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Instrumentos de Avaliação em Espondilite Anquilosante

Artigo dE rEvis orEviEw articlERESUMOA Espondilite Anquilosante (EA) uma doen a inflamat ria cr nica caracterizada por acometimento predominante do esqueleto axial. Ocorre de forma insidiosa e potencialmente debilitante, levando redu o na qualidade de vida dos indiv duos acometidos. A sua etiopatogenia ainda n o est totalmente esclarecida, dificultando estrat gias no seu diagn stico e manejo. O avan o da terapia com agentes biol gicos veio refor ar discuss es sobre a melhor forma de avalia o destes pacientes. Nesta revis o, discutimos os principais Instrumentos utilizados para avaliar pacientes com EA e o consenso do grupo internacional (ASAS working group Assessments in Ankylosing Spondylitis Working Group) determina-do no OMERACT IV (Outcome Measures in Rheumatology).

artigo dE rEvisão rEviEw articlE RESUMO A espondilite anquilosante (EA) é uma doença inflamatória crônica caracterizada por acometimento predominante do esqueleto axial. Ocorre de forma insidiosa e é potencialmente debilitante, levando

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1 Artigo dE rEvis orEviEw articlERESUMOA Espondilite Anquilosante (EA) uma doen a inflamat ria cr nica caracterizada por acometimento predominante do esqueleto axial. Ocorre de forma insidiosa e potencialmente debilitante, levando redu o na qualidade de vida dos indiv duos acometidos. A sua etiopatogenia ainda n o est totalmente esclarecida, dificultando estrat gias no seu diagn stico e manejo. O avan o da terapia com agentes biol gicos veio refor ar discuss es sobre a melhor forma de avalia o destes pacientes. Nesta revis o, discutimos os principais Instrumentos utilizados para avaliar pacientes com EA e o consenso do grupo internacional (ASAS working group Assessments in Ankylosing Spondylitis Working Group) determina-do no OMERACT IV (Outcome Measures in Rheumatology).

2 Palavras-chave: Espondilite Anquilosante , Instrumentos , quali-dade de de Avalia o em Espondilite AnquilosanteOutcome Measures in Ankylosing SpondylitisThemis Mizerkowski Torres(1), Rozana Mesquita Ciconelli(2)AbStRActAnkylosing spondylitis is a chronic and progressive disease involving predominantly the axial skeleton. It is insidious and potentially debilitating, compromising the quality of life of patients suffering from the disease. The etiopathogenesis is still uncertain, which difficult strategies in its diagnosis and treatment. Advances in biological therapies are reforcing discussions in the best way of managing the disease. In this paper, we revise the outcome instruments available for ankylosing spondylitis and the consensus from the ASAS working group (Assessments in Ankylosing Spondylitis Working Group) established at the OMERACT IV (Outcome Measures in Rheumatology).

3 Keywords: ankylosing spondylitis, instruments, quality of de Reumatologia da Universidade Federal de S o Paulo (UNIFESP). Recebido em 14/07/05. Aprovado, ap s revis o, em 28/01 P s-graduanda da Disciplina de Reumatologia da M dica Assistente da Disciplina de Reumatologia da o para correspond ncia: Themis Mizerkowski Torres, Rua Azevedo Macedo, 57/44, Vila Mariana, S o Paulo, SP, Brasil, e-mail: O A Espondilite Anquilosante (EA) uma doen a sist mica inflamat ria cr nica caracterizada por acometimento prim rio do esqueleto axial com preval ncia de 0,9% na popula o geral(1). Tem a caracter stica de acometer predominantemente indiv duos do sexo masculino na segunda e terceira d cadas de vida, gerando um forte impacto socioecon mico e na qualidade de vida dos pacientes(2, 3).

4 Recentemente, tem sido demonstrado que drogas anti-TNF s o potencialmente modificadoras da atividade da doen a, atuando na melhora da capacidade funcional, mobilidade da coluna e nas articula es perif ricas e enteses(4-6). Desta maneira, h a necessidade de se definir medidas de avalia o espec ficas para o acompanha-mento e tratamento de pacientes com EA. Definir atividade de doen a em afec es cr nicas uma tarefa dif cil. A dificuldade aumenta quando se depara com doen as reumatol gicas de evolu o lenta e aus ncia de um marcador laboratorial definido, como a EA. Elabora-se, ent o, diversos Instrumentos para a avalia o da atividade, a maioria em forma de question rios. A abordagem pode ser feita atrav s de modelos gen -ricos ou espec ficos. Os question rios gen ricos refletem o impacto da doen a sobre a vida do indiv duo numa larga variedade de popula es e envolvem dom nios como ativi-dade funcional, incapacidade, estresse f sico e emocional.

5 Os espec ficos oferecem informa es mais especializadas sobre uma rea de interesse prim rio, podendo ser uma doen a, popula o (ex: crian as) ou fun es como sono ou atividade sexual, utilizados quando se necessita de informa es mais detalhadas em rela o a aspectos da pr pria doen a(7). Existem v rios Instrumentos de avalia o em EA, sendo os principais os descritos abaixo:ESPEC FICOS BASDAI (Bath Ankylosing Spondylitis Disease Activity Index)(8): question rio desenvolvido para medir a atividade da doen a. Provou ser v lido, reprodut vel e sens vel a mudan as. Consiste em seis quest es que abordam dom -nios relacionados fadiga, dor na coluna, dor e sintomas Rev Bras Reumatol, v. 46, , p. 52-59, 2006 articulares, dor devido ao acometimento das enteses, e duas quest es relacionadas qualidade e quantidade de rigidez matinal.

6 O escore medido em escala visual anal gica (EVA) de 0 a 10 (0 = bom; 10 = ruim). considerado, atualmente, um dos mais importantes Instrumentos para a utiliza o em ensaios cl nicos. BASFI (Bath Ankylosing Spondylitis Functional In-dex)(9): medida de avalia o da capacidade funcional. Inclui oito itens relacionados a atividades da vida di ria e dois itens que medem as habilidades do paciente em lidar com o seu dia-a-dia. O escore de 0 a 10 em EVA (0 = bom; 10 = ruim). Constitui, junto com o Dougados' Functional Index (DFI), medida escolhida para o item fun o dos dom nios definidos pelo grupo ASAS(10,11). BASRI (Bath Ankylosing Spondylitis Radiology Index)(12): m todo de gradua o radiogr fica do acometimen-to da coluna, em uma escala de 0 a 4 (0 = normal, 1 = les es suspeitas, 2 = quadratura vertebral com eros es e esclerose, 3 = les es mais difusas com forma o de sindesm fitos, 4 = anquilose).

7 As localiza es escolhidas para a abordagem s o bacia, coluna cervical e lombar, resultando em um escore de 2 a 12. BAS-G (Bath Ankylosing Spondylitis Global Score)(13): mede a avalia o global do paciente. S o duas quest es em EVA de 0 a 10 (0 = bom; 10 = ruim) que abordam o efeito da doen a na percep o global do paciente, na ltima semana e nos ltimos seis meses. BASMI (Bath Ankylosing Spondylitis Metrology Index)(14): engloba medidas da coluna no intuito de definir o status axial do paciente. As medidas envolvidas s o: rota o cervical, dist ncia occipito-parede, flex o lombar, teste de Schober modificado e dist ncia intermaleolar. Cada medida convertida em um escore de 0 a 10 (0 = bom; 10 = ruim). ASQoL (Ankylosing Spondylitis Quality of Life Questionnaire)(15): instrumento de medida de qualidade de vida (QoL).

8 Engloba 18 quest es com resposta sim ou n o, resultando em um escore de 0 a 18, com o maior valor implicando em uma pior qualidade de vida. o nico desenvolvido originalmente para a medida espec fica de qualidade de vida em EA. HAQ-S (Health Assessment Questionnaire Spondylitis)(16): vers o do HAQ para EA, mede fun o. Difere do HAQ original por apresentar mais cinco quest es relacionadas a atividades envolvendo a coluna, como dirigir com o carro em r ou carregar sacolas pesadas. A escala varia de 0 (sem dificuldade) a 3 (incapacidade). AS-AIMS2 (Arthritis Impact Measurement Scales 2 Ankylosing Spondylitis)(17): vers o do AIMS-2 para a EA, mede qualidade de vida. Engloba uma nova dimens o denominada mobilidade espinhal, composta de seis ou qua-tro itens, dependendo da habilidade do paciente em dirigir autom veis.

9 O escore calculado de 0 (sa de perfeita) a 10. DFI (Dougados' Functional Index)(18): instrumento para a avalia o da capacidade funcional. Cont m 20 itens relacionados capacidade do paciente em realizar tarefas da vida di ria. Todas a quest es iniciam-se por Voc consegue , com tr s modalidades de resposta: 0 (sim, sem dificuldade), 1 (sim, com dificuldade) e 2 (n o). O escore calculado como a soma de todas as respostas (0-40). PGI (Patient Generated Index)(19): medida individual de qualidade de vida. J foi validado para o uso em lombalgia e menorragia, dermatite e apn ia do sono. O c lculo do escore envolve tr s est gios: no primeiro, o paciente faz uma lista de cinco reas da sua vida mais afetadas pela doen a. No segundo, escolhe, em uma escala de 0 (pior) a 10 (melhor), como se comporta a sua vida em cada rea determinada.

10 No terceiro, faz uma escala de prioridades para a melhora atribuindo pontos de 0 a 14. O escore calculado multi-plicando-se o ponto dado no segundo est gio propor o encontrada no terceiro est gio. A somat ria dos escores para cada rea resulta em um escore final de 0 a 10 (melhor qualidade de vida). RLDQ (Revised Leeds Disability Questionnaire)(20): medida relacionada capacidade funcional. Cont m 16 itens distribu dos em 4 dom nios: mobilidade, inclina o, movimentos cervicais e postura. O escore situa-se entre 0 (sem dificuldade) e 3 (incapacidade) para cada item, sendo o escore final variando de 0 a 48, com os maiores valores indicando maior incapacidade. Body Chart(20): avalia dor global. O m todo consiste em pedir ao paciente para escolher, em um manequim, as reas do corpo mais doloridas.


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