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Rev Bras Psiquiatr 2000;22(Supl II):20-3 Transtornos …

SII 20 Rev Bras Psiquiatr 2000;22(Supl II):20-3 Introdu oAnsiedade um sentimento vago e desagrad vel de medo,apreens o, caracterizado por tens o ou desconforto derivadode antecipa o de perigo, de algo desconhecido ou ,2Em crian as, o desenvolvimento emocional influi sobre ascausas e a maneira como se manifestam os medos e as preocu-pa es tanto normais quanto patol ,3 Diferentemente dosadultos, crian as podem n o reconhecer seus medos como exa-gerados ou irracionais, especialmente as ,3A ansiedade e o medo passam a ser reconhecidos como pa-tol gicos quando s o exagerados, desproporcionais em rela- o ao est mulo, ou qualitativamente diversos do que se obser-va como norma naquela faixa et ria e interferem com a quali-dade de vida, o conforto emocional ou o desem

SII 21 Rev Bras Psiquiatr 2000;22(Supl II):20-3 Transtornos de ansiedade Castillo ARGL et al. mento intenso e preju ízos significativos em diferentes áreas da vida da criança ou adolescente.13 As crianças ou adolescentes, quando est ão sozinhas, temem

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1 SII 20 Rev Bras Psiquiatr 2000;22(Supl II):20-3 Introdu oAnsiedade um sentimento vago e desagrad vel de medo,apreens o, caracterizado por tens o ou desconforto derivadode antecipa o de perigo, de algo desconhecido ou ,2Em crian as, o desenvolvimento emocional influi sobre ascausas e a maneira como se manifestam os medos e as preocu-pa es tanto normais quanto patol ,3 Diferentemente dosadultos, crian as podem n o reconhecer seus medos como exa-gerados ou irracionais, especialmente as ,3A ansiedade e o medo passam a ser reconhecidos como pa-tol gicos quando s o exagerados, desproporcionais em rela- o ao est mulo, ou qualitativamente diversos do que se obser-va como norma naquela faixa et ria e interferem com a quali-dade de vida, o conforto emocional ou o desempenho di rio doindiv Tais rea es exageradas ao est mulo ansiog nicose desenvolvem, mais comumente, em indiv duos com umapredisposi o neurobiol gica.

2 5A maneira pr tica de se diferenciar ansiedade normal de an-siedade patol gica basicamente avaliar se a rea o ansiosa de curta dura o, autolimitada e relacionada ao est mulo domomento ou n Transtornos ansiosos s o quadros cl nicos em que essessintomas s o prim rios, ou seja, n o s o derivados de outrascondi es psiqui tricas (depress es, psicoses, Transtornos dodesenvolvimento, transtorno hipercin tico, etc.).Sintomas ansiosos (e n o os Transtornos propriamente) s ofreq entes em outros Transtornos psiqui tricos.

3 Uma ansie-dade que se explica pelos sintomas do transtorno prim rio(exemplos: a ansiedade do in cio do surto esquizofr nico; omedo da separa o dos pais numa crian a com depress o mai-or) e n o constitui um conjunto de sintomas que determina umtranstorno ansioso t pico (descritos a seguir).Mas podem ocorrer casos em que v rios Transtornos est opresentes ao mesmo tempo e n o se consegue identificar o que prim rio e o que n o , sendo mais correto referir que essepaciente apresenta mais de um diagn stico coexistente (comor-bidade).

4 Estima-se que cerca de metade das crian as com trans-tornos ansiosos tenham tamb m outro transtorno sistemas classificat rios vigentes, o transtorno de an-siedade de separa o foi o nico transtorno mantido na se oespec fica da inf ncia e adolesc ncia (CID-10,6 DSM-IV7). Otranstorno de ansiedade excessiva da inf ncia e o transtorno deevita o da inf ncia (DSM-III-R8), passaram a ser referidosTTTTT ranstornos de ansiedaderanstornos de ansiedaderanstornos de ansiedaderanstornos de ansiedaderanstornos de ansiedadeAna Regina GL Castilloa, Rog ria Recondob, Fernando R Asbahrc e Gisele GManfrodaAMBULANSIA (Ambulat rio de Ansiedade na Inf ncia e Adolesc ncia) do SEPIA (Servi o de Psiquiatria da Inf ncia e Adolesc ncia)

5 Do Instituto de Psiqui-atria do Hospital das Cl nicas da Faculdade de Medicina da Universidade de S o Paulo (IPQ/HC-FMUSP). bPrograma de Resid ncia M dica do Hospital S oLucas da Pontif cia Universidade Cat lica do Rio Grande do Sul. cLIM-27 (Laborat rio de Investiga es M dicas). AMBULANSIA. dPrograma deP s-gradua o em Ci ncias M dicas: Psiquiatria, UFRGS. Servi o de Psiquiatria do Hospital de Cl nicas de Porto classifica es atuais, respectivamente, como transtorno deansiedade generalizada (TAG) e fobia Transtornos ansiosos s o os quadros psiqui tricos maiscomuns tanto em crian as quanto em adultos, com uma preva-l ncia estimada durante o per odo de vida de 9% e 15% ,9 Nas crian as e adolescentes, os Transtornos ansiosos maisfreq entes s o o transtorno de ansiedade de separa o, compreval ncia em torno de 4%,13 o transtorno de ansiedade ex-cessiva ou o atual TAG (2,7% a 4,6%)10,11 e as fobias espec fi-cas (2,4% a 3,3%).

6 10,11 A preval ncia de fobia social fica emtorno de 1%10 e a do transtorno de p nico (TP) 0,6%.12A distribui o entre os sexos de modo geral equivalente, ex-ceto fobias espec ficas, transtorno de estresse p s-traum tico etranstorno de p nico com predomin ncia do sexo ,3,11,12A causa dos Transtornos ansiosos infantis muitas vezes des-conhecida e provavelmente multifatorial, incluindo fatores he-redit rios e ambientais diversos. Entre os indiv duos com essestranstornos, o peso relativo dos fatores causais pode ,14,15De uma maneira geral, os Transtornos ansiosos na inf ncia ena adolesc ncia apresentam um curso cr nico, embora flutu-ante ou epis dico, se n o avalia o e no planejamento terap utico desses transtor-nos, fundamental obter uma hist ria detalhada sobre o in ciodos sintomas, poss veis fatores desencadeantes (ex.)

7 Crise con-jugal, perda por morte ou separa o, doen a na fam lia e nas-cimento de irm os) e o desenvolvimento da crian a. Sugere-se, tamb m, levar em conta o temperamento da crian a ( a de comportamento inibido), o tipo de apego que elatem com seus pais (ex. seguro ou n o) e o estilo de cuidadospaternos destes (ex. presen a de superprote o), al m dos fa-tores implicados na etiologia dessas patologias. Tamb m deveser avaliada a presen a de ,14,17De modo geral, o tratamento constitu do por uma aborda-gem multimodal, que inclui orienta o aos pais e crian a,terapia cognitivo-comportamental, psicoterapia din mica, usode psicof rmacos e interven es de ansiedade de separa oO transtorno de ansiedade de separa o caracterizado poransiedade excessiva em rela o ao afastamento dos pais ouseus substitutos, n o adequada ao n vel de desenvolvimento,que persiste por, no m nimo, quatro semanas.

8 Causando sofri-SII 21 Rev Bras Psiquiatr 2000;22(Supl II):20-3 Transtornos de ansiedadeCastillo ARGL et intenso e preju zos significativos em diferentes reas davida da crian a ou crian as ou adolescentes, quando est o sozinhas, tememque algo possa acontecer a si mesmo ou ao seus cuidadores,tais como acidentes, seq estro, assaltos ou doen as, que os afas-tem definitivamente destes. Como conseq ncia, demonstramum comportamento de apego excessivo a seus cuidadores, n opermitindo o afastamento destes ou telefonando repetidamen-te para eles a fim de tranq ilizar-se a respeito de suas fantasi-as.

9 Em casa, para dormir necessitam de companhia e resistemao sono, que vivenciam como separa o ou perda de freq ncia referem pesadelos que versam sobre seus te-mores de separa o. Recusa escolar secund ria tamb m co-mum nesses ,16 A crian a deseja freq entar a esco-la, demonstra boa adapta o pr via, mas apresenta intenso so-frimento quando necessita afastar-se de a crian a percebe que seus pais v o se ausentar ou oafastamento realmente ocorre, manifesta es som ticas de an-siedade, tais como dor abdominal, dor de cabe a, n usea e v -mitos s o comuns.

10 Crian as maiores podem manifestar sinto-mas cardiovasculares como palpita es, tontura e sensa o dedesmaio. Esses sintomas prejudicam a autonomia da crian a,restringem a sua vida de rela o e seus interesses, ocasionandoum grande estresse pessoal e familiar. Sentem-se humilhadas emedrosas, resultando em baixa auto-estima e podendo evoluirpara um transtorno do retrospectivos sugerem que a presen a de ansiedadede separa o na inf ncia um fator de risco para o desenvolvi-mento de diversos Transtornos de ansiedade, entre eles, o trans-torno de p nico e de humor na vida adulta.


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