Example: barber

Felizmente Há Luar - jaimemoniz.com

Lu s Sttau Monteiro Felizmente h Luar Pe a em 2 Actos Felizmente H Luar! Pe a em 2 actos 7 Edi o Edi es tica LISBOA Distribui o exclusiva: LIVRARIA BERTRAND Ao Fernando de Abranches Ferr o - amigo de todas as horas -, que quase me obrigou a escrever esta pe a. HOLYOAKE (Making an effort) -I have injured no mans reputation, taken no mans property, attacked no mans person, violated no oath, taught no immorality. I was asked a question and answered it openly. I Should feel myself degraded if I descended to finding out if my convictions suited every man in the audience before I uttered them. What is the morality of a law which prohibits the free publication of an opinion?

PERSONAGENS Manuel - O mais consciente dos populares Rita - A mulher de Manuel Antigo Soldado - Um antigo soldado do regimento de Gomes Freire Vicente - Um provocador em vias de promoção Dois Polícias - Iguais a todos os Polícias Vários Populares - O pano de fundo permanente D. Miguel Forjaz, Beresford, Principal Sousa - Três conscienciosos

Tags:

  Gemo

Information

Domain:

Source:

Link to this page:

Please notify us if you found a problem with this document:

Other abuse

Transcription of Felizmente Há Luar - jaimemoniz.com

1 Lu s Sttau Monteiro Felizmente h Luar Pe a em 2 Actos Felizmente H Luar! Pe a em 2 actos 7 Edi o Edi es tica LISBOA Distribui o exclusiva: LIVRARIA BERTRAND Ao Fernando de Abranches Ferr o - amigo de todas as horas -, que quase me obrigou a escrever esta pe a. HOLYOAKE (Making an effort) -I have injured no mans reputation, taken no mans property, attacked no mans person, violated no oath, taught no immorality. I was asked a question and answered it openly. I Should feel myself degraded if I descended to finding out if my convictions suited every man in the audience before I uttered them. What is the morality of a law which prohibits the free publication of an opinion?

2 ERSKINE - You must have heard me state the law that if it be done temperately and decently, all men are at liberty to state opinions. HOLYOAKE - Then liberty is a mockery. The word temperate means what those in authority think proper. ERSKINE - An honest man speaking his opinions decently is entitled to do so. HOLYOAKE - It must be already clear to you, gentlemen of the jury, that I am here for having been more honest than the law happens to allow. What is this temperate? What is intemperate? Invective, sarcasm, ALEXANDER - Personality. HOLYOAKE - Thank you, Mr. Alexander. ALEXANDER - Pleasure. HOLYOAKE - .. and the like. But these weapons are denied only to those who attack the prevailling opinion.

3 JOHN OSBORNE A subject of scandal and concern Esta pe a foi representada pela primeira vez, em antestreia, na sede do CLUB FRANCO-PORTUGAIS DE LA JEUNESSE, de Paris, no dia 1 de Mar o de 1969, e foi estreada no dia 30 desse mesmo m s no THEATRE DE LOUEST PARISIEN, tamb m de Paris, pelo TEATRO-OFICINA PORTUGUESA. O espect culo da estreia foi apresentado por este grupo e pela organiza o LOISIRS ET CULTURE, da R GIE NATIONAL RENAULT. Distribui o Manuel, o mais consciente dos populares - ANT NIO DE JESUS Rita, mulher de Manuel - HELENA MARIA Antigo Soldado do regimento de G. F. - JOTTA OLIVEIRA Vicente, um provocador - ANT NIO ASSUN O Primeiro Popular - GILBERTO BANDEIRA Primeiro Pol cia - MIGUEL GUEDES Segundo Pol cia - ANT NIO CASTRO D.

4 Miguel Forjaz - Manuel MARTINS Beresford - SANTOS DION SIO Principal Sousa - VALDEMAR SOUSA Morais Sarmento, um denunciante - C SAR MORAIS Andrade Corvo, um denunciante - FERNANDO TEIXEIRA Frei Diogo de Melo - JOTTA OLIVEIRA Ant nio de Sousa Falc o - ANT NIO HENRIQUE Matilde de Melo - CLARA ROCHA Padre - Manuel GUERREIRO Encena o de: Carlos C sar Uma can o de Manuel Carvalho DIAPOSITIVOS DE J. P. DOUTRE-ROUSSEL SOM DA MAISON DES JEUNES DE CACHAN PERSONAGENS Manuel - O mais consciente dos populares Rita - A mulher de Manuel Antigo Soldado - Um antigo soldado do regimento de Gomes Freire Vicente - Um provocador em vias de promo o Dois Pol cias - Iguais a todos os Pol cias V rios Populares - O pano de fundo permanente D. Miguel Forjaz, Beresford, Principal Sousa - Tr s conscienciosos governadores do Reino Morais Sarmento, Andrade Corvo - dois denunciantes que honraram a classe Frei Diogo de Melo - Um homem s rio que destoaria nesta pe a se nela n o figurassem, tamb m, Ant nio de Sousa Falc o - O insepar vel amigo, e Matilde de Melo - A companheira de todas as horas de O General Gomes Freire d Andrade - que est sempre presente, embora nunca apare a.

5 A pergunta acompanhada dum gesto que revela a impot ncia da personagem perante o problema em causa. Este gesto francamente representado . O p blico tem de entender, logo de entrada, que tudo o que se vai passar no palco tem um significado preciso. Mais: que os gestos, as palavras e o cen rio s o apenas elementos duma linguagem a que tem de adaptar-se. ACTO I Ao abrir o pano, a cena est s escuras, encontrando-se uma nica personagem intensamente iluminada, ao centro e frente do palco. Esta personagem est andrajosamente vestida. Manuel - Que posso eu fazer? Sim: que posso eu fazer? (D dois passos em direc o ao fundo do palco, det m-se, e continua) Ao dizer isto, a personagem est quase de costas para os espectadores.

6 Esta posi o deliberada. Pretende-se criar desde j , no p blico, a consci ncia de que ningu m, no decorrer desta pe a, vai esbo ar um gesto para o cativar ou para acamaradar com ele. (O r u n o se senta ao lado dos ju zes.) Muda de tom voz. Est a imitar, com sarcasmo, algu m que se n o sabe quem seja. Entende-se, todavia, que a personagem se refere ao ambiente pol tico da poca. Volta ao seu tom de voz habitual. V -se a gente livre dos Franceses, e z s!, cai na m o dos Ingleses! E agora? Se acabamos com os Ingleses, ficamos na m o dos reis do Entre os tr s o diabo que (Pausa) Deus todo-poderoso para a Deus todo-poderoso para tr Sua Majestade para a Sua Majestade para a (Pausa) E enquanto eles andam para tr s e para a frente, para a esquerda e para a direita, n s n o passamos do mesmo s tio!

7 A pergunta n o dirigida a ningu m. O gesto lento, deliberadamente sarc stico. Ilumina-se, subitamente, o fundo do palco. De p e sentadas, v rias figuras populares conversam. Algumas dormem estendidas no ch o. Uma velha, sentada num caixote, cata piolhos a uma rapariga nova. (Avan a e det m-se junto duma mulher ainda nova, que dorme, no ch o, coberta por uma saca) A Rita dorme. A que horas chegou ela? 1 Popular (Levantando-se dum salto e macaqueando as maneiras dum fidalgo, finge tirar um rel gio do bolso dum colete inexistente) Saiba, meu senhor, que a Senhora Dona Rita chegou tarde. Eram quase cinco horas pelo meu rel gio de ouro. (Finge levantar o rel gio para o ver melhor. Desfaz o gesto com viol ncia e continua em tom raivoso) Algu m aqui tem rel gio?

8 (Como ningu m responde, volta a dirigir-se a Manuel) O tom ir nico. Esqueceram-se dos rel gios em Manuel - Est bem. Est bem. O primeiro popular volta a sentar-se. Come a a ouvir-se, ao longe, o ru do de tambores. Algumas personagens mostram alguma agita o. (D um safan o na rapariga, que se volta a sentar e se levanta com lentid o) S o horas de nos irmos indo, mulher. Rita - J ? Manuel - Lembra-te do que temos de andar. (Ouve o som dos tambores) Que isto? (Todos se levantam e escutam a medo. Alguns pegam nos seus objectos pessoais - cestas, mantas esfarrapadas, uma ab bora, etc. - e preparam-se para fugir. Outros, parados, esperam que o som dos tambores indique a direc o da marcha das tropas. O ru do afasta-se.)

9 Ficam todos calados, indecisos.) Em tom de quem evoca o passado com saudade. O grupo come a a prestar aten o ao di logo. 1 Popular - N o v m para c . O Antigo Soldado - Estas cantigas s o inventadas. No regimento de Freire d'Andrade S o cantadas com o estilo De l r liberdade. 1 Popular - Onde aprendeu vossemec isso? O Antigo Soldado - Em Campo d'Ourique - j evoca o passado l v o mais de dez anos - quando eu era soldado no regimento de Gomes Aqui onde me v em j andei nas Rita - Com o general? O Antigo Soldado - Com o general, pois! 2 Popular - Conte l , 3 Popular - Em que guerra que vossemec andou? Uma velha - E foi na guerra que aprendeu a cantar? (O antigo soldado ri-se) Ent o onde foi, homem?

10 (Juntam-se todos volta do antigo soldado, que se destaca do grupo e avan a para o prosc nio seguido de todos.) O Antigo Soldado (Olha para o alto, tentando recordar-se) Ora deixem Fala com entusiasmo. V -se que Gomes Freire o seu her i. Uma noite, em Julho, os rapazes l do quartel organizaram uma festa em honra da Senhora da Piedade. Voc s haviam de ter visto A rapaziada fardada, no meio do E raparigas? Aquilo que (D um belisc o na cara de Rita) Onde aparecia o regimento de Gomes Freire n o faltavam raparigas! Uma voz - E ele? O Antigo Soldado - Ele? Ooutra voz - O general, O Antigo Soldado - Um amigo do povo! Um homem s direitas! Quem fez aquele n o fez outro Este sil ncio pesado.


Related search queries