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TDAH E APRENDIZAGEM: UM DESAFIO PARA A EDUCAÇÃO

73 tdah E aprendizagem : UM DESAFIO para A EDUCA O PERSPECTIVA, Erechim. v. 39, , p. 73-84, dezembro/2015 tdah E aprendizagem : UM DESAFIO para A EDUCA OHyperactivity and learning: an education challengeMaria Inete Rocha Maia1; Helena Confortin21 Maria Inete Rocha Maia Graduada em Letras e Graduanda em Pedagogia pela URI Erechim. E-mail: Helena Confortin Doutora em Lingu stica pela USP/SP. Professora do Departamento de Lingu stica, Letras e Artes da URI Erechim/RS. E-mail: do recebimento: 02/12/2014 - Data do aceite: 17/09/2015 RESUMO: O Transtorno de D ficit de Aten o e Hiperatividade ( tdah ) tem como caracter sticas b sicas a desaten o, a agita o e a impulsividade. Reconhecendo que, hoje, esse dist rbio um grande DESAFIO para a educa- o, o presente estudo, de car ter bibliogr fico com proposta de atividades did tico-pedag gicas, busca investigar as interfer ncias do tdah no pro-cesso de ensino- aprendizagem , tendo como p blico alvo alunos na etapa do Ensino Fundamental II e seus respectivos professores.

74 PERSPECTIVA, Erechim. v. 39, n.148, p. 73-84, dezembro/2015 Maria Inete Rocha Maia - Helena Confortin Introdução O presente estudo originou-se da neces-sidade de gerar subsídios que ajudem os profissionais da Educação a trabalharem com crianças e jovens com distúrbios de atenção, afirmando o conceito de hiperatividade.

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1 73 tdah E aprendizagem : UM DESAFIO para A EDUCA O PERSPECTIVA, Erechim. v. 39, , p. 73-84, dezembro/2015 tdah E aprendizagem : UM DESAFIO para A EDUCA OHyperactivity and learning: an education challengeMaria Inete Rocha Maia1; Helena Confortin21 Maria Inete Rocha Maia Graduada em Letras e Graduanda em Pedagogia pela URI Erechim. E-mail: Helena Confortin Doutora em Lingu stica pela USP/SP. Professora do Departamento de Lingu stica, Letras e Artes da URI Erechim/RS. E-mail: do recebimento: 02/12/2014 - Data do aceite: 17/09/2015 RESUMO: O Transtorno de D ficit de Aten o e Hiperatividade ( tdah ) tem como caracter sticas b sicas a desaten o, a agita o e a impulsividade. Reconhecendo que, hoje, esse dist rbio um grande DESAFIO para a educa- o, o presente estudo, de car ter bibliogr fico com proposta de atividades did tico-pedag gicas, busca investigar as interfer ncias do tdah no pro-cesso de ensino- aprendizagem , tendo como p blico alvo alunos na etapa do Ensino Fundamental II e seus respectivos professores.

2 para isso, fez-se um estudo aprofundado sobre o que tdah , suas caracter sticas, consequ ncias e diagn stico, bem como as implica es no ambiente escolar, apontando qual o papel da escola e do professor diante da problem tica. Palavras-chave: tdah (Transtorno de D ficit de Aten o e Hiperatividade). Hiperatividade. D ficit de aten o e aprendizagem . Educa : The Attention Deficit Disorder and Hyperactivity Disorder (ADHD) presents inattention, restlessness and impulsivity as its basic fea-tures. Taking into consideration that this disorder is a major challenge for education, the aim of this study is to investigate the interference of ADHD in the teaching-learning process, having students in the stage of Secondary School and their teachers as target. For this, we carried out a detailed study of what ADHD is, its characteristics, consequences and diagnosis, as well as the implications in the school environment, pointing the role of the school and the teacher before the : Attention Deficit Disorder and Hyperactivity Disorder (ADHD).

3 Hyperactivity. Attention Deficit Disorder and Learning. , Erechim. v. 39, , p. 73-84, dezembro/2015 Maria Inete Rocha Maia - Helena ConfortinIntrodu oO presente estudo originou-se da neces-sidade de gerar subs dios que ajudem os profissionais da Educa o a trabalharem com crian as e jovens com dist rbios de aten o, afirmando o conceito de hiperatividade. Busca, tamb m, indicar caminhos para o enfrentamento do dist rbio em vista de uma efetiva da complexidade do tema aborda-do, este estudo procura apontar par metros para a identifica o do dist rbio, visto que h uma grande dificuldade em distinguir hipe-ratividade de outros problemas que geram a agita o emocional do indiv duo, auxiliando no entendimento de que a capacidade de concentra o depende, em boa parte, da integridade do sistema nervoso. Esta varia, tamb m, em virtude do grau de maturidade do c rebro e da personalidade. Constata-se que a crian a pequena e o pr -adolescente s o menos capazes de se concentrar em uma determinada atividade por um per odo longo de tempo do que o s o pessoas mais adultas.

4 Contudo, isso n o crit rio para classific -los como a pertin ncia do tema, optou-se por pesquisar sobre hiperatividade e aprendizagem , visto ser um tema de grande relev ncia e, ao mesmo tempo, desconhecido, por muitos, em sua ess ncia. Da , a necessi-dade de estudo e aprofundamento sobre as reais implica es que a hiperatividade causa no processo de aprendizagem e o papel do professor diante dessas implica es. Julga-se necess rio encontrar meios para auxiliar o professor na supera o desse DESAFIO . Diante dessa necessidade, o estudo aqui apresentado esclarece sobre as caracter sti-cas, consequ ncias e diagn stico do tdah , bem como suas implica es no ambiente escolar, apontando o papel da escola e o papel do professor no aux lio ao aluno que sofre com esse dist a Hiperatividade: Caracter sticas e Consequ nciasDentre os assuntos mais discutidos na Educa o, destaca-se a diversidade do comportamento de estudantes, bem como suas dificuldades de aprendizagem .

5 Nesse contexto, a hiperatividade, uma componente do Transtorno de D ficit de Aten o com Hi-peratividade, simplificada pela sigla tdah , vem aumentando seu espa o nos ambientes escolares. Muitas vezes, os educadores se deparam com estudantes que possuem hiperatividade e n o sabem lidar com eles em sala de aula, fazendo um pr -julgamento e confundindo seu tdah com mau comportamento, o que acaba prejudicando, de forma significativa, o processo de ensino - aprendizagem dos alu-nos. Este considerado um fator preocupante, pois no ambiente escolar que a maioria dos jovens tem contato com a leitura e a escrita, o que exige aten o e concentra Barkley (2008), em 1902, George Still, pediatra ingl s, apresentou o tdah , no qual observava altera es no comportamento de v rias crian as a que atendia, acreditando que tais com-portamentos n o estavam ligados a falhas educacionais, mas sim, a algo biol gico, quase imposs vel de detectar.

6 Essas crian- as n o seriam consideradas, atualmente, com tdah , pois apresentavam defici ncia mental, les es cerebrais e epilepsia. Still ob-servou que elas tinham, em comum, grande inquieta o, d ficit de aten o e dificuldades de aprendizagem . No decorrer dos anos, a hiperatividade sofreu diversas altera es em sua nomen-clatura, tais como: s ndrome da crian a hiperativa, rea o hipercin tica da inf ncia, disfun o cerebral m nima, dist rbio de d -ficit de aten o e, posteriormente, Transtorno de Aten o com E aprendizagem : UM DESAFIO para A EDUCA O PERSPECTIVA, Erechim. v. 39, , p. 73-84, dezembro/2015 Segundo a Classifica o Estat stica Inter-nacional de Doen as e Problemas Relaciona-dos com a Sa de (CID-10, 2011), o tdah est no grupo de transtornos caracterizados, por in cio precoce, durante os cinco pri-meiros anos de vida, apresentando falta de perseveran a nas atividades, que exigem envolvimento cognitivo, e tend ncia a passar de uma atividade a outra sem acabar nem uma, associadas a uma atividade global desorganizada, descoordenada e excessiva.

7 Em contrapartida, o Manual Diagn stico de Transtornos Mentais (DSM-5) apresenta mudan as referentes faixa et ria de surgi-mento do tdah . Segundo este manual, o surgimento se d entre 07 e 12 anos de idade. O DSM-5 aponta tamb m a possibilidade de classificar o tdah em Leve, Moderado e jovens hiperativos s o, frequentemen-te, imprudentes e impulsivos, sendo suas rela es marcadas por uma aus ncia de ini-bi o social, com falta de cautela e reservas. S o impopulares com os outros e tendem a se isolar do grande n mero de estudos feitos sobre o tema, as causas do tdah ainda s o incertas, considerando-se que esse transtorno seja o resultado de fatores gen -ticos e/ou biol gicos somados a quest es ambientais. Segundo Borella (2002), o tdah pode ser, geneticamente, encontrado nos genes que codificam os sistemas que regulam a oferta de dopamina e serotonina, horm nios encontrados no corpo humano. Ainda existem os fatores biol gicos, que n o s o gen ticos, dentre os quais se destacam o uso de lcool, drogas e determinados medicamentos durante a gesta o, por parte da m e, nascimentos prematuros, hemorragias intracranianas e falta de oxig nio durante o parto.

8 E, ainda, os fatores ambientais que interferem no de-senvolvimento psicol gico e emocional, bem como conflitos familiares, transtorno mental nos pais, baixa condi o socioecon mica, criminalidade por parte dos pais, entre acordo com Rohde e Benczik (1999), a hiperatividade um problema de sa de mental que tem tr s caracter sticas b sicas: a distra o, a agita o e a impulsividade. Esse transtorno pode levar a dificuldades emocionais, de relacionamento familiar e desempenho escolar, as quais prejudicam seu desempenho e aprendizagem de forma significativa. Silva (2003) afirma que o dist rbio do d ficit de aten o (DDA) deriva de um fun-cionamento alterado no sistema neurol gico cerebral, sendo as subst ncias qu micas pro-duzidas pelo c rebro, chamadas neurotrans-missores, apresentadas alteradas quantitativa e/ou qualitativamente no interior dos sistemas cerebrais que s o respons veis pelas fun es da aten o, impulsividade e atividade f sica e mental no comportamento humano.

9 O au-tor, ainda, assegura que as crian as parecem agitadas, movendo-se sem parar na sala de aula, em casa ou qualquer outro lugar. s vezes, necessitam mover v rios objetos ao mesmo tempo, derrubando muitos deles e, por esses fatos, recebem nomes pejorativos como bicho-carpinteiro , desengon ado , pestinha , diabinho , desajeitado , etc. Na fase adulta, essa agita o se apresenta menos saliente, mas continua. N o acaba com a adolesc ncia. Antunes (2001), em seu Gloss rio para educadores, afirma que existem crian as que s o prejudicadas pela falta de conheci-mento de educadores e/ou pais que acabam diagnosticando-as como hiperativas, uma vez que esse diagn stico deve ser conclu do por um profissional da Sa de, como ser apre-sentado no decorrer deste trabalho, quando diz que hiperatividade : Condi o infantil de atividade exces-siva e, aparentemente, incontrol vel. 76 PERSPECTIVA, Erechim. v. 39, , p. 73-84, dezembro/2015 Maria Inete Rocha Maia - Helena ConfortinMuitas crian as que pais e professores normalmente rotulam de hiperativas s o apenas mais ativas que seus pais e professores foram ou desejariam que fossem.

10 A hiperatividade somente se manifesta quando existem comprometi-mentos na manuten o da aten o para diferentes atividades. A crian a, por exemplo, que n o presta aten o aula, mas presta muita aten o ao jogo, n o revela dist rbio de aten o, t pico da hiperatividade. A hiperatividade pode ser tratada com drogas relacionadas ao gru-po das anfetaminas, somente ministradas por especialistas ap s a bvia constata- o dessa condi o. Em muitos casos a hiperatividade permanece at o final da adolesc ncia (ANTUNES, 2001, ). para Amorim (2010, ), existem di-versos tipos de tdah :Tipo Desatento: N o enxerga detalhes ou faz erros por falta de cuidado, tem dificuldade em manter a aten o, parece n o ouvir, sente dificuldade em seguir instru es, tem dificuldade na organiza o, n o gosta de tarefas que exigem um esfor o mental prolongado, frequentemente perde os objetos necess rios para uma atividade, distrai-se com facilidade e tem esquecimento nas atividades di rias.


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