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CURRÍCULO FUNCIONAL NA EDUCAÇÃO ESPECIAL …

1 CURR CULO FUNCIONAL NA EDUCA O ESPECIAL PARA O DESENVOLVIMENTO DO ALUNO COM DEFICI NCIA INTELECTUAL DE 12 A 18 ANOS Maria Teresa Almeida Cerqueira1 RESUMO Este artigo apresenta uma revis o bibliogr fica das id ias principais sobre a Educa o ESPECIAL e suas mudan as, um hist rico sobre Curr culo e um enfoque sobre o Curr culo FUNCIONAL . A pesquisa buscou atrav s da interven o pedag gica o acompanhamento da aplicabilidade de atividades contextualizadas, oportunizando a viv ncia das tarefas do cotidiano no ambiente escolar, denominadas AVPs (Atividades de Vida Pratica) e AVDs (Atividades de Vida Di ria); incluindo n o s o asseio corporal e cuidados dom sticos mas tamb m atividades relacionadas ao lazer, transporte e vida social, atrav s de a es conjuntas com a fam lia e comunidade. Ajudar o educando a ser o mais independente poss vel na aquisi o de h bitos e atitudes essenciais para a vida possibilitando que se torne til e participante em seu meio familiar e social um dos principais objetivos desta proposta.

2 1 INTRODUÇÃO Como valorizar os nossos alunos com necessidades educativas especiais por suas habilidades e não por suas limitações? Na busca da resposta desse problema, pode-se argumentar que nosso jovem

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1 1 CURR CULO FUNCIONAL NA EDUCA O ESPECIAL PARA O DESENVOLVIMENTO DO ALUNO COM DEFICI NCIA INTELECTUAL DE 12 A 18 ANOS Maria Teresa Almeida Cerqueira1 RESUMO Este artigo apresenta uma revis o bibliogr fica das id ias principais sobre a Educa o ESPECIAL e suas mudan as, um hist rico sobre Curr culo e um enfoque sobre o Curr culo FUNCIONAL . A pesquisa buscou atrav s da interven o pedag gica o acompanhamento da aplicabilidade de atividades contextualizadas, oportunizando a viv ncia das tarefas do cotidiano no ambiente escolar, denominadas AVPs (Atividades de Vida Pratica) e AVDs (Atividades de Vida Di ria); incluindo n o s o asseio corporal e cuidados dom sticos mas tamb m atividades relacionadas ao lazer, transporte e vida social, atrav s de a es conjuntas com a fam lia e comunidade. Ajudar o educando a ser o mais independente poss vel na aquisi o de h bitos e atitudes essenciais para a vida possibilitando que se torne til e participante em seu meio familiar e social um dos principais objetivos desta proposta.

2 Os resultados obtidos v m confirmar a necessidade e import ncia da aplica o de atividades funcionais para que o educando com maior grau de defici ncia intelectual se desenvolva, melhorando assim a sua qualidade de vida. Portanto importante a forma o continuada dos professores, para que se atualizem e busquem alternativas, elaborando estrat gias diferenciadas para atender as necessidades especificas dos educandos. Palavras Chave: Educa o ESPECIAL . Curr culo FUNCIONAL . Autonomia. Atividades de Vida Di ria. Atividades de Vida Pr tica. 1 Maria Teresa Almeida Cerqueira professora, com especializa o em Educa o ESPECIAL e atua na rea de defici ncia intelectual. 21 INTRODU O Como valorizar os nossos alunos com necessidades educativas especiais por suas habilidades e n o por suas limita es? Na busca da resposta desse problema, pode-se argumentar que nosso jovem com defici ncia intelectual como qualquer outro jovem, deve ser visto como ser ativo, capaz de cuidar de suas necessidades pessoais e colaborar nas atividades da casa e na comunidade.

3 No dia a dia observamos que, s o grandes as dificuldades no desenvolvimento das atividades propostas, como tamb m nos cuidados pessoais e principalmente na sua depend ncia como pessoa; como cidad o. Nestes ltimos anos nossa escola especializada no atendimento a alunos com defici ncia intelectual, tem recebido uma clientela com maior comprometimento e limita es, inclusive nas atividades de vida di ria. Apresentam necessidades em adquirir maior autonomia na execu o de tarefas simples, considerando que essas habilidades contribuir o para melhora de sua qualidade de vida. O Curr culo FUNCIONAL uma proposta de ensino que visa melhoria da qualidade de vida di ria dos nossos educandos. De modo geral, trata-se de um empreendimento de ensino projetado para oferecer oportunidades para nossos jovens aprenderem naturalmente habilidades que s o importantes para torn -los mais independentes, produtivos e felizes em diversas reas importantes da vida humana em fam lia e em comunidade.

4 O curr culo n o deve ser concebido de maneira a ser o aluno quem se adapte aos moldes que oferece, mas como um campo aberto diversidade. Tal diversidade n o deve ser entendida no sentido de que cada aluno poderia aprender coisas diferentes, mas sim de diferentes maneiras .. ( PASTOR. 1995 p. 142-14). Nossa interven o como professores nesse processo de media o est baseada na credibilidade das mudan as. Entendemos que o educando e educador s o modific veis, havendo um processo de troca , estabelecendo-se um v nculo de respeito, amabilidade e conseq entemente o processo de ensino e aprendizagem ter grande probabilidade de ser efetivado. 3 Atrav s de estudos e pesquisas procurou-se compreender a import ncia do curr culo no processo ensino-aprendizagem, dando um enfoque maior no Curr culo FUNCIONAL , dentro da Educa o ESPECIAL . Este trabalho busca contribuir com o professor atrav s de estrat gias de ensino-aprendizagem e atividades funcionais a serem desenvolvidas com os educandos deficientes intelectuais; oportunizando a viv ncia das tarefas do cotidiano (atividades pr ticas e di rias) no ambiente escolar, possibilitando tamb m o desenvolvimento de comportamento adequado para o conv vio social.

5 O presente trabalho vem ao encontro com as necessidades dos educandos, a fim de que possam, construir sua cidadania e se tornarem indiv duos produtivos e participativos do processo de desenvolvimento pessoal e familiar. OBJETIVOS Proporcionar atividades educativas e indicar estrat gias aos educadores para o desenvolvimento de habilidades funcionais e conhecimentos que ser o importantes para tornar a pessoa com defici ncia intelectual independente e produtiva, conforme suas possibilidades na sua vida escolar, familiar e social. Educar, ensinar e instruir para a vida pr tica, proporcionando o desenvolvimento de comportamento e atitude adequados para o conv vio social. Oportunizando a viv ncia das tarefas do cotidiano no ambiente escolar, denominadas AVPs (Atividades de Vida Di ria) e AVDs (Atividades de Vida Pr tica) melhorando assim a sua qualidade de vida. METODOLOGIA Este projeto originou-se da observa o direta, reflex o e registro sobre a pr tica pedag gica do professor de Educa o ESPECIAL realizada em sala de aula de uma Escola ESPECIAL com alunos deficientes intelectuais que apresentam maiores dificuldades.

6 Este trabalho destina-se a proporcionar atividades educativas e indicar estrat gias aos nossos educandos que possibilitem o desenvolvimento de habilidades que ser o importantes para torn -los mais independentes na 4conviv ncia do dia-a-dia, na comunidade escolar, familiar e social, onde est o inseridos. A metodologia utilizada levar os alunos a vivenciarem experi ncias da vida di ria em casa, na comunidade e na escola, para uma melhor qualidade de vida, envolveu a pesquisa bibliogr fica e a pesquisa participativa. A pesquisa bibliogr fica baseou-se em livros, documentos e artigos com o intuito de enriquecer o referencial te rico e conhecer melhor o tema em quest o. Reconhecendo que n o h um nico m todo ideal para todos os educandos, estaremos a par de diferentes metodologias e saberemos adapt -las conforme as necessidades de cada aluno, visando o desenvolvimento de comportamentos e atitudes adequadas para o conv vio social e tamb m uma maior autonomia nas atividades de vida pr tica.

7 A pesquisa participativa envolve v nculos entre os pesquisadores e os pesquisados, podendo estabelecer um elo de conhecimento da realidade, o que permite um bom desenvolvimento qualitativo. De acordo com MINAYO, DESLANDES e CRUZ NETO (2001, ), a pesquisa participativa a fase de explora o de campo e o trabalho se apresenta como uma possibilidade de se conseguir uma aproxima o com o que se deseja conhecer e estudar. ocupado pelas pessoas e grupos convivendo numa din mica de intera o social, da qual seremos participantes do processo tamb m. Buscando uma aproxima o adequada com as pessoas selecionadas para o estudo, com a apresenta o da proposta de estudo aos grupos envolvidos, uma comunica o verbal e pr tica di ria com trocas positivas, onde cada dia de trabalho seja refletido e avaliado. Esta pesquisa caracterizou-se como qualitativa, utilizando-se observa es como instrumento, bem como as atividades realizadas pelos alunos: Pr ticas de produ o de alimentos simples, de organiza o e limpeza na cozinha pedag gica.

8 Normas de comportamento e higiene neste ambiente. Orienta o nos diversos aspectos de higiene e principalmente aos seus cuidados pessoais. Realiza o de atividades de psicomotricidade para o desenvolvimento da consci ncia corporal; locomo o, equil brio,organiza o espacial . 5 Visitas orientadas a diversos locais onde possam ampliar seus conhecimentos e tornarem-se mais independentes. Realiza o de trabalhos manuais. Faremos tamb m, leituras e an lises de autores relacionados ao assunto estudado, os quais v o nos dar subs dios para desenvolver este trabalho. 3 EDUCA O ESPECIAL No Brasil, nas ltimas d cadas, registram-se consider veis avan os, resignificando a fun o da escola ESPECIAL , que visa oferecer atendimento especializado restritamente a alunos que n o apresentem nenhuma condi o de freq entar o sistema do ensino comum, conforme cita a lei 9397/96, no capitulo V da Educa o ESPECIAL no 2 : O atendimento educacional ser feito em classes ou servi os especializados sempre que, em fun o das condi es espec ficas dos alunos, n o for poss vel a sua integra o nas classes comuns de ensino regular.

9 Assim como as Diretrizes da Educa o ESPECIAL na Educa o B sica no Art. 10 explicita que freq entar o a Escola ESPECIAL : Art. 10. Os alunos que apresentem necessidades educacionais especiais e requeiram aten o individualizada nas atividades da vida aut noma e social, recursos, ajudas e apoios intensos e cont nuos, bem como adapta es curriculares t o significativas que a escola comum n o consiga prover, podem ser atendidos, em car ter extraordin rio, em escolas especiais , p blicas ou privadas, atendimento esse complementado, sempre que necess rio e de maneira articulada, por servi os das reas de Sa de, Trabalho e Assist ncia Social. A escola ESPECIAL em si mant m uma especificidade diferente do ensino regular, a qual primordialmente tem por objetivo cumprir sua miss o de forma heterog nea. Tal especificidade garante a manuten o de determinadas fun es que no paradigma incluso n o mais restrita escola ESPECIAL , mas indiscutivelmente fun o priorit ria desta do ponto de vista pedag gico.

10 Segundo as mesmas Diretrizes e mesmo caput em seus par grafos: 6 1 As escolas especiais , p blicas e privadas, devem cumprir as exig ncias legais similares s de qualquer escola quanto ao seu processo de credenciamento e autoriza o de funcionamento de cursos e posterior reconhecimento. 2 Nas escolas especiais , os curr culos devem ajustar-se s condi es do educando e ao disposto no Cap tulo II da LDBEN. 3 A partir do desenvolvimento apresentado pelo aluno, a equipe pedag gica da escola ESPECIAL e a fam lia deve decidir conjuntamente quanto transfer ncia do aluno para escola da rede regular de ensino, com base em avalia o pedag gica e na indica o, por parte do setor respons vel pela educa o ESPECIAL do sistema de ensino, de escolas regulares em condi o de realizar seu atendimento educacional. O aluno atendido nesta modalidade n o apresenta nenhuma condi o de autonomia e independ ncia para freq entar o ensino regular, mesmo que lhe seja ofertado curr culo adaptado e FUNCIONAL , por conseq ncia de quadros neurol gicos ou psiqui tricos espec ficos.


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