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Causas de mortalidade de leitões neonatos em sistema ...

86 Braz J vet Res anim Sci 41(2) 2004 Causas de mortalidade de leit es neonatos emsistema intensivo de produ o de su nosPreweaning piglets mortality in a intensive swineproduction systemAbr o Ant nio FerreiraABRAH O1;Wagner Loesch VIANNA1;Luiz Fernando de Oliveira eSilva CARVALHO2;An bal de Sant Anna MORETTI11- Laborat rio de Pesquisa em Su nos da Faculdade de MedicinaVeterin ria e Zootecnia da Universidade de S o Paulo, S o Paulo - SP;2- Faculdade de Ci ncias Agr rias e Veterin rias da Universidade EstadualPaulista, Jaboticabal - SPResumoObjetivou-se, neste estudo, avaliar e classificar (atrav s de achados denecropsia) as ocorr ncias de mortes de leit es durante o aleitamentoem um sistema intensivo de produ o de su nos (SIPS), localizadona regi o oeste do Estado de S o Paulo durante o ano de 2000. Foiverificado que 7,19 % do total de nascidos vivos morreram duranteos 24 dias de aleitamento, concentrando a maioria das mortes na 1asemana de vida, cerca 5,63 %, e independentemente dos meses doano.

90 Braz J vet Res anim Sci 41(2) 2004 Abrahão, A. A. F. et al. Abstract Two research was conducted to evaluate and to classify the occurrence of the preweaning losses (based on the postmortem findings) of piglets Key-words:

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1 86 Braz J vet Res anim Sci 41(2) 2004 Causas de mortalidade de leit es neonatos emsistema intensivo de produ o de su nosPreweaning piglets mortality in a intensive swineproduction systemAbr o Ant nio FerreiraABRAH O1;Wagner Loesch VIANNA1;Luiz Fernando de Oliveira eSilva CARVALHO2;An bal de Sant Anna MORETTI11- Laborat rio de Pesquisa em Su nos da Faculdade de MedicinaVeterin ria e Zootecnia da Universidade de S o Paulo, S o Paulo - SP;2- Faculdade de Ci ncias Agr rias e Veterin rias da Universidade EstadualPaulista, Jaboticabal - SPResumoObjetivou-se, neste estudo, avaliar e classificar (atrav s de achados denecropsia) as ocorr ncias de mortes de leit es durante o aleitamentoem um sistema intensivo de produ o de su nos (SIPS), localizadona regi o oeste do Estado de S o Paulo durante o ano de 2000. Foiverificado que 7,19 % do total de nascidos vivos morreram duranteos 24 dias de aleitamento, concentrando a maioria das mortes na 1asemana de vida, cerca 5,63 %, e independentemente dos meses doano.

2 As Causas mais freq entes de mortalidade , em rela o ao total denascidos, foram o esmagamento (2,61 %), debilita o (1,45 %),s ndrome diarr ica (1,10 %) e anomalia gen tica (0,56%). A distribui odas mortes nos dias ap s o nascimento variou de maneira similar aodescrito anteriormente, maiores perdas nos primeiros dias de vidadevido, principalmente, ao esmagamento, debilita o, s ndromediarr ica e anomalia gen tico. A taxa de natimortos, em rela o aototal de nascidos, foi de 5,96 %. Notou-se, ainda, uma tend ncia demortalidade por esmagamento nos meses mais quentes do ano,devido, provavelmente, a uma maior perman ncia dos leit es fora doescamoteador. Medidas de controle direcionadas aos primeiros diasde vida dos leit es devem ser implantadas, a fim de aumentar aefici ncia produtiva do :Leit ncia para:WAGNER LOESCH VIANNAL aborat rio de Pesquisa em Su nosFaculdade de Medicina Veterin ria eZootecnia da USPRua Duque de Caxias Norte, 22513630-000 - Pirassununga - SP para publica o: 18/07/2003 Aprovado para publica o: 25/03/2004 Introdu oJ est bem demonstrado que noper odo pr -desmame que ocorrem asmaiores perdas, por mortes, nos sistemasintensivos de produ o de su nos (SIPS).

3 Nomundo, 4-10% dos su nos nascidos morremdurante o parto e outros 20 a 30% podemmorrer antes do desmame. De acordo comdiversas publica es, oriundas de diferentespa ses, a mortalidade pr -desmame podevariar entre 11,5 e 18,6%.1,2,3,4,5,6,7 De acordocom dados brit nicos, estes valores seapresentam em decl nio, com algumasvaria es. Em eram de 20,5%, mas j sesituavam ao redor de 11,0% em De l para c , observou-se o aumento do n merode leit es nascidos vivos, cuja m dia era de10,48 leit es e que em se elevou para10,84. A mortalidade pr -desmame, nestemesmo per odo, sofreu pequeno acr scimo,atingindo 12,5%. Mais da metade destasmortes afeta leit es com at quatro dias deidade. A maioria destas mortes, contudo,ocorre durante as primeiras 36 horas ap s rias s o as Causas de mortalidade asquais e podem ter rela o com a alimenta oBrazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science (2004) 41:86-91 ISSN printed: 1413-9596 ISSN on-line.

4 1678-445687 Braz J vet Res anim Sci 41(2) 2004materna durante a gesta o, o desenho eespa o da cela parideira, o aquecimento emanejo das fontes de calor, a higieneambiental, a capacita o e aten o do pessoaltrabalha na maternidade, al m de problemas,de natureza infecciosa ou n o infecciosa, quepodem afetar a sobreviv ncia dos leit o aleitamento o total de perdasde leit es, em rela o ao total de nascidosvivos, varia entre 12 e 30 %9, sendo asprincipais Causas de mortalidade relacionadascom o esmagamento (45,8 %), leit es invi veis(39,4 %) ou debilitados (8,0 %). Defeitoscong nitos, por sua vez, correspondem a 6,8% das mortes at o desmame. Cerca de 50 a60 % das mortes ocorrem entre os seteprimeiros dias, devido, principalmente, aoesmagamento pela porca e diarr ia fatores podem interferir sobrea mortalidade neonatal, incluindo o grau deimunidade passiva transmitida pelo colostropara os leit es11,12, o efeito gen tico dasporcas13, o manejo14, as instala es15,16 e o pesoao elabora o de programas eficientespara redu o da mortalidade pr -desmame,considerando-se a amplitude etiol gica doproblema, exige que se conhe am, ao menos,quais os fatores mais prevalentes, adeterminarem a condi o.

5 O objetivo desteestudo foi verificar as ocorr ncias e Causas deMateriais e M todosCaracteriza o do sistema de produ oO estudo foi conduzido em SIPS localizado na regi o oeste do Estado de S oPaulo, durante o ano de 2000. Trata-se de sistemaem ciclo completo, com matrizes. Os dados expostos na tabela 1caracterizam melhor a produtividade , as demais instala es, as damaternidade eram subdivididas em salas departo, contendo gaiolas de pari o, providasde escamoteador aquecido (28 a 33 C). Asreprodutoras eram transferidas para amaternidade, cinco dias antes da data previstapara o parto. Todos os partos eram assistidose os eventos di rios eram registrados em fichasapropriadas. Havia cont nua disponibilidade de gua para os leit es. A ra o era servidadiariamente, a partir do 5 dia p desmame era realizado no 24 dia p s-parto,momento em que a porca retornava para asgaiolas de pr investiga o foi conduzida durantetodo o ano de , de tal forma que os dadoscontidos na tabela 1, j indicam o tamanho daamostra objeto deste estudo partos,com o total de leit es nascidos, com ndice de mortalidade nascimento-desmamaigual a 7,2% ( leit es).

6 Crit rios para identifica o da causa da morteConforme j referido, todos os partosforam assistidos e, quando necess rio,interfer ncias foram realizadas para a corre ode poss veis anormalidades. Da mesma forma,todas as leitegadas eram diariamenteinspecionadas. Em caso de bito, na aus nciade evid ncias cl nicas seguras que indicassem acausa do problema, os leit es eramnecropsiados. Na depend ncia do tipo e daqualidade das informa es obtidas por esteprocesso, a causa final da morte era classificadae inserida em um dos grupos de causasCausas de mortalidade de leit es neonatos em sistema intensivo de produ o de su nosTabela 1 Algumas caracter sticas da produtividade anual do sistema de produ ode su nos (SIPS), onde se realizou o presente estudo. Pirassununga,2003perdas de leit es, no per odo pr J vet Res anim Sci 41(2) 2004 Quadro 1 Classifica o diagn stica da causa de bito, com base nas evid ncias cl nicas e exame necrosc pico dos leit esAbrah o, A.

7 A. F. et e Discuss oAs incid ncias das diferentes Causas dasperdas pr -desmame est o apresentadas natabela 2. A taxa anual m dia de mortalidadepr -desmame registrada neste estudo foi de7,19%, valor bastante inferior aos indicadosna literatura, na qual taxas de no m nimo11,5% s o referidas (MLC, 1986). Aexplica o para tais diferen as possivelmentepossa ser justificada pela cont nua assist nciaao parto e s leitegadas, realizada na granjaonde se conduziu este estudo e possivelmenten o oferecida, em granjas norte americanasou europ ias. Nestes pa ses, como se sabe, oscustos de m o-de-obra s o bastantesuperiores, o que pode restringir a oferta dacitada assist taxa anual de natimortalidade foi de5,96 % (do total de nascidos), tendorepresentado a principal causa de mortalidadepr -desmame, observada neste estudo.

8 Amorte de leit es por esmagamento foi de 2,61% do total de nascidos vivos, seguida pordebilita o geral com incid ncia de 1,45%.Estes resultados est o em acordo comafirma es de Cuttler et , que informaramque a natimortalidade pode representar a quartaparte de todas as mortes registradas nointervalo parto-desmama, sendo consideradasa principal causa de morte no per odo, comincid ncia de 4 a 10%. Estes autores tamb mrelatam que a natimortalidade afeta, em especial,leit es com baixo peso ao nascer, fato quepode possivelmente explicar o ndice dedebilita o geral registrado neste ocorr ncias de mortes devido adoen as, a s ndrome diarr ica foi a maisfreq ente com 1,10 % do total de nascidosvivos. Este ndice, embora bastante inferioraos registrados na literatura 4 a 15%,confirma o fato de que as enteritesrepresentam a causa mais importante demortalidade, dentre todas as infec es, deleit es no per odo pr ocorr ncia de leit es com defeitosgen ticos foi observada em 0,56 % dos leit do total de mortes noaleitamento, o presente estudo revelou que oesmagamento representou 36,41 % dasmortes, seguido de debilita o com 20,20 %,s ndrome diarr ica com 15,37 %, outras causascom 10,90 %, defeitos gen ticos com 7,89%, artrite com 6,44 %, dermatite com 1,66 %e, por fim, pneumonia com 1,09 %.

9 Emlevantamento similar, realizado na B snia eHerzegovina por Vrbanac et , as mortesindicadas no quadro 1, conforme h rnias, as encefalites e as mortess bitas foram inclu das no item Outras Causas por representarem enfermidades de ocorr nciasepis dicas. Foram registrados, al m da causa,em que momento do per odo de aleitamentoque as mortes foram J vet Res anim Sci 41(2) 2004 Figura 1 Distribui o das mortes em rela o ao dia p s-partoFigura 2 Distribui o das categorias de mortes durante o aleitamento no ano de 2000 Causas de mortalidade de leit es neonatos em sistema intensivo de produ o de su nos*Percentual do total mortes do ano, incluindo os natimortosTabela 2 Causas de mortalidade pr -desmame, mensais e anual, em sistema de produ o de su nos de ciclo completo, com matrizes, localizado naregi o oeste do Estado de S o Paulo.

10 Pirassununga, 200390 Braz J vet Res anim Sci 41(2) 2004 Abrah o, A. A. F. et research was conducted to evaluate and to classify the occurrenceof the preweaning losses (based on the postmortem findings) of pigletsKey- esAs perdas de leit es durante oaleitamento compreendem um importanteper odo de um sistema de produ o de su nos,visto que influenciam diretamente os ndicesprodutivos, como desmamados/porca/anoe, conseq entemente, cevados/ espec ficos para cada sistema deprodu o seriam fundamentais para aimplementa o de programas de redu o demortalidades pr -desmame, categorizando ostipos de perdas e per odo p s-parto em queocorrem, implantando os fatores de riscos esuas medidas de controle. O esmagamentoconstituiu-se na causa mais prevalente demortalidade pr -desmame, acentuando-se nosmeses quentes do ano, o que merece especialaten o por veterin rios/produtores.


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