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BRINCANDO COM A MATEMÁTICA

A Magia da Matem tica Ilydio Pereira de S 1 BRINCANDO COM A MATEM TICA Ilydio Pereira de S 1 A import ncia dos jogos no ensino da Matem tica Dede sempre o jogo fez parte da vida do Homem. O mais antigo que se conhece foi encontrado na sepultura de um rei babil nico, morto cerca de 2600 anos antes de Cristo. L est o o tabuleiro, as pe as e os dados. Infelizmente, n o foram encontradas as regras, motivo pelo qual n o podemos saber como se jogava. Todos sabemos do medo que a maioria das pessoas t m da matem tica.

A Magia da Matemática – Ilydio Pereira de Sá – www.magiadamatematica.com 1 BRINCANDO COM A MATEMÁTICA Ilydio Pereira de Sá 1 A importância dos jogos no ensino da Matemática

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1 A Magia da Matem tica Ilydio Pereira de S 1 BRINCANDO COM A MATEM TICA Ilydio Pereira de S 1 A import ncia dos jogos no ensino da Matem tica Dede sempre o jogo fez parte da vida do Homem. O mais antigo que se conhece foi encontrado na sepultura de um rei babil nico, morto cerca de 2600 anos antes de Cristo. L est o o tabuleiro, as pe as e os dados. Infelizmente, n o foram encontradas as regras, motivo pelo qual n o podemos saber como se jogava. Todos sabemos do medo que a maioria das pessoas t m da matem tica.

2 Sabemos que o mito de ci ncia dif cil, herm tica e sem grandes atrativos percorre gera es. Sabemos tamb m que a atitude do professor, as metodologias usadas e o seu pr prio modo de encarar a matem tica s o fundamentais no combate ou no refor o desse mito. Atividades l dicas, desafios, jogos e similares, se desenvolvidos adequadamente e com a participa o dos alunos, podem contribuir positivamente no processo de ensino / aprendizagem de matem tica. Podemos (e devemos) desenvolver com nossos alunos experi ncias ricas, agrad veis e variadas, desde as primeiras s ries do Ensino Fundamental.

3 Claro que temos que estar atentos ao fato de que as compet ncias de resolu o de problemas e desafios dependem do n vel de desenvolvimento dos indiv duos, no que diz respeito s suas capacidades de: aprender, raciocinar, descobrir, solucionar, questionar, errar e acertar. Temos a convic o e a pr tica docente de mais de 30 anos comprova que tais atividades constituem excelentes vacinas no combate ao mito da m -tem tica . 1 Doutorando em Educa o Matem tica; professor da UERJ, da Univ.

4 Severino Sombra e do Centro Universit rio da Serra dos rg os (UNIFESO). Aprender sem pensar trabalho perdido. Conf cio ( 551- 479 a. C. ) Fil sofo Chin s A Magia da Matem tica Ilydio Pereira de S 2 A Matem tica faz parte da vida de todas as pessoas mas freq entemente tendemos a v -la como uma disciplina escolar parte e sem qualquer significado. Aprende-se apenas para passar de ano . Ao mergulharmos nas nossas recorda es mais antigas, nos lembramos dos jogos que faz amos enquanto crian as. Podemos recordar as emo es, os medos, as alegrias, as excita es, as frustra es, as tentativas e os esfor os que faz amos.

5 Dessa forma, podemos entender que tais atividades fizeram parte de nosso crescimento natural e do nosso desenvolvimento. Podemos ainda destacar, como fundamental no uso dos jogos em sala de aula, o fato de que os jogos s o agrad veis, nos permitem momentos de alegria e descontra o, tendo em vista que rir bom e faz parte do nosso desenvolvimento global enquanto seres humanos. Por outro lado, os jogos devem fazer parte do planejamento do professor e sua inser o nas aulas n o deve apenas ser feita para divertir ou passar o tempo.

6 Claro que eles s o atrativos, mas devem ser mediados pelo educador matem tico e com objetivos bem definidos. Segundo Malba Tahan (1968) para que os jogos produzam os efeitos desejados preciso que sejam, de certa forma, dirigidos pelos educadores . Sobre o nosso comportamento como professores diante dos jogos, Kamii e Housman (2002) destacam que: [..] o papel do professor crucial para maximizar o valor dos jogos matem ticos. Por exemplo, se o professor corrige pap is em sua pr pria mesa enquanto as crian as est o jogando, as crian as rapidamente captam a mensagem de que os jogos n o s o suficientemente importantes para o professor se incomodar com eles.

7 Os jogos e desafios possibilitam o desenvolvimento de importantes habilidades como: destrezas motoras, rapidez de decis o, velocidade de racioc nio, trabalho em equipes, desenvolvimento da imagina o, da criatividade e da capacidade de criar estrat gias pr prias. Muitas das situa es do nosso cotidiano podem ser interpretadas como jogos. N o podemos nos surpreender ent o que a matem tica desempenhe um papel fundamental na teoria dos jogos pedag gicos. Al m de todas essas raz es (mais ou menos bvias) para o uso dos jogos, cabe ainda destacar que eles podem permitir uma abordagem informal e intuitiva de conceitos matem ticos considerados demasiadamente abstratos para o Ensino Fundamental.

8 A Magia da Matem tica Ilydio Pereira de S 3 Nos Par metros Curriculares Nacionais do Ensino Fundamental, encontramos a seguinte refer ncia ao uso dos jogos: Al m do aspecto l dico do ato de brincar, os jogos que envolvem habilidades num ricas, de medidas e espaciais podem transformar-se em um excelente recurso e estrat gia nas aulas de Matem tica. Eles permitem o desenvolvimento do trabalho em grupo, da linguagem oral e escrita, de diferentes habilidades de pensamento como observar, comparar, analisar, sintetizar e fazer conjecturas.

9 (PCNEF, 1997) Os jogos trabalhados em sala de aula s o classificados em tr s tipos: o jogos estrat gicos, onde s o trabalhadas as habilidades que comp em o racioc nio l gico. Com eles, os alunos l em as regras e criam suas estrat gias para alcan arem suas metas; o jogos de treinamento, os quais s o utilizados quando o professor percebe que alguns alunos precisam de refor o num determinado conte do e utilizam-se dos jogos em substitui o as famosas e cansativas listas de exerc cios; o jogos geom tricos, que t m como objetivo desenvolver a habilidade de observa o, o racioc nio espacial e utilizamos propriedades e visualiza es das formas geom tricas.

10 Dentre todos os jogos que podemos utilizar, devemos preferir os que possuem as seguintes caracter sticas: o o jogo deve ser para dois ou mais jogadores, sendo, portanto, uma atividade que os alunos crian as ou jovens realizam juntos, buscando a socializa o; o o jogo dever ter um objetivo a ser alcan ado pelos jogadores e incentivar a busca, a tentativa, a procura por alcan ar a meta final; o no jogo deve haver a possibilidade de usar estrat gias, estabelecer planos, executar jogadas e avaliar a efic cia desses elementos nos resultados obtidos, isto , o jogo n o deve ser mec nico e sem significado para os jogadores.


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