OS EFEITOS DO DIVÓRCIO NA CRIANÇA - psicologia

1 ISSN 1646-6977 Documento publicado em Isabella Thays Ortiz Silva, Charlisson Mendes Gon alves 1 Siga-nos em OS EFEITOS DO DIV RCIO NA CRIAN A 2016 Isabella Thays Ortiz Silva Psic loga graduada pela Faculdade da Amaz nia campus Vilhena/RO (Brasil) Charlisson Mendes Gon alves Mestre em psicologia pela PUC Minas. Psic logo graduado pelo Centro Universit rio do Leste de Minas Gerais. Professor na Faculdade da Amaz nia campus Vilhena/RO, Brasil. E-mail de contato: RESUMO O n mero de div rcios tem crescido consideravelmente na atualidade e v rias consequ ncias s o oriundas desse fen meno.

2 Esse trabalho visa elucidar os EFEITOS vivenciados pelos filhos durante o div rcio. Trata-se de uma pesquisa de revis o bibliogr fica, fazendo um levantamento de refer ncias te ricas publicadas por meios escritos e eletr nicos. Nessa pesquisa, observou-se que, durante as mudan as ambientais, a crian a poder apresentar mudan as emocionais, como exemplo o transtorno de ansiedade social ou transtorno de ansiedade de separa o. A crian a, ainda, pode vir a demonstrar dificuldades nas atividades cotidianas, desenvolvendo baixa autoestima e baixa qualidade de vida.

3 Estudar esses EFEITOS um caminho para ampliar as interven es com os envolvidos nas situa es litigiosas de div rcio. Palavras-chave: Div rcio, EFEITOS do div rcio, crian a. Copyright 2016. This work is licensed under the Creative Commons Attribution International License ISSN 1646-6977 Documento publicado em Isabella Thays Ortiz Silva, Charlisson Mendes Gon alves 2 Siga-nos em INTRODU O Na atualidade, h um elevado ndice de div rcios em nossa sociedade, gerando grandes mudan as na vida dos filhos.

4 Mudan as psicol gicas e ambientais, como ansiedade, depress o, dificuldades na aprendizagem e tamb m sofrimento decorrente da aus ncia/perda de um dos genitores, que poder gerar in meros conflitos para essa crian a (TOLOI, 2006). O infante poder tamb m desenvolver ansiedade advinda do div rcio do casal e sofrer por mudan as no n cleo familiar, fatores inevit veis para a mesma (GRZYBOWSKI, 2010). Na escola, tamb m poder o ser observadas algumas dificuldades, implicando na alfabetiza o, na concentra o e na socializa o da crian a, interferindo diretamente na qualidade de vida da mesma (RAPOSO et al, 2010).

5 Sendo assim, esse trabalho visa elucidar a influ ncia emocional que as crian as sofrem ap s o div rcio dos pais. A crian a poder elaborar a separa o de forma natural, podendo ou n o desenvolver patologias, de forma que alguns aspectos sejam inevit veis para elas, por exemplo: a mudan a de rotina, de ambiente e, at mesmo, em rela o sua estrutura familiar (BRITO 2007). Dessa forma, a pesquisa busca, ainda, identificar como as crian as podem demonstrar emocionalmente as mudan as ambientais e estruturais experienciadas por elas durante o div rcio conjugal.

6 Segundo Souza (2000), os filhos t m sua sa de mental preservada atrav s do bom relacionamento pr e p s-separa o de seus genitores. Logo, entende-se que tudo depender da qualidade do contato com a figura parental e de como as mudan as no n cleo familiar ser o elaboradas pela crian a. Com o div rcio dos pais, vem tamb m o div rcio com os filhos, pois grande parte dos casais tamb m se separam dos filhos, trazendo, assim, grandes preju zos emocionais ao infante.

7 Esta pesquisa seguiu a metodologia de revis o bibliogr fica, pesquisando os temas relativos ao trabalho atrav s de levantamento de refer ncias te ricas publicadas em meio eletr nico e escrito, encontrados em livros, artigos e sites cient ficos, sendo eles: Scielo e Pepsic. Durante a pesquisa, aborda-se o desenvolvimento infantil, colocando a influ ncia do div rcio para o desenvolvimento da crian a, tamb m sobre a import ncia que a fam lia exerce no per odo posterior ao div rcio, contribuindo para a qualidade de vida da crian a.

8 Sendo assim, observaram-se indicativos de ansiedade nas crian as que sofrem com o div rcio conjugal dos pais, podendo ent o desenvolver transtorno de ansiedade social que se caracterizam por medo ou desconforto perante a pessoas estranhas ou situa es em que coloquem o individuo em exposi o ou avalia o. Explanou-se, ainda, sobre o transtorno de ansiedade de separa o, com nfase na separa o conjugal (DSM-5, 2014). ISSN 1646-6977 Documento publicado em Isabella Thays Ortiz Silva, Charlisson Mendes Gon alves 3 Siga-nos em O estudo do tema permitir aos pesquisadores e profissionais, que atuam com crian as que vivenciam o div rcio, ter uma vis o mais ampla acerca desse processo e desenvolvam interven es mais eficazes para aplicar nesses casos.

9 DESENVOLVIMENTO INFANTIL Na inf ncia ocorrem os seguintes processos de desenvolvimento da crian a: cognitivo, f sico e mental. A primeira inf ncia o momento em que a crian a aprende e se conceitua como um eu. Newcombe (1999) define que, com aproximadamente 18 meses, a crian a j se reconhece, fazendo com que nos meses seguintes sua autopercep o e sentimentos sejam aprimorados. A crian a mais velha tende a se descrever a partir da forma como percebe seu corpo, pois nomeia suas caracter sticas observ veis e s mais tarde observa tra os psicol gicos.

10 Percebe-se, nas literaturas, a import ncia da autoestima da crian a, pois ap s formar um autoconceito, ela atribui valores para si pr pria, podendo ou n o influenciar em sua autoestima (NEWCOMBE, 1999). Newcombe (1999) relata que o desenvolvimento dos filhos depender dos pais, de como eles est o ou n o saud veis psicologicamente, visto que os pais promovem a seguran a emocional da crian a, a independ ncia, o sucesso intelectual e a compet ncia social. Nas casas de pais divorciados seria de grande import ncia se os ex-c njuges mantivessem uma rela o solid ria, pois o autor traz a import ncia das rela es pai e m e para melhor adapta o da crian a ao novo contexto familiar.