Example: dental hygienist

Manejo Intensivo de Pastagens - texto

1. Manejo Intensivo . DE Pastagens . Artur Chinelato de Camargo Andr Luiz Monteiro Novo EMBRAPA Pecu ria Sudeste - S o Carlos, SP. Junho 2009. 2. NDICE. 1. INTRODU O 4. 2. A ATIVIDADE LEITEIRA 7. 3. CONCEITOS B SICOS DE Manejo DE Pastagens 12. Massa e Ac mulo de Forragem 12. Oferta ou Disponibilidade de Forragem 14. Res duo P s-Pastejo 15. Intensidade de Pastejo 16. Taxa de Lota o Animal 17. Efici ncia de Pastejo 17. Sele o de Pastejo 18. Pastejo Cont nuo e Pastejo Rotacionado 18. Pastejo de Ponta e Repasse 18. o Fixa e Vari vel 19. 4. A PLANTA FORRAGEIRA 19. 5. Manejo DA PLANTA FORRAGEIRA 22. 6. PASTEJO ROTACIONADO 26. Ciclo de Pastejo 26. Escolha e Divis o da rea 27. Taxa de Lota o 28. reas de Descanso e Circula o dos Animais 29. Sombra 31. 7. FERTILIDADE DO SOLO 32. Amostragem do Solo 32. Conceitos B sicos 37. Nutrientes 37. Formas de absor o 37. Lei do m nimo 39. Lei dos incrementos decrescentes 40. 8. MAT RIA ORG NICA 40. 9. C LCIO E MAGN SIO 41. 10. F SFORO 44.

1 MANEJO INTENSIVO DE PASTAGENS Artur Chinelato de Camargo André Luiz Monteiro Novo EMBRAPA Pecuária Sudeste - São Carlos, SP Junho 2009

Tags:

  Manejo, Texto, Manejo intensivo de pastagens texto, Intensivo, Pastagens, Manejo intensivo de pastagens

Information

Domain:

Source:

Link to this page:

Please notify us if you found a problem with this document:

Other abuse

Transcription of Manejo Intensivo de Pastagens - texto

1 1. Manejo Intensivo . DE Pastagens . Artur Chinelato de Camargo Andr Luiz Monteiro Novo EMBRAPA Pecu ria Sudeste - S o Carlos, SP. Junho 2009. 2. NDICE. 1. INTRODU O 4. 2. A ATIVIDADE LEITEIRA 7. 3. CONCEITOS B SICOS DE Manejo DE Pastagens 12. Massa e Ac mulo de Forragem 12. Oferta ou Disponibilidade de Forragem 14. Res duo P s-Pastejo 15. Intensidade de Pastejo 16. Taxa de Lota o Animal 17. Efici ncia de Pastejo 17. Sele o de Pastejo 18. Pastejo Cont nuo e Pastejo Rotacionado 18. Pastejo de Ponta e Repasse 18. o Fixa e Vari vel 19. 4. A PLANTA FORRAGEIRA 19. 5. Manejo DA PLANTA FORRAGEIRA 22. 6. PASTEJO ROTACIONADO 26. Ciclo de Pastejo 26. Escolha e Divis o da rea 27. Taxa de Lota o 28. reas de Descanso e Circula o dos Animais 29. Sombra 31. 7. FERTILIDADE DO SOLO 32. Amostragem do Solo 32. Conceitos B sicos 37. Nutrientes 37. Formas de absor o 37. Lei do m nimo 39. Lei dos incrementos decrescentes 40. 8. MAT RIA ORG NICA 40. 9. C LCIO E MAGN SIO 41. 10. F SFORO 44.

2 11. ENXOFRE 46. 12. MICRONUTRIENTES 48. 13. POT SSIO 50. 14. NITROG NIO 51. 3. NDICE. 15. INTERPRETA O DA AN LISE DO SOLO 55. 16. DEGRADA O DAS Pastagens 79. Defini o 79. Causas da Degrada o 80. Escolha da esp cie forrageira 80. Manejo do pasto como causa da degrada o 81. Reforma ou Recupera o ? 82. 17. LITERATURA CONSULTADA 84. 4. 1. INTRODU O. No dia-a-dia do setor de difus o e transfer ncia de tecnologia da Embrapa Pecu ria Sudeste, recebemos diversas consultas e visitas, de t cnicos e produtores, sobre Manejo Intensivo de pastagem para rebanhos leiteiros e tamb m para gado de corte. Este grande interesse est relacionado com a necessidade de intensifica o da atividade leiteira, com foco principal no aumento da produtividade dos fatores de produ o, especialmente da terra, e consequente aumento na escala de produ o. A realidade das varia es de pre o do leite durante o ano, imp e a necessidade de maior efici ncia e de redu o dos custos, por meio do uso de tecnologias acess veis maioria dos produtores de leite.

3 Este cen rio traz novamente o Manejo Intensivo de Pastagens como uma das melhores alternativas de uso eficiente da terra, pois possibilita a produ o de grande quantidade de forragem por rea, aliada a bom valor nutricional desta forragem. Entretanto, sabemos que essa tecnologia n o novidade h muito tempo. Sempre fica a quest o: Se t o bom e barato porque todo mundo j n o est . fazendo? E o que dizer dos in meros produtores que tentaram, sem sucesso, aplic -la em suas propriedades? As causas para a reduzida utiliza o do Manejo Intensivo de Pastagens s o de diversas origens. Vamos discutir rapidamente algumas delas. Uma das mais importantes causas est relacionada transfer ncia da tecnologia. Na verdade, o pr prio entendimento sobre o termo tecnologia tem sido confuso. Uma defini o mais precisa para tecnologia CONHECIMENTO. QUE APLICAMOS S CI NCIAS B SICAS OU AOS PRODUTOS, FERRAMENTAS E PROCESSOS PARA DESENVOLVER UMA SOLU O PARA. 5. UMA NOVA NECESSIDADE. Outro fator citado como problem tico na difus o de tecnologia que o termo transfer ncia implica que a tecnologia uma entidade f sica, como uma cadeira ou uma m quina, que pode ser transferida da posi o A para B.

4 Na realidade, a transfer ncia de tecnologia um processo de compartilhamento de como utilizar a tecnologia. Este compartilhamento feito de forma pessoal e o resultado um aumento no conhecimento de ambas as partes (Price, 1996). No caso da difus o do Manejo Intensivo de Pastagens , ocorreu exatamente isto, pois n o houve compartilhamento do como fazer . Foram diversos casos de insucesso relacionados aplica o incorreta da t cnica. Aduba es desequilibradas, erros no ajuste de lota o e falta de aten o ao conforto do rebanho (sombras, corredores e bebedouros) s o os mais frequentes. Apesar de aparentemente simples, a implanta o e condu o de um sistema eficiente de Manejo de Pastagens depende de um planejamento racional, do acompanhamento de um t cnico treinado e da constante presen a do dono. Guardadas as devidas propor es, podemos comparar o Manejo Intensivo de Pastagens t cnica da insemina o artificial. Ningu m se aventura a inseminar, sem antes ter tido um treinamento intenso, tanto na teoria quanto na pr tica, pois os riscos de insucesso s o grandes e os preju zos tamb m.

5 Infelizmente, ainda existe o conceito de que fazer Manejo Intensivo de Pastagens dividir a rea com cercas el tricas e jogar algum adubo (geralmente a formula o e a quantidade que o vizinho aplica) para a vacada produzir muito Outra falha conceitual na aplica o do Manejo Intensivo de Pastagens tem sido a expectativa de que somente esta tecnologia resolva todos os 6. problemas da propriedade. Deve haver um entendimento de que as tecnologias s o ferramentas e que aplica o isolada de alguma delas n o surtir efeito concreto no desempenho zoot cnico e na lucratividade do sistema. A intensifica o da atividade leiteira via utiliza o do potencial das Pastagens tropicais, felizmente j n o mais vista como baixa tecnologia , aplic vel somente em pequenas reas. Sem d vida que a possibilidade de produzir 50 a 60 toneladas de mat ria seca por ha e obter altas lota es, viabiliza a explora o leiteira em pequenas reas. Entretanto, produtores de leite de maior escala tamb m est o aplicando o Manejo Intensivo de pastagem com o objetivo de redu o nos custos da alimenta o, menor investimento em instala es e equipamentos e maior produtividade por hectare.

6 Nesta apostila daremos nfase aplica o pr tica dos conceitos b sicos de Manejo de pastagem. Teria pouca valia os treinandos receberem toda a teoria, mas falharem no momento de interpretar uma an lise de solo ou mesmo na escolha da rea ou da esp cie forrageira. Acreditamos que o sucesso na aplica o desta tecnologia, n o est em teorias complexas, mas na correta condu o dos passos b sicos. Dessa forma, pretendemos compartilhar um pouco da nossa experi ncia pela transmiss o de dicas importantes, sugest es de aplica es pr ticas, c lculos de recomenda es de aduba o e simula es de custo, de uma forma simples, mas que seja principalmente aplic vel por todos. 7. 2. A ATIVIDADE LEITEIRA. No mundo todo, os sistemas que utilizam Pastagens s o adotados sempre que existe conhecimento tecnol gico e condi es para aplica o de conceitos de explora o intensiva de um recurso produtivo capaz de reduzir custos de produ o. Essa redu o de custo adv m principalmente do fato das vacas executarem a colheita e o transporte do alimento volumoso, eliminando a distribui o deste tipo de alimento nos cochos.

7 Assim, os menores investimentos e gastos com a manuten o de m quinas, equipamentos e constru es, a redu o no uso da m o de obra, e o baixo custo da mat ria seca produzida no pasto: R$ 60 a 80,00 por tonelada de mat ria seca (MS), resulta em gastos reduzidos na alimenta o. De todas as tecnologias dispon veis, a produ o de leite a pasto a mais complexa, havendo a necessidade de entendimento e manipula o corretos da complicada intera o: SOLO PLANTA CLIMA ANIMAL A O DO HOMEM. O uso do pasto exigir a aplica o de um conceito global, resultante da somat ria de v rios princ pios t cnicos e n o do simples c lculo de atendimento de exig ncias nutricionais e adequa o de dietas para vacas mantidas em ambientes onde o controle dos fatores do meio s o mais f ceis de serem executados, como acontece nos confinamentos bem conduzidos. 8. Por esse motivo, t cnicos que trabalham adequadamente em confinamentos, como por exemplo, os nutricionistas, e tamb m alguns fazendeiros, sentem dificuldades e abandonam o uso do pasto, pois o sistema n o depende de acertos e programa es executadas antecipadamente para obten o de resultados.

8 No pasto, o volumoso n o pode ser mudado de ltima hora em qualidade ou quantidade. A disponibilidade para o animal fica na depend ncia de estimativas sobre a produ o de mat ria seca, da press o de pastejo adotada e de t cnicas de Manejo dos piquetes. O consumo de forragem pode ser afetado por maturidade da planta, quantidade e densidade de forragem por unidade de rea, competi o entre animais, suplementa o alimentar, hor rio e tempo de pastejo e poca do ano. No pastejo pode haver seletividade no consumo de volumoso, dependendo de como o Manejo conduzido. Esse fato pode modificar o valor nutritivo do alimento ingerido, dificultando o balanceamento da dieta. A fertilidade do solo e sua manipula o afetam tanto a quantidade como a qualidade da forragem e, portanto, os h bitos de pastejo. O Homem deve ser capacitado para manipular corretamente um n mero grande de fatores, para que haja condi es favor veis s vacas leiteiras. Nos pa ses de clima temperado, onde as plantas forrageiras apresentam valor nutritivo elevado, torna-se poss vel manter vacas de bom potencial gen tico consumindo somente pasto.

9 Este fato acontece porque nas Pastagens de azev m consorciadas com trevo branco, o consumo de mat ria seca e de nutrientes suficiente para garantir picos de 30 ou mais litros di rios. Para esse n vel de produ o a vaca m dia deve consumir por dia, cerca de 20 kg de mat ria seca, o que representa de 3,5% a 3,8% do peso vivo, contendo 9. nutrientes suficientes para atendimento de todas as exig ncias nutricionais. O. leite produzido, al m de barato, rico em gordura e prote na e os ndices reprodutivos do rebanho s o compat veis com sistemas eficientes e rent veis. Propriedades que utilizam somente o pasto para alimenta o do rebanho apresentam vacas com condi o corporal diferente da observada nos confinamentos, onde a disponibilidade de energia da dieta muito maior. As vacas apesar de mais enxutas , s o capazes de reproduzir adequadamente e produzir entre e kg de leite por lacta o. Nas regi es tropicais a situa o diferente e trabalhos experimentais tem indicado que as produ es, usando somente Pastagens de gram neas tropicais, ficar o entre 10 e 15 litros di rios por animal.

10 Esse fato acontece porque o consumo de mat ria seca baixo, devido natureza da parede celular dos capins tropicais e dificuldade de consorcia o com leguminosas em sistemas intensificados. O ciclo metab lico dos capins possibilita um ritmo de crescimento muito acelerado (plantas C4) e as leguminosas (plantas C3) n o conseguem competir, nem permanecer no sistema. A Tabela 1 mostra algumas diferen as fisiol gicas entre esses tipos de plantas. 10. Tabela 1. Caracter sticas diferenciais entre plantas com fotoss ntese C3 e C4*. PAR METRO PLANTAS C3 PLANTAS C4. Fotoss ntese x Intensidade satura em 1/3 da luz n o atinge a satura o da Luz solar m xima com o aumento da intensidade luminosa Temperatura tima para 25 C 35 C. Fotoss ntese Taxa de fotoss ntese l quida 15 a 35 mg CO2/dm2/h 40 a 80 mg CO2/dm2/h em condi es de satura o de luz (*) em folhas completamente diferenciadas Estima-se que a vaca m dia seja capaz de consumir de 10 a 12 kg de mat ria seca por dia, o que equivale de 2% a 2,3% do peso vivo.