Example: biology

Transtornos ansiosos na infância e adolescŒncia: aspectos ...

S28* Professor de p s-gradua o na rea de Psiquiatria, Departamento dePsiquiatria, Faculdade de Medicina, Universidade de S o : This article reviews the clinical and epidemiologicalaspects of anxiety disorders in youngsters, as well as current medicaland psychological treatment strategies. The role of the neurobiologicalmodels possibly involved in the etiology of these disorders is of data: MEDLINE search of papers published in Englishfrom 1981 to 2003. The following key words were used: anxietydisorders, neurobiology, childhood, of the findings: Childhood-onset anxiety disorders areamong the most frequent psychiatric conditions in children andadolescents.

S30 Transtornos ansiosos na infância e adolescŒncia Œ Asbahr FRJornal de Pediatria - Vol. 80, N”2(supl), 2004 ansiolíticos, nªo sªo considerados terapŒutica de primeira escolha em crianças e adolescentes portadores de transtor-nos ansiosos. Para muitas crianças e adolescentes, particu-

Information

Domain:

Source:

Link to this page:

Please notify us if you found a problem with this document:

Other abuse

Transcription of Transtornos ansiosos na infância e adolescŒncia: aspectos ...

1 S28* Professor de p s-gradua o na rea de Psiquiatria, Departamento dePsiquiatria, Faculdade de Medicina, Universidade de S o : This article reviews the clinical and epidemiologicalaspects of anxiety disorders in youngsters, as well as current medicaland psychological treatment strategies. The role of the neurobiologicalmodels possibly involved in the etiology of these disorders is of data: MEDLINE search of papers published in Englishfrom 1981 to 2003. The following key words were used: anxietydisorders, neurobiology, childhood, of the findings: Childhood-onset anxiety disorders areamong the most frequent psychiatric conditions in children andadolescents.

2 Epidemiological data estimate a prevalence of 10% in thispopulation. The neurobiological models involved in the etiology ofanxiety disorders in youngsters are closely related to neuroimagingstudies with individuals presenting these pathologies. The role of theamygdala in the pathophysiology of these disorders is underscored. Tobe effective, treatment must combine several interventions, such ascognitive-behavioral, family, and, frequently, drug : Early identification and prompt treatment of anxietydisorders may prevent negative consequences, such as schoolabsenteeism and frequent and unnecessary visits to pediatric servicesdue to somatic complaints related to anxiety disorders.

3 Moreover, it ispossible that psychiatric problems could be avoided or attenuated Pediatr (Rio J). 2004;80(2 Supl):S28-S34: Anxiety disorders,childhood, adolescence, neurobiology, psychopharmacology, cognitive-behavioral : Este artigo rev as caracter sticas cl nicas e epidemio-l gicas dos diversos Transtornos ansiosos em jovens, bem como asestrat gias atuais utilizadas nos tratamentos medicamentosos e psico-l gicos. Enfatiza-se, al m disso, o papel de modelos neurobiol gicospossivelmente relacionados etiologia desses dos dados: A partir de pesquisa em banco de dados noMEDLINE, foram selecionados artigos publicados em ingl s entre 1981e 2003. Para tal fim, foram utilizados os seguintes termos: anxietydisorders , neurobiology , childhood e adolescence.

4 S ntese dos dados: Os Transtornos ansiosos encontram-se entreas condi es psiqui tricas mais comuns na popula o pedi que at 10% desta popula o possa apresentar algumquadro patol gico de ansiedade durante a inf ncia ou adolesc ncia. Osmodelos neurobiol gicos relacionados etiologia dos Transtornos ansi-osos em jovens est o intimamente relacionados aos estudos de neuro-imagem com portadores desses quadros. Destaca-se o papel daam gdala na fisiopatologia desses Transtornos . O tratamento eficazrequer a combina o de v rias interven es, como a cognitivo-compor-tamental, a familiar e, freq entemente, a es: A identifica o e o tratamento precoces dos transtor-nos de ansiedade podem evitar repercuss es negativas na vida dacrian a, tais como faltas constantes escola e a conseq ente evas oescolar, a utiliza o demasiada de servi os de pediatria por queixassom ticas associadas ansiedade e, possivelmente, a ocorr ncia deproblemas psiqui tricos na vida adulta.

5 Avan os em estudos neurobi-ol gicos, em especial no entendimento das fun es da am gdala emindiv duos normais, facilitar o tanto o esclarecimento dos mecanismosfisiopatol gicos envolvidos nos Transtornos ansiosos como seu Pediatr (Rio J). 2004;80(2 Supl):S28-S34: Transtornos ansiosos ,inf ncia, adolesc ncia, neurobiologia, psicofarmacologia, terapia ansiosos na inf ncia e adolesc ncia: aspectos cl nicos e neurobiol gicosAnxiety disorders in childhood and adolescence: clinical and neurobiological aspectsFernando R. Asbahr*0021-7557/04/80-02-Supl/S28 Jornal de PediatriaCopyright 2004 by Sociedade Brasileira de PediatriaIntrodu oAp s os Transtornos de d ficit de aten o/hiperativida-de (TDAH) e de conduta, os Transtornos ansiosos encon-tram-se entre as doen as psiqui tricas mais comuns emcrian as e adolescentes.

6 At 10% das crian as e adolescen-tes sofrem de algum transtorno ansioso (excluindo-se otranstorno obsessivo-compulsivo ou TOC, que afeta at 2%das crian as e adolescentes; ver artigo sobre TOC nestesuplemento). Mais de 50% das crian as ansiosas experi-mentar o um epis dio depressivo como parte de sua s ndro-me o transtorno do estresse p s-traum tico(TEPT), onde um fator externo traum tico a causa prim -ria, o principal fator de risco para um transtorno ansioso dein cio na inf ncia ter pais com algum transtorno deARTIGO DE REVIS OJornal de Pediatria - Vol. 80, N 2(Supl), 2004 S29ansiedade ou depress o. Assim, como a maior parte dasdoen as psiqui tricas, os Transtornos ansiosos s o conside-rados como condi es associadas ao neurodesenvolvimen-to, com significativa contribui o gen crian as, o desenvolvimento emocional influi sobreas causas e a maneira como se manifestam os medos e aspreocupa es, sejam normais ou patol gicas.

7 Diferente-mente dos adultos, crian as podem n o reconhecer seusmedos como exagerados ou irracionais, especialmente asmenores1, a ansiedade quanto o medo s o consideradospatol gicos quando exagerados, desproporcionais emrela o ao est mulo ou qualitativamente diversos do quese observa como norma naquela faixa et ria, e tamb mquando interferem na qualidade de vida, conforto emoci-onal ou desempenho di rio da crian a3. Tais rea esexageradas ao est mulo ansiog nico se desenvolvem,mais comumente, em indiv duos com uma predisposi oneurobiol gica de haver um quadro cl nico para cada s ndromeansiosa, a maioria das crian as apresentar mais de umtranstorno ansioso.

8 Estima-se que cerca de metade dascrian as com Transtornos ansiosos tenha tamb m outrotranstorno ansioso com que aproximadamente 10% de todas ascrian as e adolescentes preencher o crit rios diagn sti-cos, em algum momento, para ao menos um transtornoansioso5. Em crian as e adolescentes, os quadros maisfreq entes s o o transtorno de ansiedade de separa o(TAS), com preval ncia em torno de 4%6, o transtorno deansiedade generalizada (TAG; 2,7 a 4,6%)7,8 e as fobiasespec ficas (FE; 2,4 a 3,3%)7,8. A preval ncia de fobiasocial (FS) fica em torno de 1%7, e a de transtorno dep nico (TP), em 0,6% distribui o entre os sexos equivalente de modogeral, exceto para FE, TEPT e TP, com predomin ncia dosexo feminino1,2,8,9.

9 O TAS e as FE s o mais comumentediagnosticados em crian as, enquanto o TP e a FS aparecemmais freq entemente em n o tratados, os Transtornos ansiosos na inf ncia e naadolesc ncia (TAIA) apresentam um curso cr nico, emboraflutuante ou epis dos TAIAOs diversos quadros ansiosos de in cio na inf ncia eadolesc ncia desenvolvem-se mais freq entemente du-rante est gios espec ficos do desenvolvimento. O TAS mais comum que o TAG em crian as pequenas (6-8 anos),ao passo que, em adolescentes, o TAG aparece maiscomumente que o TAS11, possivelmente correlacionado an veis de maturidade social12. Um TAIA pode se estenderao longo da idade adulta. O TAS na inf ncia pode antece-der quadro de TP e agorafobia no adulto13.

10 Adolescentescom FE t m risco aumentado para a FE quando adultos, eadolescentes com FS apresentam maior risco de terem FSna idade adulta. De forma semelhante, adolescentes comTAG, TP ou depress o maior t m maior risco de desenvol-ver esses Transtornos , ou a combina o deles, durante afase cl nicos e tratamentoEvid ncias de que algumas formas de ansiedade infantilpodem estar relacionadas a Transtornos ansiosos na vidaadulta contribu ram para o desenvolvimento de estrat giasde diagn stico, tratamento e preven o espec ficos paracrian as e adolescentes15. Embora os m todos diagn sticosdos Transtornos ansiosos em crian as sejam semelhantes queles utilizados em adultos, a avalia o e o tratamento daansiedade patol gica na inf ncia apresentam caracter sti-cas maioria das crian as com Transtornos ansiosos encaminhada para servi os de sa de mental devido aproblemas de comportamento tanto em seus relacionamen-tos quanto no ambiente escolar.


Related search queries