MANUAL DE MATERIAIS DENTÁRIOS - University of São …

1 UNIVERSIDADE DE S O PAULO. Faculdade de Odontologia de Ribeir o Preto Departamento de MATERIAIS dent rios e Pr tese MANUAL DE MATERIAIS dent rios . Docentes: Profa. Dra. Alma Bl sida Concepci n Elizaur Benitez Catirse Profa. Dra. Andr a C ndido dos Reis Prof. Dr. C ssio do Nascimento Profa. Dra. Fernanda de Carvalho Panzeri Pires de Souza Ribeir o Preto 2020. Sum rio propriedades Mec propriedades F sicas dos MATERIAIS dent Introdu o aos Pol meros e Resina acr MATERIAIS Preventivos Autoaplic MATERIAIS para prote o do complexo Cimentos para cimenta o e restaura es provis Am Comp sitos restauradores Sistemas Gessos Odontol Classifica o dos MATERIAIS de moldagem e Elast MATERIAIS de moldagem anel Processo de Fundi Cer micas Odontol Comp sitos Cimentos Biomateriais na Querido(a) aluno(a)

2 , com grande prazer e honra que apresentamos o MANUAL de MATERIAIS dent rios para seu uso durante as aulas de gradua o do curso de Odontologia da Faculdade de Odontologia de Ribeir o Preto, da Universidade de S o Paulo. Trata-se de uma iniciativa constru da em parceria entre docentes e alunos de p s-gradua o ou colaboradores externos, com expertise em diferentes MATERIAIS . Voc utilizar esse MANUAL em todas as disciplinas da rea de MATERIAIS dent rios , sendo elas: propriedades Fisico-qu micas e mec nicas dos MATERIAIS Odontol gicos (2 per odo), MATERIAIS Odontol gicos de Aplica o Cl nica Direta (3.)

3 Per odo) e MATERIAIS aplicados Pr tese (4 per odo). Este MANUAL cont m o conte do b sico de cada material abordado na disciplina, mas este n o se esgota aqui. Vale ressaltar que os livros de MATERIAIS dent rios , de diversos autores, est o dispon veis para aprofundar o conhecimento. Esse conhecimento adicional certamente ser um grande diferencial para seu futuro profissional, pois quem conhece bem os MATERIAIS dent rios , sabe aplic -los com fundamenta o cient fica, ou seja, sabe aproveitar o melhor e controlar o pior de cada material. Assim, eu te convido a participar desta jornada sendo tamb m nosso parceiro.

4 Seja bem-vindo ao maravilhoso mundo dos MATERIAIS dent rios . Com carinho, Profa. Dra. Fernanda de Carvalho Panzeri Pires de Souza Professora Titular do Departamento de MATERIAIS dent rios e Pr tese . FORP/USP. propriedades MEC NICAS. Mariana Lima da Costa Valente Simone Kreve Andr Botelho Profa. Dra. Andr a C ndido dos Reis _____Propriedades Mec nicas - 5. 1. INTRODU O. As propriedades mec nicas avaliam o comportamento e resist ncia dos MATERIAIS odontol gicos deforma o permanente ou fratura, sob aplica o de uma for a ou tens o, a fim de caracterizar a resist ncia deles quanto aos esfor os sofridos na cavidade bucal.

5 Avaliam as for as atuantes sobre os corpos, movimento, deforma o ou tens es sofridas por eles. Na odontologia, as mais importantes s o: resist ncia . compress o, ductilidade, m dulo de elasticidade, resist ncia flex o, tenacidade . fratura, dureza, resist ncia ao impacto, resist ncia ao cisalhamento, resist ncia . tra o, tor o, entre outras. Conhecer as propriedades mec nicas dos MATERIAIS importante para que qualquer deforma o resultante da aplica o de uma for a n o seja excessiva, n o leve fratura e n o diminua a longevidade dos tratamentos. Assim, a correta sele o do material odontol gico exige que o profissional tenha uma no o b sica a respeito de sua estrutura, uma vez que as propriedades dos MATERIAIS podem indicar sua qualidade em diferentes aplica es.

6 Para dar in cio a esse cap tulo e facilitar o entendimento das propriedades mec nicas, alguns termos importantes, como tens o e deforma o devem ser conceituados. 2. TENS O. Tens o a for a por unidade de rea que incide sobre os tomos e mol culas de um material, a rea o interna igual em magnitude e oposta em dire o for a externa aplicada. A unidade de tens o mais utilizada N/mm2 ou MPa (mega Pascal), onde 1 N/mm2 = 1 MPa. Tens o = For a/ rea Na odontologia, existem diversos tipos de tens es que se desenvolvem de acordo com a natureza das for as aplicadas e a forma do objeto, sendo classificadas em tens es simples: tra o, cisalhamento e compress o, e complexas: flex o e tor o.

7 _____Propriedades Mec nicas - 6. A tens o de tra o resulta da aplica o de duas for as na mesma linha, por m, com sentidos contr rios . As duas extremidades s o fixas ou uma extremidade fixa e a outra submetida a uma for a que se afasta do ponto de fixa o (Figura 1). Figura 1. Esquema de for as na tens o de tra o Fonte: Autoria pr pria. A tens o de compress o resulta de um conjunto de for as aplicadas na mesma dire o, uma contra a outra, onde uma superf cie fixa e a outra . movimentada em dire o ao ponto de fixa o (Figura 2). Figura 2. Esquema de for as na tens o de compress o Fonte: Autoria pr pria.

8 A tens o de cisalhamento ocorre quando as for as s o direcionadas paralelamente, por m, em sentidos contr rios (Figura 3). _____Propriedades Mec nicas - 7. Figura 3. Esquema de for as na tens o de cisalhamento Fonte: Autoria pr pria. A tens o de flex o um tipo de tens o complexa, pois envolve outros componentes, como tra o, compress o e cisalhamento. Na flex o de tr s pontos, por exemplo, na regi o superior onde a for a aplicada ocorre compress o, na por o inferior, tra o e na regi o dos apoios, tens es de cisalhamento (Figura 4). Figura 4. Esquema de for as na tens o de flex o Fonte: Autoria pr pria.

9 3. DEFORMA O. A deforma o por sua vez, ocorre quando um corpo reage aplica o de uma tens o e supera essa for a, gerando altera es dimensionais que aumentam conforme a magnitude da carga. As deforma es podem ser classificadas em dois tipos: El sticas: Quando desaparecem com a remo o da carga, permitindo que haja o restabelecimento das dist ncias entre os tomos, ou seja, o material retorna suas dimens es originais. Pl sticas: Quando as deforma es residuais da estrutura s o mantidas mesmo ap s a remo o da for a externa que as produziu, gerando a deforma o permanente do material. _____Propriedades Mec nicas - 8.

10 4. CURVA DE TENS O/DEFORMA O. Com os conceitos de tens o e deforma o definidos fica mais f cil entender a curva de tens o-deforma o, que a descri o gr fica do comportamento de um material quando submetido a uma carga, assim como ocorre durante a aplica o de for a sobre um corpo de prova atrav s de uma m quina de ensaios. A aferi o cont nua dos valores de carga e deslocamento permitem tra ar uma curva de tens o/deforma o que caracteriza o comportamento do material (Figura 5). Figura 5. Gr fico de tens o x deforma o Fonte: Autoria Pr pria Limite de Proporcionalidade: Caracteriza a deforma o el stica do material, regi o na qual a tens o linearmente proporcional deforma o.