Example: air traffic controller

Principais síndromes geriátricas

Rev Med Minas Gerais 2010; 20(1): 54-6654artigo de revis oRecebido em: 29/07/2009 Aprovado em: 22/10/2009 Institui o:Faculdade de Medicina e Hospital das Cl nicas da UFMG, Belo Horizonte, MG, BrasilEndere o para correspond ncia:Departamento de Cl nica M dica de Faculdade de Medicina UFMGA venida: Alfredo Balena, 190, 2 andarCEP: 30130-100 Belo Horizonte - MG, BrasilEmail: o acerca das grandes s ndromes geri tricas: incapacidade cognitiva, instabili-dade postural, imobilidade e incapacidade comunicativa, com enfoque nos aspectos etiol gicos, diagn stico e condutas terap uticas. A sa de do idoso est estritamente relacionada com a sua funcionalidade global, definida como a capacidade de gerir a pr pria vida ou cuidar de si mesmo.

Principais síndromes geriátricas produtivo com o meio (habilidade de se comunicar). Depende de visão, audição e fala. (Figura 1) A perda dessas funções resulta nas grandes sín-dromes geriátricas: incapacidade cognitiva, instabili-dade postural, imobilidade e incapacidade comuni-cativa. O desconhecimento das particularidades do

Tags:

  Principais

Information

Domain:

Source:

Link to this page:

Please notify us if you found a problem with this document:

Other abuse

Transcription of Principais síndromes geriátricas

1 Rev Med Minas Gerais 2010; 20(1): 54-6654artigo de revis oRecebido em: 29/07/2009 Aprovado em: 22/10/2009 Institui o:Faculdade de Medicina e Hospital das Cl nicas da UFMG, Belo Horizonte, MG, BrasilEndere o para correspond ncia:Departamento de Cl nica M dica de Faculdade de Medicina UFMGA venida: Alfredo Balena, 190, 2 andarCEP: 30130-100 Belo Horizonte - MG, BrasilEmail: o acerca das grandes s ndromes geri tricas: incapacidade cognitiva, instabili-dade postural, imobilidade e incapacidade comunicativa, com enfoque nos aspectos etiol gicos, diagn stico e condutas terap uticas. A sa de do idoso est estritamente relacionada com a sua funcionalidade global, definida como a capacidade de gerir a pr pria vida ou cuidar de si mesmo.

2 Essa capacidade de funcionar sozinho avaliada por meio da an lise das atividades de vida di ria, que s o tarefas do cotidiano realiza-das pelo paciente. A sa de do idoso determinada pelo funcionamento harmonioso de quatro dom nios funcionais: cogni o, humor, mobilidade e comunica o. A perda dessas fun es resulta nas grandes s ndromes geri tricas abordadas. Palavras-chave: Geriatria; Idoso; Sa de do Idoso. aBstraCtReview about major geriatric syndromes: cognitive impairment, postural instability, im-mobility and communicative disability, focusing on the etiology, diagnosis and therapeu-tic aspects. The health of the elderly is closely related to their overall functionality, defined as their ability to manage their own life or take care of themselves.

3 This ability of function-ing alone is evaluated by the analysis of the daily activities, which are the daily tasks carried out by the patient. The elderly health is determined by the harmonic functioning of four functional domains: cognition, mood, mobility and communication. The loss of these functions results in the major geriatric syndromes addressed. Key words: Geriatrics; Aged; Health of the Elderly. introdU o A sa de do idoso est estritamente relacionada com a sua funcionalidade glo-bal, definida como a capacidade de gerir a pr pria vida ou cuidar de si mesmo. O idoso considerado saud vel quando capaz de funcionar sozinho, de forma independente e aut noma, mesmo que tenha doen as.

4 Desta forma, resgata-se o conceito de sa de estabelecido pela Organiza o Mundial de Sa de como sendo o mais completo bem-estar biopsicossocial-cultural-espiritual, e n o simplesmente a aus ncia de doen as. Essa capacidade de funcionar sozinho avaliada por meio da an lise das atividades de vida di ria (AVDs), que s o tarefas do cotidiano realizadas pelo paciente. As AVDs avaliam o grau de autonomia e independ ncia do indiv A autonomia a capacidade individual de decis o e comando sobre as suas a es, estabelecendo e seguindo as pr prias regras. Significa capacidade para deci-Main geriatric syndromesEdgar Nunes de Moraes1, Mar lia Campos de Abreu Marino2, Rodrigo Ribeiro Santos31 Coordenador do N cleo de Geriatria e Gerontologia, Faculdade de Medicina da UFMG, Belo Horizonte, MG - Brasil.

5 Professor Adjunto do Departamento de Cl nica M dica. Coordenador do Centro de Refer ncia do Idoso Prof. Caio Benjamin Dias/HC-UFMG, Belo Horizonte, MG - Brasil. Especialista em Geriatria pela Professora Adjunto do Departamento de Cl nica M dica da Faculdade de Medicina da UFMG, Belo Horizonte, MG - Brasil. Especialista em Geriatria pela Especialista em Geriatria pela SBGG. Membro Colabora-dor do N cleo de Geriatria e Gerontologia, Faculdade de Medicina da UFMG, Belo Horizonte, MG - Brasil. Preceptor do Centro de Refer ncia do Idoso do HC-UFMG, Belo Horizonte, MG - Brasil. Mestrado pelo Instituto de Ci ncias Biol gicas da UFMG, Belo Horizonte, MG - Brasil.

6 Doutorando em Neuroci s ndromes geri tricasRev Med Minas Gerais 2010; 20(1): 54-6655 Principais s ndromes geri tricasprodutivo com o meio (habilidade de se comunicar). Depende de vis o, audi o e fala. (Figura 1)A perda dessas fun es resulta nas grandes s n-dromes geri tricas: incapacidade cognitiva, instabili-dade postural, imobilidade e incapacidade comuni-cativa. O desconhecimento das particularidades do processo de envelhecimento pode gerar interven- es capazes de piorar o estado de sa de da pessoa idosa - a iatrogenia, que representa todo o malef cio causado pelos profissionais da rea de sa de. A in-contin ncia urin ria tamb m reconhecida como uma das grandes s ndromes geri tricas.

7 Ela afeta a independ ncia do indiv duo, comprometendo, indi-retamente, a fun o mobilidade. O idoso com incon-tin ncia esfincteriana sofre limita o de sua partici-pa o social, em virtude da inseguran a gerada pela perda do controle fam lia, por sua vez, outro elemento fundamen-tal para o bem-estar biopsicossocial e sua aus ncia capaz de desencadear ou perpetuar a perda de autono-mia e independ ncia do idoso (insufici ncia familiar).Os idosos s o v timas em n mero significativo de s ndromes semelhantes, independentemente de doen as espec ficas1, denominadas gigantes da ge-riatria. Descritas inicialmente por Isaacs3, as grandes s ndromes geri tricas n o inclu am a incapacidade comunicativa e a insufici ncia familiar.

8 A sua inclu-dir e depende diretamente da cogni o e do humor. A independ ncia refere-se capacidade de realizar algo com os pr prios meios. Significa execu o e de-pende diretamente de mobilidade e comunica o. Portanto, a sa de do idoso determinada pelo fun-cionamento harmonioso de quatro dom nios funcio-nais: cogni o, humor, mobilidade e comunica o. Tais dom nios devem ser rotineiramente avaliados na consulta geri A cogni o a capacidade mental de compreen-der e resolver os problemas do cotidiano. constitu- da por um conjunto de fun es corticais, formadas pela mem ria (capacidade de armazenamento de informa es), fun o executiva (capacidade de pla-nejamento, antecipa o, sequenciamento e monitora-mento de tarefas complexas), linguagem (capacidade de compreens o e express o da linguagem oral e es-crita), praxia (capacidade de executar um ato motor), gnosia (capacidade de reconhecimento de est mulos visuais, auditivos e t teis) e fun o visuoespacial (ca-pacidade de localiza o no espa o e percep o das rela es dos objetos entre si).

9 O humor a motiva o necess ria para os processos mentais. A mobilidade a capacidade de deslocamento do indiv duo. Depen-de da postura/marcha, da capacidade aer bica e da contin ncia esfincteriana. E, finalmente, a comunica- o a capacidade de estabelecer relacionamento Figura 1 - Dom nios de Sa de do IdosoSA DEFUNCIONALIDADE GLOBALCOGNI OHUMORMOBILIDADECOMUNICA OATIVIDADES DE VIDA DI RIAAUTONOMIAINDEPEND NCIACAPACIDADE DE FUNCIONAR SOZINHOG erir a pr pria vidaCuidar de si mesmoRev Med Minas Gerais 2010; 20(1): 54-6656 Principais s ndromes geri tricass o deve ser contemplada, pois s o s ndromes fre-quentes e que atuam diretamente na sa de do idoso, totalizando os 7 Is da (Figura 2)Incapacidade cognitivaDesigna o comprometimento das fun es encef -licas superiores capaz de prejudicar a funcionalida-de da pessoa.

10 As altera es nas fun es superiores que n o apresentam preju zo na funcionalidade do paciente n o podem ser classificadas como inca-pacidade cognitiva. Essas altera es constituem o transtorno cognitivo leve. Para o estabelecimento do diagn stico de incapacidade cognitiva. fundamen-tal a constata o do preju zo na funcionalidade do indiv duo ou perda de AVDs. (Figura 3)As Principais etiologias da incapacidade cognitiva s o: dem ncia, depress o, delirium e doen as men-tais, como esquizofrenia, oligofrenia e parafrenia. recomendado o uso de normas padronizadas para detectar as altera es na funcionalidade dos idosos pelo desempenho em suas atividades b sicas ou instru-mentais de vida di ria, por interm dio das escalas de Katz4 e de Lawton-Brody5, respectivamente.


Related search queries