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Massoretas - Biblia Hebraica

1 Massoretas Edson de Faria Francisco. S o Bernardo do Campo, abril de 2008. 1. Introdu o Entre os s culos VII e X, surgiram determinados eruditos, sucessores dos antigos escribas judeus, que se dedicaram a copiar e transmitir o texto da B blia Hebraica , sendo conhecidos como Massoretas (hebr. h rOwsoGmah yEl vaGb, ba l ham-m s r ). Esse grupo desenvolveu um sistema estritamente r gido de controle do texto hebraico e se empenhou em preservar toda letra de toda palavra da B blia Hebraica e com isso, almejava prevenir os futuros escribas de cometerem erros nos manuscritos da B blia Hebraica , visando conservar integralmente e transmitir fielmente o texto b blico.

2 Palestina, enquanto o tiberiense esteve ativo entre o século IX e X, em Tiberíades, também na Palestina. A tradição palestina é representada por pouquíssimos manuscritos, mas por outro

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1 1 Massoretas Edson de Faria Francisco. S o Bernardo do Campo, abril de 2008. 1. Introdu o Entre os s culos VII e X, surgiram determinados eruditos, sucessores dos antigos escribas judeus, que se dedicaram a copiar e transmitir o texto da B blia Hebraica , sendo conhecidos como Massoretas (hebr. h rOwsoGmah yEl vaGb, ba l ham-m s r ). Esse grupo desenvolveu um sistema estritamente r gido de controle do texto hebraico e se empenhou em preservar toda letra de toda palavra da B blia Hebraica e com isso, almejava prevenir os futuros escribas de cometerem erros nos manuscritos da B blia Hebraica , visando conservar integralmente e transmitir fielmente o texto b blico.

2 Os estudiosos n o est o de acordo quanto data do in cio da atividade massor tica. Alguns datam seu in cio entre os s culos V e VI, outros entre os s culos VI e VII, outros, entre os s culos VI e VIII e outros ainda, entre os s culos VII e IX. Alguns opinam que o trabalho dos Massoretas n o surgiu antes da reda o final do Talmude Babil nico, conclu do por volta do s culo VI. Contudo, todos est o de acordo em rela o ao auge da atividade dos Massoretas : a primeira metade do s culo X, com os trabalhos das fam lias Ben Asher e Ben Naftali, ambas de Tiber ades, na Palestina.

3 Surgiram v rios grupos de Massoretas e de sistemas massor ticos entre os s culos VII e X. Os grupos eram divididos em dois ramos principais: Massoretas orientais, localizados na Babil nia e Massoretas ocidentais, localizados na Palestina e em Tiber ades. Foram elaborados tr s sistemas de vocaliza o, de acentua o e de observa es textuais: babil nico, palestino e tiberiense. 2. Massoretas Orientais Os Massoretas orientais (aram. yE'Ax n dam, ma n , lit. orientais ) estavam localizados na Babil nia, nas regi es de Nehardea, Sura e Pumbedita. Tal ramo massor tico de origem babil nica esteve ativo entre o s culo VII e IX, aproximadamente.

4 A denomina o sistema massor tico babil nico refere-se ao local de surgimento dessa tradi o massor tica. Al m das fronteiras da Babil nia, o sistema foi utilizado tamb m em manuscritos hebraicos produzidos na P rsia, na Ar bia e no I men. Atualmente, s o conhecidos cerca de 120 manuscritos hebraicos de tradi o babil nica pertencentes hoje a bibliotecas universit rias em Cambrigde, Londres, Oxford, Paris, Berlim, Frankfurt, Nova York e S o Petersburgo (a cole o Antonin e as duas cole es Firkowitch). Muitos manuscritos massor ticos babil nicos foram descobertos na Gueniz da sinagoga Ben Ezra, do Cairo, no Egito a partir dos anos 1890 e uma parte datava do s culo VI ao IX.

5 Antes dessa poca, a maioria dos estudiosos praticamente desconhecia a real natureza e as caracter sticas do sistema de vocaliza o, de acentua o e de anota es massor ticas desenvolvidas pelos Massoretas da Babil nia. 3. Massoretas Ocidentais Os Massoretas ocidentais (aram. yE'ab r vam, ma r a , lit. ocidentais ) estavam locali-zados na Palestina e em Tiber ades. O ramo palestino esteve ativo entre o s culo VIII e IX, na 2 Palestina, enquanto o tiberiense esteve ativo entre o s culo IX e X, em Tiber ades, tamb m na Palestina. A tradi o palestina representada por pouqu ssimos manuscritos, mas por outro lado, a quantidade de manuscritos massor ticos que refletem a tradi o tiberiense abundante, e devido a isso, muito bem atestada.

6 A. Massoretas da Palestina A atividade massor tica palestina (sistema massor tico sul-palestino) esteve ativa entre os s culos VIII e IX, aproximadamente, na Palestina. Esta tradi o massor tica somente foi descoberta devido aos fragmentos da Gueniz da sinagoga Ben Ezra, do Cairo, a partir dos anos 1890. Pouqu ssimos (seis textos fragment rios no total) s o os manuscritos existentes desta tradi o e os mais antigos e conhecidos datam, aproximadamente, do s culo VIII ao IX, possuindo textos dos seguintes livros b blicos: Salmos, Jeremias, Ezequiel e Daniel.

7 Assim como aconteceu em rela o tradi o babil nica, antes dos achados da Gueniz do Cairo, os estudiosos praticamente desconheciam as caracter sticas e a natureza do sistema de vocaliza o, de acentua o e de anota es massor ticas desenvolvidas pelos Massoretas da Palestina. b. Massoretas de Tiber ades O grupo massor tico de Tiber ades, na Palestina (sistema massor tico norte-palestino), esteve ativo entre os s culos IX e X, e, segundo alguns estudiosos, essa tradi o pode ter-se iniciado entre os anos 600 e 800, alcan ando seu pice definitivo por volta do ano 900.

8 O grande objetivo dos Massoretas de Tiber ades era registrar, meticulosamente, a pron ncia do hebraico b blico de maneira mais fiel poss vel no que se refere aos fonemas voc licos e acentos de cantila o, al m de criar um sistema ling stico consistente e detalhista da pron ncia e da recita o do texto da B blia Hebraica . Segundo alguns eruditos, os Massoretas de Tiber ades tiveram como influ ncia o rabe, o sir aco e o hebraico antigo. A meticulosa aten o dada leitura do Alcor o pelo islamismo tamb m influenciou os Massoretas de Tiber ades.

9 A tradi o tiberiense, com o passar do tempo, tornou-se padr o para o texto da B blia Hebraica e todas as edi es impressas refletem exatamente esse sistema. considerado o m todo mais completo, uniforme, engenhoso, coerente, perfeito, rico em detalhes de sinais voc licos e acentos, tendo a aprova o de v rios gram ticos judeus. Com o passar do tempo, a tradi o massor tica tiberiense substituiu os dois sistemas anteriores, o babil nico e o palestino, que ca ram em desuso no decurso dos s culos IX e X, sendo somente redescobertos no final do s culo XIX e in cio do XX, devido aos achados da Gueniz do Cairo.

10 4. Escolas Massor ticas Tiberienses: Ben Asher e Ben Naftali Das duas principais fam lias massor ticas de Tiber ades, a de Ben Asher foi a que conseguiu suplantar todos os demais grupos e fam lias de Massoretas , e seu sistema empregado em in meros manuscritos medievais, como tamb m em todas as atuais edi es impressas da B blia Hebraica . A fam lia Ben Asher trabalhou na preserva o, transmiss o e evolu o da B blia Hebraica durante cinco ou seis gera es. Sua dinastia come ou com o rabino Asher, o Anci o (segunda metade do s culo VIII), Neemias ben Asher (entre o s culo VIII e IX) e Asher ben Neemias (primeira metade do s culo IX).


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