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Novembro de 2010, Santiago, Chile Fabricação e …

Novembro de 2010, Santiago, Chile Fabrica o e montagem de m veis: Maciel et al., 1 Fabrica o e montagem de m veis: uma an lise ergon mica da organiza o do trabalho Laura Lehn Maciel (UFRGS) Leonardo Ceni (UFRGS) Mateus Francisco Dalci (UFRGS) Fernando Gon alves Amaral (UFRGS) Resumo As empresas moveleiras apresentam grande diversidade de processos, de produtos e suas pe as constituintes. Neste contexto, observa-se tamb m uma grande variabilidade nas condi es de trabalho, que impactam tanto na organiza o deste como na sa de e na seguran a dos operadores.

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1 Novembro de 2010, Santiago, Chile Fabrica o e montagem de m veis: Maciel et al., 1 Fabrica o e montagem de m veis: uma an lise ergon mica da organiza o do trabalho Laura Lehn Maciel (UFRGS) Leonardo Ceni (UFRGS) Mateus Francisco Dalci (UFRGS) Fernando Gon alves Amaral (UFRGS) Resumo As empresas moveleiras apresentam grande diversidade de processos, de produtos e suas pe as constituintes. Neste contexto, observa-se tamb m uma grande variabilidade nas condi es de trabalho, que impactam tanto na organiza o deste como na sa de e na seguran a dos operadores.

2 Este trabalho objetivou analisar as condi es de organiza o do trabalho de uma empresa do setor moveleiro para propor melhorias que tornem as atividades adequadas aos seus trabalhadores. O estudo de natureza aplicada utilizou como metodologia a An lise Ergon mica do Trabalho (AET). Primeiramente, partiu-se do entendimento do funcionamento da empresa como um todo, para ent o destacar oportunidades de melhorias nos postos de trabalho. A partir dos dados coletados, atrav s de filmagens, entrevistas n o-estruturadas e observa o do local de trabalho, foi poss vel identificar o posto de montagem como sendo o de maior impacto nos disfuncionamentos do processo.

3 Palavras chave: an lise ergon mica, ind stria moveleira, organiza o do trabalho, montagem. 1 Introdu o O setor moveleiro brasileiro vem crescendo nos ltimos anos, alavancando empresas de pequeno porte nesse segmento. Segundo a Abim vel (2007), a ind stria brasileira de m veis formada por mais de 16 mil micros, pequenas e m dias empresas que geram mais de 206 mil empregos. Dados divulgados pela MOVERGS (2010a; 2010b) indicam que o Rio Grande do Sul concentra cerca de 2,7 mil dessas ind strias moveleiras, participando de 18% do faturamento nacional nesse ramo.

4 Observa-se tamb m que houve um crescimento de 70% na participa o dos m veis produzidos neste estado no mercado interno, bem como de 60% no mercado externo entre janeiro e mar o de 2010, comparando com o mesmo per odo de 2009. Em empresas de pequeno e m dio porte comum observar um planejamento informal dos processos produtivos, gerando processos sem ader ncia, o que resulta em condi es de trabalho inadequadas e um elevado n mero de oportunidades de melhoria. Esse panorama tamb m encontrado nas ind strias de m veis, onde a variabilidade de produtos, processos e componentes impactam direta e negativamente nas condi es de trabalho.

5 Fiedler et al. (2003) j advertiam que os fatores de risco ergon micos s o predominantemente relacionados ao tipo de trabalho do indiv duo. Alguns ambientes de trabalho s o estatisticamente identificados como de maior risco: constru o civil, metal rgica e ind strias com transportes e manuseio de cargas como, por exemplo, o setor moveleiro. Tarefas em que h exig ncia de esfor o f sico por parte dos operadores s o constantes no ramo de fabrica o de m veis; pode-se citar como exemplo: corte da madeira, montagem do m vel e transporte das pe as ao longo do layout fabril.

6 Com freq ncia, essas tarefas acarretam les es como dores musculares, lombalgias e h rnias de disco. Baucke (2008) cita como caracter sticas do setor moveleiro a realiza o freq ente de movimentos e esfor os para levantar e posicionar cargas, em n veis de trabalho com alturas diferentes. Nesse ramo, o posto de montagem, por ser um local onde necess rio que o colaborador realize um esfor o mental e f sico maior do que em outros postos, tem sido visto como um foco potencial para ajudar na redu o de custos relacionados sa de e seguran a no trabalho.

7 Para este autor, ao setor de montagem s o atribu das cerca de 40% do total de queixas de desconforto quanto s condi es de trabalho. Silva et al. (2006), em seu estudo, observaram que os par metros antropom tricos dos trabalhadores devem ser considerados no dimensionamento de postos de trabalho nos setores de montagem de m veis. Assim, as alturas e demais dimens es das bancadas, m quinas e locais de dep sito de madeira devem adequar-se complei o f sica dos trabalhadores. Al m disso, os postos de trabalho nas empresas moveleiras apresentam irregularidades no que tange s rela es do homem durante o trabalho com o seu ambiente.

8 A carga f sica imposta, expressa pelas posturas desfavor veis, Novembro de 2010, Santiago, Chile Fabrica o e montagem de m veis: Maciel et al., 2 for as excessivas e alta repetitividade, elevada. Tais condi es podem gerar desconforto e aumento de riscos com rela o seguran a, sujeitando o operador a poss veis males, dentre os mais comuns os Dist rbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT). Dentro deste contexto, Fiedler et. al (2009) revelam que a aloca o dos equipamentos quanto seq ncia l gica de produ o, n veis de iluminamento adequados para cada processo, dist ncias m nimas necess rias entre m quinas, reas destinadas a res duos e locais para pausas, entre outros fatores, favorece o ambiente de trabalho, trazendo motiva o e qualidade de vida ao trabalhador, e pode gerar, assim, maior produtividade.

9 Uma vez que o setor moveleiro encontra-se em expans o e as exig ncias dos clientes s o mais complexas, h uma busca por melhores pr ticas por parte das empresas na tentativa de qualifica o de mercado e, conseq entemente, das condi es de trabalho. Nesse sentido, a An lise Ergon mica do Trabalho (AET) pode auxiliar diretamente no alcance dos objetivos estrat gicos da empresa. Assim, este estudo visa analisar as condi es de trabalho em uma ind stria do setor moveleiro situada em Porto Alegre, para buscar solu es que estejam aliadas produtividade, qualidade e bem-estar dos operadores.

10 A empresa, fundada 1993 por uma fam lia de investidores, conta com dezoito funcion rios distribu dos nos seguintes setores: (i) administrativo e financeiro; (ii) projeto; (iii) corte; (iv) lamina o; (v) concep o do m vel - montagem; (vi) expedi o e (vii) entrega. Caracterizado por customiza o e baixo volume, o processo produtivo do tipo job shop. A for a de trabalho e os equipamentos s o flex veis com uma produ o voltada apenas para produtos sob encomenda. 2 Procedimentos metodol gicos Os procedimentos metodol gicos foram estruturados a partir do entendimento da organiza o como um todo, identificando os postos chave ou gargalos, em termos de tecnologia de processo e de fatores de risco ergon micos.


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