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MODELO DE ESTUDO DE VIABILIDADE APLICADO À …

MODELO DE ESTUDO DE VIABILIDADE APLICADO EMPRESAS DE SOFTWARE CAIO AUGUSTO NUNES MARQUES (UFV) Jaqueline Akemi Suzuki (UFV) Adriana Ferreira de Faria (UFV) O surgimento de novas empresas de base tecnol gica, intensivas em conhecimento e capazes de transformar pesquisas em novos neg cios faz-se cada vez mais importante devido a seu papel transformador na economia regional com a gera o de novoss empregos e o desenvolvimento local. Empresas especializadas na produ o de softwares ou que desenvolvam algum em seu portf lio s o largamente selecionadas em incubadoras de base tecnol gica. Assim, as incubadoras devem fornecer o aporte necess rio para a condu o de estudos de VIABILIDADE que sejam capazes de minimizar as incertezas em torno do projeto e auxiliar os empreendedores capacitando-lhes e fornecendo-lhes ferramentas de gest o. Portanto, o presente artigo tem como objetivo apresentar as experi ncias obtidas com a aplica o de estudos de VIABILIDADE t cnica, econ mica e comercial em duas empresas de softwares.

Maturidade e desafios da Engen MODELO DE ESTUDO DE VIABILIDADE APLICADO À EMPRESAS DE SOFTWARE CAIO AUGUSTO NUNES MARQUES (UFV) caiomarques13@hotmail.com

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1 MODELO DE ESTUDO DE VIABILIDADE APLICADO EMPRESAS DE SOFTWARE CAIO AUGUSTO NUNES MARQUES (UFV) Jaqueline Akemi Suzuki (UFV) Adriana Ferreira de Faria (UFV) O surgimento de novas empresas de base tecnol gica, intensivas em conhecimento e capazes de transformar pesquisas em novos neg cios faz-se cada vez mais importante devido a seu papel transformador na economia regional com a gera o de novoss empregos e o desenvolvimento local. Empresas especializadas na produ o de softwares ou que desenvolvam algum em seu portf lio s o largamente selecionadas em incubadoras de base tecnol gica. Assim, as incubadoras devem fornecer o aporte necess rio para a condu o de estudos de VIABILIDADE que sejam capazes de minimizar as incertezas em torno do projeto e auxiliar os empreendedores capacitando-lhes e fornecendo-lhes ferramentas de gest o. Portanto, o presente artigo tem como objetivo apresentar as experi ncias obtidas com a aplica o de estudos de VIABILIDADE t cnica, econ mica e comercial em duas empresas de softwares.

2 Tal ESTUDO visa fornecer aporte elabora o de um MODELO de ESTUDO de VIABILIDADE adequado s particularidades das empresas nascentes de base tecnol gicas e produtoras de software. Palavras-chaves: ESTUDO de VIABILIDADE , Processo de desenvolvimento de produtos, Tecnologia da informa o XXX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODU O Maturidade e desafios da Engenharia de Produ o: competitividade das empresas, condi es de trabalho, meio ambiente. S o Carlos, SP, Brasil, 12 a15 de outubro de 2010. 2 1. Introdu o Atravessamos um contexto mercadol gico no qual a cultura do consumo padronizado e em massa tem sido substitu da por um novo paradigma no qual os clientes s o cada vez mais exigentes e espec ficos em seus gostos. Com a diminui o dessa padroniza o surgem novos nichos de mercado e, conseq entemente, aumenta a probabilidade de novas empresas surgirem e atenderem tais nichos inexplorados. Em pa ses desenvolvidos, as empresas aumentam tanto a variedade quanto a freq ncia de introdu o de novos produtos, proporcionando ganhos em produtividade e permitindo com que tais empresas saiam de suas crises ou prosperem gra as inova o de produtos (TAKAHASHI & TAKAHASHI, 2007).

3 Arai et al. (2003) salientam que a atividade de desenvolvimento de novos produtos arriscada, haja vista que tanto pode representar um sucesso, auferindo os lucros esperados, como um fracasso, representando um preju zo em rela o ao investimento dos recursos envolvidos. Dadas essas condi es de contorno, o surgimento de novas empresas de base tecnol gica, intensivas em conhecimento e capazes de transformar pesquisas em novos neg cios faz-se cada vez mais importante devido a seu papel transformador na economia regional com a gera o de novos empregos e o desenvolvimento local. Iniciativas t m sido tomadas com o intuito de aproveitar o potencial transformador que tais empresas apresentam. Isto tem ocorrido em especial em ambientes tecnol gicos e acad micos por serem geradores de conhecimento e concentradores de m o-de-obra especializada. As incubadoras de empresas de base tecnol gica s o uma dessas alternativas.

4 Estas s o, de acordo com Steiner et al. (2008), ambientes de inova o e, como tal, instrumentos implantados em pa ses desenvolvidos e em desenvolvimento para dinamizar economias regionais e nacionais, agregando-lhes conte do de conhecimento. As incubadoras oferecem apoio e orienta o para o desenvolvimento de empresas tecnologicamente inovadoras, oferecendo s empresas residentes espa o f sico para as atividades cient fico-empresariais, apoio gerencial e consultorias especializadas (CENTEV/UFV, 2010). Empresas especializadas na produ o de softwares ou que desenvolvam algum em seu portf lio s o largamente selecionadas em incubadoras. Isso compreens vel haja vista que o mercado nacional de software movimentou 15 bilh es de d lares em 2008 mantendo a 12 no cen rio mundial, al m disso, o pa s contava poca com quase empresas, sendo que 94% delas s o classificadas como micro e pequenas empresas (ABES, 2009).

5 A relev ncia das empresas de tecnologia da informa o para a economia nacional indiscut vel. Empresas desse tipo que passam por etapas de pr -incuba o merecem aten o ainda maior por estarem em est gios embrion rios de desenvolvimento. Para tanto as incubadoras devem fornecer o aporte necess rio para a condu o de estudos de VIABILIDADE que sejam capazes de minimizar as incertezas em torno do projeto e auxiliar os empreendedores capacitando-lhes e fornecendo-lhes ferramentas de gest o. Dessa forma, o presente artigo tem como objetivo apresentar as experi ncias obtidas com a aplica o de estudos de VIABILIDADE t cnica, econ mica e comercial em duas empresas de softwares inseridas no programa de pr -incuba o de uma incubadora de empresas. Tal ESTUDO visa fornecer aporte elabora o de um MODELO de ESTUDO de VIABILIDADE adequado s particularidades das empresas nascentes de base tecnol gicas e produtoras de software.

6 2. Revis o de literatura 3 Processo de desenvolvimento de produtos Rozenfeld et al. (2006) atestam que o Processo de Desenvolvimento de Produtos (PDP) um conjunto de atividades o qual se busca atingir as especifica es de projeto de um produto bem como de seu processo de produ o, de modo que a manufatura seja capaz de produzi-lo. Tamb m compete a este processo a promo o das atividades de acompanhamento do produto ap s seu lan amento com vistas a identificar imperfei es e realizar as altera es necess rias no mesmo para atender s especifica es. Da mesma forma, cabe ao PDP atentar s necessidades dos clientes no transcorrer das fases do ciclo de vida do produto, bem como identificar as possibilidades tecnol gicas para desenvolver um produto que atenda s expectativas em termos de qualidade total do produto. Ainda de acordo com Rozenfeld et al. (2006), o PDP possui diversas especificidades se comparado a outros processos de neg cios, sendo que as suas principais caracter sticas s o as que seguem: Elevado grau de incertezas e riscos nas atividades e resultados; Importantes decis es devem ser tomadas no in cio do processo, quando as incertezas envolvidas s o ainda maiores; Dificuldade em mudar as decis es iniciais; As atividades b sicas seguem um ritmo iterativo do tipo: Projetar-Construir-Testar-Otimizar; Manipula o e gera o de elevado volume de informa es; Informa es e atividades s o origin rias de diversas fontes e reas da empresa e da cadeia de suprimentos; Multiplicidade de requisitos a serem atendidos pelo processo, considerando-se todas as fases do ciclo de vida do produto e seus clientes.

7 Devido import ncia assumida pelo marketing e pelo controle da qualidade total, o desenvolvimento do produto assumiu uma nova configura o, passando a ser uma atividade com vis o de mercado que envolve v rias reas na empresa, desde a identifica o das necessidades dos clientes at a produ o do produto e o acompanhamento do ciclo de vida do mesmo. Neste momento entendeu-se que a qualidade deve partir do cliente e que o desenvolvimento de produtos deve ser capaz de transformar essas necessidades em decis es t cnicas de engenharia e manufatura. Neste mbito que se tem in cio do emprego de processos o tipo stage-gates, do gerenciamento de projetos, al m das ferramentas da qualidade aplicadas ao projeto de produto. Vale ressaltar a quebra do paradigma da qualidade x custo , na qual se pode entender qualidade como as v rias dimens es de desempenho, tais como desempenho t cnico, caracter sticas, est tica, assist ncia t cnica, conformidade, durabilidade e qualidade percebida (TAKAHASHI & TAKAHASHI, 2007).

8 Poss vel encontrar na literatura diversas metodologias propostas para o desenvolvimento de novos produtos, ficando a cargo das empresas adotar e adequar aquela que melhor se alinhe s suas necessidades bem como realidade e cultura desta organiza o. Segundo Montgomery & Porter (1998), dadas as condi es de mercado, faz-se cada vez mais necess rio um ESTUDO mais s rio e eficaz sobre a metodologia do desenvolvimento de produtos objetivando-se a redu o de riscos e os intervalos que comp em tal atividade. Dentro desse contexto, a maneira como a empresa conduz seu PDP vai influenciar diretamente os resultados obtidos com o lan amento de seus produtos. Tendo em vista que cada uma adota emprega o seu pr prio processo de desenvolvimento de produtos e, 4 naturalmente, algumas empregam um processo preciso e detalhado ao passo que outras possuem processos com pouca estrutura o. Por outro lado, a mesma empresa pode definir e seguir v rios tipos de processos para cada diferente projeto de desenvolvimento de produto (TAKAHASHI & TAKAHASHI, 2007).

9 Os diversos modelos de PDP dispon veis na literatura diferenciam-se, sobretudo pela import ncia atribu da s diferentes etapas do ciclo de desenvolvimento, em virtude da origem e da rea de atua o dos autores. Alguns modelos, oriundos da rea de marketing, apresentam foco principal nas primeiras e nas ltimas etapas do desenvolvimento, como o planejamento do produto e a elabora o do plano de marketing para o lan amento. Em outra vertente, aqueles com origem em engenharia concentram-se mais nos projetos do produto e do processo. H ainda, aqueles que visualizam o PDP sob a perspectiva do design, atividade de projeto menos tecnol gica, por m possuindo dimens es de forma e fun o, e n o poucas vezes art stica, como design gr fico e design de produto. Outro ponto de diferencia o entre os PDPs a amplitude do ciclo de desenvolvimento contemplada (CHENG & FILHO, 2007). Apesar das particularidades inerentes a cada MODELO , poss vel afirmar, segundo Rozenfeld et al.

10 (2006), que o PDP pode ser divido em tr s grandes etapas, que podem ser sobrepostas e, n o necessariamente, precisam ser seq enciais. O t rmino de cada etapa e o in cio da fase seguinte conta com uma revis o de fase, na qual s o analisadas as atividades e resultados alcan ados at aquele momento. A aprova o de uma fase denota que o processo apresenta maturidade suficiente para prosseguir para a etapa subseq ente com boas perspectivas. As etapas est o representadas na Figura 1 sendo que as macrofases s o: Pr -desenvolvimento: nesta etapa ocorre o planejamento estrat gico dos produtos, com a defini o do produto a ser desenvolvido; Desenvolvimento: compreende o maior n mero de atividades relacionadas ao projeto do produto. subdividido nas fases de projeto informacional, projeto conceitual, projeto detalhado, prepara o da produ o e, finalmente, lan amento do produto; P s-desenvolvimento: envolve o acompanhamento do produto e do processo com vistas a realizar as melhorias necess rias, al m de abranger a descontinua o do produto, at o momento da retirada deste do mercado.


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