Example: air traffic controller

Hiperbárica | oxigenoterapia hiperbárica

Hiperb rica | oxigenoterapia hiperb rica: "Uma modalidade terap utica ainda desconhecida". Em 1662, na Europa, Henshaw, um padre ingl s que exercia a medicina, observou que as pessoas que viviam nas montanhas, ao virem para as esta es de tratamento no litoral, apresentavam significativa melhora de suas feridas cr nicas e estado geral. Concluiu que isso talvez se devesse diferen a de press o atmosf rica existente entre as montanhas e o n vel do mar. Construiu, ent o, um "vaso de press o", ou seja, uma c mara met lica, a qual denominou de domicilium e onde passou a ministrar "banhos de ar comprimido", com press es mais elevadas que a press o atmosf rica normal para doen as agudas e press es menos elevadas para doen as cr nicas. Assim, de forma emp rica, foram lan adas as ra zes da medicina hiperb rica e da oxigenoterapia hiperb rica. descoberta e identifica o do oxig nio por Priestley, em 1775, seguiram-se, dentre outros, os trabalhos de Paul Bert, em 1878, E.

(10) Hampson N B: Approved Indications for Hyperbaric Oxygen Therapy. Undersea & Hyperbaric Medical Society. Hyperbaric Oxygen Therapy Commitee Report.

Tags:

  Hyperbaric

Information

Domain:

Source:

Link to this page:

Please notify us if you found a problem with this document:

Other abuse

Transcription of Hiperbárica | oxigenoterapia hiperbárica

1 Hiperb rica | oxigenoterapia hiperb rica: "Uma modalidade terap utica ainda desconhecida". Em 1662, na Europa, Henshaw, um padre ingl s que exercia a medicina, observou que as pessoas que viviam nas montanhas, ao virem para as esta es de tratamento no litoral, apresentavam significativa melhora de suas feridas cr nicas e estado geral. Concluiu que isso talvez se devesse diferen a de press o atmosf rica existente entre as montanhas e o n vel do mar. Construiu, ent o, um "vaso de press o", ou seja, uma c mara met lica, a qual denominou de domicilium e onde passou a ministrar "banhos de ar comprimido", com press es mais elevadas que a press o atmosf rica normal para doen as agudas e press es menos elevadas para doen as cr nicas. Assim, de forma emp rica, foram lan adas as ra zes da medicina hiperb rica e da oxigenoterapia hiperb rica. descoberta e identifica o do oxig nio por Priestley, em 1775, seguiram-se, dentre outros, os trabalhos de Paul Bert, em 1878, E.

2 W. Moir e J. Lorrain-Smith, em 1899, Os rio de Almeida, em 1938, Churchill-Davidson, em 1954, e, especialmente, o trabalho cl ssico e revolucion rio do cirurgi o cardiovascular holand s Ite Boerema e sua equipe, em 1956. As pesquisas desses autores e suas publica es fundamentaram e desenvolveram a modalidade terap utica. A Medicina Hiperb rica dedica-se ao tratamento de pessoas acometidas de doen as e les es pr prias do mergulho ou do trabalho em ambientes pressurizados, e ao estudo e preven o desses agravos - donde pode ser considerada subespecialidade da Medicina do Trabalho. No entanto, nem todos os mergulhadores s o profissionais e no Brasil, especialmente no estado do Rio de Janeiro, t m ocorrido muitos acidentes graves e at . fatais com mergulhadores amadores, desportistas muitas vezes admitidos em setores de emerg ncia de hospitais p blicos sem que a equipe tenha informa es m nimas de como conduzir o atendimento nos casos de doen as descompressivas (forma o e expans o de bolhas de nitrog nio nos tecidos) ou de embolia traum tica pelo ar (a mesma etiologia, por m localizada no c rebro).

3 Raramente, algu m da equipe do Pronto-Socorro sabe quando, como e por que contatar um servi o de medicina hiperb rica, e o que fazer enquanto o socorro especializado n o chega. As medidas iniciais devem ser a oxigena o a 100%, hidrata o generosa com Ringer c/Lactato, sondagem vesical com controle da diurese, dec bito lateral esquerdo com prote o da cabe a e das vias a reas e manuten o do paciente em dec bito neutro, ou seja, a cabe a e os p s no mesmo plano horizontal (8). Al m disso, temos outro fato grave, mal analisado e potencialmente mais prejudicial s v timas: o resgate aerom dico. certo que nos casos de acidente de mergulho o transporte da v tima at uma c mara hiperb rica deve realizar-se no menor tempo poss vel. No entanto, quando o ve culo utilizado for helic ptero ou avi o o v o deve ocorrer em altitude inferior a 300 metros, idealmente abaixo de 150 metros, uma vez que em altitudes superiores a estas a redu o inevit vel da press o atmosf rica e da press o parcial do oxig nio s o suficientemente expressivas para provocar hip xia relativa e expans o de bolhas a reas, agravando o quadro cl nico.

4 Dentre as alternativas terap uticas no mbito da medicina hiperb rica (MH), destacamos a oxigenoterapia hiperb rica (O2HB), uma forma de tratamento que consiste basicamente em submeter o paciente ventila o, espont nea ou n o, com oxig nio puro em ambiente estanque e pressurizado: uma c mara hiperb rica. Esse procedimento chamado de sess o de c mara hiperb rica e est relacionado na TAB/AMB/1999 (LPM) sob o c digo principal , c digo de procedimento e c digo de sess o A sess o realizada uma vez a cada 24. horas, por um per odo ininterrupto de 60, 90 ou 120 minutos, de acordo com os protocolos internacionais para doen as sob tratamento, condi es cl nicas do paciente e sua evolu o. S o poucas as situa es em que estar o indicadas duas ou no m ximo tr s sess es em um per odo de 24 horas, e ainda assim por poucos dias. A O2HB indicada, como tratamento principal ou coadjuvante, em diversas doen as agudas ou cr nicas, de natureza isqu mica, infecciosa, traum tica ou inflamat ria, geralmente graves e refrat rias aos tratamentos convencionais e que, freq entemente, implicam elevados custos e progn sticos reservados.

5 As indica es cientificamente reconhecidas para a O2HB - constantes da resolu o CFM no - s o: embolias a reas e embolias traum ticas por ar; doen as descompressivas do mergulho ou do trabalho em ambientes pressurizados; -pneumoenc falo;. envenenamento ou intoxica o por gases ou fuma a; gangrena gasosa clostridiana: mionecrose fulminante; infec es necrotizantes como celulites, fasciites e miosites, especialmente quando afetam reas nobres como pesco o, colo, abdome, genit lia ou per neo (S. de Fournier) e no p do diab tico com mal perfurante plantar; lceras cr nicas em membros inferiores, por insufici ncia vascular, arterial ou venosa, infectadas ou n o; lceras de compress o :escaras de dec bito; infec es sseas refrat rias como osteomielites, inclusive de esterno; osteorradionecroses e les es de tecidos por radia o como radiodermites e retites ou cistites act nicas; queimaduras de segundo grau extensas ou em reas nobres ou de terceiro grau, especialmente na fase aguda, sejam elas t rmicas, qu micas ou el tricas; isquemias traum ticas agudas com esmagamento, s ndrome x compartimental ou amputa o; preparo de regi es para enxertias ou na viabiliza o de enxertos; vasculites agudas de causa al rgica, medicamentosa ou por toxinas biol gicas como de aracn deos, of dios e insetos.

6 Anemias graves, provisoriamente, durante a impossibilidade de transfus o sang nea; e processos inflamat rios cr nicos como f stulas enterocut neas da doen a de Crohn, enterorragias por retocolites e colite pseudomembranosa. O que chama aten o nesta lista de entidades cl nicas t o distintas entre si o seu denominador comum: uma tr ade formada por isquemia (ou hip xia), edema e infec o. Outra informa o fundamental: havendo indica o, quanto mais grave o estado do paciente, mais urgente e necess rio faz-se o tratamento em c mara hiperb rica - isto se aplica especialmente aos pacientes comatosos, s pticos, dependentes de drogas vasoativas e aos queimados. um grave erro esperar que o paciente melhore para encaminh -lo O2HB, pois . justamente o tratamento em c mara na fase aguda que pode determinar o progn stico e encurtar a fase cr tica. Ademais porque, idealmente, a O2HB n o uma abordagem terap utica limitada aos pacientes ambulatoriais.

7 Tudo depende da infra-estrutura material (bomba de infus o hiperb rica, ventilador hiperb rico, monitoriza o), do engajamento e da compet ncia e experi ncia do servi o de medicina hiperb rica e de sua equipe. muito importante ressaltar que n o devem ser indicadas para tratamento em c mara hiperb rica pessoas acometidas de s ndromes neurol gicas ou suas seq elas, devido insufici ncia de evid ncias cient ficas. Al m disso, a divulga o sensacionalista e a tica de tratamentos em c mara hiperb rica para "rejuvenescimento", "ressuscita o", combate a rugas e "celulites", "embranquecimento" da pele ou "recupera o" da energia configura n o apenas propaganda enganosa mas tamb m charlatanismo. Tamb m n o constitui oxigenoterapia hiperb rica a exposi o, mesmo que pressurizada, de apenas membros ou segmentos do corpo a um ambiente rico em oxig nio - pr tica enganosa, que n o apresenta nenhum efeito terap utico.

8 A O2HB. implica em ventila o de oxig nio pressurizado, e n o oxig nio t pico. Fundamentos para a oxigenoterapia hiperb rica Essencialmente, duas leis f sicas e alguns processos bioqu micos explicam o mecanismo de a o da O2HB e dos m todos utilizados em MH: Tomaz Brito a anestesiologista especializado em terapia intensiva e medicina hiperb rica *A lei de Henry - segundo a qual "a quantidade de um g s que se dissolve em um l quido (no caso, o oxig nio no plasma) tanto maior quanto maior for a press o exercida por este g s sobre esse l quido" - um exemplo pr tico e comum o de uma bebida gaseificada, na qual o g s est dissolvido por efeito direto da press o com que . injetado;. *A lei de Boyle-Mariotti - segundo a qual "o espa o ocupado por um certo volume de g s ser cada vez menor quanto maior for a press o ambiente", ou seja, em um ambiente pressurizado o g s sofre contra o, se expandindo se a press o ambiente diminui.

9 Estas rea es no organismo devem ser provocadas, estimuladas e sustentadas, definindo e estabelecendo um plat do tipo est mulo-resposta. Por isso, uma vez iniciado injustific vel a interrup o prolongada do tratamento em fun o de feriados, por exemplo. Esta conduta revela baixo n vel t cnico, descompromisso para com o paciente e seu m dico - configurando m -pr tica no entendimento do autor. Enfim, todos aqueles efeitos da O2HB resultam em redu o da morbidade, da letalidade, do tempo de interna o, Refer ncias Bibliogr ficas: (1) Henshaw, In: (Simpson, A): Compressed Air as a Therapeutic Agent in the Treatment of Consum-ptio, Asthma, Chronic Bronchitis and Other Diseases. Sutherland and Knox, Edinburgh, 1857. (2) Bert, P: La Pression Barome-trique. 1879; 579. (Barometric Pressure. Traduzido por MS e FA Hitchcock). Republicado pela Undersea Medical Society, Bethesda, 1978.

10 (3) Bove AA, Davis JC: A Short History of Diving and Diving Medicine In Diving Co;1997,15-25. (4) Lorrain-Smith, J. The pathologi-cal effects due to increase of oxygen tension in the air breathed. J. of Physiology. 1899; 24:19-35. (5) Almeida A O, Costa H M. Treatment of Leprosy by oxygen under high pressure associated with methylene blue. Revista Brasileira de Leprologia, 1938; 6:237-265. (6) Churchill-Davidson, I, C. Sanger, R H Thomlinson. High-Pressure oxygen and radiotherapy. Lancet. 1955; 1:1091-1095. (7) Boerema I, Meyne N G, Brum-melkamp WK, Bouma S, Mensh M H Kamermans F, Stern hanf, Aalde-ren: Life without Blood. J. Cardio-vasc. Surg. 1955; 13: 133-146. (8) United States Navy Diving Manual. Best Publishing Company. 1995, 137-269. (9) Cox R AF: Transport of a Patient with Decompression Sickness In Offshore Medicine. 1st ed. Springer-Verrlag Berlin Heidelberg, 1982, p 113-114.


Related search queries