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Doenças sexualmente transmissíveis na gestação: …

767. EDUCA O M DICA CONTINUADA. L. Doen as sexualmente transmiss veis na gesta o: uma s ntese de particularidades Sexually transmitted diseases during pregnancy: a synthesis of particularities Mariana Carvalho Costa 1 Eduardo Bornhausen Demarch 2. David Rubem Azulay 3 Andr Reynaldo Santos P riss 4. 5. Maria Fernanda Reis Gavazzoni Dias Jos Augusto da Costa Nery 6. Resumo: As doen as sexualmente transmiss veis (DSTs) apresentam preval ncia significativa tanto na popula o geral quanto nas gestantes. Nestas, em especial, devem-se considerar as altera es fisiol g- icas em seu organismo que podem, inclusive, alterar o curso dessas doen as.

Doenças sexualmente transmissíveis na gestação: uma síntese de particularidades 769 An Bras Dermatol. 2010;85(6):767-85. ca).5 Em pacientes intolerantes à …

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1 767. EDUCA O M DICA CONTINUADA. L. Doen as sexualmente transmiss veis na gesta o: uma s ntese de particularidades Sexually transmitted diseases during pregnancy: a synthesis of particularities Mariana Carvalho Costa 1 Eduardo Bornhausen Demarch 2. David Rubem Azulay 3 Andr Reynaldo Santos P riss 4. 5. Maria Fernanda Reis Gavazzoni Dias Jos Augusto da Costa Nery 6. Resumo: As doen as sexualmente transmiss veis (DSTs) apresentam preval ncia significativa tanto na popula o geral quanto nas gestantes. Nestas, em especial, devem-se considerar as altera es fisiol g- icas em seu organismo que podem, inclusive, alterar o curso dessas doen as.

2 Complica es obst tric- as e neonatais podem ocorrer em decorr ncia delas, acarretando aumento da morbimortalidade materno-infantil. Abordam-se, neste artigo, as particularidades da hist ria natural e terap utica no per odo gestacional das principais DSTs: cancro mole, donovanose, gonorreia, clamid ase, hepatites virais, herpes genital, infec o pelo papilomav rus humano (HPV), linfogranuloma ven reo, s filis e vulvovaginites. As DSTs devem ser enfrentadas com extrema aten o e conscientiza o por parte dos profissionais de sa de, principalmente, no tocante ao diagn stico, que deve ser o mais precoce pos- s vel, e ao tratamento, que apresenta limita es na terap utica durante a gesta o, pela toxicidade de muitos dos medicamentos comumente empregados.

3 A preven o e o tratamento do parceiro s o importantes para que as a es sejam efetivas. Palavras-chave: Bem-estar materno; Doen as sexualmente transmiss veis; Gravidez Abstract: Sexually transmitted diseases (STDs) have a significant prevalence in both the general pop- ulation and pregnant women. Accordingly, we consider the physiological changes of the maternal organism that can alter the clinical course of these diseases. In addition, obstetric and neonatal com- plications may occur, resulting in increased maternal and infant morbidity and mortality. We explore features of the natural course and treatment during pregnancy of the major STDs: soft chancre, dono- vanosis, gonorrhea, chlamydia, viral hepatitis, genital herpes, human papillomavirus (HPV) infection, lymphogranuloma venereum, syphilis, and vulvovaginitis.

4 We believe that health professionals should pay careful attention to STDs, particularly in relation to early diagnosis and precautions on the use of drugs during pregnancy. Prevention and partner treatment to achieve effective results are also extreme- ly relevant. Keywords: Maternal welfare; Pregnancy; Sexually transmitted diseases Aprovado pelo Conselho Editorial e aceito para publica o em * Trabalho realizado no Instituto de Dermatologia Prof. Rubem David Azulay - Santa Casa da Miseric rdia do Rio de Janeiro (IDPRDA - SCMRJ) - Rio de Janeiro (RJ), Brasil. Conflito de interesse: Nenhum / Conflict of interest: None Suporte financeiro: Nenhum / Financial funding: None 1.

5 M dica p s-graduanda do IDPRDA - SCMRJ - Rio de Janeiro (RJ), Brasil. 2. M dico p s-graduando do IDPRDA - SCMRJ - Rio de Janeiro (RJ), Brasil. 3. Mestre; chefe do Servi o de Dermatologia do IDPRDA - SCMRJ; professor titular do curso de p s-gradua o da Pontif cia Universidade Cat lica do Rio de Janeiro; professor da Funda o T cnico-Educacional Souza Marques e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) - Rio de Janeiro (RJ), Brasil. 4. Doutor; mestre em doen as infectoparasit rias pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); doutor em Epidemiologia pela University of Maryland;. pesquisador do Departamento de Ci ncias Biol gicas da Escola Nacional de Sa de P blica (ENSP) Rio de Janeiro (RJ), Brasil.

6 5. Doutor; mestre e doutora em Dermatologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); professora associada de Dermatologia do IDPRDA - SCMRJ- Rio de Janeiro (RJ), Brasil. 6. Doutor; mestre em Dermatologia pela Universidade Federal Fluminense (UFF); doutor em doen as infectoparasit rias pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); chefe do setor de Dermatologia Sanit ria (DST/Hansen ase) do IDPRDA - SCMRJ; pesquisador associado do laborat rio de hansen ase e ambulat rio Sousa Ara jo - Instituto Oswaldo Cruz (IOC) Fiocruz - Rio de Janeiro (RJ), Brasil 2010 by Anais Brasileiros de Dermatologia An Bras Dermatol.

7 2010;85(6):767-85. 768 Costa MC, Bornhausen-Demarch E, Azulay DR, P riss ARS, Dias MFRG, Nery JAC. INTRODU O. Altera es gestacionais, como imunossupress o Epidemiologia relativa, mudan as anat micas da gravidez e altera- A mulher, frequentemente, portadora assinto- es hormonais, podem alterar o curso das doen as m tica. A doen a acomete um homem a cada dez a 20. sexualmente transmiss veis (DSTs). As infec es na mulheres, em geral, na faixa de 15-30 anos3. A incid n- m e podem impactar tanto a sa de materna quanto a cia maior em regi es tropicais e em popula es com fetal, e a transmiss o pode se dar no per odo da ges- baixo n vel de ta o, durante o parto e no p s-parto.

8 Dados do Programa Nacional de DST/AIDS do Aspectos cl nicos Minist rio da Sa de (MS) sobre a preval ncia de algumas Ap s o per odo de incuba o, em torno de um DSTs em popula es selecionadas de seis capitais brasi- a quatro dias, podendo se estender at duas semanas, leiras indicaram que, entre gestantes, a preval ncia surge les o inicial que pode ser m cula, p pula, ves - de infec o por clam dia foi de 9,4%, de s filis, 1,6% e de cula ou p stula, que evolui rapidamente para ulcera- infec o gonoc cica, 1,5%. Entre as DSTs virais, a maior o. Na maioria dos casos, as lceras acometem l bios preval ncia corresponde ao papilomav rus humano vaginais, f rcula, intr ito vaginal, colo uterino ou (HPV), com 40,4%.

9 O mesmo estudo indicou uma preva- per ,3 S o comuns les es adjacentes por autoino- l ncia de 0,5% tanto para o v rus da imunodefici ncia cula o. As lceras s o dolorosas, com fundo sujo e humana (HIV) quanto para o v rus da hepatite B (HBV) odor f tido. Pode associar-se s filis, caracterizando o e de 22,7% para o v rus herpes simples tipo 2 (HSV-2).1,2 cancro misto de Rollet. O bub o inguinal, geralmente O diagn stico e o tratamento dessas infec es unilateral e doloroso, raro no sexo feminino devido v o depender do tipo de infec o, do per odo de drenagem regional, que n o ocorre para os g nglios incuba o, da apresenta o cl nica da doen a, da dis- inguinais, mas para os il acos profundos ou pararre- ponibilidade de testes diagn sticos acurados e r pi- ,3,4.

10 Dos e de tratamento espec fico. Nas gestantes, os ris- cos do procedimento diagn stico e terap utico Diagn stico devem ser considerados. Sorologia para HIV, s filis e O diagn stico baseia-se no quadro cl nico. HBV s o, normalmente, realizadas durante as visitas Pode-se fazer a bacterioscopia corada pelo Gram em de pr -natal, enquanto que, para clam dia e gonor- esfrega os de exsudato da base da lcera ou material reia, s o usualmente negligenciadas. Al m disso, n o aspirado do bub o. Nela, observam-se estreptobacilos raramente, mesmo quando realizados estes testes Gram-negativos com disposi o em cardume de sorol gicos, muitas gestantes n o chegam a ser peixe , com positividade de 50%.


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