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(Parte 1) Imagiologia da mama – Patologia benigna ...

1. DOEN A benigna DA MAMAEsta entidade inclui um espectro de doen as benignas da mama mediadas por hormonas, antes e ap s a menopausa. As causas de al-tera es benignas da mama dependem do balan o hormonal e da interac o de v rias subst ncias (estrog nio, progesterona, pro-lactina, tiroxina e insulina), as quais desen-cadeiam dois importantes mecanismos: se-cre o induzida por hormonas (reten o da subst ncia segregada) e desenvolvimento de ectasias ductais e quistos; prolifera o do epi-t lio ductal e lobular, estimulada por meca-nismos end crinos, com desenvolvimento de v rios tipos e graus de hiperplasia, na forma de adenose, epiteliose ou hiperplasia at les es benignas s podem ser classifica-das histologicamente.

(Parte 1) - Imagiologia da mama – Patologia benigna 401 Se o conteúdo do quisto não for completa-mente econegativo, ou se não …

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1 1. DOEN A benigna DA MAMAEsta entidade inclui um espectro de doen as benignas da mama mediadas por hormonas, antes e ap s a menopausa. As causas de al-tera es benignas da mama dependem do balan o hormonal e da interac o de v rias subst ncias (estrog nio, progesterona, pro-lactina, tiroxina e insulina), as quais desen-cadeiam dois importantes mecanismos: se-cre o induzida por hormonas (reten o da subst ncia segregada) e desenvolvimento de ectasias ductais e quistos; prolifera o do epi-t lio ductal e lobular, estimulada por meca-nismos end crinos, com desenvolvimento de v rios tipos e graus de hiperplasia, na forma de adenose, epiteliose ou hiperplasia at les es benignas s podem ser classifica-das histologicamente.

2 A palpa o, a mamo-grafia (altera o estrutural, radiodensidade, microcalcifica es) ou a ecografia (tecido glandular hiperecog nico, com ou sem quis-tos ou estruturas ductais dilatadas) podem ser sugestivos de doen a benigna da mama , mas n o podem afirm diagn stico histopatol gico das altera es benignas da mama envolve os seguintes componentes: quistos; adenose ductal; ade-nose esclerosante; adenose microglandular; cicatriz radi ria; fibrose focal, e hiperplasia epitelial (ductal e lobular) simples ou at MAMOGRAFIANa mamografia podem observar-se altera es estruturais e/ou aumento da densidade, bem como microcalcifica es.

3 Estas altera es po-dem ocorrer isoladamente ou ALTERA ES ESTRUTURAIS E/OU AUMENTO DA DENSIDADEI ncluem: Opacidades nodulares grosseiras, relati-vamente uniformes. reas de aumento da densidade ou au-mento global da densidade mam ria. Opacidades irregulares nos casos de fi-brose e/ou processos inflamat rios as-sociados. (Estas altera es s o habitual-mente generalizadas e sim tricas). Distor o arquitectural ou les o focal (nodular, irregular ou espiculada).A cicatriz radi ria apresenta-se como uma distor o arquitectural em forma de estrela com um centro de pequenas dimens es, o qual pode ser denso ou radiolucente (diag-n stico diferencial com carcinoma).

4 MICROCALCIFICA ES (Fig. 1)As microcalcifica es podem ser classifi-cadas como t picas. Nestas circunst ncias apresentam-se de forma isolada, geralmente redonda, pontuadas dispersas, geralmente sim tricas, em leite de c lcio nos micro-quistos, ou ainda em agrupamentos de mi-crocalcifica es com um padr o lobular (1-5 mm) ou com um padr o em m rula, podem ocorrer isoladas ou multifocais. Para al m destas calcifica es t picas, podem aparecer calcifica es indeterminadas e oca-399 (Parte 1) Imagiologia da mama Patologia benignaElisabete Pinto45 Sem o consentimento pr vio por escrito do editor, n o se pode reproduzir nem fotocopiar nenhuma parte desta publica o Permanyer Portugal 2010400 Cap tulo 45sionalmente calcifica es suspeitas.

5 Nestas circunst ncias a biopsia obrigat ria. ECOGRAFIANo exame ecogr fico a gl ndula mam ria apresenta-se hiperecog nica de modo homo-g neo. Podem ocorrer quistos (Fig. 2), ocasio-nalmente ectasias ductais e estruturas hipoe-cog nicas regulares geralmente tubulares e menos frequentemente lobulares. Raramente mama globalmente hipoecog nica, poden-do ou n o associar-se a cones de sombra. Estas ltimas altera es est o relacionadas com fi-brose, adenose esclerosante e cicatriz radi QUISTOS MAM RIOSS o de longe a causa mais frequente da identifi-ca o de um n dulo na mama feminina. Apro-ximadamente, metade de todas as mulheres, entre os 30-40 anos e mesmo em idades supe-riores, desenvolve altera es fibroqu sticas na mama , que se manifestam por quistos nicos ou m ltiplos, de dimens es vari ecografia o m todo de escolha para o diagn stico dos mulher com idade inferior a 35 anos a ecografia deve ser o estudo imagiol gi-co inicial no caso de um n dulo palp vel.

6 Se se confirmar que o n dulo um quisto simples n o se efectuam mais investiga- es. Se o quisto doloroso deve-se efec-tuar o esvaziamento deste, para al vio dos idades superiores aos 35-40 anos, deve associar-se a mamografia, dado que nesta idade j h maior risco de aparecimento de um quisto simples caracterizado por uma parede fina e lisa, aus ncia de ecos internos e refor o posterior (Fig. 3). Podem identifi-car-se finas sombras ac sticas que se esten-dem das paredes laterais (Fig. 4).Figura 1. Mamografia: microcalcifica es 2. Ecografia: quistos mam rios 3. Ecografia: quisto simples com parede fina e o consentimento pr vio por escrito do editor, n o se pode reproduzir nem fotocopiar nenhuma parte desta publica o Permanyer Portugal 2010401 (Parte 1) - Imagiologia da mama Patologia benignaSe o conte do do quisto n o for completa-mente econegativo, ou se n o se identificar adequado refor o de parede posterior, n o est o reunidos os crit rios de quisto sim-ples, devendo ser considerados os seguintes diagn sticos diferenciais: Quistos com elevado conte do proteico; quistos inflamat rios ou quistos hemor-r gicos.

7 Papilomas intraqu sticos (Fig. 5), ou proces-so maligno, que preenchem parcialmente ou completamente o interior do quisto. Tumores muito hipoecog nicos, como fi-broadenoma. Alguns tumores malignos, particularmen-te o carcinoma medular, o qual pode ser muito hipoecog ASPIRA O DE QUISTOO esvaziamento de quistos a etapa seguin-te, se a ecografia n o revelar os aspectos t -picos, ou se for necess ria a aspira o para al vio de sintomatologia ecograficamente se identificar a extremi-dade da agulha no interior da les o e a aspi-ra o mal sucedida, deve suspeitar-se da presen a de um tumor s quistos podem conter l quido transpa-rente ou de cor amarelada, esverdeada, acastanhada ou mesmo preta.

8 Muitas vezes com elevado conte do proteico ou com pro-dutos de degrada o da a aspira o do quisto revelar sangue, deve ser considerada a possibilidade de papiloma intraqu stico, carcinoma ou les o iatrog nica, estando indicada a biopsia nas duas primeiras hip citologia habitual de um quisto simples re-vela uma metaplasia ap se identifica uma les o s lida no interior de um quisto, ou quando h suges-t o que a les o qu stica corresponde a uma massa necr tica, deve ser efectuada biopsia ecoguiada. Quando se suspeita de um papiloma intra-quisto o procedimento seguinte dever ser a excis o cir rgica. MAMOGRAFIAO aspecto radiol gico dos quistos em ma-mas lipomatosas o de massas de contornos bem definidos, redondas ou ovais.

9 Quando envolvidos parcial ou completamente pelo par nquima mam rio, os quistos podem aparecer como massas n o espec ficas com um contorno bem definido ou por uma mas-sa parcialmente vis vel. Podem igualmente n o ser identificados quando completamen-te rodeados de par nquima compress o da gordura adjacente pelos quistos, estes podem apresentar um halo completo ou incompleto hipertranspa-rente (Fig. 6).Figura 4. Ecografia: quisto simples onde se identifi-cam finas sombras ac sticas que se estendem das paredes laterais. Figura 5. Ecografia: papilomas intraqu o consentimento pr vio por escrito do editor, n o se pode reproduzir nem fotocopiar nenhuma parte desta publica o Permanyer Portugal 2010402 Cap tulo 45Na mamografia podem ainda visualizar-se as calcifica es da parede dos quistos ou periferia RESSON NCIA MAGN TICAO diagn stico ou exclus o de quistos n o uma indica o para resson ncia magn -tica (RM).

10 Na sequ ncia ponderada em T1, antes da administra o de contraste endovenoso, os quistos apresentam um contorno regular e s o hipointensos. Se o quisto cont m produ-tos sangu neos (especialmente metahemo-globina) pode apresentar hipersinal e n vel l quido. P s-contraste, se a les o real a, n o compat vel com um quisto e representa uma massa s realce parietal sem espessamento suges-tivo de inflama papilomas e carcinomas parietais geral-mente apresentam uma irregularidade do contorno, com moderado a intenso realce ap s administra o de GALACTOCELOS E LIPOCELOS GALACTOCELO um quisto de reten o de leite, simples ou multiloculado.