Educação formal, informal e não formal na educação em …

1 educa o formal , informal e n o formal n o formal , acompanhando uma atividade na educa o em ci ncias* desenvolvida naquele espa o em rela o . populariza o da ci ncia. Nas leituras realizadas, . Maria das Gra as Alves Cascais consenso, entre os autores pesquisados, que a escola Augusto Fach n Ter n n o consegue sozinha dar conta das m ltiplas informa es ocorridas a cada momento no mundo. Resumo Portanto, necess rio estabelecer parcerias e utilizar A educa o, geralmente, prepara o ser humano para o outros espa os educativos, presentes na comunidade, desenvolvimento de suas atividades no percurso de para que os estudantes tenham uma educa o mais sua vida. Nesse sentido, faz-se necess rio uma contextualizada. educa o, ao longo da vida, a fim de dar suporte aos v rios aspectos sejam eles, econ micos, sociais, Palavras-chave: Espa os educativos. Modalidades cient ficos e tecnol gicos, impostos por um mundo educativas. Divulga o Cient fica. globalizado. O artigo discorre sobre os tr s tipos de educa o: formal , informal e n o formal , seus Introdu o conceitos e objetivos, e a contribui o dos diversos espa os educativos onde ocorrem.

2 Tem, tamb m, A educa o, de modo geral, prepara o ser humano para como objetivo demonstrar em que consistem as tr s o desenvolvimento de suas atividades no percurso de sua vida. modalidades de educa o e como se desenvolvem na Nesse sentido, faz-se necess rio uma educa o, ao longo da vida, a fim de dar suporte aos v rios aspectos sejam eles, educa o em ci ncias. A metodologia utilizada econ micos, sociais, cient ficos e tecnol gicos, impostos por um constou de pesquisa bibliogr fica e visita a um espa o mundo globalizado. Esse conceito de educa o, ao longo da *. Trabalho apresentado no XX Encontro de Pesquisa Educacional do vida, serviu de refer ncia ao relat rio para a UNESCO da Norte e Nordeste (XX EPENN), promovido pelo Forpred-Norte e Comiss o Internacional sobre educa o para o s culo XXI, Nordeste e organizado pelo Programa de P s-Gradua o em educa o da Universidade Federal do Amazonas/UFAM, de 23 a 36 de agosto de sendo colocado como uma das chaves de acesso ao novo s culo 2011, Manaus-AM.

3 1. que, naquele momento, se iniciava. Sendo assim, n o basta que educa o formal , informal e n o formal as pessoas acumulem no come o da vida uma quantidade de conhecimentos, mas devem aproveitar todas as oportunidades Conceitos e objetivos para atualizar, aprofundar e enriquecer estes primeiros Os termos, formal , n o formal e informal s o de origem conhecimentos , procurando compreender o mundo em anglo-sax nica, surgidos a partir de 1960. V rios fatores, 1. mudan a . ocasionados pela segunda Guerra Mundial, desencadearam uma Para cumprir sua miss o, a partir dos novos desafios crise educacional nos pa ses do primeiro Mundo, dentre eles: a). impostos pela sociedade globalizada, a proposta da Comiss o os sistemas escolares n o conseguiam atender grande demanda Internacional sobre educa o que a educa o deve escolar, b) os sistemas escolares n o cumpriam seu papel em organizar-se em torno de quatro aprendizagens: aprender a rela o promo o social e, c) a n o forma o de recursos conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender humanos para as novas tarefas que surgiam com a transforma o a ser.

4 Na vis o da comiss o, o ensino formal preocupa-se mais industrial. Com isso, ocorreu, de um lado, a exig ncia de um com a primeira aprendizagem, ficando em segundo plano a planejamento educacional e, de outro, a valoriza o de segunda. Enquanto as duas ltimas n o s o vistas como atividades e experi ncias n o escolares, tanto ligadas . prolongamento das duas primeiras. forma o profissional quanto cultura geral (F VERO, 2007). Assim, faz-se necess rio mudar a vis o que se tem sobre Geralmente, a diferen a entre formal , n o formal e educa o e trabalhar com uma concep o mais ampliada informal estabelecida tomando por base o espa o escolar. lan ando m o da educa o informal e n o formal como Assim, a es educativas escolares seriam formais e aquelas complementaridade da formal . Nesse sentido, o artigo se realizadas fora da escola n o formais e informais (MARANDINO;. prop e a discorrer sobre os tr s tipos de educa o e seus SELLES; FERREIRA, 2009, ). Segundo as autoras, nos objetivos, assim como, a contribui o dos diversos espa os pa ses de l ngua inglesa, o termo n o formal , quase n o.

5 Educativos. utilizado. S o consideradas como informais as a es realizadas Para a elabora o deste artigo, utilizou-se da pesquisa em outros locais diferentes da escola. Enquanto nos pa ses bibliogr fica e visita a um espa o educativo n o formal latinos e Lus fonos, os termos, n o formal e informal s o acompanhando uma atividade de populariza o da Ci ncia. aplicados educa o, sendo o primeiro associado a institui es como museus, centros culturais, ONGs, e o segundo, a m dias2. 1. educa o: um tesouro a descobrir. Relat rio para a UNESCO da 2. Comiss o Internacional sobre educa o para o s culo XXI. Idem, 2009. 2. Segundo Gohn (2006, p. 28), quando se fala em atitudes. J a finalidade da educa o n o formal proporcionar educa o n o formal , quase imposs vel n o compar -la com a conhecimento sobre o mundo que envolve os indiv duos e suas educa o formal . A autora faz uma distin o entre as tr s rela es sociais (GOHN, 2006, p. 29). modalidades, demarcando seus campos de atua o: A educa o formal metodicamente organizada.

6 , Ela segue um curr culo, divida em disciplinas, segue regras, leis, A educa o formal aquela desenvolvida nas divide-se por idade e n vel de conhecimento. Diferentemente escolas, com conte dos previamente demarcados; a daquela primeira, a educa o informal um processo informal como aquela que os indiv duos aprendem permanente e n o organizado .J a educa o n o formal durante seu processo de socializa o - na fam lia, trabalha com a subjetividade do grupo e contribui para sua bairro, clube, amigos, etc., carregada de valores e constru o identit ria3. Percebe-se, nas tr s modalidades, cultura pr pria, de pertencimento e sentimentos caracter sticas diferenciadas. , Entretanto, podem ser herdados; e a educa o n o formal aquela que se complementares. aprende no mundo da vida , via os processos de Segundo Gohn (2006, p. 31), os resultados esperados compartilhamento de experi ncias, principalmente para cada um dos tr s tipos de educa o s o: para a educa o em espa os e a es coletivas cotidianas.

7 formal , a aprendizagem e a titula o; para a educa o informal , os resultados acontecem a partir da vis o do senso Sendo assim, a educa o formal tem um espa o pr prio comum; por m, na educa o n o formal , h o para ocorrer, ou seja, institucionalizada e prev conte dos, desenvolvimento de v rios processos. Um bom exemplo de enquanto a educa o informal pode ocorrer em v rios espa os, educa o n o formal est na Pedagogia utilizada por Paulo envolve valores e a cultura pr pria de cada lugar. J a educa o Freire. Neste modelo, os educandos, nos c rculos de cultura , n o formal ocorre a partir da troca de experi ncias entre os discutiam sua realidade e faziam, al m da leitura da palavra, a indiv duos, sendo promovida em espa os coletivos. leitura de mundo. Quanto aos objetivos de cada uma das modalidades, Gohn (2006) ressalta a import ncia da educa o n o Gohn destaca para a educa o formal os concernentes ao formal , pois est voltada para o ser humano como um todo ., ensino e aprendizagem de conte dos historicamente Entretanto, afirma que aquela n o substitui a educa o formal , sistematizados , que preparam o indiv duo para atuar em mas poder complement -la por meio de programa es sociedade como cidad o ativo.

8 A educa o informal tem como objetivo socializar os indiv duos e desenvolver h bitos e 3. Idem, 2006. 3. espec ficas e fazendo uma articula o com a comunidade Krasilchik (2000) chama a aten o em artigo escrito sobre educativa. Embora ambas as modalidades tenham objetivos as reformas ocorridas no ensino de ci ncias. medida que a bem similares, a educa o n o formal tem objetivos pr prios ci ncia e a tecnologia foram consideradas como importantes para relacionados forma e ao espa o em que se realizam suas o desenvolvimento econ mico, social e cultural, o ensino das pr ticas. ci ncias, tamb m, foi se tornando importante chegando a fazer Mais uma vez, observamos a complementaridade das parte das diversas reformas educacionais ocorridas em todo o modalidades de educa o sobre as quais estamos tratando, mundo. Os conte dos e os temas trabalhados nas disciplinas embora ocorram em locais diferentes e tenham objetivos refletem as ideias sobre Ci ncia. Proporcionalmente, ao espec ficos.

9 Surgimento dos problemas sociais no mundo, houve tamb m a inclus o de outros temas aos curr culos brasileiros. No Brasil, educa o formal , informal e n o formal na temas contempor neos como: educa o ambiental, sa de e educa o sexual foram vinculadas ao curr culo e denominadas de educa o em Ci ncias temas transversais . Como foi abordado, anteriormente, a educa o formal Moreira (2004, ) conceitua educa o em ci ncias de aquela que acontece no espa o escolar institucionalizado, onde forma bem abrangente distinguindo-a do treinamento cient fico, h um curr culo a seguir, normas a cumprir e onde o principal que prepara o futuro cientista e est voltado para o fazer objetivo a aprendizagem. ci ncia e as teorias cient ficas: Chassot (2003) discorre sobre a escola enquanto A educa o em ci ncias, por sua vez, tem por institui o formal em uma sociedade globalizada, relatando a objetivo fazer com que o aluno venha a compartilhar respeito da invas o do mundo exterior nas salas de aula e, por significados no contexto das ci ncias, ou seja, outro lado, a forma como ela hoje se exterioriza.

10 Em tempos interpretar o mundo desde o ponto de vista das anteriores, a escola servia de refer ncia comunidade por ser ci ncias, manejar alguns conceitos, leis e teorias detentora do conhecimento, diferentemente de hoje, onde os cient ficas, abordar problemas raciocinando conhecimentos do mundo exterior adentraram no mundo escolar. cientificamente, identificando aspectos hist ricos, Na vis o do autor, a globaliza o provocou uma invers o no epistemol gicos, sociais e culturais das ci ncias. fluxo de conhecimento , sendo hoje, da comunidade para a Esse conceito de educa o em ci ncias demonstra a escola. Neste caso, faz-se necess rio que a escola reveja seu preocupa o do autor com a forma o integral do estudante no papel em rela o dissemina o do conhecimento. 4. que diz respeito educa o cient fica. Desenvolver essas avalia o mostrou que essa aula importante no processo de habilidades requer prepara o por parte do professor que tem a aprendizagem dos conte dos abordados, al m de ter sido fun o prec pua de despertar, no estudante, o gosto, a reconhecida como estimulante pelos alunos.