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O instante decisivo Artigo de Henri Cartier Bresson - uel.br

O instante decisivo | Artigo de Henri Cartier Bresson |. Na fotografia existe um novo tipo de plasticidade, produto das linhas instant neas tecidas pelo movimento do objeto. O fot grafo trabalha em un ssono com o movimento, como se este fosse o desdobramento natural da forma, como a vida se revela. No entanto, dentro do movimento existe um instante no qual todos os elementos que se movem ficam em equil brio. A fotografia deve intervir neste instante , tornando o equil brio im vel. O olhar do fot grafo est constantemente avaliando. Um fot grafo pode captar a coincid ncia de linhas simplesmente ao mover a cabe a uma fra o de mil metro.

O instante decisivo | Artigo de Henri Cartier Bresson | Na fotografia existe um novo tipo de plasticidade, produto das linhas instantâneas tecidas pelo movimento do objeto. O fotógrafo trabalha em uníssono com o movimento,

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1 O instante decisivo | Artigo de Henri Cartier Bresson |. Na fotografia existe um novo tipo de plasticidade, produto das linhas instant neas tecidas pelo movimento do objeto. O fot grafo trabalha em un ssono com o movimento, como se este fosse o desdobramento natural da forma, como a vida se revela. No entanto, dentro do movimento existe um instante no qual todos os elementos que se movem ficam em equil brio. A fotografia deve intervir neste instante , tornando o equil brio im vel. O olhar do fot grafo est constantemente avaliando. Um fot grafo pode captar a coincid ncia de linhas simplesmente ao mover a cabe a uma fra o de mil metro.

2 Pode modificar a perspectiva com um leve dobrar de joelhos. Ao colocar a c mara pr ximo ou distante do objeto, o fot grafo pode desenhar um detalhe - ao qual toda a imagem pode ficar subordinada ou ainda que tiranize quem faz a foto. De qualquer modo, o fot grafo comp e a foto praticamente na mesma dura o de tempo que leva para apertar o disparador, na velocidade de um ato reflexo. Algumas vezes acontece de o fot grafo paralisar, atrasar, esperar para que a cena aconte a. Outras vezes, h a intui o de que todos os elementos da foto est o l , exceto por um pequeno detalhe. Mas que detalhe? Talvez algu m repentinamente entrando no enquadramento do visor.

3 O fot grafo, ent o, acompanha seu movimento atrav s da c mara. Espera, espera e espera, at que finalmente aperta o bot o - e ent o sai com a sensa o de que captou algo (embora n o saiba exatamente o qu ). Mais tarde, no laborat rio, ele faz uma amplia o da foto e procura nela as figuras geom tricas que aparecem an lise e o fot grafo se d conta, ent o, de que a foto foi feita no instante decisivo . O fot grafo instintivamente fixou um padr o geom trico sem o qual a foto estaria sem forma e sem vida. A composi o deve ser uma das preocupa es do fot grafo, mas no ato de fotografar isto s acontece a partir da sua intui o, j que ele est ali para captar o momento fugidio e todas as rela es dos elementos que comp em a cena est o em movimento.

4 Ao aplicar a "Regra dos Ter os" , o nico compasso que o fot grafo tem s o seus pr prios olhos. Qualquer an lise geom trica, qualquer redu o da foto a um esquema, s pode ser feita - pela sua pr pria natureza - depois que a foto j foi tirada, revelada e ampliada. E a , ela s pode ser usada para um exame "post-mortem" da cena. Espero nunca ver o dia em que as lojas de equipamentos fotogr ficos vendam esquemas geom tricos para colocarmos nos visores de nossas c maras; ou a "Regra dos Ter os". colada nos nossos culos. Se um fot grafo come a a cortar uma boa foto, isto representa a morte correta rela o geom trica das propor es entre os elementos que comp em a imagem.

5 Al m do que, raramente ocorre de uma m foto, que tenha sido mal composta, seja salva pela reconstru o de sua composi o no laborat rio, pois a integridade da vis o do fot grafo n o estar mais l . H muita conversa sobre os ngulos da c mara, mas os nicos ngulos v lidos existentes s o os ngulos da geometria da composi o e n o naqueles fabricados pelo fot grafo que se deita no ch o ou coisa que o valha para encontrar seu enquadramento. * Henri Cartier Bresson foi fot grafo e viveu em Paris, Fran a. Tradu o livre e informal do ingl s por Paulo Thiago de Mello de trecho do livro The Decisive Moment, New York, 1952.

6 Copyright 1952 Cartier - Bresson , Verve and Simon and Schuster.


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