Transcription of Farmácia Hospitalar - Brasil
1 Farm cia HospitalarGEST O DE COMPRAS EM FARM CIA HOSPITALARAndr A CAssiA PereirA sforsinFarmac utica, especialista em farm cia Hospitalar (HC FMUSP), Presidente da Comiss o de Farmacologia da Diretoria Cl nica do HC FMUSP, Diretora do Servi o de Assist ncia Farmac utica da Divis o de Farm cia do IC do HC FMUSP e Coordenadora do Subcomit de Log stica do N cleo de Assist ncia Farmac utica do senA de souzAFarmac utico, especialista em Qualidade e Produtividade (Funda o Vanzolini FCAV), farmac utico da log stica da assist ncia farmac utica da Divis o de Farm cia do IC do HC bArros de sousAFarmac utica, especialista em farm cia Hospitalar (HC FMUSP), farmac utica da log stica da assist ncia farmac utica da Divis o de Farm cia do IC do HC Kellen de ArA jo Medeiros torre oFarmac utica, mestre em Sa de P blica FSP/USP, p s gradua o em Farm cia Cl nica e Hospitalar HU/USP, farmac utica da log stica da assist ncia farmac utica do HC frederiCo GAleMbeCKFarmac utico bioqu mico, farmac utico chefe da log stica da assist ncia farmac utica da Divis o de Farm cia do IC do f erreirAEspecialista em farm cia Hospitalar (HCFMUSP) e em log stica e cadeia de suprimentos (FMU).
2 Farmac utica chefe da assist ncia farmac utica ambulatorial da Divis o de Farm cia do HCFMUSP e Coordenadora do Subcomit de Assist ncia Ambulatorial do N cleo de Assist ncia Farmac utica do H C F M U S mero 16 Mar o/Abril/Maio 2012 Gestao de Compras em Farm cia HospitalarPharmacia Brasileira n 85 - Mar o/Abril/Maio 2012 3N mero 16 Mar o/Abril/Maio 20121. INTRODU O No ciclo da assist ncia farmac utica, a aquisi o de medicamentos uma das prin cipais atividades, visto que o mesmo um insumo fundamental de suporte s a es de sa de. Uma boa aquisi o de medicamentos deve considerar primeiro o que comprar (se le o); quando e quanto comprar (programa o); e como comprar.
3 O monitoramento e a avalia o dos processos s o fundamentais para aprimorar a gest o e intervir nos problemas 7. A Gest o da aquisi o a conhecida fun o de compras assume papel estrat gico nos neg cios de hoje em face do volume de recursos, principalmente financeiros envolvi dos, deixando cada vez mais para tr s a vis o preconceituosa de que era uma atividade bu rocr tica e repetitiva, um centro de despesas e n o um centro de gerenciamento de recursos 17. A gest o de compras vem ganhando espa o e evid ncia no contexto das organiza es, j que n o basta apenas comprar, preciso com prar bem. Na gest o das compras de medicamentos al m do aspecto financeiro, a preocupa o com a qualidade deve estar sempre presen te, visto que os servi os da sa de, em nosso caso especifico as farm cias hospitalares, t m a responsabilidade de ofertar uma assist ncia farmacoterap utica adequada as necessidades dos pacientes.
4 Para realizar esta atividade, necess rio es tabelecer quatro objetivos principais: Obter produtos e servi os na quantida de certa; Com qualidade e a um menor custo; Garantir que a entrega seja feita de ma neira correta; E, desenvolver e manter boas rela es com os fornecedores 25. Para alcan ar tais objetivos fundamental o inter relacionamento da equipe farmac uti ca com a rea administrativa do hospital, sen do estabelecido um fluxo din mico de troca de informa es com os setores de suprimentos e financeiro, onde destacamos algumas ativi dades que s o favorecidas se desempenhadas em consenso por estas reas: Negocia o das melhores condi es de compra; Sele o e qualifica o de fornecedores; Administra o do pedido de compra (como estoque m ximo, ponto de res suprimento).
5 Comprar e prover medicamentos s o fa tores primordiais na atividade Hospitalar , as pessoas envolvidas neste processo desempe nham, direta ou indiretamente, papel funda mental na presta o da assist ncia ao paciente e devem realiz lo de maneira melhor aten der os interesses tanto dos pacientes quanto da institui o. Para isso elas precisam conhecer muito bem os mecanismos do processo, sendo treinadas e capacitadas para tanto. Verificamos que a gest o de compras uma atividade que deve ser realizada de forma profissional, pautada no conhecimento t cni co, desta forma este encarte espera contribuir na capacita o da equipe farmac utica, abor dando os principais conceitos e processos en volvidos na execu o desta de Compras em Farm cia Hospitalar4 Pharmacia Brasileira n 85 - Mar o/Abril/Maio 2012N mero 16 Mar o/Abril/Maio 20122.
6 SELEC O E PADRONIZAC O O QUE COMPRAR As t cnicas de normaliza o s o essenciais para um efetivo planejamento e controle dos medicamentos utilizados nos hospitais. Com preende as etapas de sele o, especifica o, classifica o e codifica o de produtos. O resultado da a o de normaliza o a consolida o dos dados de especifica o, identifica o e codifica o de medicamentos e posterior divulga o Equipe de Sa SELE O E PADRONIZA O DE MEDICAMENTOS A sele o de medicamentos um proces so din mico, cont nuo, multidisciplinar e parti cipativo. Selecionar medicamentos tem como objetivo, escolher dentre todos os itens for necidos pelo mercado, adotando crit rios de efic cia, seguran a, qualidade e custo, propi ciando condi es para o uso seguro e racional de medicamentos, queles que s o necess rios para a utiliza o na Institui o implementar a sele o de medicamentos faz se necess rio a instala o de uma Comis s o de Farm cia e Terap utica, que uma equi pe multidisciplinar composta por m dicos, enfermeiros, farmac uticos, administradores e demais profissionais envolvidos.
7 A sele o de antimicrobianos e germicidas deve ser realiza da com a participa o da Comiss o de Con trole de Infec o Hospitalar CCIH 22,26. A padroniza o facilita os processos de aquisi o, armazenamento, distribui o e ge renciamento do estoque, pois racionaliza a quantidade de DEFINI O DO ELENCO A listagem de medicamentos selecionados deve ser constantemente reavaliada, apontando: Itens em desuso, que devem ser exclu dos ou substitu dos; Inclus o de itens com elevados n veis de efic cia cl nica, importantes para pre ven o, tratamento ou diagn stico do paciente assistido pela Institui o; Correta utiliza o dos itens dispostos por meio do estabelecimento de protocolos e/ou procedimentos operacionais padr o.
8 Normalmente, os hospitais elaboram guias com essas informa es, denominados Guias Farmacoterap uticos ESPECIFICA O A especifica o consiste na determina o, com exatid o, daquilo que se tem normatiza do, fazendo uma descri o objetiva que deve Gestao de Compras em Farm cia HospitalarPharmacia Brasileira n 85 - Mar o/Abril/Maio 2012 5N mero 16 Mar o/Abril/Maio 2012conter detalhes que possam distinguir uma apresenta o de outra 26. A especifica o de um medicamento deve incluir: dosagem, forma farmac utica, volume e/ou peso e nomenclatura do f rmaco segundo a Denomina o Comum Brasileira DCB, cuja terminologia empregada na sua descri o deve ser entendida por usu rios e fornecedores 22.
9 Todas as caracter sticas que definem o produto a ser adquirido devem ser descritas de forma expl cita. Segue abaixo um exemplo de descritivo para aquisi o de solu o fisiol gica em sistema fechado:Solu o fisiol gica a 0,9%, 500 ml, est ril, at xica e apiro g nica, acondicionada em recipiente de material male vel (bolsa ou frasco pl stico), transparente e at xico. O volume total da solu o deve escoar sem necessidade de entrada de ar, sem utiliza o de respiro e com gote jamento constante para garantir o sistema fechado em qualquer condi o. A escala de gradua o deve ser no recipiente, por processo de moldagem ou impress o. O recipiente deve possuir s tio de adi o de medica mentos com elast mero que garanta a estanqueidade (autovend vel), e via para conex o de equipo dotada de diafragma ou mecanismo similar.
10 O produto deve ser identificado adequadamente, ostentando em seu r tulo a seguinte frase: sistema fechado . O recipiente pl stico cheio com solu o parenteral pode se neces s rio, conservar se tamb m dentro de uma embalagem protetora externa, hermeticamente fechada, e n o deve perder mais de 2,5% da massa ao ano a 28 c e a 65% de umidade : Adaptado do descritivo t cnico do Sistema de Administra o de Materiais do Hospital das Cl nicas da Faculdade de Medicina da Universidade de S o CLASSIFICA O Classificar um medicamento agrup lo elegendo crit rios para a sua posterior codifi ca o, facilita a distin o de produtos que tem maior probabilidade de serem confundidos, ou que s o extremamente semelhantes em re la o ao nome, colocando os em seu respecti vo local.