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O ESPÍRITO E O TEMPO - bvespirita.com

J. HERCULANO PIRES O ESP RITO E O TEMPO Introdu o Antropol gica ao Espiritismo 3 a edi o EDITORA CULTURAL ESP RITA LTDA. 01316 Rua Genebra, 122 Fone 36-2273 S o Paulo, SP Brasil CIP-Brasil. Cataloga o-na-Fonte C mara Brasileira do Livro, SP Pires, Jos Herculano, 1914-1979. P745e O esp rito e o TEMPO : introdu o antropol gica ao espiritismo / J. Herculano Pires. 3. ed. S o Paulo : EDICEL, 1979. (Cole o cient fica EDICEL ; 6) Bibliografia. 1. Espiritismo 2. Espiritismo Hist ria I. Titulo. ndices para cat logo sistem tico : 1. Espiritismo 2. Espiritismo : Hist ria Produ o gr fica: Ruy Cintra Paiva Capa: Mizael Garbim 1 edi o 1964 Editora Pensamento S o Paulo. 2 edi o, aumentada 1977 ex.

CIP-Brasil. Catalogação-na-Fonte Câmara Brasileira do Livro, SP Pires, José Herculano, 1914-1979. P745e O espírito e o tempo: introdução antropológica

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1 J. HERCULANO PIRES O ESP RITO E O TEMPO Introdu o Antropol gica ao Espiritismo 3 a edi o EDITORA CULTURAL ESP RITA LTDA. 01316 Rua Genebra, 122 Fone 36-2273 S o Paulo, SP Brasil CIP-Brasil. Cataloga o-na-Fonte C mara Brasileira do Livro, SP Pires, Jos Herculano, 1914-1979. P745e O esp rito e o TEMPO : introdu o antropol gica ao espiritismo / J. Herculano Pires. 3. ed. S o Paulo : EDICEL, 1979. (Cole o cient fica EDICEL ; 6) Bibliografia. 1. Espiritismo 2. Espiritismo Hist ria I. Titulo. ndices para cat logo sistem tico : 1. Espiritismo 2. Espiritismo : Hist ria Produ o gr fica: Ruy Cintra Paiva Capa: Mizael Garbim 1 edi o 1964 Editora Pensamento S o Paulo. 2 edi o, aumentada 1977 ex.

2 3 edi o maio de 1977 - ex. DIREITOS RESERVADOS PELO AUTOR Cedidos para esta edi o EDICEL EDITORA CULTURAL ESP RITA LTDA. 01316 Rua Genebra, 122 - -Fone 36-2273 (Quase esquina com a Rua Maria Paula) S o Paulo, SP Brasil A HELENA, que me fez ,escrever este livro. Aos companheiros URBANO DE ASSIS XAVIER ANSELMO GOMES EUR PIDES SOARES DA ROCHA que empregaram o TEMPO no estudo destes problemas, e hoje o prosseguem, no fluir da dura o. "A Hist ria, que essencialmente Hist ria do Esp rito, transcorre "no TEMPO ". Assim, pois, "o desenvolvimento do esp rito cai no TEMPO ". Hegel, por m, n o se contenta em afirmar a "intratempo-racialidade" do esp rito como um factum, mas trata de compreender a possibilidade de que o esp rito caia no TEMPO , que o "sens vel n o-sens vel". O TEMPO h de poder acolher o esp rito, por assim dizer. E o esp rito h de ser, por sua vez, afim com o TEMPO e com a sua ess ncia.

3 " HEIDEGGER, cr tica de Hegel, em "O Ser e o TEMPO ". NDICE I PARTE - FASE PR -HIST CAP TULO I - HORIZONTE TRIBAL E MEDIUNISMO CAP TULO II - HORIZONTE AGR COLA: ANIMISMO E CULTO DOS CAP TULO III - HORIZONTE CIVILIZADO: MEDIUNISMO CAP TULO IV - HORIZONTE PROF TICO: MEDIUNISMO B CAP TULO V - HORIZONTE ESPIRITUAL: MEDIUNIDADE II PARTE - FASE HIST CAP TULO I - EMANCIPA O ESPIRITUAL DO CAP TULO II - RUPTURA DOS ARCABOU OS CAP TULO III - A INVAS O ESPIRITUAL CAP TULO IV - ANTECIPA ES DOUTRIN CAP TULO V - A FALANGE DO III PARTE - DOUTRINA ESP CAP TULO I - O TRI NGULO DE CAP TULO II - A CI NCIA ADMIR CAP TULO III - A FILOSOFIA DO ESP CAP TULO IV - RELIGI O EM ESP RITO E CAP TULO V - MUNDO DE REGENERA IV PARTE - A PR TICA MEDI CAP TULO I - PESQUISA CIENT FICA DA CAP TULO II - AS LEIS DA CAP TULO III - ANTROPOLOGIA ESP PRELIMINARES Um s culo ap s a codifica o do Espiritismo por Allan Kardec, reina ainda grande incompreens o a respeito da doutrina, de sua pr pria natureza e de sua finalidade.

4 A codifi-ca o, entretanto, foi elaborada em linguagem clara, precisa, sens vel a todos. A lucidez natural do esp rito franc s, Kardec juntava a sua voca o e a sua experi ncia pedag gicas, al m da compreens o de tratar com mat ria sumamente complexa. Vemo-lo afirmar, a cada passo, que desejava escrever de maneira a n o deixar margem para interpreta es, ou seja, para diverg ncias interpretativas. Qual o motivo, ent o, por que os pr prios adeptos do Espiritismo, ainda hoje, divergem, no tocante a quest es doutrin rias de import ncia? E qual o motivo por que os n o-esp ritas continuam a tratar o Espiritismo com a maior incompreens o? Note-se que n o nos referimos a advers rios, pois estes t m a sua raz o, mas aos "n o-esp ritas". Parece-nos que a explica o, para os dois casos, a mesma. O Espiritismo uma doutrina do futuro. maneira do Cristianismo, abre caminho no mundo, enfrentando a incompreens o de adeptos e n o-adeptos.

5 Em primeiro lugar, h o problema da posi o da doutrina. Uns a encaram como sistematiza o de velhas supersti es; outros, como tentativa frustrada de elabora o cient -fica; outros, como ci ncia infusa, n o organizada; outros ainda, como esbo o impreciso de filosofia religiosa; outros, como mais uma seita, entre as muitas seitas religiosas do mundo. Para a maioria de adeptos e n o-adeptos, o Espiritismo se apresenta como simples "cren a", esp cie de religi o e supersti o, ao mesmo TEMPO , eivada de res duos m gicos. Ao contr rio de tudo isso, por m, o Espiritismo, segundo a defini o de Kardec e dos seus principais continuadores, constitui a ltima fase do processo do conhecimento. ltima, n o no sentido de fase final, mas da que o homem p de atingir at agora, na sua lenta evolu o atrav s do TEMPO . evidente que se trata do conhecimento em sentido geral, n o limitado a um determinado aspecto, n o especializado.

6 Nesse sentido geral, o Espiritismo aparece como uma s ntese dos esfor os humanos para compreens o do mundo e da vida. Justifica-se, assim, que haja dificuldade para a sua compreens o, apesar da clareza da estrutura doutrin ria da codifica o. De um lado, o povo n o pode abarc -lo na sua tota-lidade, contentando-se com o seu aspecto religioso; de outro, os especialistas n o admitem a sua natureza-sint tica; e de outro, ainda, os preconceitos culturais levantam numerosas obje es aos seus princ pios. No cap tulo primeiro de "A G nese", n mero 18, Kardec explica que o Espiritismo, do ponto de vista cient fico, tem por objeto um dos dois elementos constitutivos do universo, que o esp rito. O outro elemento a mat ria. Como ambos se entrela am, para a constitui o do todo universal, o Espiritismo "toca for osamente na maioria das ci ncias", ou seja, est necessariamente ligado ao desenvolvimento das ci ncias.

7 Assim sendo, esclarece o codificador: "Ele n o poderia aparecer sen o depois da elabora o delas, e surgiu por for a das coisas, da impossibilidade de tudo explicar-se somente com a ajuda das leis da mat ria." L on Denis, sucessor e continuador de Kardec, observa em seu livro "Le Genie Celtique et le Monde Invisible", o seguinte: "Pode dizer-se que a obra do Espiritismo dupla: no plano terreno, ela tende a reunir e a fundir, numa s ntese grandiosa, todas as formas, at aqui dispersas e muitas vezes contradit rias, do pensamento e da ci ncia. Num plano mais amplo, une o vis vel e o invis vel, essas duas formas da vida, que, na realidade, se interpenetram e se completam, desde o princ pio das coisas." Logo a seguir, como preve-nindo a obje o de dualismo que se poderia fazer, Denis acentua: "No seu desenvolvimento, ele demonstra que o nosso mundo e o Lado-de-L n o est o separados, mas entrosados um no outro, constituindo assim um todo harm nico.

8 "Os estudantes de Espiritismo sabem que muitos outros trechos, tanto de Kardec quanto dos seus seguidores, podem ser citados, para se afirmar a tese da natureza sint tica da doutrina, bem como a sua posi o, de ltima fase do processo do conhecimento. Lembramos particularmente a defini o da doutrina em "O que o Espiritismo", de Kardec, sobre a qual voltaremos mais tarde. Basta-nos, no momento, esta coloca o do problema, para justificar a nossa tentativa de oferecer uma vis o hist rica do desenvolvimento espiritual do homem, como a forma mais apropriada de introdu o ao estudo da doutrina. Foi o pr prio Kardec quem criou a disciplina que procuramos desenvolver neste curso, tanto com a "Introdu o ao estudo da doutrina esp rita", que abre "O Livro dos Esp ritos", quanto com o "Principiante Esp rita". O nosso curso n o dispensa, antes requer o estudo desses trabalhos do codificador.

9 Mas evidente que a introdu o a qualquer ramo do conhecimento, como explica o fil sofo Juli n Marias, no caso particular da Introdu o Filosofia, exige sempre novas perspectivas, de acordo com o fluir do TEMPO . A introdu o, diz Marias, o "agora", o circunstancial, o ato de introduzir algu m em alguma coisa. Essa alguma coisa, seja a Filosofia ou seja o Espiritismo, uma realidade hist rica, uma coisa que existe de maneira concreta. Sendo o Espiritismo uma realidade hist rica, afirmada pelo codificador e seus sucessores, tem ele o seu passado e o seu presente, como ter o seu futuro. No TEMPO de Kardec, introduzir algu m no estudo do Espiritismo era introduzi-lo numa realidade nascente, numa verdadeira problem tica em ebuli o, num processo hist rico em princ pio de defini o, e principalmente "numa nova ordem de id ias". Hoje, introduzir esse algu m num processo j definido, e n o apenas numa ordem de id ias, mas tamb m no quadro hist rico em que essa ordem surgiu.

10 Dessa maneira, introduzi-lo tamb m na pr pria introdu o de Kardec. Esse o motivo por que escrevemos, para a nossa tradu o de "O Livro dos Esp ritos", editado pela LAKE, uma introdu o obra. Sem o exame hist rico do problema medi nico, por exemplo, os estudantes de hoje estar o amea ados de flutuar no abstrato. Introduzindo-se numa ordem de id ias, sem o conhecimento de suas ra zes hist ricas, arriscam-se a confundir, como fazem os leigos, mediunismo e Espiritismo, ou seja, o processo medi nico de desenvolvimento espiritual do homem, com o Espiritismo. Arriscam-se, ainda mais, a aturdir-se com fatos medi nicos rudimentares, considerando-os, por sua apar ncia extravagante, como novidade. Por outro lado, dificilmente compreender o a aparente contradi o existente no fato de ser o Espiritismo, ao mesmo TEMPO , uma doutrina moderna e um processo hist rico provindo das eras mais remotas da humanidade.


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