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EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR E CULTURA CORPORAL …

EDUCA O F SICA ESCOLAR E CULTURA CORPORAL DE MOVIMENTO NO PROCESSO EDUCACIONAL tatiana Cortez Nunes1 Yara Aparecida Couto (O) 2 Introdu o Na rea de Educa o F sica ESCOLAR h muitas discuss es sobre os conte dos que devem ser trabalhados pelos professores, as abordagens e reas de conhecimentos que ela abrange, al m disso, estudamos o movimento, com t cnicas sofisticadas buscando a perfei o e adotamos como nossos conte dos das reas mais diversas como as m dicas, as biol gicas e humanas entre outras, por muitas vezes como docentes esquecemos, o nosso ponto chave que o ser humano historicamente criado e culturalmente desenvolvido de uma maneira integral e nica, destacado pelo Coletivo de Autores (1998). Como podemos ver a forma o profissional do profissional de Educa o F sica sempre foi muito prec ria DAOLIO (2004) ressalta, os profissionais formados por volta de 1980 tinham como forma o a predomin ncia de conhecimentos voltados para a rea biol gica, tais profissionais n o tiveram acesso s discuss es socioculturais e ainda o mesmo autor, o corpo era visto como um conjunto de sistemas e n o como CULTURA , o esporte era de alto rendimento ou passa tempo, n o lidava com os fen menos pol ticos e culturais da poca, a Educa o F sica n o tinha

EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR E CULTURA CORPORAL DE MOVIMENTO NO PROCESSO EDUCACIONAL Tatiana Cortez Nunes1 Yara Aparecida Couto (O) 2 Introdução Na área de Educação Física Escolar há muitas discussões sobre os …

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1 EDUCA O F SICA ESCOLAR E CULTURA CORPORAL DE MOVIMENTO NO PROCESSO EDUCACIONAL tatiana Cortez Nunes1 Yara Aparecida Couto (O) 2 Introdu o Na rea de Educa o F sica ESCOLAR h muitas discuss es sobre os conte dos que devem ser trabalhados pelos professores, as abordagens e reas de conhecimentos que ela abrange, al m disso, estudamos o movimento, com t cnicas sofisticadas buscando a perfei o e adotamos como nossos conte dos das reas mais diversas como as m dicas, as biol gicas e humanas entre outras, por muitas vezes como docentes esquecemos, o nosso ponto chave que o ser humano historicamente criado e culturalmente desenvolvido de uma maneira integral e nica, destacado pelo Coletivo de Autores (1998). Como podemos ver a forma o profissional do profissional de Educa o F sica sempre foi muito prec ria DAOLIO (2004) ressalta, os profissionais formados por volta de 1980 tinham como forma o a predomin ncia de conhecimentos voltados para a rea biol gica, tais profissionais n o tiveram acesso s discuss es socioculturais e ainda o mesmo autor, o corpo era visto como um conjunto de sistemas e n o como CULTURA , o esporte era de alto rendimento ou passa tempo, n o lidava com os fen menos pol ticos e culturais da poca, a Educa o F sica n o tinha o car ter cultural, essa concep o nos chama aten o para as atuais dificuldades que encontramos ainda nos dias atuais.

2 O Coletivo de Autores vem refor ar a cita o acima e nos mostrar uma nova tentativa de inovar e buscar uma nova reflex o para a Educa o F sica quando destaca, no passado a perspectiva da Educa o F sica, tinha como objetivo o desenvolvimento da aptid o f sica do homem, onde a contribui o hist rica relativa aos interesses da classe dominante, mantendo uma estrutura capitalista, mas hoje nossa rea come ou a ter uma nova reflex o, sob um aspecto l dico buscando investigar a criatividade humana e ado o de uma postura investigativa e produtora de CULTURA . 1 Aluna da I Turma do Curso de Especializa o em Educa o F sica ESCOLAR (lato sensu) do DEFMH/UFSCar. 2 Professora Assistente do DEFMH/UFSCar e do Curso de Especializa o em Educa o F sica ESCOLAR . 2 Devido a essa tentativa de mudan a na concep o de Educa o F sica DAOLIO (2004) ainda afirma, que CULTURA o principal conceito para a Educa o F sica , na perspectiva que o movimento humano o nosso estudo, mas o car ter social e cultural que a Educa o F sica deve exercer em seus alunos n o pode ser deixado de lado, devemos assumir a responsabilidade que nos foi dada, transmitindo e ensinando conhecimentos que transformem a realidade social.

3 Nesse estudo a compreens o do indiv duo quanto ser cultural e suas rela es inter-pessoais se faz presente e MEDINA (1948) menciona, o homem s pode evoluir, cada vez mais, atrav s da percep o gradual que se d em rela o a si mesmo, em rela o aos outros, em rela o ao mundo, assim nosso papel como educadores o de proporcionar essa intera o e conhecimento cada vez maior do ser humano com o mundo e suas rela es. Na perspectiva de OLIVEIRA (2004) a Educa o F sica existe em fun o do homem, enquanto ser individual e social, sendo assim temos que entender o indiv duo como um todo, nas suas v rias formas de se relacionar com o mundo e a Educa o F sica como CULTURA CORPORAL de Movimento t m que estar atenta as individualidades. Com esses subs dios te ricos mencionados, prop e-se desenvolver uma investiga o da Educa o F sica ESCOLAR quanto CULTURA CORPORAL de Movimento.

4 Trata-se de uma pesquisa qualitativa que apresenta como m todo entrevistas semi-estruturadas com os 52 alunos e 5 professores. 3 A Educa o F sica e sua origem no Brasil No passado, a Educa o F sica teve seus paradigmas estritamente ligados s institui es militares e classe m dica (higienista). Com a vis o de melhorar a qualidade de vida, muitos m dicos adotaram a forma higienista e buscaram modificar os h bitos de sa de e higiene da popula o (BRASIL, 2001). Seguindo a mesma men o acima, a Educa o F sica favorecia a educa o do corpo, tendo como meta a constitui o de um f sico saud vel e equilibrado organicamente, ou seja, menos suscet vel s doen as. Al m disso, havia o pensamento pol tico e intelectual da poca, uma preocupa o com o melhoramento gen tico da ra a humana.

5 Com a miscigena o entre escravos, havia o temor de uma mistura que desqualificasse a ra a branca. Dessa forma, a educa o sexual associada Educa o F sica deveria prevenir homens e mulheres da responsabilidade de manter a soberania racial branca . Ainda Brasil (2001), destaca que, embora a elite imperial estivesse de acordo com os pressupostos higi nicos, eug nicos e f sicos, havia ainda uma forte oposi o s atividades f sicas por conta do trabalho f sico e do trabalho escravo. Tudo o que prescindia esfor o f sico era visto com maus olhos e isso dificultava a obrigatoriedade da Educa o F sica nas escolas. O mesmo autor, dentro de tudo isso, as institui es militares sofreram influ ncia da filosofia positivista, favorecendo o desenvolvimento da educa o do f sico.

6 Era de fundamental import ncia formar indiv duos fortes e saud veis que defendessem a p tria e seus ideais, pois s assim alcan ariam ordem e o progresso. Em 1851, teve a Reforma Couto Ferraz, que tornou obrigat ria a Educa o F sica nas escolas dos munic pios da Corte. Os pais n o viram com bons olhos essa nova realidade, pois n o aceitavam o fato de seus filhos estarem ligados s atividades que n o fossem intelectuais. Mas houve uma maior toler ncia id ia de gin stica pelos meninos, uma vez que se associavam s institui es militares, mas, em rela o s meninas, os pais proibiram a participa o de suas filhas (BRASIL, 2001). Ainda tirado da mesma fonte bibliogr fica, no ano de 1882, Rui Barbosa deu seu parecer sobre o Projeto 224, no qual defendeu a inclus o da gin stica nas escolas, 4equiparou os professores dessa modalidade a outras disciplinas e ainda destacou a import ncia de se ter um corpo saud vel para sustentar a atividade intelectual.

7 O mesmo autor continua, no in cio deste s culo, a Educa o F sica ainda recebia o nome de gin stica e foi inclu da no curr culo do Estado da Bahia, Cear , Distrito Federal, Minas Gerais, Pernambuco e S o Paulo. Nessa mesma poca, a Educa o F sica sofria uma forte influ ncia do movimento escola-novista, que evidenciou a import ncia da atividade f sica no desenvolvimento integral do ser humano. A Educa o F sica que se aplicava tinha seus pilares nos m todos europeus, os quais se firmavam em princ pios biol gicos. A base do movimento era de natureza cultural, pol tica e cient fica conhecidas como: Movimento Gin stico Europeu, e foi primeira sistematiza o da Educa o F sica no Ocidente, cita o de BRASIL, (2001). Mesmo autor, destaca na d cada de 30, no Brasil, dentro de um contexto hist rico e pol tico mundial, com vista s id ias nazistas e fascistas que associavam a eugeniza o da ra a Educa o F sica, ganhou for as.

8 O ex rcito passou a comandar um movimento em prol Educa o F sica que se mesclava aos objetivos patri ticos e uma prepara o pr -militar. O discurso passou de eug nico para dar lugar s id ias higienistas e de preven es s doen as. O per odo higi nico foi duradouro. Apesar de algumas mudan as come arem a acontecer, como a inclus o da Educa o F sica nos curr culos na tentativa de valorizar e mostrar os benef cios para o ser humano, isso n o poderia ser considerado garantia melhora para o componente curricular, uma vez que faltavam profissionais capacitados principalmente nas escolas prim rias, destaca BRASIL (2001). Apenas em 1937 que se fez a primeira refer ncia Educa o F sica em textos constitucionais federais, incluindo-a como pr tica obrigat ria e n o mais apenas como disciplina curricular.

9 E ainda destacava-se o adestramento f sico como maneira de preparar a juventude para defender a na o e para o cumprimento dos deveres com a economia (BRASIL, 2001). Segundo o BRASIL (2001) os anos 30, que era a poca da industrializa o e urbaniza o, fez com que a Educa o F sica ganhasse novas atribui es: fortalecer o trabalhador para melhorar sua capacidade produtiva e desenvolver o esp rito de coopera o em benef cio da coletividade. 5At a promulga o das leis e diretrizes de base de 1961, houve um amplo debate sobre o sistema de ensino brasileiro. Nessa lei, ficou determinada a obrigatoriedade da Educa o F sica para as escolas prim rias e de ensino m dio. Sendo assim, o esporte passou a ocupar um lugar cada vez maior durante as aulas. O processo de esportiviza o da Educa o F sica ESCOLAR iniciou com a introdu o do M todo Desportivo Generalizado, que significou uma contraposi o aos antigos m todos de gin stica tradicional e uma tentativa de incorporar o esporte, j que era uma institui o bastante independente, adequando-o ao objetivo e pr ticas pedag gicas, BRASIL (2001).

10 Ap s 1964, a educa o no geral adotou uma vis o tecnicista, onde o ensino tinha que formar m o-de-obra qualificada, os cursos t cnicos profissionalizantes se difundiram e a Educa o F sica tinha um car ter instrumental, que era o de desenvolver atividades pr ticas voltadas para o desempenho t cnico e f sico do aluno, mesmo autor acima. Na d cada de 70, ainda havia a fun o para a manuten o da ordem e do progresso. O governo investiu na Educa o F sica em fun o de diretrizes pautadas no nacionalismo, na integra o social e na seguran a nacional, pois visavam um ex rcito forte saud vel e a desmobiliza o das for as pol ticas oposicionistas. As atividades esportivas tamb m eram importantes para a melhoria da for a de trabalho com vista no milagre econ mico brasileiro , nesse per odo os la os se firmavam com destaque no futebol, na Copa do Mundo de 1970, o mesmo autor.


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