ASPECTOS HISTÓRICOS DAS FASES DA EDUCAÇÃO FÍSICA …

1 1,3,5 Mestrado Ensino na Sa de Universidade Estadual do Cear , Fortaleza - Cear Brasil 2,4 Universidade Regional do Cariri, Crato Cear - Brasil ASPECTOS HIST RICOS DAS FASES DA educa O F SICA NO BRASIL E REFLEX ES SOBRE A RELA O COM O TEMA SA DE Me. Jo o Agostinho Neto1 Maria Carolina Gon alves Dutra2 Me. Gabriela Silva de Vasconcelos 3 Dr. Ant nio Germane Alves Pinto4 Dra. Maria do Socorro de Sousa 5 A compreens o sobre os ASPECTOS hist ricos da educa o F sica na contemporaneidade permite situ -la numa posi o de destaque na sociedade, gra as s grandes movimenta es acontecidas em sua forma o. Torna-se uma profiss o, uma disciplina e uma pr tica difundida, onde os seus objetivos necessitam de novas discuss es em virtude de sua dinamicidade ao longo dos anos.

2 O presente estudo tem como objetivo relatar sobre as FASES da educa o F sica no Brasil, a partir das tend ncias e abordagens pedag gicas no contexto hist rico e cultural refletindo sobre a rela o com o tema sa de. Trata-se de um artigo a partir da disserta o de mestrado A educa o F sica nas Resid ncias Multiprofissionais em Sa de no estado do Cear da Universidade Estadual do Cear , utilizou-se um estudo descritivo e bibliogr fico, tendo como embasamento o referencial te rico sobre as FASES , tend ncias e abordagens pedag gicas da educa o F sica no Brasil a partir de estudos de Castellani Filho, Ghiraldelli, Darido e outros autores. A educa o F sica brasileira, passou por cinco FASES : a higienista, militariza o, pedagogiza o, competitivista e a popular.

3 Influenciadas pela extrapola o dos limites biol gicos, de rendimento inicial e valoriza o de fatores de origem psicol gica, surgem as abordagens da educa o F sica, a psicomotricidade, desenvolvimentista, construtivista, cr ticas, sa de renovada e PCNs. Assim, o estudo das FASES e abordagens da educa o F sica no Brasil poder colaborar como componente indutor para a difus o do ensino da disciplina educa o F sica, levando em considera o as discuss es cr ticas da amplitude dos conte dos a partir da ordem cronol gica e dos acontecimentos marcantes para a sociedade e tamb m a sua rela o com os determinantes do processo sa de-doen a. Palavras-chave: educa o F sica. FASES . Sa de. 1 INTRODU O A compreens o hist rica da educa o F sica na contemporaneidade , tem no Brasil um marco de fortalecimento e modifica o de sua atua o a partir do que Ghiraldelli (2004) chamou de FASES da educa o F sica.

4 Essa compreens o situa-se em per odos e acontecimentos que transformaram a vida da sociedade, como o per odo da ditadura militar e os eventos esportivos como a Copa do Mundo e as Olimp adas. A inten o n o resumir a hist ria da educa o F sica (EF) a uma compreens o puramente cronol gica, por entender que os ASPECTOS relacionados a outros per odos al m da contemporaneidade j possuem uma base s lida na literatura. Sendo importante compreender o surgimento das atividades f sicas, como por exemplo a partir da rela o existente entre o mecanismo de ataque e defesa na luta pela sobreviv ncia dos homens primitivos. A EF ocupa hoje uma posi o de destaque na sociedade, gra as as grandes movimenta es hist ricas e culturais acontecidas, tornando-se uma profiss o, uma disciplina e uma pr tica difundida com objetivos cada vez mais definidos e espec ficos.

5 O seu acesso passa a ser proporcionado em escala mais democr tica para a popula o dependendo da poca em que se encontrasse as rela es coletivas e sociais. Algumas vezes essa inser o era independente de classe social, idade, condi o f sica, cor, religi o, op o sexual ou alguma defici ncia f sica, motora ou mental (BAGNARA; LARA; CALONEGO, 2010). Torna-se necess rio um resgate a criticidade da educa o F sica, tantas vezes esquecida neste ramo do conhecimento humano. Os diferentes momentos da hist ria da educa o F sica no Brasil resgatam as diferentes influ ncias sofridas ao longo de seu percurso. As institui es militares e os m dicos foram influenciadores da EF desde o Brasil Imp rio (CASTELLANI, 2013). Com isso, algumas indaga es se fazem necess rias para a compreens o da educa o F sica no Brasil a partir de sua rela o com os per odos e transforma es ocorridas entre o per odo denominado de higienismo que durou at 1930 e a educa o F sica Popular a partir de 1985 at os dias atuais.

6 Quais s o os principais caracter sticas da educa o F sica nessas FASES e qual a sua rela o com o tema sa de? 2 OBJETIVO Relatar as FASES da educa o F sica no Brasil, a partir das tend ncias e abordagens pedag gicas no contexto hist rico e cultural, refletindo sobre a rela o com o tema sa de. 3 METODOLOGIA O artigo em quest o parte integrante do trabalho de disserta o de mestrado intitulada A educa o F sica nas Resid ncias Multiprofissionais em Sa de no estado do Cear . Pesquisa desenvolvida no mbito do Curso de Mestrado Ensino na Sa de da Universidade Estadual do Cear UECE/ Fortaleza CE. Trata-se de um estudo descritivo e bibliogr fico, tendo como embasamento o referencial te rico sobre as FASES , tend ncias e abordagens pedag gicas da educa o F sica a partir de estudos de Castellani Filho, Ghiraldelli, Darido e outros autores disponibilizados em livros, revistas, artigos e mat rias on-line como fonte de dados secund rios.

7 4 RESULTADOS E DISCUSS O ASPECTOS HIST RICOS DAS FASES DA educa O F SICA NO BRASIL educa o F sica: Epistemologia e FASES no Brasil Epistemologicamente a EF ganha alguns significados a partir do contexto s cio-hist rico-cultural na qual est inserida. Para Santin (1999), educa o f sica uma atividade planejada pelo homem em fun o de objetivos e crit rios estabelecidos por uma ordem sociocultural vigente. Por isso, n o poss vel estabelecer com exatid o um nico conceito. Ela depende de um sistema de significados esgotado por uma ordem social. no interior dessa ordem que ela assume sua pr pria identidade, conforme a classifica o e a escala de valores estabelecidas pelos crit rios adotados. Para Vieira (1992), a EF um ramo pedag gico da Ci ncia da Motricidade Humana, ci ncia da compreens o e explica o da conduta motora humana , vem sendo refletida por educadores e fil sofos de diversos pa ses.

8 Na d cada de 1930, surgiram atrav s dos est mulos da EF, a concretiza o de uma identidade moral e c vica, al m do envolvimento com os princ pios de Seguran a Nacional, referente a necessidade do adestramento f sico, num primeiro momento necess rio defesa da p tria, que se afiguravam no sentido de desestrutura o da ordem pol tico-econ mica constitu da, como tamb m emin ncia de configura o de um conflito b lico a n vel mundial, e, em outro instante, visando assegurar ao processo de industrializa o implantado no pa s, m o de obra fisicamente adestrada e capacitada, cabendo a ela cuidar da recupera o e manuten o da for a de trabalho (CASTELLANI, 2013). Para Castellani (2013) est o presentes nas FASES da EF, as concep es filos ficas que norteiam a produ o de conhecimento em cada uma delas, para a pr tica transformadora na educa o F sica no Brasil.

9 De acordo com estudos do professor Ghiraldelli (2004), a educa o F sica brasileira, passou por cinco FASES : a higienista, militariza o, pedagogiza o, competitivista e a popular, que foram marcantes ao longo da sua forma o e na busca da caracteriza o dos pressupostos te ricos que lhe servem de fundamento, mant m-se historicamente ao longo dos anos em busca de adequa es e caracter sticas espec ficas do pensar a pr tica da EF. Tomando como refer ncia, o livro: A educa o F sica Progressista, de Ghiraldelli (2004), aborda-se a seguir, as FASES da educa o F sica em nosso pa s (figura 1). Logo ap s apresenta-se detalhes de cada um desses momentos. FIGURA 1. FASES da educa o F sica no Brasil Fonte: Adaptado de Ghiraldeli (2013).

10 A educa o F sica Higienista foi a fase que aconteceu at o ano de 1930, e se preocupava em colocar a EF como agente potencializadora de saneamento p blico, dava nfase quest o da sa de, e tinha a EF como importante papel de forma o de homens sadios e fortes, na busca de uma sociedade livre de doen as infecciosas e dos v cios que deterioravam a sa de e o car ter dos homens. Esta fase emergiu tamb m na poca da cria o das leis abolicionistas, onde, os negros, rec m libertos, se deslocaram para as cidades em busca de trabalho, e encontravam as p ssimas condi es de trabalho, moradia e a falta de saneamento b sico que eram prop cias ao surgimento de doen as. Neste momento, a escola passa a ter um papel de fundamental import ncia para disseminar h bitos de higiene, e a educa o F sica como a disciplina que melhor abordaria essas quest es em um contexto amplo de abordagens.