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PARADIGMAS INOVADORES: UMA VISÃO …

ISSN 2176-1396 PARADIGMAS INOVADORES: UMA VIS O HOL STICA DA EDUCA O PARA O S CULO XXI Marisete Fontana Bolzani1 PUCPR Grupo de Trabalho - Forma o de Professores e Profissionaliza o Docente Ag ncia financiadora: n o contou com financiamento Resumo Este artigo tem por objetivo abordar os PARADIGMAS inovadores e os diferentes aspectos relacionados ao ensino superior. Busca refletir sobre os desafios que a nova maneira de pensar a educa o apresentam aos docentes universit rios, que tem nos PARADIGMAS conservadores a base de sua pr tica pedag gica. Faz uma retrospectiva hist rica que se inicia com os PARADIGMAS conservadores, dentre eles encontra-se a abordagem tradicional, escolanovista e tecnicista. Procura mostra o processo de evolu o que passa dos PARADIGMAS conservadores aos inovadores, assim como as diferentes maneiras de pensar a educa o at chegar aos dias atuais.

ISSN 2176-1396 PARADIGMAS INOVADORES: UMA VISÃO HOLÍSTICA DA EDUCAÇÃO PARA O SÉCULO XXI Marisete Fontana Bolzani1 – PUCPR Grupo de Trabalho - Formação de Professores e Profissionalização Docente

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1 ISSN 2176-1396 PARADIGMAS INOVADORES: UMA VIS O HOL STICA DA EDUCA O PARA O S CULO XXI Marisete Fontana Bolzani1 PUCPR Grupo de Trabalho - Forma o de Professores e Profissionaliza o Docente Ag ncia financiadora: n o contou com financiamento Resumo Este artigo tem por objetivo abordar os PARADIGMAS inovadores e os diferentes aspectos relacionados ao ensino superior. Busca refletir sobre os desafios que a nova maneira de pensar a educa o apresentam aos docentes universit rios, que tem nos PARADIGMAS conservadores a base de sua pr tica pedag gica. Faz uma retrospectiva hist rica que se inicia com os PARADIGMAS conservadores, dentre eles encontra-se a abordagem tradicional, escolanovista e tecnicista. Procura mostra o processo de evolu o que passa dos PARADIGMAS conservadores aos inovadores, assim como as diferentes maneiras de pensar a educa o at chegar aos dias atuais.

2 O objetivo desse artigo contemplar a nova vis o trazida pelos PARADIGMAS inovadores, entre eles a abordagem hol stica, progressista e de ensino com pesquisa, e refletir sobre as novas propostas para a educa o atual e do futuro. Por meio da an lise dos PARADIGMAS conservadores e inovadores levantou-se o questionamento de como os PARADIGMAS inovadores podem influenciar positivamente a educa o no ensino superior, e atender as necessidades atuais. A metodologia utilizada foi de pesquisa-a o, qualitativa, bibliogr fica e te rico-explorat ria. A pesquisa contou com a participa o de 25 alunos com forma o nas reas de magist rio, letras, ci ncia da computa o, e jornalismo, entre outras. Dentre eles est o alunos de mestrado, doutorado e alunos cursando mat rias isoladas.

3 Durante 15 encontros, os alunos envolvidos contaram com a media o de uma professora doutora que coordena o projeto: PARADIGMAS Educacionais na Pr tica Pedag gica, dentro da linha de pesquisa Teoria e Pr tica pedag gica na forma o de professores. A partir da pesquisa foi poss vel estudar as novas concep es educacionais e entender a proposta dos PARADIGMAS inovadores. Palavras-chave: PARADIGMAS inovadores. Complexidade. Transforma o da realidade. 1 Formada em Letras pela Universidade Tuituti do Paran , especialista em Pedagogia Escolar pela UNINTER, Mestre em Educa o Internacional pela Universidade de Framingham, USA, Diretora do Centro de Educa o Infantil na International School of Curutiba. E mail: 39944 Introdu o A escola e os docentes enfrentam novos desafios nos dias de hoje.

4 Um deles a supera o do modelo newtoniano-cartesiano, que tem influenciado a pr tica pedag gica nos ltimos dois s culos, por meio do uso de processos de repeti o, memoriza o e pr ticas que fragmentam a aquisi o do conhecimento. A necessidade de superar esses PARADIGMAS conservadores essencial para a sociedade que busca um indiv duo que tenha vis o do todo, e que crie ao inv s de apenas reproduzir conhecimento, por interm dio de um modelo que traga uma vis o interdisciplinar e transdisciplinar para a universidade. O paradigma da complexidade traz ao professor universit rio novas possibilidades de trabalhar com seu aluno num contexto hol stico, e proporcionar a esse estudante possibilidades de pesquisa, cria o e a constru o do seu pr prio aprendizado. A quest o que se imp e nesse momento que o professor e a universidade contribuam para a forma o de cidad os cr ticos, capazes de solucionar problemas, e propor solu es para os desafios do momento em que estamos vivendo, fazendo uso de uma metodologia criativa, que empregue o uso de ferramentas variadas e que contribua para a constru o de um futuro mais humano, com indiv duos que se sintam respons veis pela transforma o da sociedade e o planeta em que vivem.

5 O desafio que se apresenta a tentativa de se recuperar a intui o e a raz o por meio da aproxima o do sujeito e do objeto, assim como a busca de uma metodologia que contemple a produ o do conhecimento dos alunos e do professor, desafiando-os a responder s exig ncias do paradigma emergente da ci ncia. Em grande parte buscar superar o ensino fragmentado e contemplar o contexto, as conex es e as inter-rela es. Este artigo pretende fazer uma retrospectiva das abordagens educacionais nos ltimos anos, e refletir sobre o que ocasionou uma necessidade de mudan a na educa o que venha atender as demandadas das sociedades atuais. Abordagens Conservadoras Dentre os PARADIGMAS Conservadores destaca-se a Abordagem Tradicional, Escolanovista e Tecnicista, todas com uma vis o mecanicista da pr tica educativa, que tinham por objetivo a reprodu o do conhecimento, as quais t m estado presente com maior ou menor intensidade nas salas de aulas, e persistiram atrav s dos anos at os dias de hoje.

6 Essas abordagens passaram a ser norma de um ensino conservador. 39945 Segundo Mizukami (1986, ) na abordagem tradicional o aluno um indiv duo passivo e receptivo. O aluno apenas executa prescri es que lhe s o fixadas por autoridades exteriores. A pouca intera o do aluno com o professor e com os colegas, faz com que ele se limite a obedecer sem questionar, ele se torna um mero receptor das informa es transmitidas pelo professor. N o cabe a ele questionar ou refletir sobre o conte do a ser aprendido. O professor na abordagem tradicional um sujeito autorit rio, dono da verdade e que possui dom nio total do processo educativo. O professor conduz seus alunos em dire o a objetivos escolhidos pela escola, ou pela sociedade, numa rela o predominantemente dual, professor-aluno, sendo limitada a intera o com o grupo.

7 Fundamentando-se em Behrens (2013b, ) que entende que o professor tradicional apresenta o conte do para seus alunos como pronto e acabado. Busca repassar e transmitir as informa es de maneira que os alunos passem a repetir e reproduzir o modelo proposto , entende-se que o professor disponibiliza pouco espa o para a atividade criativa e imaginativa por parte do aluno. Baseada quase que exclusivamente em aulas expositivas, a metodologia na abordagem tradicional segue uma sequ ncia de conte dos. O professor usa o m todo expositivo para transmitir o conhecimento, e o aluno reproduz os conte dos de forma autom tica. Entende-se que se o professor ensina, automaticamente o aluno aprende o conte do. Como deixa claro MizuKami (1986, ) a esse respeito: No m todo expositivo como atividade normal, est impl cito o relacionamento professor-aluno: o professor o agente, o aluno o ouvinte.

8 A avalia o busca respostas prontas, baseada na memoriza o, e n o leva em considera o o entendimento, mas sim a exatid o na reprodu o da informa o. As notas obtidas por meio da memoriza o s o fator decisivo do sucesso do aluno. A escola um local austero, com salas de aula sem atrativos, e vista apenas como o local onde se realiza a educa o. No que diz respeito a Abordagem Escolanovista, que surgiu por volta de 1930, essa abordagem d nfase ao indiv duo, leva em conta sua criatividade, sendo o aluno a figura central do processo ensino-aprendizagem. O aluno um sujeito ativo e sua participa o incentivada. Como explica Behrens, (2013a, ) ela apresenta-se como um movimento de rea o pedagogia tradicional e busca alicer ar-se com fundamentos da biologia e da psicologia e dando nfase ao indiv duo e sua atividade criadora.

9 39946 O professor busca facilitar a aprendizagem do aluno, buscando planejar as atividade em conjunto com ele, al m de relacionar-se com cada um de maneira democr tica e acolhedora. Na abordagem escolanovista o aluno passa a ser a figura de maior import ncia no processo ensino-aprendizagem. Ele um sujeito ativo e tem a responsabilidade de buscar seu aprendizado atrav s de caminhos trilhados por ele mesmo, demonstrando iniciativa pr pria. Atrav s de experi ncias significativas, o aluno levado a resolver problemas que resultem no seu aprendizado. A metodologia despreza padr es pr -estabelecidos, assim como estrat gias educacionais secund rias e passa a levar em considera o as exig ncias psicol gicas do aluno. Segundo Behrens, (2013b, ) a metodologia atribui grande import ncia aos m todos, s unidades de experi ncias e aos trabalhos em grupo, oferecendo as atividades livres que atendam ao ritmo pr prio do aluno.

10 O objetivo maior da avalia o a realiza o de metas pessoais, por isso privilegia a auto avalia o e despreza a padroniza o, levando o aluno a assumir o controle de sua aprendizagem. Por apresentar uma grande demanda de equipamentos, estrutura f sica e materiais variados, a Escola Nova acabou sendo mais difundida entre as escolas destinadas elite, e sua proposta foi incorporada na grande maioria por escolas experimentais. A Abordagem Tecnicista surgiu no final do s culo XIX e in cio do s culo XX, com o advento da revolu o industrial, e seu objetivo buscar a efici ncia, a racionalidade, e a produtividade. E como o pr prio nome j deixa claro, busca um ensino t cnico, que possa ser utilizado na ind stria. O sujeito deveria ser dotado de organiza o racional e ser livre de interfer ncias subjetivas, porque achava-se que elas colocariam em risco a efici ncia do indiv duo.