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Os Maias - Resumo

Cap tulo I Os Maias vieram habitar a Casa do Ramalhete no outono de 1875. Em 1850, Buccarini, n ncio papal, havia tentado comprar a casa, para l instalar a sua nunciatura, ideia de que desistiu, pois, habituado riqueza, descobriu, no Ramalhete, uma casa de renda elevada e sem arvoredos nem guas de um jardim de luxo. Assim, o Ramalhete apenas encontrou um prop sito nos finais de 1970, quando, ap s a venda do palacete da fam lia em Benfica, houve a necessidade de guardar as mob lias. Por essa ocasi o, tamb m a Tojeira foi vendida, o que levava as pessoas a questionarem-se acerca das finan as da fam lia que, agora, habitava a Quinta de Santa Ol via.

amor da virtude e honrado por amor da honra; não por medo às caldeiras de Pêro Botelho, nem com o engodo de ir para o Reino do Céu”, ripostava Afonso. Entretanto, Carlos já tinha a sua primeira namorada: a Teresinha, da família das Silveiras – ou “Silveirinhas”. Também pertenciam a esta família a D.

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  Idealarc, Caldeiras de

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1 Cap tulo I Os Maias vieram habitar a Casa do Ramalhete no outono de 1875. Em 1850, Buccarini, n ncio papal, havia tentado comprar a casa, para l instalar a sua nunciatura, ideia de que desistiu, pois, habituado riqueza, descobriu, no Ramalhete, uma casa de renda elevada e sem arvoredos nem guas de um jardim de luxo. Assim, o Ramalhete apenas encontrou um prop sito nos finais de 1970, quando, ap s a venda do palacete da fam lia em Benfica, houve a necessidade de guardar as mob lias. Por essa ocasi o, tamb m a Tojeira foi vendida, o que levava as pessoas a questionarem-se acerca das finan as da fam lia que, agora, habitava a Quinta de Santa Ol via.

2 Vila a, procurador e amigo de longa data dos Maias , dizia, ironicamente, que ainda tinham (..) um peda o de p o (..) e a manteiga para lhe barrar por cima.. A fam lia dos Maias era uma fam lia da Beira e pouco numerosa, agora reduzida a dois: Afonso da Maia, um senhor j muito velho, e Carlos da Maia, seu neto, que estudava medicina em Coimbra. Afonso adorava o sil ncio de Santa Ol via e Vila a aprovara a venda da Tojeira, mas n o da casa de Benfica, pois, para o procurador, Carlos, quando terminasse o seu curso, deveria exercer medicina e, certamente, n o iria querer ficar nas margens do Douro, em Santa Ol via.

3 Como tal, meses antes de Carlos terminar o seu curso, Afonso anunciou a Vilela que queria habitar o Ramalhete. Apesar de todos os obst culos colocados por Vilela, como a necessidade de obras, as despesas associadas e os agouros, Afonso manteve a sua decis o e pediu que se realizassem as devidas obras, de modo a tornar o Ramalhete habit vel. Tais obras eram, de in cio, supervisionadas por Esteves, mas Carlos surpreendeu com a sua chegada a Lisboa com um arquiteto-decorador ingl s, tendo Esteves sido despedido, com grandes lamenta es de Afonso. Um ano mais tarde, o Ramalhete estava pronto. Ainda assim, o Ramalhete continuou vazio ap s Carlos ter terminado o seu curso.

4 O neto de Afonso decidira ingressar numa viagem pela Europa, pelo que apenas no outono de 1875 que Afonso, perante a chegada do neto, foi habitar o Ramalhete Afonso n o via Lisboa h 25 anos e n o desejava deixar Santa Ol via, mas, tendo em conta a sua alta idade, queria estar pr ximo de Carlos, que deveria exercer medicina em Lisboa. Afonso era um pouco baixo, maci o, de ombros quadrados e fortes (..), nariz aquilino, pele corada, quase vermelha, cabelo branco todo cortado Os Maias !2escovinha, e a barba de neve aguda e longa . Tomava, pela manh , um banho em gua fria e tinha um fiel companheiro um gato, nascido em Santa Ol via, que recebera o nome de Bonif cio, mas que, ao chegar idade da ca a, havia sido reintitulado de D.

5 Bonif cio de Calatrava e que, agora, dorminhoco, era o Reverendo Bonif cio. Outrora, Afonso, filho de Caetano da Maia um Portugu s absolutista e fiel , por ser liberalista, havia sido expulso pelo pai, que lhe deu a Quinta de Santa Ol via, a pedido da m e de Afonso. Alguns meses depois, Afonso voltou a casa do pai, em Benfica, pedir-lhe a b n o e algum dinheiro para poder ir para Inglaterra. O pai, que viu tal ato como um milagre divino, aceitou e Afonso partiu, tendo apenas regressado a Lisboa por altura da morte do pai. Foi nessa altura, em Portugal, que conheceu D. Maria Eduarda de Runa, com quem veio a casar e a ter um filho, Pedro da Maia.

6 Tendo ficado a habitar em Portugal, uma noite, as suas ideias revolucion rias levaram a pol cia a invadir a sua casa em Benfica procura de pap is ou armas escondidas. Embora nada tenham encontrado, passado algum tempo, Afonso da Maia e a sua fam lia partiram para Inglaterra, onde viveram com grandes luxos. Alguns meses mais tarde, a av paterna de Afonso morreu, o que levou a tia Fanny a ir viver com Afonso, em Richmond. Todos viviam em felicidade, exce o de Maria Eduarda, devido sua fraca sa de que n o se adaptara ao clima ingl s. Al m disso, sendo uma cat lica muito devota, n o conseguia aceitar o protestantismo e n o permitiu que Pedrinho fosse estudar num col gio ingl s, mesmo sendo cat lico.

7 Como tal, para o educar, pediu que viesse o padre Vasques de Portugal, que lhe dava uma educa o tradicional e muito religiosa. Afonso, por vezes, revoltado com tamanha doutrina, levava Pedrinho a passear, apesar de grande alvoro o da m e que tinha medo que se constipasse. Tal era a prote o da mam e das criadas que Pedrinho tinha medo do vento e das rvores. Afonso acabou por desistir de libertar Pedro dos bra os maternos, pois a sua m e ficava logo com acessos de febre. Ora, ap s a morte da tia Fanny, a melancolia de Maria Eduarda aumentou ainda mais. Afonso levou-a para It lia, onde havia sol e o Papa!

8 , mas Maria Eduarda ansiava pelos ares de Lisboa e, para a acalmar, foi necess rio voltar a Benfica. Em Portugal, Pedro cresceu sem curiosidades, indiferente a brinquedos, animais, flores, livros ou desejos. Quando a m e, por fim, morreu, Pedro ficou muito abalado e come ou a beber. Ap s um ano a recolher, de madrugada, exausto e b bado, Pedro retomou a vida melanc lica devido Os Maias !3perda da m e. Isto continuou at que, um dia, estando Pedro no Marrare, viu, atr s de Manuel Monforte, uma jovem loura e de olhos azuis Maria Monforte. Pedro estava apaixonado e Alencar contou-lhe quem era a sua Afrodite : vinha dos A ores, pois Manuel havia morto um homem.

9 Eram apelidados, em Lisboa, de negreiros. Uns tempos mais tarde, Pedro e Maria come aram a namorar, sem Afonso saber. Afonso desconfiava, mas apenas teve confirma o quando Vilela lhe disse que Maria n o era apenas amante de Pedro era solteira e namorava com ele. Num ver o, Pedro partiu para Sintra, onde os Monfortes tinham uma casa alugada. Na v spera, Pedro tinha pedido informa es a Vila a sobre as suas propriedades e como levantar dinheiro. Vila a, muito preocupado, contou a hist ria a Afonso, que a desvalorizou. Numa manh de inverno, Pedro encontrou o pai e pediu-lhe licen a para casar com Maria Monforte. Afonso n o permitiu, pois esta era filha de um assassino, e Pedro prometeu ao pai que haveria de casar com ela, de qualquer forma.

10 Dois dias depois, Vila a, em l grimas, disse a Afonso que Pedro se havia casado naquela madrugada e que partiria com Maria para It lia. Afonso, desgostoso, afirmou que, dali por diante, haveria s um talher mesa . Cap tulo II Pedro e Maria viviam felizes em It lia, mas, um dia, Maria sentiu o apetite de Paris, pelo que se mudaram para l . Quando Maria engravidou, tendo em conta que, em Paris, se falava em revolu o, decidiram voltar a Lisboa , mas, antes de partirem, a pedido de Maria, Pedro escreveu a seu pai, na esperan a de que os acolhesse e os perdoasse. No entanto, Afonso da Maia partiu para Santa Ol via dois dias antes de Pedro e Maria chegarem.