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Dengue: aspectos epidemiológicos, diagnóstico e …

Dengue aspectos Epidemiol gicos, Diagn stico e Tratamento Minist rio da Sa de Dengue aspectos Epidemiol gicos, Diagn stico e Tratamento Minist rio da Sa de 2002. Minist rio da Sa de. permitida a reprodu o parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte. S rie A. Normas e Manuais T cnicos, n 176. Tiragem: 290 mil exemplares Elabora o e distribui o: MINIST RIO DA SA DE. Funda o Nacional de Sa de FUNASA. Secretaria de Pol ticas de Sa de SPS. Secretaria de Assist ncia Sa de SAS. Maiores informa es: Funda o Nacional de Sa de FUNASA. SAS Quadra 4, bloco N. CEP: 70058-902, Bras lia - DF. Tel.: (61) 314 6440. Fax: (61) 225 9428. E-mail: Home page: Impresso no Brasil / Printed in Brazil Ficha Catalogr fica Brasil. Minist rio da Sa de. Fundac o Nacional de Sa de. Dengue: aspectos epidemiol gicos, diagn stico e tratamento / Minist rio da Sa de, Funda o Nacional de Sa de. Bras lia: Funda o Nacional de Sa de, 2002. 20p.: il. (S rie A.)

A dengue é uma doença febril aguda, de etiologia viral e de evolução benigna na forma clássica, e grave quando se apresenta na forma hemorrágica.

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1 Dengue aspectos Epidemiol gicos, Diagn stico e Tratamento Minist rio da Sa de Dengue aspectos Epidemiol gicos, Diagn stico e Tratamento Minist rio da Sa de 2002. Minist rio da Sa de. permitida a reprodu o parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte. S rie A. Normas e Manuais T cnicos, n 176. Tiragem: 290 mil exemplares Elabora o e distribui o: MINIST RIO DA SA DE. Funda o Nacional de Sa de FUNASA. Secretaria de Pol ticas de Sa de SPS. Secretaria de Assist ncia Sa de SAS. Maiores informa es: Funda o Nacional de Sa de FUNASA. SAS Quadra 4, bloco N. CEP: 70058-902, Bras lia - DF. Tel.: (61) 314 6440. Fax: (61) 225 9428. E-mail: Home page: Impresso no Brasil / Printed in Brazil Ficha Catalogr fica Brasil. Minist rio da Sa de. Fundac o Nacional de Sa de. Dengue: aspectos epidemiol gicos, diagn stico e tratamento / Minist rio da Sa de, Funda o Nacional de Sa de. Bras lia: Funda o Nacional de Sa de, 2002. 20p.: il. (S rie A.)

2 Normas e Manuais T cnicos, n 176). 1. Dengue. I. Brasil. Minist rio da Sa de. II. Brasil. Funda o Nacional de Sa de. III. T tulo. IV. S rie. NLM WC 528. Cataloga o e expedi o: EDITORA MS. Documenta o e informa o: SIA Trecho 4, Lotes 540/610. 71200-040, Bras lia - DF. Fones: (61) 233 1774 / 2020; Fax: (61) 233 9558. E-mail: O Minist rio da Sa de, atento ao avan o da dengue, vem convocando as Secretarias Estaduais e Municipais de Sa de para participar do esfor o nacional contra a doen a em nosso pa s e, ao mesmo tempo, garantir uma boa assist ncia aos pacientes na rede do Sistema nico de Sa de (SUS). A ades o das secretarias estaduais e municipais vai refletir diretamente na atua o dos profissionais de sa de, particularmente os m dicos, cuja fun o orientar as pessoas quanto ao controle do vetor e prestar o devido atendimento. O v nculo com a popula o fundamental para a redu o dos criadouros do Aedes aegypti, como pneus abandonados e outros recipientes que possam acumular gua.

3 A informa o a nossa arma mais poderosa. Com esse objetivo, o Minist rio da Sa de produziu esse manual de orienta o t cnica sobre a dengue, abrangendo aspectos epidemiol gicos, diagn sticos e terap uticos. Ser . lan ado tamb m o Protocolo de Condutas para Diagn stico e Tratamento, que contou com a participa o e o apoio do Conselho Federal de Medicina e da Associa o M dica Brasileira. O Protocolo busca unificar as condutas m dicas e as informa es sobre suspeitas e confirma es de casos de dengue. Essa luta de todos n s. Barjas Negri Ministro da Sa de aspectos Epidemiol gicos A dengue uma doen a febril aguda, de etiologia viral e de evolu o benigna na forma cl ssica, e grave quando se apresenta na forma hemorr gica. A dengue , hoje, a mais importante arbovirose (doen a transmitida por artr podes) que afeta o homem e constitui-se em s rio problema de sa de p blica no mundo, especialmente nos pa ses tropicais, onde as condi es do meio ambiente favorecem o desenvolvimento e a prolifera o do Aedes aegypti, principal mosquito vetor.

4 6. Agente Etiol gico O v rus da dengue um arbov rus do g nero Flaviv rus, pertencente fam lia Flaviviridae. S o conhecidos quatro sorotipos: 1, 2, 3 e 4. Vetores Hospedeiros Os vetores s o mosquitos do g nero Aedes. Nas Am ricas, a esp cie Aedes aegypti a respons vel pela transmiss o da dengue. Outra esp cie, Aedes albopictus, embora presente no Brasil, ainda n o tem comprovada sua participa o na transmiss o, embora na sia seja um importante vetor. Modo de Transmiss o A transmiss o se faz pela picada do Aedes aegypti, no ciclo homem - Aedes aegypti - homem. Ap s um repasto de sangue infectado, o mosquito fica apto a transmitir o v rus, depois de 8 a 12 dias de incuba o. A transmiss o mec nica tamb m poss vel, quando o repasto interrompido e o mosquito, imediatamente, se alimenta num hospedeiro suscet vel pr ximo. N o h transmiss o por contato direto de um doente ou de suas secre es com uma pessoa sadia, nem de fontes de gua ou alimento.

5 Per odo de Incuba o Varia de 3 a 15 dias, sendo, em m dia, de 5 a 6 dias. Per odo de Transmissibilidade A transmiss o ocorre enquanto houver presen a de v rus no sangue do homem (per odo de viremia). Este per odo come a um dia antes do aparecimento da febre e vai at o 6 dia da doen a. 7. Suscetibilidade e Imunidade A suscetibilidade ao v rus da dengue universal. A imunidade permanente para um mesmo sorotipo (hom loga). Entretanto, a imunidade cruzada (heter loga) existe temporariamente. A fisiopatogenia da resposta imunol gica infec o aguda por dengue pode ser prim ria e secund ria. A resposta prim ria se d em pessoas n o expostas anteriormente ao flaviv rus e o t tulo de anticorpos se eleva lentamente. A resposta secund ria se d . em pessoas com infec o aguda por dengue, mas que tiverem infec o pr via por flaviv rus e o t tulo de anticorpos se eleva rapidamente em n veis bastante altos. A suscetibilidade em rela o Febre Hemorr gica da Dengue (FHD) n o est totalmente esclarecida.

6 Tr s teorias mais conhecidas tentam explicar sua ocorr ncia 1. Relaciona o aparecimento de FHD virul ncia da cepa infectante, de modo que as formas mais graves sejam resultantes de cepas extremamente virulentas. 2. Na Teoria de Halstead, a FHD se relaciona com infec es seq enciais por diferentes sorotipos do v rus da dengue, num per odo de 3 meses a 5 anos. Nessa teoria, a resposta imunol gica na segunda infec o exacerbada, o que resulta numa forma mais grave da doen a. 3. Uma hip tese integral de multicausalidade tem sido proposta por autores cubanos, segundo a qual se aliam v rios fatores de risco s teorias de Halstead e da virul ncia da cepa. A intera o desses fatores de risco promoveria condi es para a ocorr ncia da FHD. 8. aspectos Cl nicos Descri o: a infec o por dengue causa uma doen a cujo espectro inclui desde infec es inaparentes at quadros de hemorragia e choque, podendo evoluir para o xito letal. Dengue cl ssica: o quadro cl nico muito vari vel.

7 A primeira manifesta o a febre alta (39 a 40 ), de in cio abrupto, seguida de cefal ia, mialgia, prostra o, artralgia, anorexia, astenia, dor retroorbital, n useas, v mitos, exantema e prurido cut neo. Hepatomegalia dolorosa pode ocorrer, ocasionalmente, desde o aparecimento da febre. Alguns aspectos cl nicos dependem, com freq ncia, da idade do paciente. A dor abdominal generalizada pode ocorrer, principalmente nas crian as. Os adultos podem apresentar pequenas manifesta es hemorr gicas, como pet quias, epistaxe, gengivorragia, sangramento gastrointestinal, hemat ria e metrorragia. A doen a tem uma dura o de 5 a 7 dias. Com o desaparecimento da febre, h regress o dos sinais e sintomas, podendo ainda persistir a fadiga. Febre Hemorr gica da Dengue (FHD): os sintomas iniciais s o semelhantes aos da dengue cl ssica, por m evoluem rapidamente para manifesta es hemorr gicas e/ou derrames cavit rios e/ou instabilidade hemodin mica e/ou choque.

8 Os casos t picos da FHD s o caracterizados por febre alta, fen menos hemorr gicos, hepatomegalia e insufici ncia circulat ria. Um achado laboratorial importante a trombocitopenia com hemoconcentra o concomitante. A principal caracter stica fisiopatol gica associada ao grau de severidade da FHD a efus o do plasma, que se manifesta atrav s de valores crescentes do hemat crito e da hemoconcentra o. 9. Entre as manifesta es hemorr gicas, a mais comumente encontrada a prova do la o positiva. A prova do la o consiste em se obter, atrav s do esfignoman metro, o ponto m dio entre a press o arterial m xima e m nima do paciente, mantendo-se esta press o por 5 minutos; quando positiva aparecem pet quias sob o aparelho ou abaixo do mesmo. Se o n mero de pet quias for de 20 ou mais em um quadrado desenhado na pele com 2,3 cm de lado, essa prova considerada fortemente positiva. Nos casos graves de FHD, o choque geralmente ocorre entre o 3 e 7 dia de doen a, precedido por um ou mais sinais de alerta.

9 O choque decorrente do aumento da permeabilidade vascular seguido de hemoconcentra o e fal ncia circulat ria. de curta dura o e pode levar ao bito em 12 a 24 horas ou recupera o r pida ap s terapia anti-choque apropriada. Diagn stico Diferencial Dengue cl ssica: considerando que a dengue tem um amplo espectro cl nico, as principais doen as a serem consideradas no diagn stico diferencial s o: gripe, rub ola, sarampo e outras infec es virais, bacterianas e exantem ticas. Febre Hemorr gica da Dengue - FHD: no in cio da fase febril, o diagn stico diferencial deve ser feito com outras infec es virais e bacterianas e, a partir do 3 . ou 4 dia, com choque endot xico decorrente de infec o bacteriana ou meningococcemia. As doen as a serem consideradas s o: leptospirose, febre amarela, mal ria, hepatite infecciosa, influenza, bem como outras febres hemorr gicas transmitidas por mosquitos ou carrapatos. 10. Diagn stico Laboratorial Exames Espec ficos A comprova o laboratorial das infec es pelo v rus da dengue faz-se pelo isolamento do agente ou pelo emprego de m todos sorol gicos - demonstra o da presen a de anticorpos da classe IgM em nica amostra de soro ou aumento do t tulo de anticorpos IgG em amostras pareadas (convers o sorol gica).

10 Isolamento: o m todo mais espec fico para determina o do sorotipo respons vel pela infec o. A coleta de sangue dever ser feita em condi es de assepsia, de prefer ncia no terceiro ou quarto dia do nicio dos sintomas. Ap s o t rmino dos sintomas n o se deve coletar sangue para isolamento viral. Sorologia: os testes sorol gicos complementam o isolamento do v rus e a coleta de amostra de sangue dever ser feita ap s o sexto dia do in cio da doen a. Obs.: n o congelar o sangue total, nem encostar o frasco diretamente no gelo para evitar hem lise. Os tubos ou frascos encaminhados ao laborat rio dever o ter r tulo com nome completo do paciente e data da coleta da amostra, preenchido a l pis para evitar que se torne ileg vel ao contato com a gua. 11. Exames Inespec ficos Dengue cl ssica: Hemograma: a leucopenia achado usual, embora possa ocorrer leucocitose. Pode estar presente linfocitose com atipia linfocit ria. A trombocitopenia observada ocasionalmente.


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