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SUSTENTABILIDADE CORPORATIVA NO SETOR FINANCEIRO …

SUSTENTABILIDADE CORPORATIVA NO. SETOR FINANCEIRO BRASILEIRO. Clarissa Lins Daniel Wajnberg Agosto 2007. Funda o Brasileira para o Desenvolvimento Sustent vel Rua Engenheiro lvaro Niemeyer, 76. CEP 22610-180. Rio de Janeiro - RJ - Brasil Tel. +55 (21) 3322-4520. SUSTENTABILIDADE CORPORATIVA no SETOR FINANCEIRO Brasileiro NDICE. Sum rio 3. Introdu o .. 5. SUSTENTABILIDADE CORPORATIVA : Defini o do Conceito .. 7. O SETOR Banc rio Brasileiro .. 9. Caracter sticas Gerais do SETOR .. 9. SUSTENTABILIDADE CORPORATIVA no SETOR Banc rio Brasileiro ..11. Pr ticas para a SUSTENTABILIDADE no SETOR FINANCEIRO Finan as Sustent veis ..15. Avalia o de Riscos Socioambientais em Financiamentos ..15. Princ pios do Equador ..17. Cr dito Respons vel ..18. Microcr Fundos Socialmente Respons veis ..24. Financiamentos Socioambientais ..26. Mercado de Seguros Ambientais ..28. Gest o ..29. Ecoefici ncia ..29. Crit rios Socioambientais na Sele o de Diversidade ..32. Mudan as Clim ticas ..35. Seguran a da Informa o.

Su st en ab ild C orp v S F c B 4 | 63 A realização de entrevistas com os altos executivos do setor bancário brasileiro permite concluir que os responsáveis pelo pensamento estratégico já …

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1 SUSTENTABILIDADE CORPORATIVA NO. SETOR FINANCEIRO BRASILEIRO. Clarissa Lins Daniel Wajnberg Agosto 2007. Funda o Brasileira para o Desenvolvimento Sustent vel Rua Engenheiro lvaro Niemeyer, 76. CEP 22610-180. Rio de Janeiro - RJ - Brasil Tel. +55 (21) 3322-4520. SUSTENTABILIDADE CORPORATIVA no SETOR FINANCEIRO Brasileiro NDICE. Sum rio 3. Introdu o .. 5. SUSTENTABILIDADE CORPORATIVA : Defini o do Conceito .. 7. O SETOR Banc rio Brasileiro .. 9. Caracter sticas Gerais do SETOR .. 9. SUSTENTABILIDADE CORPORATIVA no SETOR Banc rio Brasileiro ..11. Pr ticas para a SUSTENTABILIDADE no SETOR FINANCEIRO Finan as Sustent veis ..15. Avalia o de Riscos Socioambientais em Financiamentos ..15. Princ pios do Equador ..17. Cr dito Respons vel ..18. Microcr Fundos Socialmente Respons veis ..24. Financiamentos Socioambientais ..26. Mercado de Seguros Ambientais ..28. Gest o ..29. Ecoefici ncia ..29. Crit rios Socioambientais na Sele o de Diversidade ..32. Mudan as Clim ticas ..35. Seguran a da Informa o.

2 37. Lavagem de Dinheiro ..38. Conclus o Sobre as Pr ticas de SUSTENTABILIDADE no SETOR FINANCEIRO ..39. A Vis o dos Executivos Sobre os Desafios da SUSTENTABILIDADE nos Motiva Capacidade de Implementa Alinhamento das diversas reas da organiza o ..46. Utiliza o de ferramentas Peculiaridades nacionais e Conclus es e Agenda Futura para a SUSTENTABILIDADE no I - Metodologia da Pesquisa ..55. Amostra da Pesquisa ..55. Fonte e Coleta de Tratamento dos dados ..58. Limita es do M todo ..59. Refer ncias Bibliogr ficas ..60. 2 | 63. SUSTENTABILIDADE CORPORATIVA no SETOR FINANCEIRO Brasileiro Sum rio Executivo Este trabalho buscou analisar o entendimento e a incorpora o do conceito da SUSTENTABILIDADE CORPORATIVA nas principais institui es do SETOR banc rio brasileiro. Para tanto, foram realizadas 67 entrevistas com altos executivos dos 10 maiores bancos, juntamente com a aplica o de 126 question rios direcionados aos entrevistados e ao n vel gerencial m dio. Foram tamb m analisados os relat rios e sites das institui es pesquisadas, de forma a entender como as pr ticas de SUSTENTABILIDADE est o sendo implementadas e reportadas.

3 Embora n o possua um forte impacto socioambiental direto, o SETOR FINANCEIRO possui alto impacto indireto, que se d principalmente por meio de suas atividades de financiamento para seus clientes e no seu relacionamento com seus fornecedores. O principal papel dos bancos no desenvolvimento sustent vel, portanto, n o um papel de executor de mudan as, mas sim de indutor de mudan as nas partes com as quais se relaciona. Exercendo este papel, os bancos brasileiros, considerando seu consider vel porte, capilaridade e potencial de gera o de empregos, podem contribuir enormemente para a mudan a de postura de grande parte da sociedade brasileira. Esta pesquisa revela que o SETOR j est inserindo os aspectos sociais e ambientais em suas tomadas de decis es. No entanto, existe enorme discrep ncia entre as pr ticas e o reporte das mesmas nas institui es analisadas: enquanto algumas institui es mostram clara lideran a na incorpora o da SUSTENTABILIDADE nos neg cios e na sua correspondente divulga o, fica tamb m evidente que outras institui es est o apenas come ando a considerar aspectos socioambientais no dia-a-dia dos neg cios.

4 Al m disso, a pesquisa identificou tamb m a falta de utiliza o de ferramentas para mensurar o desempenho das institui es nas dimens es sociais e ambientais. Adicionalmente, percebe-se que alguns produtos de natureza socioambiental poderiam ser mais bem explorados pelos bancos, como o microcr dito, linhas de financiamento socioambientais, seguros ambientais e atividades ligadas aos mercados de carbono. A an lise sugere ainda que, embora n o tenham sido objeto de quantifica o neste trabalho, as quest es de SUSTENTABILIDADE do SETOR afetam claramente a cria o de valor destas institui es, configurando assim a exist ncia de um business case para a SUSTENTABILIDADE no SETOR banc rio brasileiro. 3 | 63. SUSTENTABILIDADE CORPORATIVA no SETOR FINANCEIRO Brasileiro A realiza o de entrevistas com os altos executivos do SETOR banc rio brasileiro permite concluir que os respons veis pelo pensamento estrat gico j reconhecem a import ncia da quest o e j est o promovendo mudan as em suas estrat gias, modificando suas vis es de longo prazo, estruturas organizacionais e pr ticas de neg cios, com o objetivo de melhor incorporar o tema da SUSTENTABILIDADE CORPORATIVA .

5 No entanto, para que o SETOR possa efetivamente exercer seu papel de catalisador de mudan as, ainda dever superar alguns desafios. O principal desafio a maior conscientiza o de seus pr prios colaboradores quanto ao tema da SUSTENTABILIDADE . O SETOR ainda encontra-se bastante ancorado na perspectiva da responsabilidade social e, para que estas institui es avancem de forma efetiva nesta agenda, necess rio mostrar queles que s o respons veis pelo dia-a-dia dos neg cios que SUSTENTABILIDADE repousa na inser o da responsabilidade CORPORATIVA nas atividades empresariais, e n o em departamentos ou institui es desconectados com as atividades fins das empresas. Al m da conscientiza o, fundamental aprimorar o ferramental atualmente utilizado pelas institui es. Processos de gest o como avalia es de desempenho, avalia es de cr dito ou decis es de investimento precisam incorporar melhor crit rios socioambientais, considerando n o apenas aspectos qualitativos, mas tamb m quantitativos, reconhecendo a es sustent veis e punindo comportamentos que n o agregam valor no longo prazo.

6 Em ltimo lugar, coloca-se o desafio de dar mais transpar ncia ao desempenho socioambiental das institui es banc rias. Muitas das iniciativas de SUSTENTABILIDADE dos bancos brasileiros n o ganham correspondente divulga o e, por conseq ncia, devido reconhecimento pelas partes interessadas. Al m disso, a grande car ncia de indicadores nos documentos p blicos das empresas inviabiliza qualquer avalia o mais completa de desempenho socioambiental. preciso que o SETOR FINANCEIRO se abra ao di logo e preste contas sociedade sobre a totalidade de a es de suas institui es na agenda da SUSTENTABILIDADE ,inclusive estabelecendo metas de atua o. Este maior n vel de transpar ncia mostrar seu real comprometimento com o tema e estimular o engajamento da pr pria sociedade com a institui o, contribuindo, inclusive para um melhor entendimento acerca do papel dos bancos na sociedade. 4 | 63. SUSTENTABILIDADE CORPORATIVA no SETOR FINANCEIRO Brasileiro Introdu o Este relat rio o resultado da pesquisa realizada Figura 1 - Amostra da Pesquisa durante o per odo de dezembro de 2006 a agosto de 2007.

7 Pela Funda o Brasileira para o Desenvolvimento Sustent vel FBDS, conduzida em parceria com o Forum for Corporate Sustainability Management CSM do International Institute for Management Development IMD, e com o Instituto COPPEAD de Administra o da UFRJ. A. FBDS foi respons vel pela aplica o da metodologia, cuja concep o foi do CSM/IMD, enquanto o COPPEAD/UFRJ. apoiou tecnicamente a aplica o desta metodologia no SETOR banc rio brasileiro. Este trabalho foi patrocinado pelos bancos Ita , Ita BBA e Bradesco. O objetivo da pesquisa foi mapear os principais desafios para a incorpora o da SUSTENTABILIDADE na estrat gia de neg cios no SETOR banc rio brasileiro. Participaram desta pesquisa os 10 maiores (em ativo total) bancos com carteira comercial do Brasil1, al m do BNDES e do BNB, em fun o de seu papel no financiamento do desenvolvimento do pa s. De acordo com a metodologia, foram realizadas entrevistas com executivos chave das institui es acima mencionadas e enviados question rios de Figura 2 - N veis Hier rquicos forma a atingir, tamb m, o n vel gerencial m dio.

8 Assim, foram entrevistados no total 67 executivos de diversas reas de atribui o, com o preenchimento de 126. question rios. Adicionalmente, a FBDS. analisou documentos e informa es 1. Os bancos Santander, HSBC e Votorantim n o participaram das etapas de realiza o de entrevistas e preenchimento de question rios. 5 | 63. SUSTENTABILIDADE CORPORATIVA no SETOR FINANCEIRO Brasileiro divulgadas ao p blico geral pelas institui es financeiras alvo desta pesquisa, al m de outros relat rios setoriais. A metodologia completa da pesquisa est descrita em maiores detalhes na se o Metodologia da Pesquisa , na p gina 55. Este relat rio est dividido em quatro partes. Primeiramente, o conceito da SUSTENTABILIDADE CORPORATIVA , por ter diversas interpreta es, ser definido de forma a contextualizar o leitor no tema deste trabalho. Em seguida, ser feita uma breve apresenta o das principais caracter sticas do SETOR FINANCEIRO brasileiro atual. Ap s isto, o relat rio abordar as principais pr ticas de SUSTENTABILIDADE no SETOR , e a sua presen a nas institui es pesquisadas, utilizando-se de informa es de dom nio p blico.

9 Finalmente, este relat rio apresentar as percep es dos executivos do SETOR quantos aos principais desafios para a incorpora o da SUSTENTABILIDADE na estrat gia de neg cios do SETOR de servi os financeiros brasileiro. 6 | 63. SUSTENTABILIDADE CORPORATIVA no SETOR FINANCEIRO Brasileiro SUSTENTABILIDADE CORPORATIVA : Defini o do Conceito Embora exista uma defini o amplamente aceita para o conceito de desenvolvimento sustent vel, que o desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gera es futuras de suprir suas pr prias necessidades 2, existe um grande debate quanto defini o correta do termo SUSTENTABILIDADE CORPORATIVA , por sua associa o com termos j anteriormente conhecidos no meio empresarial como responsabilidade social, responsabilidade social CORPORATIVA ou cidadania CORPORATIVA . Este trabalho trata a SUSTENTABILIDADE CORPORATIVA como a incorpora o de aspectos sociais e ambientais na defini o da estrat gia, na opera o do neg cio e nas intera es com stakeholders.

10 Fica evidente, portanto, que atividades de cunho social e ambiental que n o estejam ligadas estrat gia e opera o do neg cio, como o trabalho realizado pelas diversas funda es associadas s institui es financeiras, n o est o no escopo deste trabalho. A nfase aqui na palavra incorpora o: busca-se neste trabalho investigar como aspectos sociais e ambientais relacionados ao dia-a-dia dos neg cios est o sendo tratados pelas organiza es. Frequentemente associado ao termo Figura 3 - Triple Bottom Line SUSTENTABILIDADE CORPORATIVA , e de fundamental import ncia para a compreens o do tema, o conceito do triple bottom line - TBL, proposto por John Elkington em 1998 em seu livro Canibais com Garfo e Faca . O conceito do TBL refere-se basicamente prosperidade econ mica, qualidade ambiental e progresso social, e constru o de m tricas que permitam mensurar a atua o de uma empresa n o s na esfera econ mica, mas tamb m nas esferas social e ambiental. 2. Relat rio Brundtland, WCED, 1987. 7 | 63. SUSTENTABILIDADE CORPORATIVA no SETOR FINANCEIRO Brasileiro SUSTENTABILIDADE CORPORATIVA n o significa necessariamente maiores custos, processos mais burocr ticos e menores retornos financeiros.


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