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ASSIM NA MÚSICA COMO NA VIDA: A representação do …

1. C ssia Helena Pereira Lima ASSIM NA M SICA COMO NA VIDA: A representa o do trabalho em discursos de can es brasileiras atrav s da An lise Cr tica do Discurso Tese apresentada no Programa de P s-Gradua o em Estudos Lingu sticos (P s-Lin) da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). como requisito parcial para a obten o do t tulo de Doutora. rea de concentra o: Lingu stica do Texto e do Discurso Linha de pesquisa: An lise do Discurso (Linha 2B). Orientadora: Prof . Dra. S nia Maria de Oliveira Pimenta Belo Horizonte Faculdade de Letras da UFMG. 2011. 2. A meus pais, A Camila, Michelle e Helena, por todo o nosso aprendizado neste doutorado e sempre. 3. AGRADECIMENTOS. (n o poderia ser de outra forma, sen o com m sica). Sonhar minha lei, minha quest o Mais um sonho imposs vel Virar esse mundo Lutar Cravar esse ch o Quando f cil ceder Vencer N o me importa saber O inimigo invenc vel Se terr vel demais Negar Quantas guerras terei que vencer Quando a regra vender Por um pouco de paz Sofrer E amanh , se esse ch o que eu beijei A tortura implac vel For meu leito e perd o Romper Vou saber que valeu delirar A incab vel pris o E morrer de paix o Voar E ASSIM , seja l como for Num limite improv vel Vai ter fim a infinita afli o Tocar E o mundo vai ver uma

(2004) Systemic-Functional Grammar (SFG), approaching the textual, ideational and interpersonal metafunctions; and c) Appraisal Theory (AT) based on Martin and Rose (2003). Using the CDA theory and the WordSmith Tools , the microanalysis investigates 325 Brazilian

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1 1. C ssia Helena Pereira Lima ASSIM NA M SICA COMO NA VIDA: A representa o do trabalho em discursos de can es brasileiras atrav s da An lise Cr tica do Discurso Tese apresentada no Programa de P s-Gradua o em Estudos Lingu sticos (P s-Lin) da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). como requisito parcial para a obten o do t tulo de Doutora. rea de concentra o: Lingu stica do Texto e do Discurso Linha de pesquisa: An lise do Discurso (Linha 2B). Orientadora: Prof . Dra. S nia Maria de Oliveira Pimenta Belo Horizonte Faculdade de Letras da UFMG. 2011. 2. A meus pais, A Camila, Michelle e Helena, por todo o nosso aprendizado neste doutorado e sempre. 3. AGRADECIMENTOS. (n o poderia ser de outra forma, sen o com m sica). Sonhar minha lei, minha quest o Mais um sonho imposs vel Virar esse mundo Lutar Cravar esse ch o Quando f cil ceder Vencer N o me importa saber O inimigo invenc vel Se terr vel demais Negar Quantas guerras terei que vencer Quando a regra vender Por um pouco de paz Sofrer E amanh , se esse ch o que eu beijei A tortura implac vel For meu leito e perd o Romper Vou saber que valeu delirar A incab vel pris o E morrer de paix o Voar E ASSIM , seja l como for Num limite improv vel Vai ter fim a infinita afli o Tocar E o mundo vai ver uma flor O inacess vel ch o Brotar do imposs vel ch o.

2 Sonho Imposs vel Composi o: Joe Darion, Mitch Leigh, Vers o em portugu s de Chico Buarque Quero agradecer a todos que fizeram com que o que parecia ser um sonho imposs vel se tornasse uma flor brotando desse poss vel ch o. Alguns me ensinaram a lutar e a vencer, outros a negar, alguns fizeram sofrer, poucos estiveram ao lado para romper as pris es f sicas e imagin E ASSIM eu pude voar e sonhar. Cada uma dessas pessoas sabe muito bem o que representam para mim nessa caminhada e a cada uma agradeci pessoalmente, olhos nos olhos. Valeu sempre vale delirar e morrer de paix Voc s sabem que est o guardadas dentro do meu cora o. 4. Depois do sil ncio, o que mais se aproxima de expressar o inexprim vel a m sica. (Aldous Huxley apud BUENO, 2009, p. 5). Em poucos pa ses a m sica popular reflete de maneira t o n tida, como no Brasil, o esp rito e a alma de seu povo a identidade coletiva, a marca digital de uma cultura rica, din mica e diversificada.

3 E em poucas m sicas populares do mundo as palavras as letras t m o peso definitivo das empregadas nas can es brasileiras. (CAMPOS, 2009, p. 5). O de que se precisa possibilitar que, voltando-se sobre si mesma, atrav s da reflex o sobre a pr tica, a curiosidade ing nua, percebendo-se como tal, se v tornando cr tica. [..]. pensando criticamente a pr tica de hoje ou de ontem que se pode melhorar a pr xima pr tica. O pr prio discurso te rico, necess rio reflex o cr tica, tem de ser de tal modo concreto que quase se confunda com a pr tica [..]. Quanto mais me assumo como estou sendo e percebo a ou as raz es de ser de por que estou sendo ASSIM , mais me torno capaz de mudar, de promover-me, no caso, do estado de curiosidade ing nua para o de curiosidade epistemol gica. (FREIRE, 2004, p. 39). 5. RESUMO. Esta pesquisa tem como objetivo analisar a representa o do trabalho e do trabalhador em letras de m sicas brasileiras pela An lise Cr tica do Discurso nos n veis l xico-gramatical, sem ntico-discursivo e do contexto.

4 O referencial te rico abrange hist ria e configura o do trabalho e da m sica, al m dos seguintes aspectos lingu sticos te rico- metodol gicos: (a) An lise Cr tica do Discurso (ACD), baseada principalmente em Fairclough (2001a); (b) Gram tica Sist mico-Funcional (GSF) de Halliday (2004) com as metafun es textual, ideacional e interpessoal; e (c) Sistema de Avaliatividade de Martin e Rose (2003). Na macroan lise, com a ACD e com o programa de lingu stica de corpus WordSmith Tools, investigamos 325 letras de can es brasileiras que mencionam trabalho e trabalhador, gravadas entre 1916 e 2010. Na microan lise, analisamos duas vers es de uma mesma can o com essa tem tica por meio da GSF e da Avaliatividade e, atrav s de entrevistas com autores e com representantes da comunidade interpretativa, avaliamos o contexto de situa o e a percep o dessa pr tica discursiva.

5 Dentre as conclus es destacamos: a presen a de can es ligadas tem tica do trabalhador nas can es relativamente pequena, apesar de o trabalho ter um papel extremamente relevante na sociedade; o universo do trabalho representado masculinizado, desqualifica a capacidade produtiva da mulher, reduzindo-a, na maioria das vezes, trabalhadora dom stica ou esposa/companheira; a reprodu o do discurso hegem nico capitalista de produtividade; a predomin ncia de uma imagem negativa do trabalho; o trabalho adquire diversos significados, principalmente de ganhos financeiros; prevalece o registro de impress es, a es e rela es do ponto de vista de um narrador-personagem; a no o de individualidade se sobrep e a de coletividade; o trabalhador vivencia e relata o momento presente, pensando pouco no futuro e referindo-se menos ainda ao passado; o sujeito representado considera mais a no o de pertencimento, deixando em segundo plano a atividade do pensar e executando mecanicamente tarefas indicadas por terceiros.

6 Outra conclus o importante refere-se metafun o textual, para cuja an lise recomendamos a segmenta o da letra da can o em frases mel dicas e n o em ora es da gram tica tradicional, para aproximar a an lise de tema e rema da real percep o do ouvinte. Conclu mos, ainda, que o resultado da an lise atrav s de cada metodologia utilizada corrobora o das demais, tendo cada teoria a sua peculiaridade na identifica o de aspectos espec ficos. PALAVRAS-CHAVE: An lise Cr tica do Discurso; Gram tica Sist mico-Funcional;. Sistema de Avaliatividade; M sica; Trabalho. 6. ABSTRACT. The present research aims to analyze the representations of work and workers in Brazilian lyrics using Critical Discourse Analysis at the lexicogrammatical, semantic- discursive and context levels. The theoretical reference entails work and music history and configuration as well as the following theoretical-methodological linguistics aspects: a).

7 Critical Discourse Analysis (CDA), based primarily on Fairclough (2001a); b) Halliday s (2004) systemic - functional grammar (SFG), approaching the textual, ideational and interpersonal metafunctions; and c) Appraisal Theory (AT) based on Martin and Rose (2003). Using the CDA theory and the WordSmith Tools, the microanalysis investigates 325 Brazilian lyrics recorded between 1916-2010, which have work and workers as their main theme. We analyze two versions of the same song using the SFG and Appraisal System and, through interviews with songwriters and representatives of the interpretative community, we evaluate the situation context and the perception of such discursive practice. As a result of our analysis we got to the following relevant conclusions: the number of songs focusing the theme of workers is somewhat small, though work plays an extremely important societal role; the work universe represented is masculine and plays down women s productive capability, depicting them, most of the times, as a simple homemaker and wife/companion; productivity capitalist hegemonic discourse; predominance of a negative view of work; it is assigned various meanings, mainly those connected with financial benefits; the narrator-character s view on impressions, actions and relations is what prevails; individuality supersedes collectivity.

8 Workers experience and report the present moment, hardly turning to the future and much less to the past; the notion of belonging ranks higher, and the subject places thinking on a secondary level and carries out automatically the duties assigned by others. Another relevant conclusion refers to the textual metafunction. For this analysis we suggest the segmentation of songs into melodic phrases instead of traditional grammar clauses in order to get theme and rheme analysis closer to the listener s actual perception. We also concluded that the result of the analysis for each methodology used corroborates the others, while each theory keeps its particularities regarding the identification of specific aspects. KEYWORDS: Critical Discourse Analysis; systemic - functional grammar ; Appraisal System; Music; Work. 7. LISTA DE ILUSTRA ES. FIGURA 1 Modelo tridimensional do discurso 25.

9 FIGURA 2 Representa o gr fica de Estratifica o 34. FIGURA 3 Escala de classifica o para o sistema de som 35. FIGURA 4 Representa o da interface de gram tica, discurso e atividade social 40. FIGURA 5 Tela do aplicativo concordance com o item lexical domingo. 164. FIGURA 6 Tela do wordlist em ordem alfab tica com entradas relacionadas ao trabalho 166. FIGURA 7 Compara o da estrutura de classifica o do sistema de som e 175. da constru o mel dica QUADRO 1 Categorias anal ticas de cada dimens o do modelo de ACD de Fairclough 26. QUADRO 2 Rela o entre grupos de significados, sistema de discurso e metafun o de linguagem. 41. QUADRO 3 S ntese das categorias de an lise do sistema de avaliatividade 53. QUADRO 4 Comparativo entre m sica folcl rica e popular 118. QUADRO 5 T picos de codifica o das letras das can es do corpus 122. QUADRO 6 Correla o de contextos sociais, pol ticos, econ micos, de trabalho e da m sica no Brasil.

10 129. QUADRO 7 Can es cuja autoria tem a participa o de mulheres 141. QUADRO 8 Letras das duas vers es da can o Capit o de Ind stria 171. QUADRO 9 Letras das duas vers es da can o Capit o de Ind stria segmentada em ora es 171. QUADRO 10 Classifica o das letras de Capit o de Ind stria em frases em semifrases mel dicas 177. QUADRO 11 Classifica o da can o Capit o de Ind stria em categorias de an lise do Sistema de Avaliatividade 189. GR FICO 1 Distribui o da quantidade de can es do corpus por ano 132. 8. LISTA DE TABELAS. TABELA 1 Quantidade de can es do corpus por ano de composi o 131. TABELA 2 Quantidade de can es por intervalos s cio-hist ricos considerados nessa pesquisa 133. TABELA 3 Resumo da classifica o atrav s dos t picos de codifica o das letras das can es do corpus (1916 a 2010) 135. TABELA 4 Incid ncia de can es com vis es positivas do trabalho 137.


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