionais. Fatores como con-di es do estado geral do indiv duo/paciente, evolu o da condi o cl nica e os motivos pelos quais o indiv duo necessita de orienta o nutricional direcionam a escolha do m todo de ava-lia o do consumo alimentar . O m todo escolhido deve fornecer informa es que permitam ao profissional orientar uma alimenta o que vise promover a sa de, prevenir outras intercorr n-cias e adequar o estado nutricional do paciente.

Copyright © ABE&M todos os direitos reservados. Arq Bras Endocrinol Metab. 2009;53/5 617 revisão Avaliação do consumo alimentar e da ingestão de nutrientes na prática clínica

Information

Domain:

Source:

Link to this page:

Please notify us if you found a problem with this document:

Other abuse

Transcription of Avaliação do consumo alimentar e da ingestão de …

1 Copyright ABE&M todos os direitos Bras Endocrinol Metab. 2009;53/5revis oAvalia o do consumo alimentar e da ingest o de nutrientes na pr tica cl nicaAssessment of food consumption and nutrient intake in clinical practiceRegina Mara Fisberg1, Dirce Maria Lobo Marchioni1, Ana Carolina Almada Colucci2 Resumo A avalia o do consumo alimentar na pr tica cl nica realizada com a finalidade de fornecer subs dios para o desenvolvimento e a implanta o de planos nutricionais. Fatores como con-di es do estado geral do indiv duo/paciente, evolu o da condi o cl nica e os motivos pelos quais o indiv duo necessita de orienta o nutricional direcionam a escolha do m todo de ava-lia o do consumo alimentar . O m todo escolhido deve fornecer informa es que permitam ao profissional orientar uma alimenta o que vise promover a sa de, prevenir outras intercorr n-cias e adequar o estado nutricional do paciente.

2 Apesar de a literatura nacional disponibilizar informa es abrangentes sobre m todos e t cnicas para estimativa do consumo alimentar , o ambiente de atua o profissional ainda est permeado de d vidas a respeito dos m todos mais adequados para essa avalia o na pr tica di ria. O presente artigo se prop s a apresentar uma an lise cr tica, no contexto da aplicabilidade cl nica, dos m todos dispon veis de inqu ritos alimentares e suas caracter sticas. Arq Bras Endocrinol Metab. 2009;53(5) de alimentos; nutrientes; dietaAbstRActThe assessment of food consumption in clinical practice is often carried out to develop and implement nutritional advice. Factors as the patient health conditions, the evolution of his/her clinical condition as well as the reasons that motivated the search for advice will guide the se-lection of the best method of assessment of food consumption or nutrient intake to employ.

3 The chosen method might drive the professional to offer a food plan that aims to promote health, to prevent illness, and to alter the nutritional state of the patient. Despite the easily available na-tional literature on methods and techniques to estimate food consumption, it is not uncommon that professionals still have doubts about what methods are the most appropriated in daily prac-tice. This study aimed to present a critical analysis, taking into account the clinical applicability, of the food assessment methods and its characteristics. Arq Bras Endocrinol Metab. 2009;53(5) consumption; nutrients; dietTrabalho realizado na Universidade de S o Paulo (USP)1 Departamento de Nutri o, Faculdade de Sa de P blica, Universidade de S o Paulo (FSP/USP,) S o Paulo, SP, Brasil2 Curso de Gradua o em Nutri o, Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) e Universidade Municipal de S o Caetano do Sul (USCS), SP, BrasilCorrespond ncia para:Regina Mara FisbergDepartamento de Nutri o, Faculdade de Sa de P blica da Universidade de S o PauloAv.

4 Doutor Arnaldo, 715, 2o andar 01246-904 S o Paulo, SP, em 1/Mai/2009 Aceito em 5/Jun/2009 IntRoDu oA demanda por atendimento nutricional, tanto na rede b sica de Sa de quanto em cl nicas e consult rios, tem crescido significativamente, em decorr ncia do au-mento da preval ncia de doen as cr nicas e do reconhe-cimento de que a ado o de uma dieta saud vel represen-ta um dos principais determinantes dessas doen interven o dietoter pica comprovadamente re-conhecida como tratamento isolado ou coadjuvante de doen as como obesidade, cardiovasculares, hipertens o, diabetes melito, osteoporose e c ncer. Por m, para que o tratamento nutricional seja eficaz, deve-se partir de um diagn stico adequado, o que demanda conhecimen-tos aprofundados sobre os fatores que fundamentam o consumo alimentar recente elaborado pelo Conselho Fede-ral de Nutricionistas, que estabelece os procedimentos nutricionais para atua o profissional, enfatiza a necessi-Copyright ABE&M todos os direitos Bras Endocrinol Metab.

5 2009;53/5 Avalia o do consumo alimentardade de realizar uma investiga o detalhada dos h bitos alimentares, incluindo o padr o alimentar quanto ao n -mero, ao tipo e composi o das refei es, s restri es, s prefer ncias alimentares e ao apetite. Recomenda, ainda, a avalia o dos h bitos e das condi es alimentares da fam lia, com vistas ao apoio dietoter pico, em fun o de disponibilidade de alimentos, condi es, procedimentos e comportamentos em rela o ao preparo, conserva o, armazenamento e cuidados higi nicos (1).Sob uma perspectiva ampla, os h bitos alimentares est o intimamente relacionados aos aspectos culturais, antropol gicos, socioecon micos e psicol gicos que envolvem o ambiente das pessoas (2). Neste cen rio, a an lise do consumo alimentar tem papel decisivo e n o se restringe mera quantifica o dos nutrientes consumidos. Ao contr rio, busca-se, em conjunto com o paciente, a identifica o dos determinantes de-mogr ficos, sociais, culturais, ambientais e cognitivo-emocionais da alimenta o cotidiana para que sejam estabelecidos planos alimentares mais adequados rea-lidade, o que resultar em melhor ades o ao tratamen-to de a literatura nacional disponibilizar in-forma es abrangentes sobre m todos e t cnicas para avalia o do consumo alimentar (3,4), o ambiente de atua o profissional ainda est permeado de d vidas so-bre os instrumentos de avalia o do consumo alimentar mais adequados para a utiliza o na pr tica di ria.

6 Tais d vidas, inegavelmente, partem, em maior n mero, de nutricionistas; por m os demais profissionais de Sa de, em face da presen a frequente de quest es alimentares trazidas pelos pacientes nas consultas, tamb m carecem de conhecimentos a respeito do presente artigo se prop s a apresentar uma an lise cr tica, no contexto da aplicabilidade cl nica, dos m to-dos dispon veis de inqu ritos alimentares e suas carac-ter sticas. Al m disso, buscou mencionar os cuidados a serem tomados para aplica o de um inqu rito alimen-tar e descrever as t cnicas para minimizar e prevenir os erros de medida. AvAlIA o Do estADo nutRIcIonAl: pApel DA AvAlIA o Do consumo AlImentARO estado nutricional de um indiv duo resultado da rela o entre o consumo de alimentos e as necessi-dades nutricionais. A avalia o do estado nutricional objetiva identificar os pacientes em risco, colaborar para a promo o ou recupera o da sa de e monito-rar sua evolu o.

7 Deve-se enfatizar que um par metro isolado n o pode ser usado como indicador confi vel da condi o nutricional geral de um indiv duo, sendo necess rio empregar uma associa o de v rios indica-dores do estado nutricional para aumentar a precis o diagn stica (5). Na pr tica cl nica, utilizam-se a an li-se da hist ria cl nica, diet tica e psicossocial, e os da-dos antropom tricos e bioqu micos, al m da intera o entre drogas e nutrientes para estabelecer o diagn s-tico nutricional e servir de base para o planejamento e orienta o diet tica (6,7). A avalia o do consumo alimentar realizada para fornecer subs dios para o desenvolvimento e implanta o de planos nutricionais e deve integrar um protocolo de atendimento para avalia o nutricional, cujo objetivo deve ser o de esti-mar se a ingest o de alimentos est adequada ou ina-dequada e o de identificar h bitos inadequados e/ou a ingest o excessiva de alimentos com pobre conte do nutricional (3,6,7).

8 A avalia o do consumo alimentar individual requer, inicialmente, a defini o clara da finalidade a ser alcan a-da para orientar a sele o do m todo de inqu rito. Fato-res como estado geral do indiv duo/paciente, evolu o da condi o cl nica e os motivos pelos quais o indiv duo necessita de orienta o nutricional direcionam a escolha do m todo de avalia o do consumo alimentar (8). Assim, no contexto da pr tica cl nica, podem ser es-tabelecidos tr s diferentes objetivos para avalia o do consumo alimentar : a avalia o quantitativa da ingest o de nutrientes; a avalia o do consumo de alimentos ou grupos alimentares; a avalia o do padr o alimentar in-dividual. A defini o, pelo profissional, de mais de um objetivo pode levar necessidade de aplica o de mais de um m todo, por m, deve-se ressaltar que isso pode tornar a consulta nutricional muito extensa e cansativa, principalmente no caso de consult rios.

9 A seguir s o descritos os m todos de investiga o do consumo alimentar e suas vantagens e desvantagens, considerando o objetivo a ser atingido (Tabela 1).Avalia o quantitativa da ingest o de nutrientesA avalia o quantitativa do consumo de nutrientes re-quer informa es sobre a ingest o e a posterior compa-ra o dos valores obtidos com as necessidades indivi-duais. Em rela o ingest o, os dados devem refletir a dieta habitual, uma vez que os efeitos da ingest o ina-dequada surgem somente ap s uma exposi o prolon-gada a uma situa o de risco alimentar (5).Copyright ABE&M todos os direitos Bras Endocrinol Metab. 2009;53/5 Avalia o do consumo alimentartabela 1. Vantagens e desvantagens dos m todos de inqu rito alimentar segundo objetivos da avalia o do consumo alimentar na pr tica cl nicaAvalia o quantitativa da ingest o de nutrientesVantagensDesvantagensRecordat rio de 24 horasR pida aplica oN o altera a ingest o alimentarPode ser utilizado em qualquer faixa et ria e em analfabetosBaixo custoDepende da mem ria do entrevistadoDepende da capacidade de o entrevistador estabelecer uma boa comunica o e evitar a indu o de respostasUm nico recordat rio n o estima a dieta habitualA ingest o relatada pode ser at picaDi rio alimentar ou registro alimentarOs alimentos s o anotados no momento do consumoN o depende da mem riaMenor erro quando h orienta o detalhada para o registroMede o consumo atualIdentifica tipos de alimentos e prepara es consumidos e hor rios das refei esConsumo pode ser alterado.

10 Pois o indiv duo sabe que est sendo avaliadoRequer que o indiv duo saiba ler e escreverH dificuldade para estimar as por esExige alto n vel de motiva o e colabora oMenor ades o de pessoas do sexo masculinoAs sobras s o computadas como alimento ingeridoRequer tempoO indiv duo deve conhecer medidas caseirasAvalia o do consumo de alimentos ou grupos alimentaresVantagensDesvantagensQuestion rio de frequ ncia alimentarEstima a ingest o habitual do indiv duoN o altera o padr o de consumoBaixo custoClassifica os indiv duos em categorias de consumoElimina as varia es de consumo do dia a diaA digita o e a an lise do inqu rito s o relativamente simples, comparadas a outros m todosDepende da mem ria dos h bitos alimentares passados e de habilidades cognitivas para estimar o consumo m dio em longo per odo de tempo pregressoDesenho do instrumento requer esfor o e tempoDificuldades para a aplica o conforme o n mero e a complexidade da lista de alimentosQuantifica o pouco exataN o estima o consumo absoluto, visto que nem todos os alimentos consumidos pelo indiv duo podem constar na listaAvalia o do padr o alimentarVantagensDesvantagensHist ria alimentarElimina as varia es de consumo do dia a diaLeva em considera o a varia o sazonalFornece a descri o da ingest o habitual em rela o aos aspectos qualitativos e quantitativosRequer entrevistadores treinadosDepende da mem ria do entrevistadoTempo de administra o longo Em rela o s necessidades, deve-se ter em mente que raramente est o dispon veis informa es individuais.


Related search queries