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OBSERVAÇÃO PARTICIPANTE NA PESQUISA QUALITATIVA …

Observa o PARTICIPANTE OBSERVA O PARTICIPANTE NA. PESQUISA QUALITATIVA : CONCEITOS E. APLICA ES NA REA DA SA DE. PARTICIPANT OBSERVATION IN QUALITATIVE RESEARCH: CONCEPTS AND APPLICATIONS IN HEALTH. Danielle Teixeira Queiroz*. Janaina Vall**. ngela Maria Alves e Souza**. Neiva Francenely Cunha Vieira**. RESUMO: Com o objetivo de entender a aplica o do m todo de observa o PARTICIPANTE nas pesqui- sas em sa de, foi realizada uma revis o bibliogr fica sistem tica e cr tica das literaturas especializadas e publicadas sobre o tema, abordando linhas confrontantes de pensamento. Como resultado deste esfor o, conclui-se que a observa o PARTICIPANTE uma ferramenta importante para a constru o do conhecimento nas pesquisas em sa de, principalmente na comunidade. Palavras-chave: Observa o PARTICIPANTE ; sa de; PESQUISA QUALITATIVA ; revis o sistem tica.

pesquisa qualitativa, a utilizarem essa técnica de coleta de dados a fim de auxiliar na condução de pesquisas e outras atividades especializadas nos cenários da prática clínica e educacional. Quanto à metodologia, realizou-se busca documental, do tipo revisão de literatura, mediante a leitura sistemática e crítica de publicações do

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1 Observa o PARTICIPANTE OBSERVA O PARTICIPANTE NA. PESQUISA QUALITATIVA : CONCEITOS E. APLICA ES NA REA DA SA DE. PARTICIPANT OBSERVATION IN QUALITATIVE RESEARCH: CONCEPTS AND APPLICATIONS IN HEALTH. Danielle Teixeira Queiroz*. Janaina Vall**. ngela Maria Alves e Souza**. Neiva Francenely Cunha Vieira**. RESUMO: Com o objetivo de entender a aplica o do m todo de observa o PARTICIPANTE nas pesqui- sas em sa de, foi realizada uma revis o bibliogr fica sistem tica e cr tica das literaturas especializadas e publicadas sobre o tema, abordando linhas confrontantes de pensamento. Como resultado deste esfor o, conclui-se que a observa o PARTICIPANTE uma ferramenta importante para a constru o do conhecimento nas pesquisas em sa de, principalmente na comunidade. Palavras-chave: Observa o PARTICIPANTE ; sa de; PESQUISA QUALITATIVA ; revis o sistem tica.

2 ABSTRACT. ABSTRACT:: To understand the methodological application of participant observation in health research, we performed a systematic bibliographic review of the specialized literature on the theme, addressing conflicting lines of thought. As a result of this effort, we have found out that participant observation is an important tool in the construction of knowledge in health research, especially in the community. Keywords: Participant observation; health; qualitative research; systematic review. INTRODU O. A produ o do conhecimento na rea da sa - sendo uma refer ncia para investigar contextos e de aumenta como resultado das pesquisas realizadas realidades distintas1,2. por v rios profissionais, nos diversos campos dos A abordagem QUALITATIVA teve origem no s culo saberes, espec ficos e complementares. Com a limi- XIX, na Alemanha, em raz o da necessidade das ta o do tecnicismo e das investiga es de natureza ci ncias sociais para estudo dos fen menos humanos.

3 Quantitativa, cuja an lise recai sobre a freq ncia Sua realidade constru da a partir do quadro positiva de repeti o dos eventos observados na referencial dos pr prios sujeitos do estudo, cabendo amostra (clientela), t m-se na PESQUISA QUALITATIVA ao pesquisador decifrar o significado da a o humana, outro modo de ver a realidade emp rica, com rele- e n o apenas descrever os comportamentos3. v ncia para os indicadores subjetivos. O eixo central do paradigma qualitativo encon- A PESQUISA QUALITATIVA tem como foco de estudo tra-se na condi o humana de responder a est mulos o processo vivenciado pelos sujeitos. Assim, as externos de maneira seletiva. Tal sele o influenciada investiga es qualitativas crescem em n mero, como pela forma na qual as pessoas definem e interpretam um outro modo de produ o de conhecimento capaz situa es e acontecimentos.

4 Ainda consoante . de responder necessidade de compreender em perspectiva de Santos3, o pressuposto principal dessa profundidade alguns fen menos da pr tica de abordagem que n o h padr es formais ou enfermagem, suprindo vazios deixados pela PESQUISA conclus es definitivas, e que a incerteza faz parte de positivista e seus m todos de coleta e an lise de dados, sua epistemologia. R Enferm UERJ, Rio de Janeiro, 2007 abr/jun; 15(2):276-83. Queiroz DT, Vall J, Souza AMA, Vieira NFC. As pesquisas qualitativas possuem caracter sticas Na PESQUISA QUALITATIVA , h diversos tipos de multimetodol gicas, utilizando um n mero variado de observa o, entre as quais a observa o assistem tica m todos e instrumentos de coleta de dados. Entre os ou n o estruturada, a sistem tica ou planejada, a mais aplicados, est o a entrevista em profundidade individual ou em equipe, a em campo ou laborat rio, (individual e grupal), a an lise de documentos e a a vinheta9, a militante4 e a observa o PARTICIPANTE .

5 Observa o PARTICIPANTE ou n o4. Essa ltima o foco deste artigo. O ato de observar um dos meios mais Neste estudo, tem-se por objetivo criar uma base freq entemente utilizados pelo ser humano para de conhecimento, reunindo refer ncias te ricas conhecer e compreender as pessoas, as coisas, os acerca da t cnica de observa o PARTICIPANTE , bem acontecimentos e as situa es. Observar aplicar como estimular outros pesquisadores, que optam pela os sentidos a fim de obter uma determinada PESQUISA QUALITATIVA , a utilizarem essa t cnica de informa o sobre algum aspecto da realidade5. coleta de dados a fim de auxiliar na condu o de mediante o ato intelectual de observar o fen meno pesquisas e outras atividades especializadas nos estudado que se concebe uma no o real do ser ou cen rios da pr tica cl nica e educacional. ambiente natural, como fonte direta dos dados.

6 Quanto metodologia, realizou-se busca Observar significa aplicar atentamente os documental, do tipo revis o de literatura, mediante sentidos a um objeto para dele adquirir um conheci- a leitura sistem tica e cr tica de publica es do mento claro e preciso6. A observa o torna-se uma per odo de 1975 a 2005 que tratam do m todo da t cnica cient fica a partir do momento em que passa observa o PARTICIPANTE 10. Al m disso, foram por sistematiza o, planejamento e controle da identificadas as informa es factuais e contradit rias objetividade. O pesquisador n o est simplesmente dos documentos, enfatizando quest es ou hip teses olhando o que est acontecendo, mas observando de interesse, a partir de evid ncias que fundamentam com um olho treinado em busca de certos afirma es e declara es dos autores estudados. acontecimentos espec ficos7.

7 A observa o ajuda muito o pesquisador e sua maior vantagem est . relacionada com a possibilidade de se obter a A OBSERVA O PARTICIPANTE . informa o na ocorr ncia espont nea do fato. E A REA DA SA DE. N o se trata apenas de ver, mas de examinar. N o se trata somente de entender, mas de auscultar. A observa o PARTICIPANTE foi introduzida pela Trata-se tamb m de ler documentos (livros, jornais, Escola de Chicago, nos anos 1920, tendo sido impressos diversos) na medida em que estes n o duramente contestada pelos pesquisadores experi- somente nos informam dos resultados das observa es mentais, e abandonada por d cadas. Seu resgate atual, e pesquisas feitas por outros, mas traduzem tamb m no entanto, auxilia nas descri es e interpreta es a rea o dos seus autores. Sendo assim, pode-se dizer de situa es cada vez mais globais.

8 Ap s sua que a observa o t o ampla e abrangente que, de recupera o, por m, o m todo banalizado e uma forma ou de outra, utiliza todos os procedimentos utilizado de forma indiscriminada, sem o rigor de pesquisa5: 25. metodol gico que esse procedimento exige em A observa o constitui elemento fundamental rela o coleta, registro e interpreta o pertinentes para a PESQUISA , principalmente com enfoque e coerentes com a realidade estudada. Em muitos qualitativo, porque est presente desde a formula o casos, a observa o PARTICIPANTE passa a ser do problema, passando pela constru o de hip teses, relacionada a interpreta es meramente emotivas e coleta, an lise e interpreta o dos dados, ou seja, ela deforma es subjetivas e sem dados comprobat rios11. desempenha papel imprescind vel no processo de O antrop logo ingl s Branislaw Malinowski pesquisa8.

9 Revolucionou a Antropologia nas tr s primeiras N o se pode observar, no entanto, tudo ao mesmo d cadas do s culo XX, quando fez propostas refe- tempo, nem mesmo podem ser observadas muitas rentes aos m todos de trabalho de campo, principal- coisas ao mesmo tempo. Por isso uma das condi es mente em rela o observa o participante10. Um fundamentais de se observar adequalmente limitar e dos mais importantes de seus trabalhos foi o escrito definir com precis o os objetivos que se deseja alcan ar. em 1922, em que descreve sua inser o entre os Isto assume tal import ncia na ci ncia, que se torna nativos da Ilhas Trombiand, no Pac fico. Malinowski uma das condi es imprescind veis para garantir a va- fundamenta sua descri o na necessidade de lidade da observa o7. bagagem cient fica do estudioso, dos valores da R Enferm UERJ, Rio de Janeiro, 2007 abr/jun; 15(2):276-83.

10 Observa o PARTICIPANTE observa o PARTICIPANTE , das t cnicas de coleta, neles, a conex o entre consci ncia e realidade16. ordena o e apresenta o do que denomina de Como a observa o PARTICIPANTE refere-se a sujeitos evid ncias. Segundo ele, toda a estrutura de uma sociais, n o se pode deixar de considerar esses sociedade encontra-se incorporada no mais evasivo elementos, no processo de investiga o, como de todos os materiais: o ser humano12. resultado dos movimentos dos corpos humanos nas Realizando um retrospecto da evolu o hist - diversas vertentes de sua intera o e, a partir da , rica da observa o PARTICIPANTE , percebe-se que a construir o corpus de conhecimento do objeto de proposta de Malinowski, em 1922, tem sido estudo que sempre carregado de incerteza. implementada medida que o uso dessa t cnica se Na observa o PARTICIPANTE , preciso atentar tornou mais conhecida.


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