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TRATAMENTO AGUDO DA CRISE DE ENXAQUECA …

Arq Neuropsiquiatr 2004;62(2-B):513-518 Disciplina de Neurologia da Santa Casa de S o Paulo SP , Brasil:1 Professor Volunt rio;2M dica Curso Aperfei oamento em Cefal ia,3 Professor Assistente;4 ProfessorTitular de 20 Junho 2003, recebido na forma final 5 Janeiro 2004. Aceito 29 Janeiro Paulo H. Monzillo - Rua Ces rio Mota Jr 61 - 01221-020 S o Paulo SP - Brasil. E-mail: AGUDO DA CRISE DE ENXAQUECAREFRAT RIA NA EMERGENCIAESTUDO COMPARATIVO ENTRE DEXAMETASONA E haloperidol Resultados preliminaresPaulo H. Monzillo1, Patricia H. Nemoto2, Agnaldo R. Costa3, Wilson L. Sanvito4 RESUMO - O objetivo principal deste estudo foi avaliar a resposta cl nica em duas horas de dois medicamentos intravenosos(dexametasona e haloperidol ) no TRATAMENTO da CRISE de ENXAQUECA refrat ria na emerg ncia da Santa Casa de S o Paulo.

Arq Neuropsiquiatr 2004;62(2-B) 515 Fig 1. Pacientes que receberam haloperidol. Fig 2. Pacientes que receberam dexametasona. Noventa minutos depois, todos …

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1 Arq Neuropsiquiatr 2004;62(2-B):513-518 Disciplina de Neurologia da Santa Casa de S o Paulo SP , Brasil:1 Professor Volunt rio;2M dica Curso Aperfei oamento em Cefal ia,3 Professor Assistente;4 ProfessorTitular de 20 Junho 2003, recebido na forma final 5 Janeiro 2004. Aceito 29 Janeiro Paulo H. Monzillo - Rua Ces rio Mota Jr 61 - 01221-020 S o Paulo SP - Brasil. E-mail: AGUDO DA CRISE DE ENXAQUECAREFRAT RIA NA EMERGENCIAESTUDO COMPARATIVO ENTRE DEXAMETASONA E haloperidol Resultados preliminaresPaulo H. Monzillo1, Patricia H. Nemoto2, Agnaldo R. Costa3, Wilson L. Sanvito4 RESUMO - O objetivo principal deste estudo foi avaliar a resposta cl nica em duas horas de dois medicamentos intravenosos(dexametasona e haloperidol ) no TRATAMENTO da CRISE de ENXAQUECA refrat ria na emerg ncia da Santa Casa de S o Paulo.

2 Foi tamb mobservada a presen a de efeitos colaterais de ambas medica es. Avaliamos 29 pacientes, diagnosticados como portadores de ENXAQUECA (com e sem aura), segundo os crit rios da International Headache Society. Todos referiam escore 10 de dor (escala anal gica), antesdo TRATAMENTO com um ou outro medicamento. Todos pacientes haviam recebido previamente dipirona (1g) intravenosa e aguardado60 minutos, sem qualquer resposta cl nica. O grupo 1 (14 pacientes) recebeu haloperidol 5 mg e o grupo 2 (15 pacientes) recebeudexametasona 4 mg, ambas dilu das em 10 ml de gua destilada. A avalia o de melhora cl nica foi realizada a intervalos regulares(30, 60,90 e 120 minutos). Ambas as drogas mostraram-se igualmente eficazes no al vio da dor, ap s 2 horas. Entretanto o grupo1 obteve al vio superior a 50% nos escores de dor j a partir de 30 minutos da infus o.

3 Ap s 90 minutos, 100% dos pacientes esta-vam sem dor. Rea es adversas foram observadas somente no grupo 1, n o sendo : ENXAQUECA , haloperidol , dexametasona, TRATAMENTO da CRISE , efeitos treatment of migraine in emergency room: open comparative study between dexametasone andhaloperidol. Preliminary resultsABSTRACT - We studied the efficacy of dexametasone (4 mg) and haloperidol (5 mg) in the treatment of migraine in the emergencyroom. Twenty nine patients who had diagnosis of migraine according to the International Headache Society criteria and were evaluatedfor a painful episode at the emergency room of Santa Casa of S o Paulo were included. All the patients scored their pain in 10when evaluated, even after the use of intravenous analgesia (dipyrone). Fourteen patients were treated with haloperidol and theremaining 15 received dexametasone.

4 The patients were asked about pain intensity at 30, 60, 90 and 120 minutes after the use ofeither the drugs. Both drugs were equally efficient in pain relief after two hours. Patients who were treated with haloperidol showedan important improvement (more than 50% of improve in the analogic pain scale) in the first 30 minutes. The dexametasone treatedpatients only reached this grade of analgesia after 120 minutes. Although we studied a small serie of patients, our data suggestthat both drugs are efficient in the treatment of a refractory migraine attack. haloperidol seemed to work quickly in pain relief. Noimportant side effects were observed in neither WORDS: migraine, haloperidol , dexametasone, emergency room, side dor de cabe a uma das queixas mais freq entes napr tica m dica do dia-a-dia e constitui importante problemade sa de p blica.

5 Estima-se que 90% da popula o podereferir algum tipo de cefal ia em alguma poca da vida. Umaparcela consider vel ir necessitar de atendimento num ser-vi o de emerg ncia em pelo menos um destes epis tamb m que o n mero de pacientes que procura umservi o de emerg ncia, cuja queixa principal de cefal ia, varieentre 1 e 3% do total de consultas nestas unidades1, atendimento desta popula o de pacientes, na sala deemerg ncia, deve sempre levar em considera o doisimportantes aspectos: Primeiramente, se estamos diante deuma cefal ia prim ria ( ENXAQUECA , cefal ia em salvas, cefal iatipo tensional), ou de uma dor de cabe a caracterizada porsintoma de doen a estrutural, seja neurol gica ou mesmo sis-t mica. Em segundo lugar, ap s o diagn stico de ENXAQUECA (com ou sem aura), formulado atrav s de anamnese cuidadosa;qual o arsenal terap utico de que dispomos para o tratamentodo de se considerar que, antes de procurar aux lio m dico,o paciente, em mbito domiciliar, tenha esgotado todos osrecursos medicamentosos rotineiros, em quantidades vari veis,sem obten o de qualquer al vio de seus sintomas.

6 E que muitofreq entemente, associado dor, est apresentando n usea ev mitos, que inviabilizam a utiliza o de medicamentos por viaoral. Dentre as drogas abortivas de administra o intravenosa(IV), dispon veis em nosso meio, temos: a dipirona, os anti-inflamat rios n o esteroidais (AINEs), os corticoester ides, os neu-rol pticos e o sumatriptano por via subcut dispomos do sumatriptano injet vel em nossoshospitais p blicos, por ser medicamento de alto dipirona IV , certamente, o f rmaco (primeira op o)mais utilizado em nosso pa s, no TRATAMENTO da criseenxaquecosa na emerg ncia, embora existam poucos relatos,sobre sua efic cia na literatura internacional. Atinge percentualde efic cia de 83% no abortamento da CRISE de ENXAQUECA comou sem aura, bem como no al vio dos sintomas associados,n usea e v mitos, dexametasona IV j , h muito tempo, medica outilizada com esta finalidade, embora na literatura existampoucos estudos duplo-cegos e randomizados, o que a tornauma subst ncia de evid ncia6classe III.

7 Habitualmenteprescrita na dose de 4 mg, geralmente associada dipironaum grama neurol pticos v m, nos ltimos anos, se tornando umrecurso valioso no TRATAMENTO da CRISE enxaquecosa. Aassocia o entre dopamina e ENXAQUECA foi primeiramenteproposta por Sicuteri em 1977 e, a partir da segunda metadedos anos 90, este interesse ressurgiu com Peroutka e col. queavaliaram o comportamento dos receptores deste neu-rotransmissor em enxaquecosos7, evid ncias cl nicas e farmacol gicas de que osenxaquecosos possuam hipersensibilidade a receptoresdopamin rgicos; da a poss vel efic cia de antagonistas delescomo agentes abortivos de uma CRISE de enxaqueca9, utiliza o de neurol pticos, no TRATAMENTO AGUDO eemergencial da CRISE de ENXAQUECA , vem mostrando resultadosanimadores. Sua efic cia comprovada tanto em estudos queos utilizaram isoladamente, como em ensaios cl nicos que oscompararam com outras drogas como: triptanos, AINEs IV,514 Arq Neuropsiquiatr 2004;62(2-B)anticonvulsivantes injet veis (valproato de s dio), sulfato demagn sio IV e antiem ticos IV10-15.

8 Constituem um grupo demedicamentos classe II de evid ncia6, j que poucos s o osestudos prospectivos, randomizados e duplo-cegos; al m dese questionar por qual(ais) via (s) de receptores eles exerceriamsua fun o analg nosso Pronto Socorro, vimos utilizando, h algumtempo, rotineiramente, a clorpromazina ou o haloperidol IV parapacientes que, ap s 60 minutos, n o responderam utiliza ode dipirona um grama IV. S o f rmacos que, al m de eficazes16,est o dispon veis em nosso Pronto Socorro, e t m como ali-ado seu baixo custo decorr ncia do exposto, realizamos an lise comparativada efic cia em 29 pacientes em CRISE de ENXAQUECA , naemerg ncia, tendo como finalidade principal avaliar a respostacl nica em duas horas, bem como detectar eventuais efeitoscolaterais, da dexametasona e/ou do haloperidol IV, no Pron-to Socorro da Santa Casa de S o TODOA valiamos 29 prontu rios de pacientes admitidos no ProntoSocorro da Santa Casa de S o Paulo, diagnosticados segundo aInternational Headache Society (1988)17como portadores deenxaqueca com e sem aura.

9 Referiam nota 10 de intensidade de dor,segundo escala anal gica visual de dor, ap s terem sido medicadoscom dipirona um grama IV, e aguardado 60 minutos por resposta cl -nica, antes da administra o da dexametasona ou do m dia de idade da amostra foi 31,5 anos, com varia o entre16 e 48 anos. Nesta popula o, 25 pacientes eram do sexo femininoe quatro do pacientes foram divididos em dois grupos:Grupo 1,composto por 14 pacientes, recebeu haloperidol , nadose de 5 mg, intravenoso, dilu do em 10 ml de gua 2, composto por 15 pacientes , recebeu dexametasona,na dose de 4 mg, IV, dilu da em 10 ml de gua avalia es na melhora da intensidade da dor foram realizadasnos tempos de 30, 60, 90 e 120 minutos ap s medica o, anotando-se os seguintes par metros cl nicos: pacientes que mantinham dorap s administra o de medica o; nota m dia de dor: obtida atrav sda somat ria das notas atribu das a intensidade de dor sobre o totalde pacientes que mantinham dor.

10 Este par metro, teve como finalidadeverificar a intensidade de dor nos pacientes que ainda se apresentavamcom cefal ia em 30 , 60 , 90 e 120 minutos ap s administra o demedica grupo 1 ( haloperidol ), 64,3% dos pacientes aindareferiam dor ap s 30 minutos do t rmino da infus o. Ap s 45minutos, somente 21,4%(dois pacientes) ainda referiam 90 minutos, todos os pacientes estavam assintom ticos(Fig 1).No grupo que recebeu haloperidol houve varia osignificativa na nota m dia de dor, 30 minutos ap s amedica o, j que a nota m dia atribu da foi igual a 3, Neuropsiquiatr 2004;62(2-B)515 Fig 1. Pacientes que receberam 2. Pacientes que receberam minutos depois, todos os pacientes que receberamhaloperidol estavam livres de dor (Fig 3).No grupo 2 (dexametasona), 86,7% dos pacientes aindareferiam dor ap s 30 minutos do t rmino da infus o.


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