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Efeitos da deficiência e do excesso de vitaminas no organismo

KEITLEN LARA LEANDRO CHAVES, Fernanda Alves Maia, Maria Tereza Carvalho Almeida Introdu o As vitaminas s o subst ncias org nicas necess rias ao funcionamento adequado do organismo , sendo essenciais para a manuten o de diversas fun es org nicas, tais como crescimento e metabolismo. Elas s o necess rias em quantidades pequenas (mg/dia) e podem atuar como co-fatores de diferentes rea es bioqu micas. A recomenda o da quantidade di ria a ser ingerida pelos indiv duos baseada atualmente nas Refer ncias Diet ticas de Ingest o (DRIs)[1]. No entanto, apesar dessas recomenda es, percebe-se o uso indiscriminado de suplementos vitam nicos pela sociedade moderna, devido influ ncia da m dia e da busca das pessoas por uma sa de plena e um corpo perfeito, sem grandes esfor os.

A pelagra é o quadro de deficiência clássica de niacina, depressão, apatia, perda de memória , estômago, trato intestinal e sistema nervoso.Já os sintomas mais grave da deficiência é conhecida como os três D, diárreia, demência e

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1 KEITLEN LARA LEANDRO CHAVES, Fernanda Alves Maia, Maria Tereza Carvalho Almeida Introdu o As vitaminas s o subst ncias org nicas necess rias ao funcionamento adequado do organismo , sendo essenciais para a manuten o de diversas fun es org nicas, tais como crescimento e metabolismo. Elas s o necess rias em quantidades pequenas (mg/dia) e podem atuar como co-fatores de diferentes rea es bioqu micas. A recomenda o da quantidade di ria a ser ingerida pelos indiv duos baseada atualmente nas Refer ncias Diet ticas de Ingest o (DRIs)[1]. No entanto, apesar dessas recomenda es, percebe-se o uso indiscriminado de suplementos vitam nicos pela sociedade moderna, devido influ ncia da m dia e da busca das pessoas por uma sa de plena e um corpo perfeito, sem grandes esfor os.

2 Todavia, importante ressaltar que o uso de suplementa o recomendado em situa es espec ficas, em caso de dificuldade em se atingir as recomenda es vitam nicas via alimenta o. Nesse sentido, fundamental conhecer as consequ ncias da defici ncia e do excesso das vitaminas no organismo tanto para evitar o surgimento de doen as quanto para trat -las. Material e m todos Trata-se de um resumo expandido desenvolvido no decorrer do m dulo metabolismo, o qual pertence grade curricular do curso de medicina da Unimontes que utiliza o m todo PBL (Problem Based Learning). Durante o processo de aprendizagem, foram consultados dois bioqu mica, dois livros de fisiologia e dois livros de nutri o, e v rios artigos nacionais e internacionais retirados das bases de dados SCIELO (Livraria Cient fica Eletr nica Online) e BIREME.

3 Para identifica o dos artigos utilizou-se como descritores os termos excesso de vitaminas car ncia de vitaminas vitaminas hidrossol veis e lipossol veis . Discuss o B1-Tiamina A defici ncia de tiamina leva a diminui o da atividade da enzima piruvato desidrogenase, e consequentemente inibi o do metabolismo de carboidratos. Ela tamb m inibi a atividade da enzima -Cetoglutarato desidrogenase, diminuindo a biodisponibilidade de succinato para a s ntese de GABA, um potente neurotransmissor excitat rio do SNC[1,2,3]. A doen a mais grave causada pela defici ncia de tiamina o Berib ri, doen a muito comum em alco latras, devido diminui o da absor o intestinal dessa duas classifica es de Berib re, a forma mida , que afeta o Sistema Cardiovascular com desenvolvimento de edema, taquicardia, cardiomegalia, e a forma seca que afeta o Sistema Nervoso, sendo os principais sintomas confus o mental, neuropatia perif rica e central, ataxia, oftalmoplegia[2].

4 Outra doen a que merece destaque a s ndrome de Wernicke Korsakoff, tamb m comum no etilista e em pessoas que realizaram cirurgia bari trica, esse ltimo pelo fato de os pacientes p s-cirurgia apresentarem v mitos prolongados, o que diminui a taxa de absor o da tiamina[4]. N o se conhece nenhum efeito t xico da elevada quantidade ingesta de tiamina, isso justifica-se pelo fato do excesso ser facilmente eliminado atrav s da urina[5]. B2 Riboflavina A defici ncia da riboflavina causa les es nas comissuras labiais e nos l bios, l ngua avermelhada, seca. Pode tamb m ocorrer conjuntivite e opacidade do cristalino, j que a glutationa redutase uma flavoprote na importante para a manuten o da claridade normal do cristalino.

5 Ocasionalmente, a defici ncia da riboflavina pode associar-se anemia hipocr mica e microc tica, como resultado da menor convers o do ferro ativo para a s ntese de hemoglobina[1,4,6]. A administra o de doses altas via parenteral pode levar cristaliza o da vitamina no rim. O excesso de riboflavina pode ocasionar cor alaranjada na urina[7]. B3-Niacina A niacina uma vitamina muito importante para o tratamento de hiperlipedemia, pois em doses de 1,5g/dia ela inibe fortemente a lip lise no tecido adiposo. indicada principalmente no tratamento de hiperlipoproteinemia do tipo II B em que a taxa de VLDL e LDL est o altas [3,5]. Efeitos da defici ncia e do excesso de vitaminas no organismo A pelagra o quadro de defici ncia cl ssica de niacina, depress o, apatia, perda de mem ria , est mago, trato intestinal e sistema os sintomas mais grave da defici ncia conhecida como os tr s D, di rreia, dem ncia e dermatite[2,8].

6 Megadoses de niacina tamb m podem causar hiperucemia em 40 % dos indiv duos devido competi o da niacina com o cido rico na excre o urin ria[2,8]. B5 - cido Pantot nico O cido pantot nico composto pelo cido pant ico ligado a uma subunidade beta alanina pept dica. A sua forma ativa chamada de coenzima A participa de diversas rea es envolvendo carboidratos, lip deos e prote nas[3,8]. A defici ncia do cido pantot nico rara, devido a produ o dessa vitamina pela flora bacteriana. Pessoas com insufici ncia renal, submetidas hemodi lise, podem apresentar defici ncia da vitamina devido a menor reabsor o da vitamina pelos t bulos renais[2,3].

7 O excesso de ingest o da vitamina normalmente eliminado atrav s da urina, no entanto grande quantidades pode causar diarreia[9]. B6 Piridoxial-fosfato A defici ncia de vitamina B6 pode ocorrer em casos de ingest o excessiva de prote nas, exerc cios, di lise, gravidez e em pessoas que fazem o uso cr nico de drogas com efeito antagonista piridoxina como a isoniazida, penicilamina, hidralazina, cicloserina e as tiazolidonas. Essas drogas formam complexos com a fra o alde do da vitamina, inibindo sua fun o[1,2]. Apesar da piridoxina possui baixa toxicidade, doses de 200mg/dia pode provocar intoxica es neurol gicas, desencadeando sintomas como formigamentos nas m os e diminui o da audi o[1,5].

8 Vitamina B7- Biotina A biotina tem um papel muito importante no processo de carboxila o dependente de ATP e na transfer ncia de grupos carboxila dependentes. Ela age como um cofator essencial para acetil-, propionil-CoA, beta-metilcrotonil-Coa e enzimas piruvato carboxilase, importantes na s ntese de cidos graxos, no catabolismo de amino cidos de cadeia ramificada e na via gliconeog nica[2,8]. A defici ncia de biotina rara, por m mais comum em indiv duos com m absor o intestinal e em pessoas que consomem grandes quantidades de ovo cru devido a presen a de uma glicoprot ina denominada avidina presente na clara do ovo n o cozida, que impede a absor o intestinal da vitamina[2].

9 A defici ncia de biotina promove o surgimento de dermatite esfoliativa ao redor dos olhos, nariz e boca, alopecia por atrofia dos fol culos pilosos, conjuntivite e ataxia. Em rela o toxicidade pela biotina n o h relatos na literatura[8,9]. cido F lico A defici ncia de cido f lico afeta a disponibilidade de purinas e dTMP para a s ntese de DNA, comprometendo o processo de divis o celular que essencial para o funcionamento adequado do organismo . Uma das caracter sticas a n vel celular de pessoas com car ncia de folato a presen a de gl bulos vermelhos anormais (macrociticos), com membranas fr geis, devido inibi o da s ntese de DNA, caracterizando o quadro de anemia megalobl stica[1,2,3].

10 As consequ ncias da defici ncia de folato em gestantes s o deslocamento da placenta, parto prematuro, toxemia, hemorragia p s-parto, anemia megalobl stica e m forma o fetal. Entre as mais graves consequ ncias est o a anencefalia e a espinha b fida. Em consequ ncia dessa realidade, atualmente recomendado a suplementa o de folato no per odo de 2 meses antes da gravidez, com dose de manuten o no 1 semestre de gesta o. Esse per odo de recomenda o se d pelo fato de que o desenvolvimento do tubo neural , primordio do enc falo que ocorre nas primeiras semanas de gesta o. Suplementa o de cido f lico tamb m recomendada durante o per odo de lacta o, a fim de evitar a defici ncia do folato em crian as que alimentadas exclusivamente pelo leite materno[1,5,8].


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