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O MOVIMENTO DE RECONCEITUAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL …

O MOVIMENTO DE RECONCEITUA O DO SERVI O SOCIAL E SEU REFLEXO NO EXERC CIO PROFISSIONAL NA CONTEMPORANEIDADE Beatriz Borges Viana1 K ssia Karise Carvalho Carneiro2 Claudenora Fonseca Gon alves3 Resumo O MOVIMENTO de Reconceitua o o marco do Servi o SOCIAL que vem propor a ruptura das pr ticas tradicionais, atrav s deste MOVIMENTO que surge um perfil profissional mais cr tico, capaz de atuar nos desafios postos profiss o. Este trabalho tem como objetivo fazer uma breve an lise do MOVIMENTO de Reconceitua o do Servi o SOCIAL e seu reflexo no exerc cio profissional na atualidade, por meio das percep es de uma profissional que atua numa institui o do munic pio de Parintins.

Sinteticamente, o fato central é que, no curso deste processo, mudou o perfil do profissional demandado pelo mercado de trabalho que as condições novas postas pelo quadro macroscópico da autocracia burguesa 4 Este termo é utilizado por Netto (2005) com referência ao processo da Ditadura Militar.

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1 O MOVIMENTO DE RECONCEITUA O DO SERVI O SOCIAL E SEU REFLEXO NO EXERC CIO PROFISSIONAL NA CONTEMPORANEIDADE Beatriz Borges Viana1 K ssia Karise Carvalho Carneiro2 Claudenora Fonseca Gon alves3 Resumo O MOVIMENTO de Reconceitua o o marco do Servi o SOCIAL que vem propor a ruptura das pr ticas tradicionais, atrav s deste MOVIMENTO que surge um perfil profissional mais cr tico, capaz de atuar nos desafios postos profiss o. Este trabalho tem como objetivo fazer uma breve an lise do MOVIMENTO de Reconceitua o do Servi o SOCIAL e seu reflexo no exerc cio profissional na atualidade, por meio das percep es de uma profissional que atua numa institui o do munic pio de Parintins.

2 Todos os dados deste trabalho s o resultados de pesquisa bibliogr fica e de pesquisa de campo, que nos permitiram um melhor entendimento acerca da pr tica profissional na contemporaneidade. Palavras-Chave: MOVIMENTO de Reconceitua o. Pr tica Profissional. Renova o. Servi o SOCIAL . 1 INTRODU O O MOVIMENTO de Reconceitua o um importante momento do Servi o SOCIAL , pois partir da que surge uma outra vis o acerca da pr tica profissional, voltada a uma an lise cr tica da realidade SOCIAL , buscando assim um melhor desempenho no agir profissional ao atender as demandas da quest o SOCIAL , pautado em bases te rico-metodologicas que buscam superar as pr ticas tradicionais do Servi o SOCIAL .

3 Neste contexto, o trabalho prop e-se analisar criticamente o MOVIMENTO de Reconceitua o do Servi o SOCIAL brasileiro e seus posteriores desdobramentos para a interpreta o/interven o da/na realidade SOCIAL no agir profissional. Tendo assim como base pesquisas bibliogr ficas em obras de autores que discorrem sobre a tem tica; utilizou-se tamb m uma pesquisa de campo de car ter qualitativo por meio de entrevistas semiestruturadas, junto a profissionais de Servi o SOCIAL que trabalham no munic pio de Parintins. No trabalho inicialmente busca-se apresentar o contexto hist rico em que se desenvolveu o MOVIMENTO de Reconceitua o do Servi o SOCIAL a partir da ditadura militar (1964 a 1985) e o processo de renova o do Servi o SOCIAL .

4 Posteriormente discuti-se as tr s perspectivas que s o apresentadas por Netto no processo de renova o do Servi o SOCIAL : perspectiva modernizadora, perspectiva de reatualiza o do conservadorismo e a inten o de ruptura. E por fim apresentam-se os dados da pesquisa referente entrevista realizada com as profissionais de Servi o SOCIAL . 2 A DITADURA MILITAR E O PROCESSO DE RENOVA O DO SERVI O SOCIAL Este t pico visa apresentar o contexto hist rico em que se desenvolveu o MOVIMENTO de Reconceitua o do Servi o SOCIAL . Compreende-se que esta nova fase da profiss o teve in cio no contexto da ditadura militar que ocorreu no Brasil de 1964 a 1985, fomentada por interesses imperialistas que buscavam um espraiamento do modelo 1 UFAM.

5 2 UFAM. 3 UFAM. econ mico capitalista, ou mesmo para reter uma expans o do comunismo na Am rica Latina. O per odo da ditadura militar come ou com o golpe de 64 feito por militares, a partir do golpe o governo passou a ser regido pelos militares e se apresentava sob duas faces: a ideol gica e a repressiva, reproduziam uma ideia em que tudo que o poder governamental fazia era para o bem da popula o, era para o desenvolvimento do pa s, assim faziam com que um grande contingente populacional reproduzisse essa ideia. Aqueles que iam de encontro com ideal burgu s sofriam grande repress o e viol ncia, f sica e moral, que fez com muitas pessoas fossem mortas, ou outros exilados (NETTO, 2005).

6 Neste contexto da autocracia burguesa4, o Servi o SOCIAL vem responder as novas demandas que se apresentavam no correr desde cen rio. Desta forma o Servi o SOCIAL neste primeiro momento se apresentava como reprodutor das formas tradicionais do in cio da profiss o, com uma pr tica paliativa, caritativa, assistencialista, pr tica essa refor ada pela autocracia burguesa. De acordo com Netto (2005, p. 118) Tudo indica que este componente atendia a duas necessidades distintas: a de preservar os tra os subalternos do exerc cio profissional, de forma a continuar contando com um firme estrato de executores de pol ticas sociais localizadas bastante d cil e, ao mesmo tempo, de contrarrestar proje es profissionais potencialmente conflituosas com os meios e os objetivos que estavam alocados as estruturas organizacional - institucionais em que se inseriram tradicionalmente os assistentes sociais.

7 A pr tica dos assistentes sociais era de subalternidade, agiam como meros executores de pol ticas sociais, pois reproduziam um sentido de ordem na autocracia burguesa, agiam como mantedores da ordem e controle da sociedade. Com a reorganiza o da sociedade por parte do Estado, foram feitas mudan as no pa s que refletiram modifica es ao cen rio do Servi o SOCIAL em dois mbitos: o da pr tica e da forma o profissional. Na pr tica profissional h uma expans o do mercado de trabalho ao Servi o SOCIAL , as novas demandas exigiam um profissional com novas caracter sticas, visto que, com a implanta o de uma moderniza o por parte do estado, e ind strias para a reprodu o do capital, tamb m com a perman ncia de modelos econ micos utilizados anteriormente no pa s remodulados para inser o na din mica capitalista, evidenciou-se o xodo rural, um incha o populacional, que trouxe mis ria, viol ncia, e muitas outras fra es da quest o SOCIAL para a sociedade brasileira.

8 O mercado de trabalho para o assistente SOCIAL seja em institui es estatais ou mesmo privadas demandava um profissional com postura moderna, que atendesse as exig ncias de uma racionalidade burocr tico-administrativas em meio moderniza o conservadora no sentido de compatibilidade do seu desempenho com as normas, fluxos, rotinas e finalidades diamantes daquela racionalidade (NETTO, 2005. p. 123). A autocracia burguesa exigia uma nova postura do profissional, era necess rio que agisse com racionalidade. Assim o assistente SOCIAL tem uma significante modifica o no seu agir profissional como ressalta Netto (2005. p. 123): Sinteticamente, o fato central que, no curso deste processo, mudou o perfil do profissional demandado pelo mercado de trabalho que as condi es novas postas pelo quadro macrosc pico da autocracia burguesa 4 Este termo utilizado por Netto (2005) com refer ncia ao processo da Ditadura Militar.

9 Faziam emergir: exigia-se um assistente SOCIAL ele mesmo moderno com um desempenho onde tra os tradicionais s o deslocados e substitu dos por procedimentos racionais . Com as modifica es ocorridas na pr tica, a forma o do Servi o SOCIAL tamb m passou por mudan as, ocorreu a inser o do ensino do Servi o SOCIAL nas universidades, pois antes havia apenas escolas isoladas, carentes de recursos, muito ligadas a valores morais, com as mudan as na sociedade as unidades se tornaram complexos universit rios. O Servi o SOCIAL passou a interagir com disciplinas das ci ncias sociais como psicologia, antropologia e sociologia, contando tamb m com disciplinas do vi s da ditadura militar.

10 Esta forma o era demandada das exig ncias que se faziam no mercado de trabalho posto na esfera da ditadura militar. Com a entrada das ci ncias sociais no mbito da universidade, o Servi o SOCIAL come ou a mudar tendo com isso uma postura cr tica para seus fundamentos (NETTO, 2005). neste contexto hist rico que surge o processo de renova o do Servi o SOCIAL , mas o que vem a ser renova o? Segundo o dicion rio Aur lio5, do ponto de vista etimol gico renova o tornar novo, ou como novo; modificar, introduzindo novos elementos, substituir por algo novo do mesmo tipo. Assim esta renova o do Servi o SOCIAL trouxe uma nova forma ao agir profissional, principalmente a romper com pr ticas tradicionais do in cio da profiss o.


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