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Um estudo sobre a Gestalt-Terapia na contemporaneidade

ISSN 1646-6977 Documento publicado em Carine do Esp rito Santo Barreto 1 UM estudo sobre A Gestalt-Terapia NA contemporaneidade Artigo baseado nas experi ncias do Est gio Supervisionado em Gestalt-Terapia 2017 Carine do Esp rito Santo Barreto Aluna de Gradua o em Psicologia do Centro Universit rio Augusto Motta, Brasil E-mail de contato: RESUMO O presente estudo tem como objetivo apresentar a Gestalt-Terapia para estudantes de Psicologia e reas afins que buscam por estudos a partir de uma conceitua o did tica e abrangente sobre o tema. O artigo pretende discutir a constru o da gestalt que surgiu atrav s de um estudo mais aprofundado em 1910, segundo uma proposta experimental que se tornou, ao longo do tempo, uma grande refer ncia de pr tica cl nica e te rica.

Psicologia.pt ISSN 1646-6977 Documento publicado em 02.07.2017 Carine do Espírito Santo Barreto 2 facebook.com/psicologia.pt INTRODUÇÃO O termo Gestalt surgiu ...

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1 ISSN 1646-6977 Documento publicado em Carine do Esp rito Santo Barreto 1 UM estudo sobre A Gestalt-Terapia NA contemporaneidade Artigo baseado nas experi ncias do Est gio Supervisionado em Gestalt-Terapia 2017 Carine do Esp rito Santo Barreto Aluna de Gradua o em Psicologia do Centro Universit rio Augusto Motta, Brasil E-mail de contato: RESUMO O presente estudo tem como objetivo apresentar a Gestalt-Terapia para estudantes de Psicologia e reas afins que buscam por estudos a partir de uma conceitua o did tica e abrangente sobre o tema. O artigo pretende discutir a constru o da gestalt que surgiu atrav s de um estudo mais aprofundado em 1910, segundo uma proposta experimental que se tornou, ao longo do tempo, uma grande refer ncia de pr tica cl nica e te rica.

2 Assim, da leitura de sua estrutura o cl ssica at ao surgimento das perspectivas atuais, esta linha fenomenol gica-existencial propiciou um grande progresso sobre a perce o do sujeito, al m da cria o de novos sentidos para se pensar o ser humano e suas quest es subjetivas. A proposta do estudo servir como um canal para a compreens o da Gestalt-Terapia enquanto abordagem Cl nica e Disciplina Acad mica. Palavras-chave: Contato, disciplina, Gestalt-Terapia , processo, psicologia. Copyright 2017. This work is licensed under the Creative Commons Attribution International License ISSN 1646-6977 Documento publicado em Carine do Esp rito Santo Barreto 2 INTRODU O O termo gestalt surgiu muito antes de sua cria o para a Psicologia. Segundo Carrijo et al.(2012) a palavra tem origem alem e surgiu em 1523 de uma tradu o da B blia, significando "o que colocado diante dos olhos, exposto aos olhares".

3 Por m, foi atrav s de uma situ o que ocorreu com Psic logo Max Wertheimer (1910), ao observar a disposi o das luzes que apagavam e acendiam alternativamente em um vag o de trem que estava, ele e as pessoas do vag o tinham impress o que existia apenas uma luz que acendia e apagava. A partir desta observa o de ilus o de movimentos, Wertheimer, decidiu fazer experimentos. De acordo com Engelmann (2002 , ) ao estudar a hist ria da gestalt : ''Se a luz se acendesse e se apagasse numa figura e posteriormente se acendesse e apagasse na outra, com intervalo entre eles de mais ou menos 60 milissegundos, enxergava-se apenas a figura indo de um lugar para outro.'' Marx ao publicar um artigo em 1912, discutiu as teorias que poderiam ser utilizadas para explicar o movimento fi.

4 De acordo com Engelmann (2002), Wertheimer chegou a conclus o que n o seria apenas uma ilus o de tica e sim tratava-se de um processo cont nuo visto como uma gestalt . Para o estudioso a percep o dos objetos individuais eram Gestalten e a percep o do relacionamento entre os in meros objetos individuais percebidos era uma Gesltalt ou seja, uma forma. Segundo (HOUAISS; VILLAR; FRANCO, 2001, p. 1449), '' A gestalt considera os fen menos psicol gicos como totalidades organizadas, indivis veis, articuladas, isto , como configura es.'' A princ pio, as Gestalten podem ser compostas em partes. Essas partes s o peda os que comp em a gestalt (a forma) completa. Ao fazer uma analogia, possivel associar a Gesltalt como um copo de vidro e a Gestalten como cacos que se despeda aram pelo ch o.

5 Comete um erro quem diz que ''o todo mais do que a soma de suas partes.'' Pois a Psicologia da gestalt fala da soma destes elementos despeda ados. Para se perceber o copo de vidro, e compreend -lo preciso conhecer os cacos, ou seja as suas partes. A chamada Gestalt-Terapia surgiu no in cio da d cada de 50, a partir das reflex es de Friederich Perls, um psicanalista nascido em Berlim em 1893, que emigrou durante a d cada de 40 para a frica do Sul e posteriormente para os Estados Unidos da Am rica, onde juntamente com um grupo de intelectuais norte americanos desenvolveu esta nova abordagem. ISSN 1646-6977 Documento publicado em Carine do Esp rito Santo Barreto 3 Hoje, adotada no mundo inteiro, significa um processo de dar forma ou configura o.

6 gestalt significa uma integra o de partes em oposi o soma das mesmas num todo. Este campo vem quebrando grandes paradigmas no contexto acad mico tanto pela suavidade quanto pela intensidade de suas interven es. A partir do progresso nos estudos sobre a rea, a gestalt foi utilizada em um enfoque psicoterap utico tornando-se Gestalt-Terapia , com objetivo de entrar em contato com os fen menos, com as pessoas, de forma ativa e din mica mostrando-se eficaz no processo de ressignifica o da vida. Para desenvolver este estudo , o artigo apresenta a hist ria da gestalt como ponto de partida para melhor compreens o e apresenta a subjetividade, a constru o desta teoria em sua aplica o pr tica al m de algumas t cnicas utilizadas pelos terapeutas. A Psicologia da gestalt A Psicologia da gestalt originou-se na Alemanha, entre 1910 e 1912.

7 Uma das tend ncias te ricas mais coerentes e coesas da hist ria da Psicologia. Seus articuladores se preocuparam em construir n o s uma teoria consistente, mas tamb m uma base metodol gica forte, que garantisse a consist ncia te rica. No fim do s culo XIX v rios estudiosos buscavam compreender o fen meno psicol gico e suas caracter sticas naturais principalmente no sentido da mensura o destas particularidades. A psicof sica era um assunto bastante explorado na poca. Ernst Mach (1838-1916), f sico, e Chrinstiam von Ehrenfels(1859-1932), psic logo e fil sofo, ampliavam uma psicof sica com estudos sobre as sensa es de espa o-forma (formato psicol gico) e tempo-forma ( formato f sico) e podem ser considerados como os mais diretos precursores da Psicologia da gestalt . Por m esta maneira de ver o mundo n o somente emp rica, mas tamb m pr tica.

8 Em um artigo de cr tica a Benussi, Koffka (1915/1938) alarga o que se pode entender por gestalt . Koffka prop e que em gestalt n o apenas a experi ncia, mas tamb m nas a es dos indiv duos. Cantar, escrever, desenhar, andar s o Gestalts tanto quanto a consci ncia de ouvir ou de olhar. O ato motor um processo-de-todo organizado; os muitos movimentos individuais podem ser compreendidos somente como partes do processo que os abra a . (ASH, 1995; KOFFKA, 1915/1938.) Os correlatos fisiol gicos da percep o e da a o, n o s o excita es individuais mas eventos unificados. S o, como Wertheimer o ressaltou, Gestalten. ISSN 1646-6977 Documento publicado em Carine do Esp rito Santo Barreto 4 A gestalt no Brasil Ao aprofundar sobre a hist ria da gestalt , foi observado que in meros estudos apresentaram grande diversidade de ideias para se pensar esta abordagem.

9 Notou-se ent o que cada perspectiva sobre o assunto aborda um vi s particular e perceptivo diferente. De acordo com (RIBEIRO, 2007) esta pr tica em estudar a Hist ria da Gestalt-Terapia foi apresentada em Congressos, precisamente em 1991, Bras lia, onde a pedido dos membros, a estudiosa Jean Clark Juliano, de S o Paulo, contou com o comprometimento e respeito aos assuntos cient ficos que caracterizam a hist ria da Gestalt-Terapia , segundo suas opini es. A autora ressaltou neste dia que cada sujeito conta uma hist ria de acordo com a sua perspectiva. Em suma, cada um conta a hist ria que existe como o resultado do encontro, do contato, da rela o entre outros fatos pesquisados, com as peculiaridades e as cren as do pesquisador. Afirma ent o que : ''Ningu m conta uma hist ria ou faz qualquer coisa de maneira neutra''.

10 (RIBEIRO,2007, ). A gestalt terapia foi iniciada no Brasil por volta da d cada de 70, referenciando estudiosos como Perls, Hefferline e Goodman (1997), em uma palestra pronunciada por Ther se Tellegene. A inten o desta palestra era que os gestalt -Terapeutas estrangeiros contribu ssem para forma o do primeiro grupo de terapeutas nesta abordagem no Brasil. Segundo RIBEIRO(2007), ainda neste per odo a Summus Editorial lan ou os livros Gestalt-Terapia Explicada (inspiradas em transcri es de workshops realizados por Fritz Perls) e Tornar-se Presente, de John Stevens. J para Aguiar, a concep o de homem nesta abordagem, aqui no Brasil ainda tem uma caracter stica fundamental que a vis o hol stica, a vis o integral e n o fragmentada do homem e da realidade que nos cerca (AGUIAR, p. 41, 2005).


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