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Dermatologia Abordagens no estudo do envelhecimento ...

Dermatologia Artigo de pesquisa Abordagens no estudo do envelhecimento cut neo em diferentes etnias Approach to the process knowledge of skin aging among different ethnics M nica Antunes Batistela1, Marlus Chorilli 1,2 & Gislaine Ricci Leonardi1. RESUMO O presente trabalho teve por objetivo, atrav s de uma revis o bibliogr fica, fazer uma aborda- gem do processo de envelhecimento cut neo entre as diferentes etnias, associado dois fatores distintos: o envelhecimento intr nseco e extr nseco da pele. O processo de envelhecimento altera a estrutura e a fun o dos rg os, bem como da pele, a qual foi o enfoque do estudo . O conhecimento destas altera es da pele . muito importante, principalmente quando estas ocorrem precocemente, podendo causar danos f sicos, fisio- l gicos e at ps quicos para uma popula o, visto que o tipo de pele influencia quanto ao processo de envelhecimento cut neo.

Rev. Bras. Farm., 88(2), 2007 61 de 70% de seu peso desidratado; o colÆgeno III predo-mina na pele humana durante o período fetal. O colÆ-geno tipo IV Ø produzido pelos queratinócitos e secre-

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1 Dermatologia Artigo de pesquisa Abordagens no estudo do envelhecimento cut neo em diferentes etnias Approach to the process knowledge of skin aging among different ethnics M nica Antunes Batistela1, Marlus Chorilli 1,2 & Gislaine Ricci Leonardi1. RESUMO O presente trabalho teve por objetivo, atrav s de uma revis o bibliogr fica, fazer uma aborda- gem do processo de envelhecimento cut neo entre as diferentes etnias, associado dois fatores distintos: o envelhecimento intr nseco e extr nseco da pele. O processo de envelhecimento altera a estrutura e a fun o dos rg os, bem como da pele, a qual foi o enfoque do estudo . O conhecimento destas altera es da pele . muito importante, principalmente quando estas ocorrem precocemente, podendo causar danos f sicos, fisio- l gicos e at ps quicos para uma popula o, visto que o tipo de pele influencia quanto ao processo de envelhecimento cut neo.

2 Logo, o estudo das diferen as da pele entre as ra as importante no desenvolvi- mento de produtos adequados para cada tipo de pele. PALAVRAS-CHAVE Pele; envelhecimento ; etnias. SUMMARY The present work studied through bibliographic review to do an approach of the process of skin aging among different ethnics, linked to two distinct components: intrinsic and extrinsic skin aging. The aging process alters the structur e and function of human organs as well of skin, the focus of this study. The knowledge of these alterations is very important specially when they occurs too early causing physical, physiologic and psychological damages to whole populations. So, the study of the differences among races is important to develop specific products for each kind of skin. KEYWORDS Skin; aging; ethnics. INTRODU O cesso do envelhecimento cut neo.

3 Assim, as varia es tnicas t m ganhado espa o no mercado brasileiro e O Brasil conhecido pela beleza de suas mulheres e por sua diversidade de ra as. Loiras, ruivas, mo- renas, orientais, mulatas e negras est o cada vez mais mundial, impulsionando o desenvolvimento de novas formula es de tratamento da pele envelhecida que se adequem s novas tend ncias da moda (De Paola et conscientes de seu potencial e procuram produtos que al., 1999). valorizem sua beleza natural. Esta busca constante, Os produtos cosm ticos de tratamento devem se e as mudan as de h bitos destas consumidoras refle- adequar s condi es anat micas e fisiol gicas da pele, tem-se nos n meros do mercado de produtos tnicos, o em suas varia es individuais. Os cuidados com a in- qual foi recentemente descoberto, estando em grande tegridade funcional, al m da anat mica, permitem in- ascens o e na mira de empresas que apostam em es- tervir eficazmente com o objetivo de obter melhoras trat gias e novos produtos direcionados a esta rea est ticas da pele (Beny, 2000).

4 (Ashcare, 2004). cada vez maior o interesse das pessoas por uma Por muitos anos, mulheres origin rias das diferen- pele jovem, isenta de rugas e manchas, o que tem esti- tes ra as, com tonalidades de pele negra, amarela ou mulado os pesquisadores da rea cosm tica na busca avermelhada, tiveram que utilizar produtos cosm ticos de se conhecer os mecanismos respons veis, bem como formulados para os grandes mercados, constitu do por as principais altera es morfo-histol gicas causadas consumidores prevalentemente de ra a branca (Rocha durante o processo de envelhecimento cut neo (Hat- Filho, 1996). zis, 2004). Por m, nos ltimos anos, esses consumidores tni- O presente trabalho teve como objetivo analisar, atra- cos passaram a ter mais op es nas linhas de cosm ti- v s de uma revis o bibliogr fica, as principais altera- cos, pois a maioria dos produtos era orientada para a es da pele envelhecida, em estudo comparativo, en- popula o em geral.

5 Isso, todavia n o foi suficiente para tre os diferentes grupos tnicos. atender s suas necessidades, pois os fabricantes, mui- tas vezes n o levavam em conta as diferen as fisiol - DESENVOLVIMENTO. gicas da pele, nem como diferenciar esses produtos no mercado (Valle, 1999; Rocha Filho, 1996). A pele, ou c tis, maior rg o do corpo humano, . Sabe-se que o tipo de pele pode interferir no pro- um rg o de revestimento complexo e heterog neo, Recebido em 16/10/2006. 1. Curso de Farm cia Faculdade de Ci ncias da Sa de Universidade Metodista de Piracicaba 2. Programa de P s-Gradua o em Ci ncias Farmac uticas Faculdade de Ci ncias Farmac uticas UNESP. Rev. Bras. Farm., 88(2): 59-62, 2007 59. constitu da essencialmente de tr s grandes camadas de linhas de express o facial. Essas altera es eviden- de tecidos: uma superior a epiderme; uma camada ciam o afinamento da epiderme e derme com um acha- intermedi ria a derme; e uma camada profunda a tamento dos cones epid rmicos na jun o dermoepi- hipoderme (Leonardi, 2004).

6 Apresenta fun es de pro- d rmica. Pele extrinsecamente envelhecida e exposta te o, nutri o, pigmenta o, queratog nese, termor- ao sol aparece clinicamente como manchada, espessa, regula o, transpira o, perspira o, defesa e absor- amarelada, frouxa, spera e dura (Jenkins, 2002). o (Beny, 2000). Essas altera es podem come ar logo na segunda A pele jovem, em torno dos 20 anos de idade, geral- d cada e podem apresentar alguma propens o a cres- mente apresenta-se unifor me quanto cor, te xtura, fir- cimentos cancerosos devido diminui o de n mero e meza, isen o de manchas e rugas, sendo estas as prin- fun o das c lulas de L angerhans. Pele envelhecida . cipais diferen as entre uma pele jovem e uma enve- caracterizada por displasia epid rmica com graus vari - lhecida (Beny, 2000). veis de atipia citol gica, perda de polaridade querati- Com o envelhecimento , principalmente a partir dos noc tica, infiltrado inflamat rio, diminui o do col ge- 40 anos de idade, h uma diminui o no n vel de es- no e elastose, que pode ser definida como degrada o trog nios e redu o das fibras de col geno, tornando a de material el stico, que, no fotoenvelhecimento pre- pele mais fina e sens vel, manchada, levando pre- coce, aumentada em quantidade e vista microscopi- sen a de rugas e c lulas mortas, as quais v o se acu- camente como fibras el sticas espessadas, torcidas e mulando e se depositando na superf cie.

7 A forma o degradadas (Wulf et al., 2004; Jenkins, 2002). de rugas, pele mais spera, redu o da elasticidade e Essas fibras degeneram em uma massa amorfa com da firmeza da pele do rosto s o os sinais mais expres- a progress o do fotoenvelhecimento. Assim, envelhe- sivos do reflexo da idade biol gica (Giacomini & Rein, cimento intr nseco da pele resulta em atrofia, enquan- 2004). to envelhecimento extr nseco resulta em hipertrofia. Essa distin o n o sempre clinicamente aparente, mas envelhecimento e suas principais altera es em casos ideais de pele intrinsecamente envelhecida O processo de envelhecimento da pele um fen - apresentam enrugamento fino, enquanto pele com fo- meno biol gico, que pode ser classificado em 2 compo- toenvelhecimento demonstra enrugamento spero e nentes: envelhecimento intr nseco e extr nseco (Tza- sulcos (Steiner, 2004).)

8 Phlidou, 2004). Os tecidos gradualmente passam por mudan as de Como o nome implica, envelhecimento intr nseco acordo com a idade, sendo que, na pele, essas altera- devido senesc ncias geneticamente controladas, en- es s o mais facilmente reconhecidas. Observa-se na quanto o envelhecimento extr nseco devido a fatores pele envelhecida ressecamento associado a uma sen- ambientais superimpostos no envelhecimento intr nse- sa o t til de rugosidade, atrofia, perda de firmeza, co. Fatores ambientais conhecidos na acelera o de pigmenta o desigual e les es proliferativas, sendo envelhecimento extr nseco s o exposi o ao sol (foto- esse quadro cl nico acelerado na exposi o solar (Ori . envelhecimento ) e cigarros (Draelos, 1999). et al., 2003). Steiner (2004) explica que o envelhecimento intr n- Histologicamente observa-se um achatamento da seco representa o que comum aos outros rg os e o jun o dermoepid rmica, reduzindo a coes o entre as envelhecimento extr nseco, mais intenso e evidente, c lulas, ocorrendo um alargamento dos espa os intra- aquele que ocorre em decorr ncia dos danos causados celulares, uma diminui o do n mero dos melan citos pela radia o ultravioleta.

9 O envelhecimento proveni- ativos bem como do n mero das c lulas de Langerhans, ente da idade mais suave, lento e gradual, causando que s o respons veis pela imunidade celular. Na ca- danos est ticos muito pequenos. J o fotoenvelhecimen- mada da derme, h diminui o da espessura e frag- to mais agressivo superf cie da pele, sendo o res- menta o das fibras el sticas, que consistem basica- pons vel por modifica es como rugas, manchas e o mente de elastina e microfibrilas, sendo a elastina, seu pr prio c ncer de pele. maior componente. Encontram-se dispostas na derme Mudan as nas caracter sticas da pele humana du- de tal maneira a formarem uma rede, podendo ser di- rante o envelhecimento s o freq entemente determi- vididas em tr s tipos: as mais superficiais s o as oxi- nadas por for as ambientais ou extr nsecas, tais como tal nicas voltadas para a face inferior da epiderme; logo radia o ultravioleta, assim como por fatores intr nse- cos, alguns deles relacionados com altera es no teci- abaixo, seguem as fibras elaun nicas, com disposi o perpendicular epiderme e por fim, as fibras el sticas do conjuntivo da derme.

10 Altera es no tecido conjunti- vo, que atua como alicerce estrutural para epiderme, verdadeiras (ou maduras), dispostas paralelamente . delineiam essas mudan as na apar ncia externa, que epiderme, localizando-se mais abaixo das fibras elau- s o refletidas no estrato c rneo. As modifica es do n nicas. Somadas, as fibras el sticas correspondem a aparelho col geno-el stico ao longo da vida estabele- cerca de 2 a 4% da pele desidratada, contribuindo mui- cem uma base morfol gica substancial para compreen- to pouco com a resist ncia, deforma o e tens o, em- der as adapta es bioqu micas e biomec nicas da pele bora participem em certo grau, da elasticidade da pele com a idade (Jenkins, 2002; Bailey, 2001). (Pruni ras, 1994; Sauerbronn, 2004; Wulf et al. , 2004;. A espessura da pele e suas propriedades viscoel s- Ori et al. 2003; Jenkins, 2002).


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