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O TEXTO ACADÊMICO - Unicamp

O TEXTO ACAD MICO Silvio Seno Chibeni 1. Caracteriza o O que caracteriza um TEXTO acad mico , antes de tudo, o seu objeto: ele veicula o fruto de alguma investiga o cient fica, filos fica ou art stica. Deve, pois, refletir o rigor, a perspectiva cr tica, a preocupa o constante com a objetividade e a clareza que s o parte inerente da pesquisa acad mica. Num TEXTO podemos distinguir o conte do (id ias, estrutura argumentativa, etc.) da forma (linguagem, disposi o dos elementos, etc.). Embora a qualidade de um TEXTO acad mico dependa fundamentalmente de seu conte do, esse conte do n o poder ser devidamente compreendido e examinado se a forma que o reveste for deficiente.

Silvio Seno Chibeni 1. Caracterização O que caracteriza um texto acadêmico é, antes de tudo, o seu objeto: ele veicula o fruto de alguma investigação científica, filosófica ou artística. Deve, pois, refletir o rigor, a perspectiva crítica, a

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1 O TEXTO ACAD MICO Silvio Seno Chibeni 1. Caracteriza o O que caracteriza um TEXTO acad mico , antes de tudo, o seu objeto: ele veicula o fruto de alguma investiga o cient fica, filos fica ou art stica. Deve, pois, refletir o rigor, a perspectiva cr tica, a preocupa o constante com a objetividade e a clareza que s o parte inerente da pesquisa acad mica. Num TEXTO podemos distinguir o conte do (id ias, estrutura argumentativa, etc.) da forma (linguagem, disposi o dos elementos, etc.). Embora a qualidade de um TEXTO acad mico dependa fundamentalmente de seu conte do, esse conte do n o poder ser devidamente compreendido e examinado se a forma que o reveste for deficiente.

2 Assim que os autores mais representativos de qualquer rea da atividade acad mica sempre primaram tamb m pela excel ncia dos textos em que registraram sua produ o. N o h , claro, receitas fixas para formar um bom acad mico. Isso depende de uma predisposi o intelectual que se poderia dizer inata, bem como de toda a forma o escolar, acad mica e cultural, somadas a uma dedica o intensa ao estudo. Do mesmo modo, n o h normas r gidas de produ o formal de um TEXTO acad mico. No entanto, a tradi o acad mica acabou delimitando, em razo vel medida, as formas t picas de express o escrita para as diversas modalidades de textos acad micos.

3 Nas presentes notas ensaia-se a identifica o de alguns desses padr es, paralelamente apresenta o de t picos variados relativos pr tica internacional de avalia o e divulga o dos trabalhos acad micos. Deve-se, por fim, ressaltar que estas notas, ou quaisquer outras do mesmo g nero, t m fun o meramente subsidi ria. A consolida o da arte de bem redigir depende, acima de tudo, do contato direto e sistem tico com os grandes exemplos de produ o escrita, n o apenas de natureza estritamente acad mica, mas tamb m liter ria de um modo geral.

4 2. Tipos Aquilo que se produz numa pesquisa ou atividade acad mica pode ser veiculado em textos de diferentes tipos, dependendo de seu objetivo. Destacar amos os seguintes: i) Livros. S o a forma cl ssica de registro e divulga o da produ o acad mica. Com o desenvolvimento gradual das atividades acad micas, o livro cada vez menos usado para veicular 2 pesquisas originais, havendo uma tend ncia de reserv -lo para colet neas, s nteses ou apresenta o sistem tica do conhecimento de uma determinada rea num determinado est gio hist rico, bem como para os textos de natureza did tica (os chamados livros-textos) e de divulga o para o p blico leigo.

5 Na filosofia e nas ci ncias humanas essa altera o de fun es ocorre de forma menos pronunciada do que nas ci ncias naturais. ii) Artigos. Com a especializa o e aumento quantitativo da produ o, as disciplinas acad micas passaram a servir-se cada vez mais de uma forma mais gil de divulga o de suas pesquisas: os peri dicos especializados (revistas). Tais peri dicos publicam artigos e resenhas, que s o textos menores, cujo objetivo explorar algum ponto mais espec fico em debate pelos pesquisadores da rea.

6 Iii) Outros. Livro e artigos s o hoje classificados de publica es , porque visam a um p blico amplo e n o especificado de antem o. De par com tais textos, encontramos tamb m, claro, aqueles cujo objetivo mais restrito: teses, disserta es, monografias, ensaios, relat rios de pesquisa, trabalhos de cursos de forma o, etc., que n o se destinam a publica o (ao menos inicialmente). 3. Est tica Embora o mais importante num TEXTO seja, como j enfatizamos, o seu conte do, e, em segundo lugar, a sua linguagem, a apar ncia geral n o deve ser descuidada.

7 Isso vale tanto para os textos publicados caso em que os cuidados est ticos cabem ao editor , como para aqueles em forma manuscrita (entendendo-se por manuscrito n o apenas o que escrito a m o, mas tamb m o que datilografado ou composto com editores eletr nicos de textos). N o obstante o gosto est tico naturalmente varie, no caso de textos acad mico h algumas diretrizes de bom-senso: Simplicidade. Evitem-se, sempre que poss vel, figuras, bordas, sombreamentos e outros elementos que distraiam a aten o do TEXTO propriamente dito.

8 Deve-se inclusive evitar a utiliza o de fontes diversificadas ou rebuscadas. It licos e negrito devem ser reservados para suas fun es espec ficas (ver adiante); o mesmo vale para mai sculas e versalete. Espa os. O TEXTO n o deve ser compacto, escuro . D em-se amplas margens. Insiram-se espa os razo veis entre t picos e se es. Utilize-se espa amento 1,5 ou 2, exceto talvez nas formas definitivas de um TEXTO , que n o se espera sejam mais objeto de anota es ou revis es. 3 4. Disposi o dos elementos O arranjo dos elementos de um TEXTO vai depender de seu tipo.

9 Vejamos inicialmente o que mais comum no caso de livros: Folha de rosto: p gina inicial, onde devem aparecer o t tulo e subt tulo, nome completo do autor, tradutor (se houver), edi o, local de publica o, editora e ano de publica o. No verso dessa p gina devem estar registradas informa es mais detalhadas, como a data da primeira edi o, o t tulo original, o copyright e o ISBN (ver adiante). T bua de mat rias (ou ndice sin ptico, ou conte do). Lista dos cap tulos e se es principais. Pref cio. TEXTO de apresenta o, em geral breve, escrito pelo autor ou outra pessoa.

10 Introdu o. Nela o autor costuma descrever suas motiva es, objetivos, agradecimentos, bem como o plano geral da obra. O TEXTO principal. Normalmente dividido em cap tulos; estes, por sua vez, costumam ser divididos em se es. Essas divis es devem refletir as reais distin es de conte do do TEXTO . Notas. Usadas para coment rios e refer ncias (ver adiante). Refer ncias bibliogr ficas. Lista dos trabalhos citados no livro (ver adiante). ndices. Os mais comuns s o: ndice anal tico, ou remissivo, para a localiza o de termos e express es importantes; e ndice onom stico (nomes de pessoas que aparecem) no TEXTO .


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