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1 Rua Machado Bittencourt, 205 - Conj. 53 - Vila Clementino - 04044-000 - S o Paulo - SP E-mail: Fone: (11) 5579-1242 - Fax: (11) 5573-6000 E-mail: SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Fundada em 1960 DIRETRIZES DA AMB SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA INSUFICI NCIA RENAL AGUDA Comit de Insufici ncia Renal Aguda da SOCIEDADE BRASILEIRA de Nefrologia Dr.
2 Luis Yu Coordenador Dr. Bento F. Cardoso dos Santos Dr. Emmanuel de Almeida Burdmann Dr. Jose H. Rocco Suassuna Dr. Paulo Benigno Pena Batista 2007 Rua Machado Bittencourt, 205 - Conj. 53 - Vila Clementino - 04044-000 - S o Paulo - SP E-mail: Fone: (11) 5579-1242 - Fax: (11) 5573-6000 E-mail: SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Fundada em 1960 I) CONCEITO DE INSUFICI NCIA RENAL AGUDA (IRA) IRA definida como a redu o aguda da fun o renal em horas ou dias.
3 Refere-se principalmente a diminui o do ritmo de filtra o glomerular e/ou do volume urin rio, por m, ocorrem tamb m dist rbios no controle do equil brio hidro-eletrol tico e cido-b sico. Existem na literatura mais de 30 defini es de IRA. A utiliza o de diferentes defini es dificulta a compara o de estudos, a an lise da evolu o destes pacientes, bem como, a compara o de diferentes estrat gias terap uticas e de tratamentos dial ticos. Recentemente, uma rede internacional de especialistas prop s uma nova defini o e classifica o de IRA, a fim de uniformizar este conceito para efeitos de estudos cl nicos e principalmente, prevenir e facilitar o diagn stico desta s ndrome, na tentativa de diminuir a alta morbidade e mortalidade ainda encontrada nos dias atuais.
4 Um grupo multidisciplinar internacional (AKIN) prop e a seguinte classifica o baseada na dosagem s rica da creatinina e no volume urin rio (Tabela 1): Tabela 1 - Defini o e Classifica o da IRA Est gios Creatinina s rica Diurese Est gio 1 Aumento de 0,3 mg/dl ou aumento de 150-200% do valor basal (1,5 a 2 vezes) < 0,5 ml/Kg/h por 6 horas Est gio 2 Aumento > 200-300% do valor basal (> 2-3 vezes) < 0,5 ml/Kg/h por > 12 horas Est gio 3 Aumento > 300% do valor basal ( > 3 vezes ou Cr s rica 4,0 mg/dl com aumento agudo de pelo menos 0,5 mg/dl) < 0,3 ml/Kg/h por 24 horas ou an ria por 12 horas Somente um dos crit rios (Cr ou diurese)
5 Pode ser utilizado para inclus o no est gio. Pacientes que necessitem de di lise s o considerados est gio 3, independente do est gio em que se encontravam no in cio da terapia dial tica. Rua Machado Bittencourt, 205 - Conj. 53 - Vila Clementino - 04044-000 - S o Paulo - SP E-mail: Fone: (11) 5579-1242 - Fax: (11) 5573-6000 E-mail: SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Fundada em 1960 II) CLASSIFICA O CL NICA DA IRA 1.
6 IRA PR -RENAL Este quadro ocorre devido redu o do fluxo plasm tico renal e do ritmo de filtra o glomerular. Principais causas: hipotens o arterial, hipovolemia (hemorragias, diarr ias, queimaduras). Observa es complementares no diagn stico de IRA pr -renal: a) olig ria n o obrigat ria b) idosos podem ter a recupera o ap s 36h da corre o do evento - aguardar 48h c) NTA por sepse, mioglobin ria e por contraste podem ser n o-olig ricas e nos casos de olig ria, podem apresentar FENa < 1% e/ou FEU < 35% d) diur ticos podem aumentar a FENa na IRA pr renal - usar FEU < 35% 2.
7 IRA RENAL (Intr nseca ou estrutural) A principal causa a necrose tubular aguda (NTA isqu mica e/ou t xica). Outras causas: nefrites tubulo-intersticiais (drogas, infec es), pielonefrites, glomerulonefrites e necrose cortical (hemorragias ginecol gicas, pe onhas). Situa es especiais comuns: a) NTA S PTICA (associada a duas ou mais das seguintes condi es de SIRS) temperatura > 38o C ou < 36o C frequ ncia card aca > 90 bpm frequ ncia respirat ria > 20 ipm PaCO2 < 32 mmhg leuc citos > ou < mm3 mais de 10% de bast es ou metamiel citos foco infeccioso documentado ou hemocultura positiva b) NTA NEFROT XICA uso de nefrotoxina em tempo suficiente n veis s ricos nefrot xicos precedendo a ira aus ncia de outras causas poss veis Rua Machado Bittencourt, 205 - Conj.
8 53 - Vila Clementino - 04044-000 - S o Paulo - SP E-mail: Fone: (11) 5579-1242 - Fax: (11) 5573-6000 E-mail: SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Fundada em 1960 revers o ap s a suspens o da nefrotoxina recidiva ap s a reinstitui o s o n o-olig ricas c) IRA POR GLOMERULOPATIAS Exame de urina I com protein ria e protein ria acima de 1g/dia hemat ria com dismorfismo eritrocit rio positivo ou cilindros hem ticos no sedimento urin rio bi psia renal positiva d)
9 IRA POR NEFRITE INTERSTICIAL AGUDA manifesta es perif ricas de hipersensibilidade febre e rash cut neo ou eosinofilia uso de droga associada a NIA Por ex., penicilinas, cefalosporinas, quinolonas, alopurinol, cimetidina, rifampicina forte suspeita cl nica patologias frequentemente associadas: leptospirose, legionella, sarcoidose bi psia renal positiva e) IRA VASCULAR dor lombar hemat ria macrosc pica contexto cl nico predisponente ICC, estados de hipercoagula o, vasculites, s ndrome nefr tica evento cir rgico precipitante confirma o com exame de imagem cintilografia compat vel Tomografia ou angioresson ncia magn tica arteriografia compat vel f) EMBOLIZA O POR COLESTEROL evento precipitante at 30 dias manipula o de grandes vasos Rua Machado Bittencourt, 205 - Conj.
10 53 - Vila Clementino - 04044-000 - S o Paulo - SP E-mail: Fone: (11) 5579-1242 - Fax: (11) 5573-6000 E-mail: SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Fundada em 1960 cateterismo arterial trauma anticoagula o, pet quias livedo reticularis eosinofilia hipocomplementemia g) IRA HEPATORENAL Crit rios Maiores todos devem estar presentes para o diagn stico perda de fun o renal (ClCr < 60 ml/min ou Cr > 1,5 mg/dL)