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DANÇAS FOLCLÓRICAS BRASILEIRAS - Unicamp

DAN AS FOLCL RICAS BRASILEIRAS . Entende-se por Dan as Folcl ricas as express es populares desenvolvidas em conjunto ou individualmente, frequentemente sem sazonalidade obrigat ria. Tudo indica que na coreografia que reside seu elemento definidor. Existe grande n mero delas no Brasil. Para a organiza o do invent rio que se segue, foi necess ria uma sele o, aqui definida pelos crit rios de abrang ncia nacional e por algumas particularidades, regionais e/ou locais. Regi o Norte Camale o (AM) - dan a de pares soltos que desenvolvem coreografia constitu da por sete diferentes passos, chamados jornadas. Organizados em duas fileiras, homens e mulheres executam passos laterais de deslize, v nias entre os pares, palmas na m o do parceiro, troca de lugares, sapateados r tmicos, requebrados, palmeados das mulheres e dos homens entre si, terminando com o passo inicial.

andamento musical varia entre apressado e moderado e a coreografia às marcações determinadas pela letra: trote apressado, trote requebrado, batidas de …

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1 DAN AS FOLCL RICAS BRASILEIRAS . Entende-se por Dan as Folcl ricas as express es populares desenvolvidas em conjunto ou individualmente, frequentemente sem sazonalidade obrigat ria. Tudo indica que na coreografia que reside seu elemento definidor. Existe grande n mero delas no Brasil. Para a organiza o do invent rio que se segue, foi necess ria uma sele o, aqui definida pelos crit rios de abrang ncia nacional e por algumas particularidades, regionais e/ou locais. Regi o Norte Camale o (AM) - dan a de pares soltos que desenvolvem coreografia constitu da por sete diferentes passos, chamados jornadas. Organizados em duas fileiras, homens e mulheres executam passos laterais de deslize, v nias entre os pares, palmas na m o do parceiro, troca de lugares, sapateados r tmicos, requebrados, palmeados das mulheres e dos homens entre si, terminando com o passo inicial.

2 O conjunto musical formado por viola, cavaquinho, rabeca e viol o. Nessa dan a usa-se indument rias espec fica inspirada no tempo do imp rio : os homens trajam fraque de abas, colete, culotes, meias brancas longas, sapato preto afivelado, gravata pomposa; as mulheres trajam saias longas rodadas, blusas soltas, meias brancas, sapatos afivelados. Carimb (PA) - dan a de roda formada por homens e mulheres, com solista no centro que baila com requebros, trejeitos, passos mi dos arrastados e ligeiros. O apogeu da apresenta o quando a dan arina, usando amplas saias, consegue cobrir algum dan ador, volteando amplamente a veste. Este gesto provoca hilaridade entre todos.

3 Caso jogue a saia e n o cubra o parceiro, imediatamente substitu da. O nome da dan a deriva de um dos instrumentos acompanhantes, um tambor de origem africana. Ciranda (AM) - uma raps dia composta de v rias partes, acompanhada da m sica Ciranda, Cirandinha . Dan a-se em c rculo, mo as e rapazes vestidos moda antiga. No final exibido o epis dio do car o (pernalta jaburu) que morto pelo ca ador. O car o e o ca ador aparecem fantasiados. Dan a do Ma arico (AM) - apresenta m sica saltitante com coro alegre e animado. Os dan arinos, organizados aos pares, desenvolvem uma coreografia constitu da por cinco diferentes movimentos: Charola , Roca-roca , Repini-co , Ma aricado e Gel ia de Mocot.

4 Os pares, ora enla ados ora soltos, d o passos corridos para frente e para tr s, de deslize laterais, volteios r pidos, rodopios ligeiros, culminando com uma umbigada. A. m sica executada em sanfona ou acorde o, viola, viol o, rabeca, tambores pequenos pifanos. Dan a do Sol - inicialmente se chamou Quaraci Porac , dan ada entre os ndios do Munic pio de Carvoeiro, em 1931, e divulgada posteriormente com o nome de Tipiti ou 2. Dan a do Pau de Fita . Possui os seguintes passos: Caracol; Tipiti de um; Tipiti de dois, Tipiti de tr s; Tipiti de quatro; Tran a; Rede; Choch (desafio). Desfeiteira (AM, PA) - dan a de pares enla ados que circulam livremente pelo sal o.

5 A. nica obrigatoriedade passar, cada par por sua vez, diante do conjunto musical que executa partituras alegres e vivas de: valsas, polcas, sambas rurais, chulas amazonenses, mazurcas, xotes etc. Repentinamente, os m sicos cessam de tocar e os pares tamb m estacam, onde estiverem. Aquele que coincidir estar na frente da banda passar por uma prova: o m sico-chefe escolhe a dama ou o cavalheiro para declamar versos. Quem n o conseguir vaiado por todos e, por esta desfeita, paga uma prenda, ficando assim desfeiteado. Gamb (toda a regi o) - dan a de terreiro, o Gamb constitu do de brincan-tes, um marcador , um grupo de quatro cantores, uma mulher solista e seu parceiro.

6 Os demais formam uma roda ou duas fileiras que envolvem o par so-lista e batem palmas no ritmo executado no Gamb , isto , um tambor feito de tronco de rvore com cerca de um metro de comprimento. A dan a se inicia com uma mulher que acena um len o grande colorido, requebra e mexe o cor-po voluptuosamente de modo a provocar o entusiasmo dos demais. Depois de alguns momentos atira-o aos p s de algum dan ador do grupo. Este recolhe o len o e sai em persegui o da dama, que simula fugir das investidas do cava-lheiro. O cavalheiro ent o simula desinteresse e a dama passa a provoc -lo com movimentos lascivos, sempre com aux lio do len o.

7 A dan a termina com a aceita o do cavalheiro que, com a dama, improvisa movimentos sensuais. Serafina (AM) - executada por homens e mulheres que se organizam em duas fileiras, por sexo. Nesta posi o desenvolvem movimentos chamados Bati o , que t m denomina es pr prias: Pu , Mala , Lance alto ; organizam-se depois em c rculo e executam outros movimentos: Arrodeio alto , Arrodeio baixo , Cacuri e Tapagem , retornam s fileiras e dan am ainda o Arrast o e a Reparti o . Quando nas fileiras, os dois primeiros pares formam grupos de quatro dan adores e desempenham as bati es entre si. Os participantes carregam alguns implementos que referenciam o aspecto simb lico desta dan a: remo de tamanho natural, arp es, len os grandes atados volta do pesco o, fitas coloridas presas cintura, chap us de palha.

8 Os remos e arp es s o colocados no ch o e n o t m nenhuma utilidade pr tica; as fitas e os len os s o usados no Lance alto e no Lance baixo quando a dupla de pares cruza as fitas, e no Arrodeio alto e Arrodeio baixo , figura es marcadas pelo cruzamento dos len os de cada dupla de pares. A m sica caracteristicamente rural: cavaquinho, reco-reco, viol o, tambor gamb , caracax s e maroca. Este ltimo um tambor pequeno, recoberto com couro de cobra sobre o qual colocam-se duas linhas paralelas cheias de contas que vibram juntamente com o couro. Regi o Nordeste Cavalo Pianc (PI) - origin ria do munic pio de Amarante, cavalheiros e damas, formando pares, comp em um c rculo e dan am imitando o trote de um cavalo manco.

9 O. 3. andamento musical varia entre apressado e moderado e a coreografia s marca es determinadas pela letra: trote apressado, trote requebrado, batidas de p s, galope saltitante etc. A letra pode ainda ser improvisada, o que influi na coreografia dos dan adores. Ciranda (PB, PE) - dan a desenvolvida por homens, mulheres e crian as. Os dan arinos formam uma grande roda e d o passos para dentro e para fora do c rculo, provocando ainda um deslocamento do mesmo no sentido anti-hor rio. A m sica executada por um grupo denominado terno , colocado no centro da roda, tocando instrumentos de percuss o - bumbo, tarol, caixa, ganz - e de sopro - pistons e trombone.

10 As can es, tiradas pelo mestre-cirandeiro e respondidas pelo coro dos demais, t m tem ticas que refletem a experi ncia de vida. Coco (toda a regi o) - difundido por todo o Nordeste, o Coco dan a de roda ou de fileiras mistas, de conjunto, de par ou de solo individual. H uma linha mel dica cantada em solo pelo tirador ou conquista , com refr o respondido pelos dan adores. Um vigoroso sapateado denominado tropel ou trop produz um ritmo que se ajusta quele executado nos instrumentos musicais. O Coco apresenta variadas modalidades, conforme o texto po tico, a coreogra-fia, o local e o instrumento de m sica. Os Coco solto , Quadras , Embola-da , Coco de entrega , Coco de dez p s s o referidos pela m trica liter ria; os Coco de ganz , Coco de zamb , pela m sica; os Coco de praias , Coco de usina , Coco de sert o , pelos locais; os Coco de roda , Coco de parelhas ligadas , Coco solto , Coco de fila , De parelhas trocadas , De tropel repartido , Cavalo manco , Travess o , Sete e meio , Coco de visitas , pela coreografia.


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