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A aviação de combate na Primeira Guerra Mundial.

A avia o de combate na Primeira Guerra Mundial. Quando os avi es eram de madeira e os pilotos eram de a o! 1- G nese: A Primeira Guerra Mundial foi o primeiro conflito militar em grande escala do s culo XX, poca em que se consolidou a enorme velocidade do avan o tecnol gico que hoje caracteriza nossa civiliza o. N o de se admirar, portanto, que diversas inova es tecnol gicas tenham sido empregadas naquele conflito, do uso intensivo da camuflagem e da metralhadora ao desenvolvimento dos gases t xicos e do tanque de Guerra . Muitas destas novas tecnologias foram empregadas pela Primeira vez, e acabaram por afetar n o somente a maneira como as batalhas eram travadas mas at mesmo a forma como conflito se desenrolou e o seu resultado final.

A aviação de combate na Primeira Guerra Mundial. “Quando os aviões eram de madeira e os pilotos eram de aço!” 1- Gênese: A Primeira Guerra Mundial foi o primeiro conflito militar em grande escala do século

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1 A avia o de combate na Primeira Guerra Mundial. Quando os avi es eram de madeira e os pilotos eram de a o! 1- G nese: A Primeira Guerra Mundial foi o primeiro conflito militar em grande escala do s culo XX, poca em que se consolidou a enorme velocidade do avan o tecnol gico que hoje caracteriza nossa civiliza o. N o de se admirar, portanto, que diversas inova es tecnol gicas tenham sido empregadas naquele conflito, do uso intensivo da camuflagem e da metralhadora ao desenvolvimento dos gases t xicos e do tanque de Guerra . Muitas destas novas tecnologias foram empregadas pela Primeira vez, e acabaram por afetar n o somente a maneira como as batalhas eram travadas mas at mesmo a forma como conflito se desenrolou e o seu resultado final.

2 E um dos campos da tecnologia que mais se desenvolveu durante esta Guerra foi o da avia o. Tendo sido inventado cerca de uma d cada antes do come o do conflito, que iniciou-se em agosto de 1914, no in cio da Primeira Guerra o avi o ainda estava em sua inf ncia, e tanto o conhecimento cient fico/tecnol gico quanto a experi ncia dos engenheiros ainda eram insuficientes para permitir a defini o mais adequada das configura es ideais e dos detalhes t cnicos dos projetos ent o existentes. Por isso, os avi es que os ex rcitos j empregavam no in cio do conflito eram uma cole o heterog nea de m quinas das mais variadas formas e caracter sticas, algumas um tanto bizarras pelos padr es atuais. quela poca cada construtor adotava a filosofia de projeto que lhe parecia a mais adequada, de forma basicamente emp rica.

3 E embora j se utilizassem modelos em escala para avaliar as caracter sticas aerodin micas dos perfis de asa um erro conceitual (que ser discutido em mais detalhes em outro ponto deste trabalho) levou ao uso generalizado de aerof lios com a face inferior c ncava, o que n o apenas prejudicava o desempenho dos avi es como tamb m impedia a instala o de longarinas mais fortes no interior das asas, obrigando o uso de complexas estruturas de suportes e cabos tensionados para que estas pudessem suportar as cargas aerodin micas a que eram submetidas. Avi es do in cio da Guerra : Farman MF-7: Biplano trator, com a h lice na parte traseira da fuselagem e uma estrutura aberta. Rumpler Taube (Pombo): avi o com um complexo (e ineficiente) desenho de asa baseado na semente da rvore zanonia.

4 A estrutura desta asa era t o delicada que tornava-se quase transparente contra o c u, e o avi o foi apelidado de avi o invis vel . Royal Aircraft Factory : Avi o com caracter sticas de biplano cl ssico e motor rotativo, mostrando o tipo de estrutura e concep o aerodin mica dos aparelhos de antes da Guerra . Com rela o propuls o, no in cio da Guerra os motores com cilindros em linha refrigerados gua, al m exigirem instala es mais de complexas, possu am uma rela o peso/pot ncia relativamente baixa. Isto levou ao uso disseminado nos avi es menores, na poca chamados de Scouts , de um tipo de motor extraordin rio, o motor rotativo. Desenvolvido inicialmente na Fran a e depois copiado em v rios pa ses os motores rotativos tinham cilindros radiais, mas possu am o virabrequim fixo, geralmente aparafusado fuselagem enquanto todo o resto do motor, com cilindros, bielas e pist es, que girava em torno do seu eixo longitudinal.

5 A h lice normalmente era simplesmente aparafusada de forma r gida ao bloco do motor. O movimento rotativo auxiliava na refrigera o dos cilindros, permitindo assim que estes motores tivessem uma constru o leve e mantivessem uma durabilidade que era considerada adequada na poca. Motores rotativos: Clerget 9C (Franc s) Oberusel (Alem o) Outra estranha caracter stica comum nestes primeiros avi es era a aus ncia de ailerons. O controle de rolamento longitudinal era obtido atrav s da tor o das pr prias asas, atrav s da mudan a de tens o nos cabos de sustenta o comandada pelo manche. O sistema era relativamente eficiente, mas muito sujeito guinada adversa e somente poss vel com estruturas de asa bastante flex veis e conseq entemente muito fr geis.

6 Apesar da maioria dos avi es desta poca ser considerada obsoleta j no meio da Guerra , alguns tiveram carreiras surpreendentemente longas, sendo constru dos aos milhares e utilizados at bem depois do final do conflito, como foi o caso do Avro 504. Avro 504: Biplano de dois lugares foi um dos maiores sucessos da hist ria da avia o. Criado em 1913 e utilizado principalmente como avi o de treinamento, embora houvesse vers es de reconhecimento e at de ca a noturno, seu projetista se consideraria feliz se conseguisse um pedido de seis aparelhos. Mas ao inv s disso ele foi produzido durante bem mais de dez anos, em um total de mais de dez mil unidades e algumas delas ainda estavam voavam quando do in cio da Segunda Guerra Mundial!

7 2- combate : Nas primeiras semanas da Guerra ainda n o se pensava em combates a reos, sendo os avi es utilizados basicamente para o reconhecimento e o envio de mensagens. A esta altura do conflito ainda era comum que tripula es inimigas se cumprimentassem mutuamente com acenos e sorrisos ao cruzarem umas com as outras no c u. Mas mesmo nestas miss es menos belicosas os aparelhos rapidamente provaram seu valor. Na Primeira batalha do Marne em setembro de 1914, aeronaves de reconhecimento brit nicas conseguiram detectar uma brecha entre os ex rcitos alem es que avan avam sobre Paris, e as for as inglesas aproveitaram para contra-atacar neste ponto. A batalha resultante conseguiu deter a ofensiva alem e for ar seu recuo, o que terminou com as a esperan as germ nicas de terminar a Guerra rapidamente.

8 Por esta poca os tripulantes de ambos os lados come aram a se hostilizar, mas como os avi es ainda n o carregavam armamento os pilotos e observadores passaram a levar consigo granadas, dinamite e at tijolos para atirar contra os avi es inimigos. O primeiro combate a reo com v timas registrado ocorreu em 26 de agosto de 1914, quando o piloto russo Pyotr Nesterov, um dos primeiros pilotos acrob ticos do mundo que um ano antes havia realizado a Primeira manobra de looping da hist ria, arremessou seu Morane Saulnier tipo N contra um Aviatik B1 alem o de dois lugares. Provavelmente ele pretendia atingir o aparelho inimigo com seu trem de pouso, mas acabou chocando sua h lice contra ele e na queda subseq ente de ambas as aeronaves os dois pilotos e mais o observador alem o acabaram morrendo.

9 O piloto russo Pyotr Nesterov, que chegou a ser preso ap s realizar a Primeira manobra de looping da hist ria, por colocar em risco patrim nio p blico (seu avi o). Faleceu ao lan ar seu aparelho contra outro do inimigo. Morane Saulnier Tipo N: Monoplano franc s que de projeto possu a um grande spinner, mas este normalmente era retirado porque prejudicava a refrigera o do motor. Aviatik B1: Avi o de reconhecimento alem o do in cio da Guerra . Em breve os tripulantes estavam levando pistolas e fuzis, na tentativa de abater aeronaves inimigas com mais efici ncia. Percebeu-se, contudo, que era muito complicado coordenar a pontaria com os movimentos dos avi es em v o, e que para aumentar a possibilidade de abater o inimigo seria necess rio incrementar o poder de fogo das aeronaves.

10 Os engenheiros e projetistas come aram ent o a desenvolver formas de instalar metralhadoras nos avi es, o que os tornaria m quinas de combate bem mais eficientes. A total falta de experi ncia no assunto, entretanto, levou inicialmente a algumas solu es que hoje seriam consideradas altamente ex ticas, geralmente com a instala o de metralhadoras m veis na parte dianteira dos avi es, manejadas pelo pr prio piloto ou pelo segundo tripulante. Alguns dos primeiros avi es armados: Spad A1: Avi o de desenho convencional biplano, que recebeu um pod articulado instalado frente da h lice de onde um artilheiro manipulava uma metralhadora. Voisin III: Avi o franc s com h lice tratora, usado tanto como ca a quanto como bombardeiro leve e avi o de ataque.


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